A árvoresorte esportiva siteNatal plantada há 37 anos que atravessa 4 andaressorte esportiva sitecasasorte esportiva sitefamíliasorte esportiva siteSão Paulo:sorte esportiva site
É um pinheiro, árvore símbolo do Natal. Adão a plantousorte esportiva site1983.
Hoje, ele calcula que a árvore tenha entre 15 a 18 metrossorte esportiva sitealtura, atravessando quatro andares dasorte esportiva sitecasa por meiosorte esportiva siteburacos que ele fezsorte esportiva sitecada laje.
No primeiro andar, a árvore passa pela áreasorte esportiva siteserviço. No segundo, passa ao lado da churrasqueira. No terceiro, na lavanderia da casasorte esportiva siteum dos filhos. O quarto andar é a lajesorte esportiva sitecima, aberta, da casasorte esportiva siteAdão, ondesorte esportiva siteesposasorte esportiva sitevezsorte esportiva sitequando toma sol e onde a família passa a virada do Natal e do Ano Novo. Ali está a copa da árvore, vista da rua por quem passa por ali.
"Eu tenho muito, muito orgulho dela. Essa árvore é como um filho pra mim. Não quero que ninguém mexa com ela", diz Adão Francisco Borges, hoje com 73 anos, paisorte esportiva siteoutros seis filhos, além da árvore, e donosorte esportiva siteum bar na zona leste - o Bar do Adão.
O auge sempre foi o Natal.
"Eu gostosorte esportiva siteenfeitar árvore. Toda a vida, desde quando eu morava no interior, a gente fazia festa. Sempre enfeitava o pinheiro e vinha toda a sobrinhada, os parentes, passar a noitesorte esportiva siteNatal aqui", diz Adão. A família toda se reunia na lajesorte esportiva sitecima, onde está a copa da árvore, para ver os fogos na virada e se abraçar.
Acredita-se que tenha sido a Alemanha a primeira a adotar uma árvore como símbolo do Natal, no século 16, embora teorias atribuam a origem da tradição a festivaissorte esportiva siteinverno pagãos e cristãos. A adoção da tradição da árvore decorada se popularizou pelo mundo, no entanto, depois que a família Real britânica, com o príncipe Albert e a rainha Vitória, foi ilustrada ao ladosorte esportiva siteuma árvore decoradasorte esportiva siteNatalsorte esportiva site1846.
Os pinheiros ou os abetos, dois conjuntossorte esportiva siteespéciessorte esportiva siteárvores, foram tradicionalmente usados porque são perenes e,sorte esportiva sitepaíses com inverno rigoroso, isso significa uma árvore com muitas folhas e um verde brilhante mesmo durante o inverno, quando a maioria das outras árvores ficam totalmente sem folhas. São nativos, emsorte esportiva sitemaioria, do hemisfério Norte.
Árvore descartada
Adão deixou a "roça" onde morava,sorte esportiva siteVarzelândia (570 kmsorte esportiva siteBelo Horizonte), e se mudou para São Paulo quando tinha 21 anos,sorte esportiva site1967. Trabalhou durante 25 anos nos restaurantes do Clube ADPM (Associação Desportiva da Polícia Militar), na zona leste. Começou como garçom e acabou se tornando gerente dos restaurantes.
Foi ali que recebeu o pinheirosorte esportiva sitepresente. Em janeirosorte esportiva site1983, quando ia descartar a pequena árvore que havia comprado para o Natal, a filha do dono do restaurante onde Adão trabalhava perguntou se ele não queria a planta.
Adão aceitou. Levou a árvore para casa e a plantou nos fundos. Alguns anos depois, decidiu construir outra casa ali. Construiu a casa ao redor da árvore, com um buraco para que ela crescesse dentro da lavanderia. E ela foi crescendo.
"Então construí uma laje para cobrir a lavanderia e deixei um buraco para a árvore. Quando vi que ela estava crescendo, interesseisorte esportiva sitedeixar a árvore e construir outra lajesorte esportiva sitecima, com mais um buraco para ela. Ali fiz uma áreasorte esportiva sitelazer, com um forno a lenha e uma churrasqueira."
A árvore, diz ele, foi crescendo ainda mais. "Quando ela estava bem alta, meu filho fez a casasorte esportiva sitecima da minha. Construímos mais uma laje com um buraco para a árvore. E ela passou a casa dele e foi embora."
Hoje, a árvore está a maissorte esportiva sitecinco metros para cima da casa do filho. Passa três lajes da casa e fica mais cinco metros para cima.
'Pinheiro do Adão'
No bairro, a árvore é conhecida como "o Pinheiro do Adão". É também um pontosorte esportiva sitereferência, contasorte esportiva sitefilha caçula, a ilustradora e quadrinista Caroline Borges,sorte esportiva site26 anos.
