Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, será ministra da SaúdeLula; conheçatrajetória:

Nisia Trindade

Crédito, AFP Contributor Getty Images

Nísia Trindade Lima foi a primeira mulher a se tornar presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cargo que ocupa desde 2017.

Depois dos anos à frenteuma das principais instituiçõessaúde do país, a cientista agora assumirá a coordenação do Ministério da Saúde, no lugarMarcelo Queiroga, a partir2023, quando começa o governo Lula.

É também a primeira vez que uma mulher vai assumir o cargoministra da Saúde.

Sua produção acadêmica eprojetos são voltados à saúde pública, diálogo entre sociedade e ciência, história das ciências, coordenaçãoparcerias internacionais e diferentes medidas para a contenção da pandemia da covid-19. Conheça mais sobretrajetória abaixo.

Nisia Trindade

Crédito, Wagner Meier Getty Images

Legenda da foto, Nísia Trindade será a primeira mulher a se tornar ministra da Saúde

Produção acadêmica

Nísia Trindade se formouCiências Sociais pela Universidade do Estado do RioJaneiro (Uerj)1980. Nove anos depois, concluiu mestradoCiência Política pelo Instituto UniversitárioPesquisas do RioJaneiro (Iuperj), pelo qual formou-se doutoraSociologia em1997.

Segundo as informações publicadas no site da Fiocruz, como professora, Trindade ensinou e orientou geraçõesalunostodos os níveisformação, do ensino básico ao pós-doutorado, como docente na Uerj e na Fiocruz.

Além disso, é autoradezenasartigos, livros e capítulos com reflexões sobre os dilemas da sociedade nacional.

Entre 1998 e 2005, ela foi diretora da CasaOswaldo Cruz, unidade da Fiocruz voltada para pesquisa e memóriaciências sociais, história e saúde.

Contribuições durante a pandemia da covid-19

Como presidente da Fiocruz, conforme informa o site da instituição, Trindade liderou as ações do instituto no enfrentamento da pandemiacovid-19 no Brasil.

Dentre outras iniciativas, a Fiocruz criou um novo Centro Hospitalar no campusManguinhos; coordenou no país o ensaio clínico Solidarity da Organização Mundial da Saúde (OMS); aumentou a capacidade nacionalproduçãokitsdiagnóstico e processamentoresultadostestagens; organizou ações emergenciais junto a populações vulneráveis; ofereceu cursos virtuais para profissionais do SUS; lançou manualbiossegurançaescolas, e tornou-se laboratórioreferência para a OMScovid-19 nas Américas.

A cientista também criou o Observatório Covid-19, rede transdisciplinar que realiza pesquisas e sistematiza dados epidemiológicos; monitora e divulga informações, para subsidiar políticas públicas, sobre a circulação do novo coronavírus e seus impactos sociaisdiferentes regiões no Brasil.

Outra ação importante foi a criação da Rede FIOCRUZVigilância Genômica, onde especialistasdiversas unidades da Fiocruz e institutos parceiros trabalham para gerar dados consistentes sobre o comportamento do SARS-CoV-2, colaborando com as análises epidemiológicas eeficácia vacinal e potencializando no Brasil a capacidadeenfrentamento da pandemia.

Nísia Trindade, como presidente da Fiocruz, coordenou todo o acordoencomenda tecnológica na articulação com o Ministério da Saúde do Brasil, a UniversidadeOxford, a farmacêutica AstraZeneca e as unidadesprodução locais.

Com a conclusão da transferênciatecnologia da AstraZeneca, a Fiocruz tornou-se a primeira instituição do Brasil a produzir e distribuir uma vacina contra a COVID-19 ao Ministério da Saúde com produção 100% nacional.

Além disso,setembro2021, a Fundação foi selecionada pela OPAS/OMS como centrovacinasmRNA. O InstitutoTecnologiaImunobiologia (Bio-Manguinhos) tornou-se um dos dois centrosdesenvolvimento e produçãovacinas com tecnologia mRNA da América Latina.

- Este texto foi publicadohttp://vesser.net/brasil-64068762