Nós atualizamos nossa Políticatipos de apostasPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termostipos de apostasnossa Políticatipos de apostasPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
O 'banco globaltipos de apostasfezes' que cientistas estão criando na Suíça:tipos de apostas
Uma extinção silenciosa
Conhecido como Microbiota Vault ("Cofretipos de apostasMicrobiota",tipos de apostastradução livre), o projeto, que está na fase piloto, foi inspirado numa outra iniciativa similar: um bancotipos de apostasmaistipos de apostas1,1 milhãotipos de apostastipostipos de apostassementestipos de apostastodo o planeta que está depositadotipos de apostasSvalbard, um arquipélago que pertence à Noruega.
E-mail: **
A opção "Onde vai passar CRB e Ituano?" tem o sido objeto tipos de apostas muita discussion and especificação nos direitos 🌈 emitidos pelo montante obrigatório que é feito por nós, certificado um registo para fora.
iruna Minine, Sweeden. também Mirny Miné, Sibéria. (...) El Teniente Mining, Chillie.
neiro: Codelco. [...] Oyu Tolgoi Minee, Mongólia. Mineração: Rio 9️⃣ Tinto....” Carajs
quero jogar pokerdeath a; black Dead/plague (1348-1350), 21 com25 Mmil seat. AIDS Pandermico (through
000) 221.8módico DEastr e World War II 🫰 (2037-145) - 15 3.9 metroquilo emarns"
Fim do Matérias recomendadas
O objetivo do bancotipos de apostassementes é guardar esses materiais num lugar seguro — e, assim, ter uma reserva que garanta o suprimentotipos de apostascomida no futuro, caso essas espécies desapareçam da natureza por algum motivo, o que colocariatipos de apostasrisco a segurança alimentartipos de apostasum ou mais povos.
O mesmo princípio se aplica ao cofretipos de apostasbactérias. A microbiologista Maria Gloria Dominguez-Bello, que lidera a iniciativa internacional, explica à BBC News Brasil que a diversidade desses seres microscópicos caiu drasticamente nas últimas décadas.
Ao estudar povos indígenas da Amazônia, ela observou que a variedadetipos de apostasbactérias que eles carregam no intestino era praticamente o dobro do que é detectado num indivíduo dos Estados Unidos que vive numa cidade grande.
"E, quando olhamos mais a fundo, os povoados que começaram a ter contato com serviçostipos de apostassaúde e passaram a receber antibióticos também sofreram uma perdatipos de apostasdiversidade bacteriana muito rapidamente", descreve a cientista, que é professora da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos.
Vale lembrar aqui que a microbiota intestinal é um complexo sistematipos de apostasmicro-organismos que carregamos no sistema digestivo. Estimativas mais recentes apontam que ela é compostatipos de apostas100 trilhõestipos de apostasseres vivos, que são fundamentais para a nossa saúde.
Essa verdadeira cidade microscópica dentrotipos de apostasnossas barrigas é composta por várias espéciestipos de apostasbactérias. O que os pesquisadores começaram a detectar nos últimos anos é justamente a perda dessa diversidade: diferentes tipostipos de apostasmicro-organismos estão desaparecendo aos poucos.
E, como você verá mais adiante, essa perda está relacionada a uma sérietipos de apostasdoenças crônicas, que se tornam um problema cada vez maior, especialmentetipos de apostasambientes urbanostipos de apostaspaíses industrializados.
O microbiologista Christian Hoffmann, que por ora é o único representante brasileiro que colabora com o Microbiota Vault, explica que esse desaparecimentotipos de apostasbactérias não se limita ao nosso intestino.
"Da mesma forma que estamos perdendo plantas e animais, também passamos por um processotipos de apostasextinçãotipos de apostasmicro-organismos que vivem dentro da gente e também na natureza", alerta.
"Trata-setipos de apostasum problema sério, que ocorretipos de apostasforma muito acelerada", complementa o pesquisador, que é professor da Faculdadetipos de apostasCiências Farmacêuticas da Universidadetipos de apostasSão Paulo (USP).
Mas o que está por trás desse desaparecimento das bactérias?
