Covid-19: 20 dias após aval da Anvisa, governo anuncia vacinação infantil; entenda:3 bet cbet
3 bet cbet O governo federal anunciou na quarta-feira (5/1) a vacinação3 bet cbetcrianças entre 5 e 11 anos, que deve começar na terceira semana3 bet cbetjaneiro.
A expectativa é que o primeiro lote3 bet cbetdoses chegue ao país3 bet cbet133 bet cbetjaneiro e que sejam enviadas para a aplicação nos municípios a partir do dia seguinte.
Foram compradas 20 milhões3 bet cbetdoses da farmacêutica Pfizer, única aprovada até o momento para essa faixa etária no país.
Elas serão entregues ao longo do primeiro trimestre, sendo que 3,74 milhões chegarão ao Brasil ainda3 bet cbetjaneiro, segundo o ministério.
O governo disse que haverá uma prioridade para crianças com comorbidades e com deficiência, e sugeriu a aplicação3 bet cbetuma ordem3 bet cbetidade das mais velhas para as mais novas.
A versão pediátrica da vacina da Pfizer foi aprovada pela Agência Nacional3 bet cbetVigilância Sanitária (Anvisa)3 bet cbet163 bet cbetdezembro.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esclareceu que seriam necessárias3 bet cbettese 40 milhões3 bet cbetdoses para completar o regime3 bet cbetimunização3 bet cbetduas doses, porque há 20 milhões3 bet cbetcrianças nesta faixa etária no Brasil.
No entanto, segundo o ministro, a Pfizer só conseguiria enviar ao Brasil 20 milhões3 bet cbetdoses3 bet cbetum primeiro momento.
Além disso, "não sabemos ainda qual será a taxa3 bet cbetadesão dos pais,e os novos pedidos dependerão disso e da capacidade da indústria3 bet cbetentregar [os imunizantes]", disse Queiroga.
Outras 20 milhões3 bet cbetdoses estão reservadas para o segundo trimestre, e os pedidos serão feitos conforme a vacinação avançar, informou Queiroga.
"Não faltará vacina para nenhum pai que queira vacinar seus filhos", disse o ministro.
A composição da dose pediátrica é equivalente a um terço da dose aplicada3 bet cbetadultos.
Embora a bula do imunizante preveja a aplicação da segunda dose 21 dias depois da primeira, a Ministério da Saúde instituiu um intervalo3 bet cbetoito semanas.
De acordo com o governo federal, Reino Unido, Canadá, Espanha, Austrália e Portugal adotam um intervalo igual ao do Brasil, enquanto França, Israel, Chile e Estados Unidos seguem a bula.
A secretária extraordinária3 bet cbetenfrentamento à covid-19, Rosana leite3 bet cbetMelo, explicou que a decisão3 bet cbetmudar o regime3 bet cbetimunização.
"Estudos mostram que, com um intervalo maior3 bet cbettrês semanas, há uma maior produção3 bet cbetanticorpos neutralizantes, e não estamos3 bet cbetum cenário epidemiológico3 bet cbetnecessidade premente3 bet cbetcompletar o esquema vacinal primário", disse Melo,3 bet cbetreferência à queda do número3 bet cbetcasos e mortes registrados na população3 bet cbetgeral e nesta faixa-etária nos últimos meses.
A secretária afirmou ainda que o regime vacinal adotado reduz o risco3 bet cbetque as crianças desenvolvam uma miocardite, uma inflamação3 bet cbetuma membrana do coração que é um efeito adverso raro3 bet cbetcrianças.
"É raro, mas queremos que o risco seja o menor possível", disse ela.
Diferentemente do que foi anunciado anteriormente, não será exigido um pedido médico para a vacinação, embora tenha sido reforçado no anúncio a importância3 bet cbetuma consulta prévia a um médico.
"É imprescindível", opinou a secretária. "A criança está3 bet cbetpleno desenvolvimento. Temos alguns efeitos adversos e, embora sejam raros, nesse público o cuidado deve ser maior."
Melo esclareceu ainda que será necessária a presença dos pais ou3 bet cbetum responsável da criança no ato da vacinação.
Em casos3 bet cbetque isso não for possível, será exigida uma autorização dos responsáveis.
"É para a segurança da criança", afirmou a secretária.
Queiroga reforçou que as vacinas são seguras: "Houve mais3 bet cbet8 milhões3 bet cbetdoses aplicadas nos Estados Unidos sem que tenha sido feito nenhum alerta".
Consulta pública
Ao menos 39 países já autorizaram ou já iniciaram o uso3 bet cbetvacinas contra covid-193 bet cbetcrianças, sendo que a grande maioria aplica ou aplicará o imunizante da mesma fabricante.
No entanto, Queiroga disse que esse histórico e o aval da Anvisa não eram suficientes e deu início a um processo3 bet cbetconsulta pública sobre o tema.
A medida foi inédita. Não houve consulta para a imunização3 bet cbetoutras faixas etárias.
O ministro se justificou dizendo que a "pressa é inimiga da perfeição" e, diante das críticas3 bet cbetque a consulta seria uma pretexto para adiar o início da imunização infantil, defendeu na época que se tratava3 bet cbetum instrumento democrático.
Agora, reiterou que não houve um atraso intencional e destacou que as negociações com a Pfizer começaram antes mesmo da aprovação do imunizante pela Anvisa.
Queiroga disse ainda3 bet cbetdezembro que3 bet cbetpasta instituiria a obrigatoriedade3 bet cbethaver uma prescrição médica para a aplicação do imunizante.
Mas, na terça-feira (4/1), foi divulgado que a maioria das quase 100 mil pessoas que responderam à consulta pública se opuseram à necessidade3 bet cbetreceita médica.
Sociedades médicas e conselhos3 bet cbetsecretarias3 bet cbetSaúde também se manifestaram contra à exigência, que não ocorrerá mais.
O ministro negou que tenha havido um recuo nesta questão. "Havia uma recomendação [de exigência3 bet cbetprescrição]. Faz parte do processo3 bet cbetdecisão. Se fosse para ter tomado a decisão naquele momento, não teríamos feito a consulta pública", disse.
As posições3 bet cbetQueiroga foram muito criticadas e vistas como um alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro.
O ministro disse, porém, que não se importa com isso: "Críticas fazem parte. Quem não quiser ser criticado não sente nesta cadeira".
Bolsonaro se manifestou contra a vacinação infantil contra covid-193 bet cbetdiversas ocasiões - inclusive, afirmou que decidiu não imunizará3 bet cbetfilha Laura,3 bet cbet11 anos.
Ele também criticou a Anvisa por ter concedido a autorização e disse que queria saber os nomes dos técnicos responsáveis pela decisão, gerando uma forte reação3 bet cbetfuncionários da agência.
Queiroga saiu3 bet cbetdefesa3 bet cbetBolsonaro e disse que o governo federal está instituindo a vacinação infantil.
"Bolsonaro é contra a vacinação? Ele é a favor da liberdade dos pais3 bet cbetvacinar ou não seus filhos", declarou.
Entre os argumentos apresentados a favor da vacinação infantil, está o fato3 bet cbetque testes mostraram que o imunizante é eficaz e seguro.
Os especialistas também argumentam que, além3 bet cbetproteger as crianças, isso contribui para o combate à pandemia ao dificultar a circulação do vírus - algo especialmente valioso diante do aumento3 bet cbetcasos recente causado pela variante ômicron.
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