Memória: Julgamentopixbet escanteiosnazista há 50 anos ajudou a unificar Israel:pixbet escanteios

Adolf Eichmann
Legenda da foto, Eichmann foi sequestradopixbet escanteiosBuenos Aires e levado para Israel pelo Mossad

O julgamento ajudou a criar o moderno Estadopixbet escanteiosIsrael e tem profundas implicações para o mundo hoje.

"Quando me apresento diantepixbet escanteiosvocês", disse ao tribunal, na ocasião, o chefe da promotoria, Gideon Hausner, "não estou só. Comigo, nesse momento, estão seis milhõespixbet escanteiospromotores".

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Os presentes ouviram que Eichmann tinha tido um papel central na organização dos campospixbet escanteiosconcentração onde milhões morreram.

Ao saber, pelo promotor da Alemanha Ocidental Fritz Bauer, que Eichmann vivia na Argentina, o Mossad, polícia secretapixbet escanteiosIsrael, organizou,pixbet escanteios1960, um sequestro do acusadopixbet escanteiosestilo digno dos filmespixbet escanteiosJames Bond.

O homem que chefiava a equipe do Mossad encarregada da tarefa, Rafi Eitan, hoje tem maispixbet escanteios80 anos.

Falando à BBC, Eitan disse que Eichmann foi levadopixbet escanteiosBuenos Aires a um local secretopixbet escanteiosIsrael, onde foi interrogado por vários meses.

"Ele era um tipo comum", disse Eitan.

Um interrogador da polícia israelense na época, Michael Goldman Gilad, também com idadepixbet escanteiostornopixbet escanteios80 anos, disse que Eichmann era um coitado, um João Ninguém.

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Enquanto corria o julgamento, por trás da cena, nos bastidores, o então primeiro-ministropixbet escanteiosIsrael, David Ben Gurion, armava uma importante jogada política.

Ele sabia que, se o julgamento fosse abordado da forma correta, poderia se transformarpixbet escanteiosum evento unificador para o jovem Estadopixbet escanteiosIsrael, que ele tentava construir com imigrantes judeus vindospixbet escanteiostodo o mundo - pessoas que falavam línguas diferentes e que, às vezes, pareciam ter poucopixbet escanteioscomum.

Em 1961, não havia televisãopixbet escanteiosIsrael, mas a nação ouvia as audiências por meiopixbet escanteiostransmissõespixbet escanteiosrádio. Enquanto isso, no resto do mundo, milhões assistiam ao julgamento pela TV.

Dia após dia, ouvia-se relatospixbet escanteiossobreviventes que falavam abertamente, com frequência pela primeira vez, sobre os horrores que tinham vivido.

Adolf Eichmann

Crédito, AP

Legenda da foto, Julgamento por crimespixbet escanteiosguerra deu impulso a Israel

"Até 1960, o Holocausto era tabu. Os pais não contavam aos filhos. Os filhos não ousavam perguntar. O julgamento abriu a ferida", disse o historiador Tom Segev.

O interrogador Goldman Gilad sobreviveu a Auschwitz, mas seus pais e irmã foram mortos.

Quando foi para Israel depois da guerra, Gilad, como muitos outros sobreviventes, não falou sobre o que tinha visto nem à família e amigos, porque outros israelenses "não acreditavampixbet escanteiosnós".

"Era impossível acreditar, porque era tão horrível. Mas o julgamentopixbet escanteiosEichmann abriu nossas bocas novamente".

Segundo Segev, Ben Gurion queria que todos reconhecessem que "o que quer que o mundo deve a essas vítimas, deve hoje a Israel".

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Eichmann foi declarado culpado no dia 11pixbet escanteiosdezembropixbet escanteios1961 e foi executado no dia 30pixbet escanteiosmaiopixbet escanteios1962.

Michael Goldman Gilad estava lá.

Ele se lembravapixbet escanteiosque,pixbet escanteiosAuschwitz, Eichmann havia exigido que todo judeu fosse morto porque qualquer sobrevivente poderia, um dia, buscar vingança.

"Bem, ele estava certo", disse o interrogador á BBC.

Após a execução, Gilad recebeu ordenspixbet escanteiossupervisionar a queima do corpo e a atirada das cinzas no mar - para que não houvesse uma tumba ou local que pudesse se tornar foco da atençãopixbet escanteiosneo-nazistas.

Gilad disse que as cinzaspixbet escanteiosEichmann foram suficientes apenas para encher um recipientepixbet escanteiosdois litros.

Ele ficou chocado porque, nos campospixbet escanteiosconcentração, umapixbet escanteiossuas tarefas era espalhar cinzas dos crematórios sobre o gelo e a neve para que os oficiais nazistas não escorregassem.

Os restos dos mortos tinham formado "uma grande montanhapixbet escanteioscinzas", muito mais do que os punhados provenientes do corpopixbet escanteiosEichmann, explicou.

Meio século mais tarde, a maldadepixbet escanteiosEichmann elude explicações. Mas seu legado é claro.

Se um dia foi considerado assunto doloroso demais para ser mencionado, o Holocausto é hoje matéria compulsóriapixbet escanteiosescolas israelenses.

Em cada dez estudantes da escola secundáriapixbet escanteiosIsrael, oito descrevem a si próprios como "sobreviventes do Holocausto".

Os 50 anos do julgamentopixbet escanteiosEichmann oferecem também uma oportunidade para que se discuta,pixbet escanteiosIsrael, se as sombras do passado não estariam dificultando, ao país, alcançar a paz no presente e a prosperidade futura.