Ministério da Educação: quedaaposta ganha gratisMilton Ribeiro abre brecha para Centrão comandar pasta:aposta ganha gratis
Quem deverá comandar a pasta até a definição do novo ministro é o secretário-executivo da pasta, Victor Godoy Veiga, servidoraposta ganha gratiscarreira da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ministério disputado
Ribeiro assumiu o comando do MECaposta ganha gratis16aposta ganha gratisjulhoaposta ganha gratis2020, após uma sérieaposta ganha gratiscrises na liderança da pasta. Desde o começo do governo Bolsonaro, o ministério vinha sendo alvoaposta ganha gratisdisputas pelo seu comando.
Inicialmente, o embate se deu entre as alas militar e ideológica, fortemente influenciada por pessoas ligadas ao escritor Olavoaposta ganha gratisCarvalho, mortoaposta ganha gratis2021.
Depois que o governo fez uma guinadaaposta ganha gratisdireção ao Centrãoaposta ganha gratisbuscaaposta ganha gratisapoio político, o bloco passou a fazer parte da disputa pelo controle da pasta.
No ano passado, o presidente Bolsonaro selou uma aliança com o bloco ao apoiar a candidatura do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a Presidência da Câmara dos Deputados e ao nomear o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a chefia da Casa Civil.
Embora não haja uma definição rígida sobre quais partidos fazem parte do grupo, uma legenda que muitas vezes esteve próxima ao Centrão, o DEM, já comandou o MEC entre maioaposta ganha gratis2016 e abrilaposta ganha gratis2018. À época, o ministro foi o ex-deputado federal Mendonça Filho.
O principal interesse do Centrão no MEC está no volume do seu orçamento e pela capilaridadeaposta ganha gratissuas ações. O ministério repassa recursos e desenvolve projetosaposta ganha gratispraticamente todos os municípios do país.
Em um ano eleitoral, o comando da pasta é avaliado como um ativo importante para viabilizar candidaturas, especialmente no interior do país. Além disso, o MEC também é responsável pela regulação da criação e funcionamentoaposta ganha gratisinstituiçõesaposta ganha gratisensino superior privadas, um mercado bilionário no Brasil.
Apesaraposta ganha gratister bom trânsito no meio político, Milton Ribeiro não era visto como um nome da ala política do governo, hoje comandada pelo Centrão. Ele tinha respaldoaposta ganha gratisdiversas lideranças evangélicas próximas ao presidente.
Mas a crise gerada após uma sérieaposta ganha gratisdenúncias sobre a participaçãoaposta ganha gratispastoresaposta ganha gratisuma espécieaposta ganha gratis"gabinete paralelo" no MEC vinha erodindo esse apoio. O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleiaaposta ganha gratisDeus Vitóriaaposta ganha gratisCristo, cobrou, nesta segunda-feira, que Ribeiro fosse exonerado.
A crise envolvendo pastores
As denúncias envolvendo a gestãoaposta ganha gratisRibeiro começaram há pouco maisaposta ganha gratisduas semanas com reportagens publicadas pelos jornais O Estadoaposta ganha gratisS. Paulo e Folhaaposta ganha gratisS. Paulo.
Segundo elas, dois pastores evangélicos estariam cobrando propinaaposta ganha gratisprefeitosaposta ganha gratistrocaaposta ganha gratisacesso ao ex-ministro e para acelerar o processoaposta ganha gratisliberaçãoaposta ganha gratisverbas do Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Em um áudio divulgado pela Folhaaposta ganha gratisS.Paulo, Ribeiro disse queaposta ganha gratisprioridade era beneficiar as cidades mais necessitadas e, depois, os gestores que fossem próximos aos dois pastores. Aindaaposta ganha gratisacordo com o áudio, ele afirma que essa priorização havia sido pedida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Após as denúncias, Ribeiro deu entrevistas negando ter cometido qualquer irregularidade e que ele mesmo havia encaminhado duas denúncias sobre o caso para a Controladoria Geral da União (CGU). Em uma carta divulgada nesta segunda-feira, Ribeiro ele voltou a dizer que não cometeu nenhum ato irregular.
