Covid: 3 critérios para mundo voltar a abrir portas para turistas do Brasil:https gratis pixbet com

Turistas chegando a aeroporto na Espanha

Crédito, EPA/CATI CLADERA

Legenda da foto, Espanha abriu a fronteira para turistas vacinados, mas Brasil está excluído da lista por apresentar 'especial risco epidemiológico'

Ou seja, para os brasileiros, não basta estar totalmente vacinado para vislumbrar férias nos principais destinos internacionais.

avião

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Com avanço da vacinação pelo mundo, países começam a abrir as fronteiras para turistas imunizados. Mas pessoas vindas do Brasil tem ficadohttps gratis pixbet comfora

Consideradohttps gratis pixbet com"especial risco epidemiológico", o Brasil pode continuar isoladohttps gratis pixbet comgrande parte do mundo por causa do descontrole da pandemia e o 'caldeirãohttps gratis pixbet comvariantes' que circulam pelo território.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, para que as portashttps gratis pixbet comEUA e Europa voltem a se abrir a turistas brasileiros, o país possivelmente precisará cumprir ao menos três critérios:

1. Reduzir taxahttps gratis pixbet cominfecções por 100 mil habitantes

O número proporcionalhttps gratis pixbet cominfecções é um dos critérios usados pelas equipeshttps gratis pixbet comaconselhamento dos EUA e União Europeia na horahttps gratis pixbet comdecidirhttps gratis pixbet comonde receber turistas vacinados, destaca o pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza.

A União Europeia estabeleceu como regra permitir a entrada, sem quarentena,https gratis pixbet compessoas vacinadas vindashttps gratis pixbet compaíses com taxahttps gratis pixbet comaté 75 casoshttps gratis pixbet comcovid por 100 mil habitantes,https gratis pixbet com14 dias.

Hospital lotadohttps gratis pixbet comSanto André, SP

Crédito, REUTERS/Amanda Perobelli

Legenda da foto, Com 416 novos casoshttps gratis pixbet comcovid a cada 100 mil habitantes, Brasil está longehttps gratis pixbet comfigurar no limite máximo exigido pela União Europeia para permitir entradahttps gratis pixbet comturistas imunizados

O Brasil está longe dessa meta. Nas últimas duas semanas somadas, teve 416 novos casoshttps gratis pixbet comcovid por 100 mil habitantes, conforme dados utilizados pelo Centro Europeuhttps gratis pixbet comPrevenção e Controlehttps gratis pixbet comDoenças.

Trata-se da 12ª pior taxa do mundo, sendo que dos 10 países com mais infecções por 100 mil habitantes, sete são latino-americanos. Ou seja, para cumprir as regras atuais da União Europeia, o Brasil precisaria reduzirhttps gratis pixbet com82% a taxahttps gratis pixbet cominfecção por 100 mil habitantes.

Segundo o professorhttps gratis pixbet comPolíticahttps gratis pixbet comSaúde Global Peter Baker, a experiência mostra que vacinação, medidashttps gratis pixbet comconfinamento e distanciamento social são os caminhos para diminuir casoshttps gratis pixbet comcovid.

Reino Unido e grande parte dos países europeus introduziram lockdowns nos primeiros estágioshttps gratis pixbet comvacinação para conter infecções e surgimentohttps gratis pixbet comvariantes nesse período.

"O principal a fazer é reduzir os casoshttps gratis pixbet comcontaminação. Um país como Brasil deveria poder acelerar a campanhahttps gratis pixbet comvacinação e deveria receber ajudahttps gratis pixbet compaíses ricos. Outra opção é aumentar medidashttps gratis pixbet comdistanciamento social", diz Baker, que é pesquisador do Centrohttps gratis pixbet comDesenvolvimento para Saúde Global, no Reino Unido.

2. Controlar o surgimentohttps gratis pixbet comvariantes

O principal motivo para a exclusão do Brasil da decisão da União Europeiahttps gratis pixbet comreceber turistas vacinados é o riscohttps gratis pixbet comvariantes do coronavírus, dizem Bozza e Baker. Atualmente, a P.1, identificada primeiramentehttps gratis pixbet comManaus e rebatizadahttps gratis pixbet comgamma pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é a cepa prevalentehttps gratis pixbet comtodo o território brasileiro.

Ela preocupa por ser mais transmissível e pela capacidadehttps gratis pixbet comevadir anticorpos ao apresentar mutações que facilitam a entrada do vírus nas células humanas. Um estudo publicado na revista Science mostrou que a P.1 é até 2,4 vezes mais transmissível que outras linhagens e mais capazhttps gratis pixbet comreinfectar quem já teve covid.

E pesquisas preliminares apontam que vacinas perdem eficácia contra essa variante, embora ainda ofereçam forte proteção contra hospitalizações e casos graves da doença.

Cepas surgidas a partirhttps gratis pixbet commutações da P.1 também já foram identificadas no Brasil e não se sabe se são mais letais e transmissíveis.

Coronavírus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisa mostrou que a variante P1 é até 2,4 vezes mais transmissível que outras linhagens do coronavírus

Para piorar o cenário, a variante indiana, conhecida como Delta, apontada como responsável pelo atual surtohttps gratis pixbet comcovid na Índia, já foi identificadahttps gratis pixbet comcidades brasileiras.

Como nenhuma vacina é 100% eficazhttps gratis pixbet comimpedir infecções, embora sejam muito eficienteshttps gratis pixbet comevitar hospitalizações, não é impossível que uma pessoa imunizada embarque num avião com o vírus, principalmente se sairhttps gratis pixbet comum país onde circulam variantes que reduzem ainda mais esse percentualhttps gratis pixbet comproteção.