"Quando perguntam 'onde fica a casa do Adão?', a resposta é 'ali onde tá o pinheiro'", diz ela. "No Natal, é uma sensação na rua, principalmente com as crianças."
E o pai, diz ela, quer mostrar a árvore para todo mundo. "Qualquer pessoa que vai lásorte esportiva sitecasa, o moço que vai entregar o gás, por exemplo, ele chama para entrar e mostra a árvore do começo até o final, no último andar."
De fato, durante a entrevista, concedida por telefone, Adão convida diversas vezes para um "tour" para ver a árvore dentrosorte esportiva sitesua casa.
"A primeira pessoa que eu mostro quando alguém vem aqui na minha casa é a árvore", diz ele, sem se dar contasorte esportiva siteque chamou a árvoresorte esportiva site"pessoa". Ela tem nome? "É só 'pinheirinho'. Chamo elasorte esportiva sitepinheirinho."
Há cercasorte esportiva sitedez anos, Adão fez chaveiros com a foto da árvore para distribuir no bar. Ali, ele diz que também mostra a foto da árvore para todos os clientes. "É um lazer ter ela. Tenho muito prazer. E, com a faltasorte esportiva siteárvores no mundo, ter uma árvore plantada dentrosorte esportiva sitecasa é muito bom."
Seu amor pela árvore é tanto que algumas vezes - e notoriamente na família - colocou ela (só um pouquinho) à frente dos filhos.
Temporal
"Às vezes me dava muita raiva porque parecia que meu pai ligava mais para o pinheiro do que para mim. Como eu sou a caçula, sempre fui muito mimada, e dividir a atenção com uma árvore era engraçado", diz Caroline.
São muitas histórias, que foram narradas pela filha no Twitter e viralizaram.
Trovoadas, raios e a mesa do quintal do vizinho voando assustaram a família inteirasorte esportiva siteum dos piores temporaissorte esportiva siteque Caroline se lembra. Ela era adolescente. O pai ligou desesperado.
"Fia?? Oi fia, como é que tá?", perguntou.
"Oi pai, tá horrível, estou morrendosorte esportiva sitemedo mas estamos bem", ela respondeu ao pai preocupado.
"Quê? Alô? Fia, o pinheiro… Como é que tá?"
"Pai, tu me ligou para falar do PINHEIRO?"
"Como ele tá?"
Em outra ocasião, era quase Natal quando Caroline ficou doente. Adão a levou para o médico. Depois, foi trabalhar no bar e, à noite, ligousorte esportiva sitecasa. "E aí, como é que tá?" A filha, "pobre iludida", achou que era preocupação com ela. É claro que… não. A preocupação era com o pinheirinho. Adão: "Não, o pinheiro, como que tá, as luzes tão funcionando?", perguntou.
Ele confirma as histórias rindo alto ao telefone. Do seu lado, a esposa, Sofia, ri também. Viraram anedotas da família.
O pinheirinho é 11 anos mais velho que Carolina, e tem quase a mesma idade que o quinto filhosorte esportiva siteAdão. A relação entre a caçula e a árvore melhorou quando Caroline começou a ir para a escola e se deu conta que ter um pinheiro plantado dentrosorte esportiva sitecasa - atravessando quatro andares - não era algo muito comum. Era especial.
Ela diz rir da situação - "como que meu pai teve a ideiasorte esportiva siteplantar um pinheiro no Brasil, na zona leste, um lugar onde não se vê muitos pinheiros?" -, mas também diz se orgulhar dele. "É legal saber que na minha casa tem uma coisa tão especial e significativa para a minha família."
Natal
Caroline conta como o pinheirinho decorado "sempre deu muito mais climasorte esportiva siteNatal" e que, apesar da gigante árvoresorte esportiva siteverdade passando dentrosorte esportiva sitecasa, a mãe dela sempre montou uma árvore artificial no térreo.
Mas nos últimos anos, pela altura que a árvore atingiu, Adão tem medosorte esportiva siteraios, então não tem mais decorado o pinheirinho.
Além disso, diz ele, é preciso centenassorte esportiva siteluzes, uma boa cobertura para a árvore, ao menos duas pessoas e até um andaime para conseguir decorar a árvore. E,sorte esportiva sitequalquer forma, por causa da pandemia, não haverá uma grande reuniãosorte esportiva sitefamília no Natal deste ano.
O pinheiro, contudo, continuará lá. E por tempo indeterminado, diz Adão. "Ele só vai crescendo, é muito forte. Vou deixar o pinheirinho aqui até onde e quando der para ele ficar."
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