"Tenho plena convicção que jamais realizei um único atoaposta ganha gratisgestão na minha pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário. As suspeitasaposta ganha gratisque uma pessoa, próxima a mim, poderia estar cometendo atos irregulares devem ser investigadas com profundidade", afirmou.
Na quinta-feira (24/03), Bolsonaro chegou a demonstrar apoio a Ribeiro durante uma transmissão ao vivoaposta ganha gratissuas redes sociais. Ele disse que as críticas ao ministro eram uma "covardia" e que ele colocariaaposta ganha gratis"cara no fogo" pelo então ministro.
Na mesma transmissãoaposta ganha gratisque Bolsonaro disse que colocariaaposta ganha gratis"cara no fogo" por Ribeiro, ele também reclamouaposta ganha gratispessoas próximas que estariam indicando nomes para substituir o ministro.
"Tem gente que fica buzinando: 'Manda o Milton embora que a gente tem alguém pra indicar aqui'. Duvido botar para o público o nome, não faz isso porque se der errado a culpa é minha", disse o presidente.
Centrãoaposta ganha gratisolho
Fortalecido, o Centrão é o grupo favorito dentro do governo para emplacar o novo comando do MEC. O nome mais especulado para assumir o lugaraposta ganha gratisRibeiro é o do diretoraposta ganha gratisações educacionais do FNDE, Garigham Amarante Pinto.
Ele também atuou como assessoraposta ganha gratisparlamentares do atual PL, partido do presidente.
A pressão para obter o comando do MEC durante o governo Bolsonaro é mais um movimentoaposta ganha gratisuma sequência que se intensificou a partiraposta ganha gratis2020, quando o bloco começou a emplacar alguns nomes para cargos importantes na estrutura do ministério.
O principal deles é o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte, que assumiu o cargoaposta ganha gratis2020 e era chefeaposta ganha gratisgabineteaposta ganha gratisCiro Nogueira. O ministro da Casa Civil é hoje um dos principais estrategistas da campanha à reeleiçãoaposta ganha gratisBolsonaro. Na época, a ala conhecida como ideológica do governo reagiu e fez críticas sobre o avanço do Centrãoaposta ganha gratisdireção ao ministério.
O FNDE funciona como se fosse uma espécieaposta ganha gratis"banco" vinculado ao MEC e é responsável pelo repasseaposta ganha gratisverbas destinadas à educação básicaaposta ganha gratistodo o país. Em 2022, o órgão tem um orçamentoaposta ganha gratisR$ 64 bilhões para 2022.
Para o professor da Faculdadeaposta ganha gratisEducação da Universidadeaposta ganha gratisSão Paulo, Daniel Cara, a brecha para o Centrão aberta pela quedaaposta ganha gratisMilton Ribeiro é motivoaposta ganha gratispreocupação.
"O Centrão sempre desejou a pasta da Educação. Eles já tinham o comando do FNDE e agora podem ter o ministério inteiro. Isso tem implicações porque antes eles só controlavam os repassesaposta ganha gratisrecursos. Agora, poderão ter acesso ao órgão que formula as políticas públicasaposta ganha gratiseducação", afirmou.
Segundo Daniel Cara, a eventual chegada do bloco ao comando do MEC pode ter impactos diretosaposta ganha gratissetores como a regulação da educação superior privada.
"Há muito interesseaposta ganha gratisalguns setores ligados ao Centrão nos setores que controlam a aberturaaposta ganha gratisnovos cursos universitários. Creio que podemos esperar uma grande pressão para a aberturaaposta ganha gratiscursos, especialmenteaposta ganha gratisMedicina, porque são cursos que dão maior retorno financeiro para centros universitários", disse.
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