'Sem Mercosul, União Europeia cai no colo dos EUA', diz associaçãográtis pix betexportadores:grátis pix bet
Outro membro do Mercosul, a Argentina, aparece como quinto maior exportadorgrátis pix betalimentos e produtos agrícolas, com 5 bilhõesgrátis pix beteurosgrátis pix betvendas para o bloco, atrásgrátis pix betUcrânia e China.
"Se não tiver acordo entre Mercosul e União Europeia, basicamente a Europa cai no colo dos Estados Unidos. Eu acho que é mais fácil (para os europeus) negociar com o Mercosul do que com os Estados Unidos. O acordo interessa aos dois lados", afirma Castro.
"Tendo acordo com Mercosul, a União Europeia se fortalece para acordo com os Estados Unidosgrátis pix betoutros tiposgrátis pix betprodutos", reforça.
O cartão amarelo do Parlamento Europeu
O acordo entre Mercosul e União Europeia foi firmadográtis pix bet2019 após vinte anosgrátis pix betnegociação com objetivográtis pix betreduzir as tarifasgrátis pix betimportação cobradas no comércio entre os dois blocos. Para entrargrátis pix betvigor, seu texto ainda precisa ser aprovado no Parlamento dos 27 países-membros do bloco europeu e dos quatro do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). No momento, o texto passa por uma revisão técnico, etapa que já era prevista dentro do acordo.
No entanto, dentro da Comissão Europeia discute-se a possibilidadegrátis pix betque a parte estritamente comercial do acordo possa entrargrátis pix betvigor provisoriamente apenas com a aprovação do Parlamento Europeu. Além da partegrátis pix betcomércio, o acordo tem outros dois pilares: questões políticas egrátis pix betsegurança, e cooperação econômica e institucional.
Na quarta-feira (07/10), porém, o Parlamento Europeu deu uma sinalização negativa para esse caminho — o órgão aprovou uma emenda ao relatório sobre aplicação da política comercial europeia recomendando que o "acordo UE-Mercosul não pode ser ratificado nagrátis pix betforma atual". A emenda foi incluída pela bancada francesa do Parlamento Europeu e seu texto inicial citava nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, mas a versão final excluiu a menção direta ao mandatário brasileiro.
Aprovado com 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções, o texto ressalta que "o acordo (UE-Mercosul) contém um capítulo vinculativo sobre o desenvolvimento sustentável que deve ser aplicado, implementado e totalmente avaliado, (...) incluindo a implementação do Acordográtis pix betParis sobre o clima e as respectivas normasgrátis pix betexecução".
Essa emenda não impede a aprovação do acordo com o Mercosul, mas tem o valor simbólicográtis pix betsinalizar o descontentamento com a política ambiental brasileira e a tentativagrátis pix betusar a negociação comercial como formagrátis pix betpressão na área ambiental. Em 21grátis pix betsetembro, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, já havia dito o bloco esperava "um claro compromisso" do Mercosulgrátis pix betgarantir que respeitará a seção "desenvolvimento sustentável" do acordo.
Apesar disso, um dos setores brasileiros que tende a ganhar com a abertura do mercado europeu, os exportadoresgrátis pix betetanol e açúcar, também reafirmaram à reportagemgrátis pix betconfiança no avanço do acordo.
"Estamos confiantesgrátis pix betque os fatos prevalecerão à medida que o texto avança para as próximas fases do processográtis pix betratificação, garantido a manutenção desse acordo, fruto do diálogo estabelecido ao longográtis pix betduas décadas, que beneficiará as economiasgrátis pix betambas as regiões e, particularmente, oferecerá à sociedade europeia maior acesso ao etanol e ao açúcar produzidosgrátis pix betforma altamente sustentável, tantográtis pix betaspectos sociais quanto ambientais", dissegrátis pix betnota a União da Indústriagrátis pix betCana-de-Açúcar (Unica).
O acordo entre Mercosul e União Europeia formará uma das maiores áreasgrátis pix betlivre comércio do planeta — os dois blocos representam cercagrátis pix bet25% da economia mundial e tem um mercadográtis pix bet780 milhõesgrátis pix betpessoas (quase 10% da população do mundo).
Segundo estimativas do Ministério da Economia do Brasil, o acordo representará um incremento no PIB do país equivalente a R$ 336 bilhõesgrátis pix bet15 anos, com potencialgrátis pix betchegar a R$ 480 bilhões, se forem levadosgrátis pix betconta aspectos como a reduçãográtis pix betbarreiras não tarifárias.
Produtos brasileiros terão tarifasgrátis pix betimportação eliminadas na Europa, como sucográtis pix betlaranja, frutas e café solúvel. Outros segmentos terão mais acesso ao mercado europeu, por meiográtis pix betquotas, como carnes, açúcar e etanol.
Do lado europeu, a implementação do acordo deve favorecer a exportação ao Mercosulgrátis pix betprodutos industrializados egrátis pix betitens alimentícios, como vinhos e azeite.
Governo brasileiro aponta lobby do setor agrícola europeu
O governo brasileiro tem reagido às pressões europeias dizendo que as ameaçasgrátis pix betnão ratificação do acordo comercial refletem o lobbygrátis pix betsetores agrícolasgrátis pix betalguns países europeus, como França e Irlanda, que temem perder mercado para o Mercosul.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quinta-feira (07/10) que "tem muito ruído" na emenda aprovada pelo Parlamento Europeu e que é preciso "trabalho diplomático" para o acordo avançar.
"O lobby dos agricultores europeus é muito grande. Também tem a questão dos partidos verdes na Europa que são muito fortes. Tem países que estãográtis pix betprocesso eleitoral. Países que estão vivendo crises internas ali. As pressões são enormes. Temos que ir manobrando pouco a pouco", declarou.
Para José Augustográtis pix betCastro, da AEB, está faltando "diálogo" entre os dois blocos. Ele diz que o Brasil precisa mostrar os benefícios do acordo para o consumidor na Europa. "Na verdade, o consumidor europeu ele não está muito preocupado (com questão ambiental). Ele quer ter um produto com qualidade e bom preço, que é exatamente o que o Brasil oferece", acredita.
Alta do desmatamento dá munição aos críticos
Os dados, porém, dão munição para os setores europeus críticos à política ambiental brasileira. Segundo o Instituto Nacionalgrátis pix betPesquisas Espaciais (Inpe), o númerográtis pix betfocosgrátis pix betincêndio registrados na Amazôniagrátis pix betjaneiro a setembro deste ano (76.030) é o maior para o período desde 2010 (102.409).
Já o Pantanal enfrenta número recordegrátis pix betqueimadas e já teve 26% do seu território consumido pelas chamas.
O aumento da destruiçãográtis pix betflorestas tornou o Brasil alvográtis pix betconstantes críticas internacionais, não só vindas da União Europeia. Nasemana passada (29/09), o desmatamento na Amazônia foi o ponto que levou o Brasil a ser citado no debate entre os candidatos à Presidência americana Joe Biden e Donald Trump.
Biden disse que "começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia".
"(A comunidade internacional diria ao Brasil) aqui estão US$ 20 bilhões, paregrátis pix betdestruir a floresta. E se não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas", afirmou Biden no debate.
A declaração gerou uma resposta imediata e revoltada do presidente Jair Bolsonaro, que classificou o comentário como "lamentável", "desastroso e gratuito" e fez uma sériegrátis pix betpostagens críticas a Biden no Twitter.
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