'Não podemos viver numa caverna': turistas ignoram covid-19 e dizem não se arrependerfrash cassinoviagem ao Brasil para Ano Novo:frash cassino
Questionado se tem tomado precauções, como usofrash cassinomáscaras ou distanciamento social, ele diz que usa proteção facial "quando é solicitado".
"Mas aí todo mundo beija todo mundo nas festas", ri.
A BBC News Brasil conversou com outros estrangeiros que viajaram ao Brasilfrash cassinoférias para o períodofrash cassinofestas, também sob condiçãofrash cassinoanonimato por temerem represálias. Alguns contam ter decidido "fechar" o perfil no Instagram (quando as imagens só ficam disponíveis para os seguidores aprovados), especialmente após contas na rede social terem sido criadas para expor os que violam as regras.
Um deles que passou o Ano Novofrash cassinoTrancoso disse que os brasileiros "pouco se importam com o coronavírus".
"As ruas estavam cheiasfrash cassinogente sem máscara", destacou.
Ele ressalvou, no entanto, que tenta evitar multidões. "Não me metofrash cassinogrupos e evito festas com desconhecidos".
Na semana passada, uma reportagem da BBC News Brasil alertou para os riscosfrash cassinopessoas participaremfrash cassinoaglomerações e aumentarem a transmissão do vírus.
O impacto, segundo epidemiologistas, começa no local da festa e depois colocafrash cassinorisco familiares, colegasfrash cassinotrabalho e outras pessoas do convívio social que não necessariamente participaramfrash cassinocomemorações.
"Nem todo mundo tem a percepçãofrash cassinoque o problema é que ele vai ser o transmissor para o pai dele ou que vai passar doença para o amigo, que vai passar para o pai. As pessoas não têm percepçãofrash cassinoquanto fazem parte dessa cadeia", disse o epidemiologista Márcio Bittencourt.
À reportagem ele destacou o risco para as pessoas do entorno que não têm a opçãofrash cassinocontrolar o contato, como familiares e colegasfrash cassinotrabalho.
"Tenho uma amiga que mora com os paisfrash cassino90 anos. Se ela pegar e passar para os pais, eles têm riscofrash cassinomorrer pela atitude dela. E não é questãofrash cassinose ela vai ter ou não um caso complicado (de covid-19). Se ela, depoisfrash cassinovoltar da festa, for viver no convívio familiar com os pais que moram com ela, não há escolha. O risco está presente", acrescentou.
Mudançafrash cassinoregras
Só a partir do dia 30frash cassinodezembro, passageirosfrash cassinovoos internacionais que desembarcam no Brasil passaram a ter que apresentar um teste RT-PCR negativo para covid-19 feito até 72 horas antes da viagem. Essa medida, na opiniãofrash cassinoespecialistas, foi adotada "tarde demais".
"O Brasil já deveria ter começado a tomar medidasfrash cassinorestriçãofrash cassinopessoas chegando ao país desde que começou a segunda onda na Europa", disse o pesquisador Domingos Alves, responsável pelo Laboratóriofrash cassinoInteligênciafrash cassinoSaúde (LIS) da Faculdadefrash cassinoMedicina da Universidadefrash cassinoSão Paulo (USP),frash cassinoRibeirão Preto,frash cassinoentrevista recente à BBC News Brasil.
"Lembrando que houve quase um mêsfrash cassinodiferença entre o aparecimento da segunda onda na Europa e no Brasil. Podemos inferir que alguns dos casos que tivemos se deveram ao fatofrash cassinoque mantivemos todos os aeroportos abertos".
"Mais uma vez o governo brasileiro tem um atraso sistemáticofrash cassinorelação às medidas para conter a pandemia. É lamentável", acrescentou.
Até mudar as regras, o Brasil era um dos poucos países do mundo — e o único sul-americano — sem restrições à entradafrash cassinoestrangeiros por aeroportos, não adotando medidas comuns a visitantes que chegavam do exterior por esse meio, como apresentaçãofrash cassinodiagnóstico negativo para covid-19 ou quarentena obrigatóriafrash cassino14 dias.
Também demorou para suspender voosfrash cassinoe para o Reino Unido — a decisão só veio uma semana depois do anúnciofrash cassinoque autoridadesfrash cassinosaúde daquele país haviam descoberto uma nova variante do coronavírus, mais transmissível, agora também detectada no Brasil.
O Brasil já registrou quase 200 mil mortes devido à covid-19 e segue como o segundo país com maior númerofrash cassinomortes na pandemia do novo coronavírus, depois apenas dos Estados Unidos.
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