Brasileiros lideram ranking mundialjogo da paciênciasensaçãojogo da paciênciaviverjogo da paciência'paísjogo da paciênciadeclínio':jogo da paciência
jogo da paciência Uma pesquisajogo da paciênciaopinião feitajogo da paciência25 países traz uma visão desalentadorajogo da paciênciaboa parte da população global a respeitojogo da paciênciasuas respectivas instituições políticas — e os brasileiros têm uma percepção negativa acima da média mundial.
Maisjogo da paciênciadois terços (69%) dos mil brasileiros entrevistados afirmam que o país estájogo da paciênciadeclínio, o maior índice observado entre todos os países participantes da pesquisajogo da paciênciaopinião Broken-System Sentiment in 2021, realizada pela empresa Ipsos.
São 12 pontos percentuais acima da (já alta) média mundialjogo da paciência57%jogo da paciênciapessoas que têm a percepçãojogo da paciênciaviverjogo da paciênciapaísesjogo da paciênciadeclínio. Os índices são altos também no Chile, na Argentina e na África do Sul, todos com 68%.
Além disso, 72% dos brasileiros disseram acreditar que a sociedade do país está "falida", índice semelhante aos respondentes da Hungria e só superado pelo da África do Sul (74%).
A média global, nesse caso, éjogo da paciência56%.
É importante que a liderançajogo da paciênciaum rankingjogo da paciênciasentimentos tão negativos cause desconforto no Brasil, opina Helio Gastaldi, porta-voz da Ipsos.
"Espero que a pesquisa cumpra o papeljogo da paciênciadar um chacoalhão. A crítica (às instituições políticas) é generalizada ao redor do mundo, mas nãojogo da paciênciaforma tão aguda quanto no Brasil", afirma Gastaldi à BBC News Brasil.
Esse sentimento já havia se manifestado nas pesquisas anteriores da Ipsos sobre o mesmo tema,jogo da paciência2016 e 2019.
"É um sentimento que persiste e que coincide com o que notamosjogo da paciênciaoutros estudos e pesquisas que fizemos para clientes,jogo da paciênciaque se percebe hoje no Brasil um sentimentojogo da paciênciadecepção e insegurança. Passa uma ideiajogo da paciênciagrande preocupação com o futuro", prossegue Gastaldi.
Populismo e 'líderes dispostos a quebrar as regras'
De modo geral, a pesquisa traz um panoramajogo da paciênciadesconexão e decepção das pessoas com suas instituições: na média, 71% dos entrevistados globais concordam com a frasejogo da paciênciaque "a economia está manipulada para favorecer os ricos e poderosos".
E 68% concordam com a ideiajogo da paciênciaque partidos e políticos tradicionais não se preocupam com as "pessoas como eu".
E, quanto maior a sensaçãojogo da paciênciaviver sob um "sistema falido", maior é também a manifestaçãojogo da paciênciaapoio a modelos populistas ou antielite, aponta o Ipsos.
No Brasil, por exemplo, 74% dos entrevistados disseram concordar com a frase "o Brasil precisajogo da paciênciaum líder forte para retomar o país dos ricos e poderosos", dez pontos percentuais acima da média global.
Um índice menor, mas igualmente alto (61%)jogo da paciênciabrasileiros afirmou que "para consertar o país, precisamosjogo da paciênciaum líder forte, disposto a quebrar as regras". A média global, aqui, éjogo da paciência44%.
"Isso reforça o discurso populistajogo da paciênciaque as instituições não servem ejogo da paciênciaque temjogo da paciênciavir alguémjogo da paciênciafora para consertá-las — um remédio que a gente já sabe que não funciona", afirma Helio Gastaldi.
No lugarjogo da paciênciadepositar as esperançasjogo da paciênciaum líder que derrote o sistema e milagrosamente resolva os problemas, prossegue Gastaldi, o mais produtivo seria fortalecer as instituições e aumentar a participação popular nelas.
Uma ressalva importante nesse ponto, diz Gastaldi, éjogo da paciênciaque o apoio a um "líder forte que quebre as regras" é maior entre os mais velhos (acima dos 50 anos) do que entre os mais jovens, "que parecem mais predispostos a (confiar em) soluções institucionais".
De qualquer modo, analisa ele, "é um índice alto, preocupante, que reflete um certo saudosismo da ditadura (militar no Brasil), uma visão nublada e incorreta desse período como sendo umjogo da paciênciamais ordem oujogo da paciênciamenos corrupção. Isso também alerta para a necessidadejogo da paciênciaum diálogo intergeracional".
Ainda segundo a pesquisa, 82% dos brasileiros acham que a elite política e econômica não se importa com as pessoas que trabalham duro. Três quartos dos entrevistados (76%) acreditam que a principal divisão da sociedade do Brasil é entre cidadãos comuns e a elite política e econômica.
"As pessoas entendem que quem pode ou tem responsabilidadejogo da paciênciafazer algo (para melhorar o país) o fazjogo da paciênciabenefício próprio", prossegue Gastaldi.
"São vários indicadores negativosjogo da paciênciaque o Brasil está muito acima da média mundial, mostrando que a população se sente muito desassistida."
Migração
O único ponto da pesquisajogo da paciênciaque os brasileiros ficam abaixo das médias internacionais diz respeito a temas migratórios.
Aqui, 53% concordam com a frase "quando os empregos são escassos, empregadores devem priorizar nativos a imigrantes", contra 57% da média global.
E apenas 26% acham que o Brasil seria mais forte se deixassejogo da paciênciareceber imigrantes, contra 38% no resto do mundo.
A pesquisa da Ipsos foi feita online com 19 mil respondentesjogo da paciência16 a 74 anos, entre março e abril,jogo da paciênciaEUA, Canadá, Malásia, África do Sul, Turquia, Bélgica, França, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Itália, Japão, Espanha, Hungria, México, Holanda, Peru, Polônia, Rússia, Coreia do Sul, Suécia, Argentina, Chile, Colômbia e Brasil.
Segundo a Ipsos, as amostras são representativas da composição populacional dos países — embora,jogo da paciênciaparte deles (Brasil inclusive), ela reflita a opiniãojogo da paciênciauma população majoritariamente urbana, próspera e com mais acesso à educação.
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