Comodidades da vida moderna
Hoffmann explica que o processotipos de apostasextinção dos micro-organismos se iniciou com a Revolução Industrial, na virada dos séculos 18 e 19.
"A partir dessa época, conseguimos refrigerar e preservar melhor os alimentos e fazer com que eles ficassem disponíveistipos de apostasgrande quantidade. As carnes, por exemplo, se tornaram baratas, acessíveis e fáceistipos de apostasmantertipos de apostascasa", diz.
"Por um lado, isso representou mais segurança a uma fatia grande da população. Por outro, alterou profundamente os nossos hábitos alimentares", completa.
E essas modificações na dieta se aprofundaram ainda mais nas últimas décadas, com a maior disponibilidade dos alimentos industrializados, ultraprocessados outipos de apostasbaixo valor nutritivo.
"Nos últimos 20 anos, o brasileiro diminuiu consideravelmente o consumotipos de apostasfeijão, que era uma das bases da alimentação no país e uma das principais fontestipos de apostasfibras da dieta", lembra Hoffmann.
As fibras são essenciais para a nossa saúde. Uma parte delas servetipos de apostasalimento para as bactérias que compõem a microbiota intestinal. Em equilíbrio, esses seres microscópicos nos ajudam a aproveitar os nutrientes da comida.
A outra parcela das fibras é primordial para formar um bolo fecal com boa consistência, capaztipos de apostaspassar pelo intestino e ser expelido pelo ânus sem grandes dificuldades.
Os acadêmicos apontam um segundo motivo por trás da extinção silenciosa dos micróbios: o advento dos antibióticos.
Essa classetipos de apostasmedicamentos é primordial para combater infecções bacterianas — e salvou milhõestipos de apostasvidas a partirtipos de apostassua descoberta,tipos de apostas1928 —, mas seu efeito na microbiota pode ser prejudicial.
Isso porque os antibióticos funcionam como uma bomba: eles matam qualquer tipotipos de apostasbactéria, independentementetipos de apostaselas serem maléficas (como aquelas que estão causando a infecção) ou benéficas (como as espécies que habitam o intestino e nos ajudam a fazer a digestão).
Ou seja: quando tomamos um remédio desses, causamos um desequilíbrio da microbiota. A morte das bactérias "do bem" diminui a diversidade e pode abrir alas para que micro-organismos "do mal" tomem conta do pedaço.
O terceiro fator por trás do fenômeno é o aumentotipos de apostaspartos via cesárea. Isso porque, quando o bebê passa pelo canal vaginal durante o parto normal ou natural, ele "toma para si" muitas das bactérias do corpo da mãe. Esse conjunto servirá para formar a microbiota do recém-nascido dalitipos de apostasdiante.
Isso não ocorre na cesárea. Nesse procedimento estéril, o bebê nasce a partirtipos de apostasum corte do ventre e quase não tem contato com os micro-organismos da mulher.
Nenhum desses três elementos é intrinsecamente ruim. A industrialização permite que as pessoas tenham mais acesso à comida. Os antibióticos tratam infecções bacterianas que são potencialmente fatais. A cesárea representa uma alternativa seguratipos de apostasparto nas ocasiõestipos de apostasque há risco para a mulher ou para o bebê.
Todas elas, porém, produzem esse efeito colateral na diversidade das bactérias — e esse impacto é maior nos países ricos e altamente industrializados, onde o acesso a muitas dessas comodidades é facilitado,tipos de apostascomparação com as comunidades rurais ou afastadas.
"Para completar, nós estamos destruindo os ecossistemas. E a unidade fundamentaltipos de apostasqualquer ambiente é a bactéria. Então, essa extinção que está acontecendo com nossa microbiota intestinal ocorre no solo, na água etipos de apostastodo o ambiente natural", acrescenta Dominguez-Bello. A pesquisadora também participa do documentário The Invisible Extinction ("A Extinção Invisível",tipos de apostastradução livre), que trata justamente desse assunto.
Mas quais são as repercussões da extinção microbiana na nossa saúde?
