Nós atualizamos nossa Políticajogo do narutoPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosjogo do narutonossa Políticajogo do narutoPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
O que é importante na escolinha do seu filho - e o que pode ser prejudicial?:jogo do naruto
O pesquisador da Faculdadejogo do narutoEconomia e Administração da USPjogo do narutoRibeirão Preto Daniel Santos compilou diversos dados e estudos sobre educação infantil e concluiu que a má qualidadejogo do narutogrande parte da rede brasileira pode prejudicar essas crianças mais adiante, tantojogo do narutoseu desempenho escolar quanto no desenvolvimento emocional.
Os impactos podem se estender à renda futura dessas crianças e até seu envolvimento com a criminalidade, agrega Alejandra Meraz Velasco, do movimento Todos Pela Educação.
Então, o que é importante observar na escolinha do seu filho, seja pública ou particular? A BBC Brasil listou alguns pontos levantados por especialistas,jogo do narutonove tópicos:
1. Estímulos e brincadeiras são cruciais para aprender - e ficar à toa é a pior opção
A escolinha é o local para as crianças explorarem e serem estimuladas por diferentes materiais, sons, histórias e fantasias, explica à BBC Brasil Shirley Mariajogo do narutoOliveira, coordenadora pedagógica do Centrojogo do narutoEducação Infantil Suzana Campos Tauil, pré-escolajogo do narutoreferência na rede municipaljogo do narutoSão Paulo.
E o aprendizado se dá sobretudo pela brincadeira. Atividades individuais e coletivas enriquecerão seu repertóriojogo do narutosentidos e experiências.
"São as brincadeiras, ações, interações (...) que levam a criança a ter curiosidade sobre temas, práticas e ideias", diz trecho da Base Nacional Comum Curricular, documento do Ministério da Educação que, quando concluído, orientará o currículo escolar do país.
Isso envolve, por exemplo, coletar folhas e galhos no jardim, brincarjogo do narutoroda ejogo do narutojogos, transformar objetos comunsjogo do narutobrinquedos, ouvir histórias, desenhar e pintar.
O pior para a criança nessa fase é passar o dia à toa: "A escolinha temjogo do narutoter um conjuntojogo do narutoatividades que sejam intencionalmente provocadorasjogo do narutoestímulo. Creches onde a criança passa o dia dormindo e assistindo TV são um crime, por mais carinhosas que sejam as educadoras", adverte Daniel Santos, da USP-Ribeirão Preto.
E isso, no entanto, ainda ocorre no Brasil, como herança da épocajogo do narutoque creches eram vistas não como períodojogo do narutoeducação, masjogo do narutomera assistência social, "quando era suficiente que a criança estivesse alimentada, limpa e sem doenças", agrega Santos.
"Para muitos pobres (sem acesso à pré-escolasjogo do narutoqualidade), a creche piora o desenvolvimento da criança. É um problema bastante agudo num momentojogo do narutoque fala-se tantojogo do narutoexpandir esse serviço no Brasil."
2. A criança gostajogo do narutoir à escola?
Para Santos, "a primeira coisa a observar, independentemente do método (da escola), é se a criança está gostandojogo do narutoir, se não está se estressando exageradamente - isso é um grande risco à educação infantil".
Por trás disso estão, além das atividades enriquecedoras, professores afetuosos.
"O professor tem que ser uma presença brincante, lúdica, alegre e amorosa", diz Shirley, do CEI Suzana Campos.
Portanto, é bom também que não haja muita rotatividadejogo do narutoeducadores, porque eles acabam se tornando referência afetiva para as crianças pequenas.
3. Espaço, brinquedos e livros
Os especialistas consultados pela reportagem dizem que o ambiente da pré-escola temjogo do narutoser aconchegante e acessível às crianças. Mas mais importante do que as instalaçõesjogo do narutosi são os estímulos que elas proporcionam.
Um jardim oferece às crianças a chancejogo do narutocontato com a natureza, mas a ausência desse espaço pode ser compensadajogo do narutooutras formas.
