Covid e festas2xbet cadastroano novo: 'Os pais correm risco2xbet cadastromorrer pela atitude2xbet cadastroquem participa':2xbet cadastro
Bittencourt destaca o risco para as pessoas do entorno que não têm a opção2xbet cadastrocontrolar o contato, como familiares e colegas2xbet cadastrotrabalho.
"Tenho uma amiga que mora com os pais2xbet cadastro90 anos. Se ela pegar e passar para os pais, eles têm risco2xbet cadastromorrer pela atitude dela. E não é questão2xbet cadastrose ela vai ter ou não um caso complicado (de covid-19). Se ela, depois2xbet cadastrovoltar da festa, for viver no convívio familiar com os pais que moram com ela, não há escolha. O risco está presente."
Na mesma linha, a epidemiologista Glória Teixeira, professora do Instituto2xbet cadastroSaúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), diz que, enquanto muitas pessoas continuam a restringir contatos, outras não têm a consciência2xbet cadastroque passar a virada2xbet cadastroano sem aglomerar "é muito melhor porque pode evitar que um parente morra, um amigo morra, seja hospitalizado".
"É muito difícil porque a sociedade está cansada, houve um prejuízo econômico muito grande no comércio e especialmente no turismo. Entendemos que é difícil, mas temos que apelar para o senso2xbet cadastrosolidariedade das pessoas,2xbet cadastroque ao se proteger ela não só está se protegendo como está protegendo o outro."
O Brasil já registrou mais2xbet cadastro190 mil mortes devido à covid-19 e segue como o segundo país com maior número2xbet cadastromortes na pandemia do novo coronavírus, depois apenas dos Estados Unidos.
Disputa no sul da Bahia
O litoral sul da Bahia virou palco2xbet cadastrouma disputa formal sobre a realização2xbet cadastrofestas.
A atenção está voltada principalmente para destinos muito procurados por turistas, como Trancoso e Caraíva. Os dois ficam localizados no município2xbet cadastroPorto Seguro, onde há, segundo dado atualizado até terça-feira (29/12), apenas dois leitos2xbet cadastroUTI desocupados.
O simbólico congestionamento2xbet cadastrojatinhos no aeroporto2xbet cadastroTrancoso, noticiado nos dias que antecedem o Réveillon, chamou atenção para a movimentação no destino já conhecido por receber milionários e celebridades.
Às vésperas do Réveillon, a imprensa local também divulgou imagens com aglomeração2xbet cadastropessoas sem máscara2xbet cadastroCaraíva e noticiou, na terça-feira (29), que a Polícia Militar encerrou uma festa particular2xbet cadastroum condomínio2xbet cadastroluxo2xbet cadastroTrancoso.
Na Bahia, está2xbet cadastrovigor um decreto estadual que proíbe shows e festas, públicos ou privados, independentemente do número2xbet cadastroparticipantes.
O assunto, no entanto, virou tema para a Justiça. Um juiz chegou a autorizar a realização2xbet cadastrofestas2xbet cadastroano novo2xbet cadastroestabelecimentos2xbet cadastroPorto Seguro, mas a decisão2xbet cadastrouma desembargadora nesta terça-feira voltou a proibi-los, a pedido da Procuradoria Geral do Estado.
O governo da Bahia informou que "está intensificando o trabalho2xbet cadastrointeligência, por meio da Secretaria da Segurança Pública, para atuar com a força policial do Estado encerrando festas e shows que tentarem desrespeitar o decreto".
Redes sociais e grupos2xbet cadastroWhatsApp estão sendo monitorados para tentar identificar eventos que não foram anunciados publicamente, segundo a assessoria2xbet cadastroimprensa do governo baiano.
"Alguns eventos tentam a estratégia2xbet cadastrofazer divulgação e venda sem muito alarde, por meio2xbet cadastroWhatsApp e redes sociais, mas nosso objetivo é impedir que essas festas aconteçam", informou a assessoria.
A Polícia Militar divulgou vídeo no qual diz que não vai "tolerar qualquer tipo2xbet cadastrofestas e aglomerações que venham perturbar a ordem pública e colocar2xbet cadastrorisco a vida das pessoas".
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Veja mais2xbet cadastroFacebookA BBC não se responsabiliza pelo conteúdo2xbet cadastrosites externos.Final2xbet cadastroFacebook post
Até a última semana2xbet cadastrodezembro, Porto Seguro, que tem 150 mil habitantes, registrou mais2xbet cadastro4,3 mil casos2xbet cadastrocovid-19 e mais2xbet cadastro80 mortes.
No mesmo período, a Bahia já acumula mais2xbet cadastro480 mil casos2xbet cadastrocovid-19 registrados, e o número2xbet cadastromortes já passou2xbet cadastro9 mil no Estado, segundo dados compilados pela Fiocruz.