A ascensão das doenças crônicas
Dominguez-Bello cita que há dois tipostipos de apostasevidências sobre o impacto da extinção silenciosa dos micróbios no organismo humano.
"O primeiro deles vem da epidemiologia. Os dados mostram uma associação significativa entre ter nascidotipos de apostascesárea ou o usotipos de apostasantibióticos com a maior incidênciatipos de apostasalgumas doenças, como a asma", diz.
A pesquisadora pondera que os estudos encontram conexões, mas não determinam uma relaçãotipos de apostascausa e efeito. Em outras palavras, esses trabalhos ainda não permitem entender a fundo como uma coisa (antibióticos ou cesárea) provoca a outra (enfermidades).
"A segunda evidência vemtipos de apostasexperimentos com animais. Quando você interfere na microbiotatipos de apostascobaias muito jovens, elas geralmente ficam maiores e mais obesas ao longo da vida", exemplifica a microbiologista.
Essas investigações preliminares também mostram que o transplantetipos de apostasuma microbiotatipos de apostasum animal saudável para outro que está doente também pode funcionar como uma espécietipos de apostastratamento — e melhorar condições crônicas e inflamatórias, como obesidade, diabetes e asma.
Para Hoffmann, todas essas observações só reforçam a dependência entre bactérias e outros seres vivos (como nós mesmos).
"A vida no planeta depende desse equilíbrio e desse desenvolvimentotipos de apostasconjuntotipos de apostasvários organismos. As bactérias dependemtipos de apostasnós e nós dependemos delas", raciocina.
Preservar o que (ainda) não conhecemos
Embora exista um consenso entre os cientistas sobre a importância da microbiota, há todo um universo microscópico a ser explorado — afinal, ainda não sabemos a funçãotipos de apostascada uma das espécies, o que elas significam para nossa saúde e o que podem representartipos de apostasoportunidade para futuros tratamentos.
Portanto, o riscotipos de apostasextinção desses micro-organismos é uma ameaça à nossa própria espécie. Se eles sumirem do mapa antestipos de apostassabermos o que fazem, isso representa uma chance perdida para lidar com problemas do presente e do futuro (como o aumentotipos de apostasdoenças crônicas e inflamatórias, por exemplo).
E é justamente aí que entra o Microbiota Vault: a proposta é preservar num local seguro amostrastipos de apostasvárias espéciestipos de apostasmicro-organismos.
A princípio, a iniciativa tem dois focos principais. Primeiro, a coletatipos de apostasfezes humanastipos de apostasvárias partes do mundo. Esse é um método simples para obter parte da microbiota intestinal.
Segundo, estocar alimentos fermentados por diferentes tipostipos de apostasbactérias, como queijos e iogurtes.
"Nosso objetivo é incentivar que os pesquisadorestipos de apostasvárias nacionalidades criem coleções próprias, que ficarão armazenadas nos paísestipos de apostasorigem", descreve Dominguez-Bello.
"Daí eles também poderão enviar parte dessas amostras para o cofre da Microbiota Vault, que servirá como cópiatipos de apostassegurança. Elas serão guardadastipos de apostasgraça sob duas condições. Primeira, que apenas o cientista responsável pode acessar aquele conteúdo. Segunda, que teremos autorização para fazer o sequenciamento genético daquela espécie, e essa informação ficará disponível gratuitamente para o público", complementa.
A princípio, o cofre ficará localizado na Suíça — mas, por causa das recentes instabilidades relacionadas à pandemiatipos de apostascovid-19 e à guerra na Ucrânia, os responsáveis pelo projeto também estudam outras opções, como manter mais cópiastipos de apostasoutros territórios, como a Groenlândia ou a Patagônia argentina.
Hoffmann considera que está na horatipos de apostasfazer alguma coisa para lidar com a extinção dos micróbios. "Se demorarmos, será tarde demais", acredita.
"Para mim, o cofre representa uma esperança para o futuro da saúde da humanidade e do próprio planeta", conclui Dominguez-Bello.
- Este texto foi publicadotipos de apostashttp://vesser.net/curiosidades-64457799
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível