Quem são os suspeitos identificados pela tentativamobile b1betexplodir uma bombamobile b1betBrasília:mobile b1bet
Gerentemobile b1betposto, bolsonarista e inconformado
De acordo com documentos obtidos pela BBC News Brasil, Sousa tem 54 anosmobile b1betidade e é um gerentemobile b1betpostomobile b1betgasolina na regiãomobile b1betXinguara, no sul do Pará. Ele conta que se revoltou com a vitóriamobile b1betLuiz Inácio Lula da Silva nas eleições a pontomobile b1betse mudar para Brasília e participar do acampamentomobile b1betapoiadores do presidente Jair Bolsonaro próximo ao QG do Exército pedindo uma intervenção militar que impedisse o petistamobile b1betassumir o poder.
A regiãomobile b1betXinguara é conhecida por ostentar grandes taxasmobile b1betdesmatamento e,mobile b1bet2022, votou majoritariamente no presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Xinguara, por exemplo, Bolsonaro obteve 63,19% dos votos contra 36,81%mobile b1betLula.
Segundo o depoimento registrado junto à Polícia Civil, Sousa disse ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) desdemobile b1beteleição,mobile b1bet2018, "por acreditar que ele é um patriota e um homem honesto".
A partirmobile b1betoutubromobile b1bet2021, segundo ele, obteve licençasmobile b1betCaçador, Atirador e Colecionador (CAC) e passou a comprar armas e munições. No total, teria gasto R$ 160 milmobile b1betarmamentos.
"O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo o seguinte: 'Um povo armado jamais será escravizado'. E também minha paixão por armas que tenho desde a juventude", diz um trecho do depoimentomobile b1betSousa à Polícia Civil.
O apoiomobile b1betSousa a Bolsonaro ganhou novos contornos depois do segundo turno das eleições, quando o presidente perdeu para Lula. O gerente contou que após os resultados serem divulgados, ele passou a participarmobile b1betprotestos no Pará. No dia 12mobile b1betnovembro, decidiu se mudar para Brasília, onde centenasmobile b1betpessoas se aglomerammobile b1betfrente ao QG do Exército.
"Após o segundo turno das eleições eu passei a participarmobile b1betprotestos no Pará e no dia 12/11/2022 eu vim à Brasília com a minha caminhonete Mitsubishi Triton levando comigo duas escopetas calibres 12; dois revólveres calibre .357; três pistolas, sendo duas Glocks e uma CZ Shadow 2; um fuzil Springfield calibre .308; maismobile b1betmil muniçõesmobile b1betdiversos calibres e cinco bananasmobile b1betdinamite", diz um trecho do depoimentomobile b1betSousa.
Com as armas, Sousa disse à polícia que seu objetivo era claro.
"A minha ida até Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriammobile b1betfrente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das forças armadas para pegarmobile b1betarmas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs que estavam acampados no QG do exército assim que fosse autorizado pelas forças armadas", diz outro trechomobile b1betseu depoimento à polícia.
Aindamobile b1betacordo com o que declarou às autoridades, Sousa disse que foi no acampamento que surgiu a ideiamobile b1betusar bombas. A ideia teria surgido após protestos que resultaram na queimamobile b1betum ônibus e carrosmobile b1betBrasília depois que um indígena bolsonarista foi preso pela Polícia Federal por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, ninguém foi presomobile b1betdecorrência dos atosmobile b1betvandalismo.
"Porém, ultrapassado quase um mês (desde o resultado do segundo turno) nada aconteceu e então eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretaçãomobile b1betestadomobile b1betsítio para impedir instauração do comunismo [no] Brasil", diz um trecho do depoimento.
"Vários manifestantes do acampamento conversaram comigo e sugeriram que explodíssemos uma bomba no estacionamento do Aeroportomobile b1betBrasília durante a madrugada emobile b1betseguida fizéssemos denúncia anônima sobre a presençamobile b1betoutras duas bombas no interior da áreamobile b1betembarque", contou Sousa.
É nesse momento que, segundo o depoimentomobile b1betSousa, o destino dele emobile b1betAlan se cruzam.
