EUA confiam no sistema eleitoral do Brasil, diz porta-voz do Departamentobet velozEstado:bet veloz

Pessoa lacrando urna eletrônica

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Diplomata não pode prever quando o governo americano reconhecerá resultado das eleições, mas afirmou que 'vontade do povo' deve ser respeitada

Sobre o cenário internacional, Johnson diz que o Brasil é "bom candidato" para membro permanente do Conselhobet velozSegurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Atualmente, há apenas cinco membros permanentes no conselho (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia) e outros 10 não-permanentes com mandatos rotativos, entre eles o Brasil.

Nesta semana, porém, o presidente norte-americano Joe Biden, disse, na Assembleia Geral da ONU, ser favorável ao aumento no númerobet velozassentos permanentes e não-permanentes do conselho, uma pauta histórica da diplomacia brasileira.

Johnson também falou sobre o conflito na Ucrânia e a posição brasileirabet velozrelação à Rússia, que, nesta semana, anunciou a mobilizaçãobet veloz300 mil militares e não descartou o usobet velozarmas nucleares.

Confira os principais trechos da entrevista:

bet veloz BBC News Brasil - Autoridades brasileiras, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, têm mantido encontros frequentes com autoridades russas, inclusive após a invasão russa sobre a Ucrânia. Nesta semana, o chanceler brasileiro, Carlos França, e o chanceler russo, Serguei Lavrov voltaram a se encontrar. Que sinais esses encontros enviam no contextobet velozque a Rússia ameaça intensificar o conflito?

bet veloz Christopher Johnson - A nossa prioridade é chegar ao pontobet velozterminar o conflito na Ucrânia. Tem parceiros mais alinhados com a nossa postura, mas dialogamos para encontrar os meios para chegarmos a esse fim. Nem sempre estamosbet velozacordo sobre quais ferramentas devemos usar, mas eu acho que o ponto que todos temosbet velozcomum é a soberania e a independênciabet velozcada país.

Como nossa representante na ONU (Linda Thomas-Greenfield) falou, os Estados Unidos não pretendem dominar os outros países. Entendemos que, às vezes, não vamos estarbet velozacordo 100%, mas temos outros desafios que pretendemos enfrentar juntos e vamos continuar tentando convencer os outros parceiros e nos ajudar a assegurar a paz na Ucrânia.

Christopher Johnson

Crédito, Divulgação/ US Department of State

Legenda da foto, 'Nossa prioridade é chegar ao pontobet velozterminar o conflito na Ucrânia', diz porta-voz do Departamentobet velozEstado dos EUA

bet veloz BBC News Brasil - Você disse que há países mais alinhados e outros menos. Em que grupo o Brasil está?

bet veloz Christopher Johnson - Tem outros países que não fizeram esse tipobet velozencontro, né? Acho que teria que investigar quais são as posturas do Brasil a respeito das sanções etc. Eu diria que os líderes europeus são mais alinhados conosco.

bet veloz BBC News Brasil - Recentemente, o Brasil se abstevebet velozuma votação sobre a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Assembleia Geral da ONU. Como os EUA avaliam a decisão do Brasilbet velozabstençãobet velozum momento tão crítico?

bet veloz Christopher Johnson - Como falei, seria importante respeitar a independência e soberaniabet veloztodos os países. Nós preferiríamos que a maioria dos Estados estivessembet velozacordo [...] Mas todos os países têm esse direito a abstenção e vamos continuar vendo as opções para continuar a trabalhar juntos.

bet veloz BBC News Brasil - O Brasil tem evitado se posicionar contra a Rússia desde a invasão russa à Crimeia,bet veloz2014. Mais recentemente, o Brasil foi contra a imposiçãobet velozsanções após a nova invasão russa à Ucrânia. Considerando o anúncio do presidente Vladimir Putinbet velozuma mobilizaçãobet veloz300 mil militares, o senhor avalia que o Brasil errou?

bet veloz Christopher Johnson - Acho que seria uma posição para o povo brasileiro decidir. O presidente Bolsonaro foi eleito pelo povo brasileiro. Nós continuaremos a falar com nossos parceiros no Brasil pra ver como vamos trabalhar nesses e outros temas.

bet veloz BBC News Brasil - Tanto a Rússia quanto a China fazem movimentos pra ampliarbet velozinfluência na América Latina, que durante muito tempo, foi considerada uma zonabet velozinfluência dos Estados Unidos. O que teria levado os Estados Unidos a negligenciarem a região?

bet veloz Christopher Johnson - Os Estados Unidos sempre foram abertos para trabalhar com os parceiros na região. Temos cultura e histórias compartilhadas. No meu caso, eu sou descendentebet velozimigrantes da região e esses laços são muito fortes. Com relação à influênciabet velozoutros países da região, pretendemos informar os nossos parceiros sobre quais os custosbet velozse relacionar com os outros países.