Glória Teixeira, da UFBA, diz que, se aglomerações não forem impedidas, haverá aumento no número2xbet cadastrocasos e não descarta problema2xbet cadastrofalta2xbet cadastroleitos. "Aumentar o número2xbet cadastrocasos significa aumentar o número2xbet cadastromortes."
Só festa é aglomeração?
Embora a recomendação seja evitar muito contato com pessoas que não vivem na mesma casa, especialistas dizem que é compreensível o cansaço2xbet cadastrorelação às restrições impostas pela pandemia e afirmam que uma viagem, por si só, não é o maior problema — eles apontam, inclusive, que a pandemia já está disseminada pelo país.
"A transmissão está sustentada no país inteiro. Não tem cidade2xbet cadastroporte um pouco maior no Brasil que não tenha transmissão comunitária sustentada intensa", diz Bittencourt.
O médico diz, no entanto, que o risco está no formato das viagens2xbet cadastrofim2xbet cadastroano. "O problema é que a dinâmica da maioria das pessoas no fim2xbet cadastroano,2xbet cadastroparticular no ano novo, não é viajar só um casal para ficar num lugar tranquilo sozinho."
E uma aglomeração não é caracterizada apenas por um cenário2xbet cadastrofesta com 200 pessoas, afirma Bittencourt.
"Existe talvez uma falsa impressão2xbet cadastroque se o grupo não é muito grande, isso não conta. Mas se você está2xbet cadastro10 pessoas2xbet cadastrouma casa, isso é uma aglomeração. Se essas pessoas não moram juntas e vão passar o fim2xbet cadastroano, uma semana2xbet cadastroviagem,2xbet cadastro10, 20 pessoas juntas, isso é uma aglomeração2xbet cadastrorisco."
O que seria menos arriscado, então?
O médico recomenda que as pessoas só se reúnam2xbet cadastrogrupos pequenos,2xbet cadastronúcleos isolados, que interajam o mínimo com os outros.
"Se moro2xbet cadastrocinco pessoas e vou2xbet cadastrocinco para a praia, não levo o risco muito mais longe do que era aqui. Claro que você interage um pouco, mas é um risco menor. Mas se você vai com 20 amigos ficar numa casa2xbet cadastropraia,2xbet cadastroque cada um mora2xbet cadastrouma casa, e cada um volta para2xbet cadastrofamília depois, a chance2xbet cadastroter vindo contaminado é grande. Agora vai contaminar a família dele."
O médico diz que, por exemplo, um encontro2xbet cadastrodois núcleos familiares, com 6 a 8 pessoas, observando cuidados2xbet cadastrodistanciamento, "é um risco razoável".
"Até dois a três núcleos familiares — para um evento2xbet cadastroambiente aberto, não para ficar numa casa uma semana — é um número não necessariamente bom, mas limite. Mas se estiver indo a uma casa com 20 pessoas ou a festa com 50 pessoas, minha recomendação é não ir."
Celebridades2xbet cadastrofesta
Em alguns casos, os encontros são organizados por celebridades. E são exatamente as pessoas que atraem atenção2xbet cadastrotanta gente que deveriam dar o exemplo para seus fãs, diz Teixeira.
"Se são pessoas famosas, com seguidores e fãs, deveriam dar o exemplo para a sociedade. Dizer 'gostaria2xbet cadastroestar lá e não vou'. Ou vai e fica dentro2xbet cadastrocasa porque não quer contribuir com casos e mortes. Esse deveria ser um papel fundamental", diz a epidemiologista, sem fazer referência a uma festa ou celebridade específica.
Nos últimos dias, virou notícia uma festa promovida por Neymar — que, segundo o jornal O Globo, teve início na sexta-feira (25) e vai até a virada do ano,2xbet cadastrouma mansão2xbet cadastroMangaratiba, no Rio2xbet cadastroJaneiro.
A BBC News Brasil ouviu especialistas sobre o tema, que afirmaram que festas como a do atacante do Paris Saint-Germain podem ser consideradas eventos "superdisseminadores" do coronavírus, por reunir diversas pessoas2xbet cadastroum ambiente fechado.
"Não existe nenhum protocolo2xbet cadastrosegurança que permita esse tipo2xbet cadastrofesta. Todos os protocolos, como o uso2xbet cadastromáscaras e o distanciamento2xbet cadastroaté dois metros, são válidos para pequenas reuniões2xbet cadastroquatro ou cinco pessoas", disse a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão2xbet cadastroCiência.
A assessoria2xbet cadastroimprensa2xbet cadastroNeymar nega que ele tenha organizado uma festa2xbet cadastroRéveillon. Em suas redes sociais, o atleta não se pronunciou sobre o caso.
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