Ex-candidato a vereador e suspeito
A identidade completamobile b1betAlan Diego Rodrigues vem sendo divulgada por veículosmobile b1betimprensa como os portais G1, Metrópoles e Folhamobile b1betS. Paulo. Procurada, a Polícia Civil não se pronunciou oficialmente sobre ele. Ele é citado como um dos suspeitosmobile b1better executado a tentativamobile b1betatentado a bomba, ao ladomobile b1betGeorge Washingtonmobile b1betOliveira Sousa.
Segundo o portal UOL, Rodrigues viviamobile b1betComodoro, cidademobile b1betMato Grosso na divisa com Rondônia. A região é partemobile b1betum importante reduto bolsonarista. No segundo turno, por exemplo, Bolsonaro obteve 64,34% dos votosmobile b1betComodoro, contra 31,47%mobile b1betLula.
Aindamobile b1betacordo com o UOL, Rodrigues foi candidato a vereador pelo PSDmobile b1bet2016, mas não foi eleito. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou um patrimôniomobile b1betR$ 203 mil.
Em suas redes sociais, há fotos dele com políticos bolsonaristas como o senador eleito Magno Malta (PL-ES), o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o deputado federal eleito Zé Trovão (PL-SC). Ele também postou imagensmobile b1betfrente ao Palácio da Alvorada, no acampamentomobile b1betfrente ao QG do Exército,mobile b1betuma pistola e a imagemmobile b1betum leão com a legenda: "Patriotas #TACHEGANDOAHORA".
No depoimento dado por George Washingtonmobile b1betOliveira Sousa à polícia, ele disse que o plano inicial discutido com outros manifestantes era explodir uma bomba no aeroporto e fazer uma denúncia anônima dizendo que outros dois artefatos estariam armados na áreamobile b1betembarque do local.
Sousa, porém, disse que não concordou com a ideia e passou a defender que a bomba fosse instaladamobile b1betpostesmobile b1betenergia elétrica próximos a uma subestaçãomobile b1beteletricidademobile b1betTaguatinga, uma das maiores cidades-satélites do Distrito Federal. Uma mulher que havia se voluntariado para levar a bomba ao local planejado não compareceu.
Foi aí que, segundo Sousa, Rodrigues entrou na história.
"Ao contrário da mulher, um homem chamado Alan que eu já tinha visto algumas vezes no acampamento se mostrou mais disposto e se voluntariou para instalar a bomba nos postes [...] que ficam próximos à subestaçãomobile b1betTaguatinga, já que era mais fácil derrubar os postes do que explodir a subestação como foi pensado originalmente", diz um trecho do depoimentomobile b1betSousa.
O gerentemobile b1betpostos afirmou que, no dia 23, entregou a bomba a Rodrigues para que ele a instalasse nos postes.
"Eu entreguei o artefato ao Alan e insisti que ele instalassemobile b1betum postemobile b1betenergia para interromper o fornecimentomobile b1beteletricidade, porque eu não concordei com a ideiamobile b1betexplodi-la no estacionamento do aeroporto. Porém, no dia 23/12/2022 eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido a bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original", constamobile b1betoutro trecho do depoimentomobile b1betSousa à Polícia Civil.
Desde a prisãomobile b1betSousa, a polícia vem fazendo buscas para localizar Rodrigues. Nesta terça-feira (27/12), porém, o governador Ibaneis Rocha disse, ao ser questionado sobre o assunto, que tudo indica que o homem fugiu do Distrito Federal.
"A polícia já identificou essa pessoa, está fazendo as buscas. Pelo que foi alcançado pela polícia, ele já se evadiu do Distrito Federal, mas estão atrás e a gente deve ter notícia nas próximas horas", disse Ibaneis durante uma entrevista coletiva.
A BBC News Brasil procurou a defesamobile b1betGeorge Washingtonmobile b1betOliveira Sousa, mas o advogado que inicialmente o atendia informou que não está mais conduzindo o caso. No sistema da Justiça do Distrito Federal e Territórios, não há nenhum outro advogado cadastrado para defendê-lo.
- Este texto foi publicado em http://vesser.net/brasil-64105977