Temos visto que, algumas vezes, esses países que fazem acordos com a China acabam percebendo que os custos foram mais altos do que o que eles achavam que seriam. Mas como falou o nosso Secretáriobet velozEstado, Anthony Blinken, não cabe a nós dizemos com quem esses países irão fazer parcerias.

bet veloz BBC News Brasil - Sebet velozum lado tem Rússia e China fazem esse movimento, do outro tem os países da região abertos à chegada desses países. Se há compartilhamentobet velozvalores, porque eles estariam tão abertos a essa aproximação?

bet veloz Christopher Johnson - Seria difícil pra eu falar sobre quais os motivos que esses países teriam. Mas posso falarbet veloznós. Nós continuamos tendo relação com a China. É um importante parceiro comercial dos Estados Unidos mesmo quando há problemasbet veloznossas relações. Então imagino que haja um cálculo, também, dos outros países.

bet veloz BBC News Brasil - É possível os Estados Unidos retomarem essa posiçãobet velozliderança na regiãobet velozum contextobet velozque a China, por exemplo, já é o maior parceiro comercialbet velozparte dos países da região?

bet veloz Christopher Johnson - Eu acho que sim. Os Estados Unidos continua sendo um líder, mas também temos uma visão mais abertabet velozliderança. Como o presidente Joe Biden disse no seu discurso, estamos abertos a reformar o Conselhobet velozSegurança, os assentos permanentes e não-permanentes, para integrar mais membros, especialmente os da região.

Pessoas fazendo vistoriabet velozurnas eletrônicas

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, "Comobet velozqualquer qualquer processo eleitoral no mundo, o mais importante é a voz do povo", diz Christopher Johnson

bet veloz BBC News Brasil - O presidente Biden disse que é favorável a essa reformulação (do Conselhobet velozSegurança da ONU) e essa é uma pauta histórica do Brasil. Hoje, o Brasil teria o apoio dos Estados Unidos para fazer parte do Conselhobet velozSegurança da ONU como membro permanente?

bet veloz Christopher Johnson - Para nós, acho que é evidente que o Brasil seria um bom candidato. Para selecionar os países que vão formar parte (como membros permanentes do conselho), eu imagino que seria um processobet velozdiálogo, mas evidentemente estaríamos abertos à candidatura do Brasil.

bet veloz BBC News Brasil - O Brasil teria o apoio dos Estados Unidos para fazer parte do conselhobet velozforma permanente?

bet veloz Christopher Johnson - Para respeitar o processo diplomático, eu não quero já nomear quais serão os países membros desse conselho. Mas, como falei, o Brasil seria um bom candidato. Eu acho que os méritos são evidentes.

bet veloz BBC News Brasil - Teremos eleiçõesbet velozpouco maisbet velozuma semana. O atual presidente brasileiro colocabet velozxeque a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral. Os Estados Unidos confiam no sistema eleitoral brasileiro?

bet veloz Christopher Johnson - As instituições democráticas são importantes para o povo norte americano e para o povo brasileiro. Vamos continuar trabalhandobet velozconjunto para reforçar essas instituições e estamos atentos a esse processo eleitoral no Brasil.

bet veloz BBC News Brasil - Mas vocês confiam no sistema eleitoral brasileiro ou não?

bet veloz Christopher Johnson - Nós confiamos, sim.

bet veloz BBC News Brasil - Há um movimento para que potências ocidentais façam o reconhecimento do resultado das eleições assim que o Tribunal Superior Eleitoral anuncie os números. Isso seria uma formabet velozalgum tipobet velozmanobra contestatória dos resultados. Em que momento os Estados Unidos irão reconhecer o resultado das eleições brasileiras? Será logo após o anúncio do TSE?

bet veloz Christopher Johnson - Comobet velozqualquer qualquer processo eleitoral no mundo, o mais importante é a voz do povo. Então, estaremos atento a esses resultados. Não posso prever qual seria a postura (do governo norte-americano) porque o mais importante é o que decidiu o povo brasileiro. Então, não tendo os detalhes específicos, não posso dizer qual seria a nossa postura. Mas o que pretendemos é que o povo brasileiro e a vontade do povo brasileiro sejam respeitados.

bet veloz BBC News Brasil - O ex-presidente Lula já deu a entender que Zelensky seria tão culpado pela guerra na Ucrânia quanto Putin. Que tipobet velozrelação vocês esperam com um eventual governo do PTbet velozrelação a essa questão russa?

bet veloz Christopher Johnson - Então acho que não seria apropriado falarbet velozum governo ebet velozum candidato antes das eleições. No momento, continuamos dialogando com vários membros do ambiente brasileiro. Então, claro, continuamos dialogando com o presidente Bolsonaro, com outros partidos políticos e com a sociedade civil brasileira. Mas não posso falarbet velozum governo que não existe.

- Este texto foi publicado originalmentebet velozhttp://vesser.net/brasil-62975715

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