"Se você pensa numa pessoa totalmente vacinada chegando à fronteira, ela apresenta risco baixo. Mas se ela estiver vindohttps gratis pixbet comum país onde estava altamente exposta à circulaçãohttps gratis pixbet comuma variante, pode ser que esteja infectada apesar das duas doseshttps gratis pixbet comvacina", explica Baker.

"É algo raro, mas pode acontecer."

Ou seja, para que turistas brasileiros voltem a ser recebidoshttps gratis pixbet comoutros países, conter o surgimentohttps gratis pixbet comvariantes seria essencial, diz o especialista ouvido pela BBC News Brasil.

"A principal preocupação é com circulaçãohttps gratis pixbet comvariantes. Infelizmente, esse é o critério correto e o Brasil se enquadra entre os países que têm novas cepashttps gratis pixbet comcirculação."

3. Acelerar a vacinação

O ritmohttps gratis pixbet comvacinação no Brasil começou lento, por causa da decisão do governo federalhttps gratis pixbet comnão comprar vacinas ainda 2020, quando mais doses estavam disponíveis.

Devido à escassezhttps gratis pixbet comimunizantes para atender a todos os brasileiros, apenas 11% da população recebeu duas doses da vacina até 9https gratis pixbet comjunho e 24% recebeu uma dose, segundo dados do Our World in Data, ranking globalhttps gratis pixbet comdados oficiais compilados pela Universidadehttps gratis pixbet comOxford, no Reino Unido.

No ranking da proporção da população que recebeu duas doses, o Brasil aparecehttps gratis pixbet com74º no mundo numa lista com 190 países.

A cobertura vacinal é um dos elementos considerados pela União Europeia, EUA e Reino Unido ao definirhttps gratis pixbet comquais países receber visitantes. Quanto maior o percentualhttps gratis pixbet compopulação imunizada, menor a circulação do vírus e o riscohttps gratis pixbet comcontaminação.

mulher sendo vacinada

Crédito, EPA/Andre Coelho

Legenda da foto, Apenas 11% da população brasileira (23,4 milhõeshttps gratis pixbet compessoas) recebeu duas doses da vacina até 9https gratis pixbet comjunho

Inicialmente, a União Europeia anunciou que receberia vacinados com doses aprovadas pela agência reguladora do bloco, o que excluiria a CoronaVac, principal vacina utilizada hoje no Brasil. Muitos brasileiros ficaram preocupadoshttps gratis pixbet comnão poder viajar no futuro por terem sido imunizados com a vacina produzida pelo Instituto Butantanhttps gratis pixbet comparceria com a China.

Mas, pouco depois, a União Europeia informou que poderão ser incluídas vacinas aprovadas pela OMS. A Coronavac tevehttps gratis pixbet comutilização emergencial aprovada pelo organismo internacionalhttps gratis pixbet com1ºhttps gratis pixbet comjunho. Especialistas dizem que a tendência é que todos os países recebam, no futuro, vacinados com imunizantes chancelados pela OMS.

Ou seja, qualquer vacina aprovada pela OMS e a Agência Nacionalhttps gratis pixbet comVigilância Sanitária (Anvisa) já deixa o brasileiro mais pertohttps gratis pixbet comvoltar a viajar pelo mundo.

"Não importa qual marcahttps gratis pixbet comvacina você recebe entre as oferecidas no Brasil. Não é isso que vai restringir ahttps gratis pixbet commobilidade para viajar no exterior. Todas elas foram aprovadas pela OMS. O mais importante é ser vacinado", destaca Peter Baker, do Centro para Desenvolvimento Global, no Reino Unido.

'Imagem negacionista também pesa'

Além do descontrole da pandemia, da existênciahttps gratis pixbet comvariantes e do ritmo lentohttps gratis pixbet comvacinação, o pesquisador da Fiocruz Fernando Bozza cita a postura negacionista do governo federal como fator que contribui para o isolamento do Brasil. Em várias ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro minimizou a gravidade do coronavírus e até hoje se opõe fortemente a medidashttps gratis pixbet comdistanciamento social.

"Tem uma questãohttps gratis pixbet comcaráter político, que é o fatohttps gratis pixbet como governo brasileiro ter se mostrado negacionistahttps gratis pixbet comtoda a racionalidade do controle da pandemia. Isso também, olhando externamente, leva a uma percepção ruimhttps gratis pixbet comrelação ao país como um todo", diz Bozza, que é chefe do Laboratóriohttps gratis pixbet comPesquisa Clínicahttps gratis pixbet comMedicina Intensiva do Instituto Evandro Chagas.

"Então, o entendimento internacional é ahttps gratis pixbet comque não há porque flexibilizar as regras para o Brasil, um país com variante, infecção alta e um governo que gera a percepçãohttps gratis pixbet comnão se preocupar com o controle da pandemia."

Mas Peter Baker, do Centro para Desenvolvimento Global, também critica os países ricos por comprarem doses excessivashttps gratis pixbet comvacinas e não ajudarem países pobres ehttps gratis pixbet comdesenvolvimento a sair da crise. Para ele, a responsabilidade deve ser compartilhada.

"Países ricos agora deveriam financiar a expansão do acesso a vacinashttps gratis pixbet compaíses pobres ehttps gratis pixbet comrenda média. Não é só por uma questãohttps gratis pixbet comcaridade, mas porque é o necessário a fazer para garantir o retorno do comércio internacional e do turismo", defende o pesquisador britânico.

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