"Você pode construir cenários (dentro da própria escola), trazer histórias e elementos diferentes às crianças, visitar praças ou parques, usar fantoches e tendas", sugere Marciajogo do narutoCastro Ferreira dos Santos, diretora do CEI Suzana Campos.
Não é preciso ter um montejogo do narutobrinquedos tradicionais, como bonecas e jogos, já que eles podem ser combinados com os chamados materiais não estruturados: caixas e tecidos, por exemplo.
"Esses materiais dão às crianças um espaçojogo do narutocriação muito maior. O pano pode virar capajogo do narutosuper-herói, aventaljogo do narutocozinha, cobertor, cabelo da princesa", conta Shirley.
Livros infantis são cruciais, mas eles sozinhos não promovem a experiência com a literatura. "É o adulto quem faz isso", diz Marcia. "Crianças que entram na escola sem estarem habituadas a ler ignoram os livros e só vão se interessando quando fazemos rodasjogo do narutohistória e projetosjogo do narutoleitura."
4. Ter um projeto pedagógico
Todos os especialistas consultados pela reportagem concordam que é essencial que escolinhas e creches tenham um projeto pedagógico, ou seja, que haja um motivo por trás das atividades oferecidas às crianças.
As responsáveis pelo CEI Suzana Campos explicam que seus professores planejam quais experiências pretendem proporcionar às crianças a cada semana - linguagens, sons, arte e literatura - e registram diariamente como cada aluno reagiu.
Mas Alejandra, do Todos Pela Educação, faz uma ressalva: "O brincar é o elemento importante e não deve ser abandonado nessa fase. O objetivo não é adiantar o ensino fundamental".
5. Preservar a autonomia e a individualidade
É preciso que todas as crianças da mesma turma façam a mesma atividade ao mesmo tempo? Nem sempre, dizem os especialistas.
Projetos e brincadeirasjogo do narutogrupo são importantes, mas também o são os momentosjogo do narutoque as crianças podem escolher entre uma aquarela para pintar ou um livro para ler. O objetivo é dar-lhe liberdade e autonomia.
Outra formajogo do narutoestimular isso é durante as refeições, por exemplo permitindo que criançasjogo do naruto2 ou 3 anos comecem a tentar se servir. "Há pais que se surpreendemjogo do narutover que seus filhos conseguem fazer algumas coisas sozinhos", explica Marcia, do CEI Suzana Campos.
Daniel Santos orienta também que se fique atento "à criança que está fora do grupo e buscar entender o porquê (de ela não participar das atividades)".
Além disso, é preciso enxergar as crianças como seres singulares, que vão vivenciar as experiências cada uma a seu modo.
Marcia sugere, por exemplo, que bebês fiquem nos berçários com algum pedaçojogo do narutopano que tragamjogo do narutocasa, cujo cheiro remeta à família. "Eles estão aprendendo outros vínculos além da mãe", explica.
A disponibilidade para atender os pais e incluí-los no projeto pedagógico é outro ponto crucial, diz Shirley.
"Fazemos encontros temáticos com os pais, sobre brincadeiras, o Estatuto da Criança, a importância da leitura - até para eles entenderem que quando o seu filho voltar para casajogo do narutobermuda sujajogo do narutoterra ou tinta será um sinaljogo do narutoque ele brincou, explorou, desenvolveu capacidadejogo do narutoequilíbrio, confiança e força."
6. Qualificação e quantidadejogo do narutoeducadores
Os educadores precisam por lei ser formadosjogo do narutopedagogia, mas recomenda-se que tenham também uma formação específica para lidar com essa faixa etária (de zero a seis anos) e vivências práticas.
"É o professor quem vai trazer elementos ao imaginário da criança, com estratégias como jogos, músicas, histórias", explica Marcia.
"Os dados parecem mostrar que a formação prática tem mais efeito do que o diploma (na capacidade do educador nessa fase)", diz Santos.
Quanto à proporção, os parâmetrosjogo do narutoqualidade do Ministério da Educação recomendam que, na faixa etáriajogo do narutozero a 2 anos, haja 6 a 8 crianças para cada educador; aos 3 anos, 15 crianças para cada educador; a partirjogo do naruto4 anos, 20 crianças para cada educador.
E turmas menores são melhores para crianças pequenas, diz Beatriz Ferraz. "Turmas grandes causam estresse tóxico", por tornar o ambiente provavelmente caótico.
7. Precisajogo do narutotecnologia?
Tablets e TVs devem ter espaço na escolinha?
No CEI Suzana Campos, a percepção éjogo do narutoque é muito cedo para isso.
"(O uso) nega à criança a possibilidadejogo do narutoviver o tempo da infância. (O tablet) chegará pelo contexto social mais tarde", opina Marcia. "Preferimos usar mídiasjogo do narutoforma diferente: lupa, lanterna, projetor para fazer mímicas e sombras, máquinas fotográficas. Não dá para ficar só no mundo virtual (da tecnologia), porque a criança precisa do mundo real."
Para Daniel Santos, "há pouca evidência conclusiva, mas quando se diz que 'a TV faz mal' é porque traz apenas um estímulo à criança,jogo do narutovezjogo do narutovários. E é a variedadejogo do narutoestímulos que importa. Se a tecnologia for bem usada, ok. Se for usada para fazer a criança pararjogo do narutochorar, não é um bom começo."
Segundo Beatriz Ferraz, experimentos mostram que crianças pequenas aprendem muito pouco com a exposição à TV. "A interação que faz sentido para ela é a humana,jogo do narutoque ela fala, um adulto responde e isso gera mais uma reação. (Mas) podemos pensar na tecnologia como um instrumento (de auxílio) à aprendizagem, com um peso e uma medida muito menor (do que a interação humana)."
8. E a alfabetização?
Uma correntejogo do narutoespecialistas defende que noçõesjogo do narutoalfabetização sejam introduzidas já na educação infantil - algo que não está previsto na versão atual da Base Nacional Curricular, aindajogo do narutodebate.
Outros defendem que é muito cedo - e lembram que os pais não devem ter expectativajogo do narutoque o filho saia alfabetizado da escolinha.
No CEI Suzana Campos, "as crianças são expostas a letras, poemas, livros. Mas nunca numa perspectiva preparatória, e sim dando potência para criatividade e a imaginação", diz Shirley. Ela opina que apressar a alfabetização seria "pular uma etapa".
Para Santos, "uma criança curiosa que queira, do seu jeito, brincar com números e letras deve ser incentivada. O que faz mal não é introduzir a alfabetização, mas fazê-lojogo do narutomodo forçado nessa fase".
9. Convivência
A escolinha também é um localjogo do narutoconvivência e inclusão: "o foco (da educação infantil) deve ser uma visão pluraljogo do narutomundo, que respeite as diferenças entre pessoas, contextos e culturas", diz a Base Curricular.
Para Shirley, a escolinha pode inclusive contribuir no combate ao preconceito e à desigualdadejogo do narutogênero.
"Aqui na escola, meninos e meninas usam todos os brinquedos - bonecas, vestidos, panos. E nessa relaçãojogo do narutogênero já vemos eles assumindo papéis que historicamente não assumiam. 'Cuida do nosso filho que eu vou trabalhar', disse uma meninajogo do narutotrês anos (enquanto brincavajogo do narutoboneca com o colega)."
A convivência pode se enriquecer também com crianças deficientes físicas ou autistas, por exemplo.
"O que estájogo do narutoevidência (na educação infantil) éjogo do narutocondiçãojogo do narutocriança e o que ela tem como potência, e nãojogo do narutodeficiência", prossegue Shirley. "Ela vive as mesmas experiências que as demais, tem interesses e necessidades. E assim ela vai superandojogo do narutocondiçãojogo do narutodeficiente, porque vive num espaço onde há igualdade."
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível