Se não tem arroz, que comam macarrão? 4 fatos sobre a substituição proposta por supermercados:como apostar nos jogos
Agora, a discussão está nos carboidratos. Embora outros alimentos tenham tido uma altacomo apostar nos jogospreço ainda maior neste ano, é o arroz que vem dominando o debate — ele ficou quase 20% mais caro desde o início do ano, enquanto o preço do feijão mulatinho subiu 32,6%, da abobrinha, 46,8%, e da cebola, 50,4%, segundo dados divulgados na quarta (09/09) pelo Instituto Brasileirocomo apostar nos jogosGeografia e Estatística (IBGE).
A BBC News Brasil ouviu especialistas nas áreascomo apostar nos jogosnutrição, sociologia e economia sobre quais fatores devem ser levadoscomo apostar nos jogosconta ao se falarcomo apostar nos jogossubstituição do arroz pelo macarrão. Um spoiler: ao menos no municípiocomo apostar nos jogosSão Paulo, o macarrão continua saindo mais caro que o arroz.
como apostar nos jogos 1. como apostar nos jogos Inflação
A sugestão da substituição veio diante da altacomo apostar nos jogospreço do arroz: enquanto ele subiu 19,25% neste ano até agosto, o preço do macarrão ficou estável, segundo os dados do IBGE.
O arroz subiucomo apostar nos jogostodas as regiões pesquisadas, chegando a uma altacomo apostar nos jogos27,8%como apostar nos jogosSalvador. Já o preço do macarrão cresceu um poucocomo apostar nos jogosalgumas regiões e caiucomo apostar nos jogosoutras, resultandocomo apostar nos jogosuma variação igual a zero quando pensamos no país todo.
Professorcomo apostar nos jogoseconomia da Universidade Federal do ABC, o economista Fábio Terra explica que a lógica por trás da sugestão na troca dos produtos é o chamado efeito substituição, que, nesse caso, consistecomo apostar nos jogossubstituir a demanda do arroz pela demanda do macarrão. No entanto, ele pondera que, na prática, a mudança não é simples como quer a teoria econômica.
"A racionalidade que colocamos na teoria da economia não considera cultura, gosto, rotina, hábito. Então é muito fácil falar pra substituir arroz por macarrão, mas 95% dos brasileiros comem arroz. Não é uma mudança tão simplescomo apostar nos jogosser feita."
Um estudo da Companhia Nacionalcomo apostar nos jogosAbastecimento (Conab), publicadocomo apostar nos jogos2015, menciona que "quase 95% dos brasileiros consomem arroz e mais da metade o fazem no mínimo uma vez por dia". O mesmo documento aponta que a preferência nacionalcomo apostar nos jogosconsumo é pelo arroz da classe longo fino, comercialmente conhecido como "arroz-agulhinha".
Terra lembra que o aumento do preço do arroz é uma combinaçãocomo apostar nos jogosfatores, e muitos estão fora do Brasil. "Está acontecendo um choque que se dá,como apostar nos jogosparte, porque pode ter ocorrido aumentocomo apostar nos jogosdemanda (pelo fatocomo apostar nos jogosas pessoas estarem maiscomo apostar nos jogoscasa, e não pelo auxílio emergencial), e isso está combinado com a colheitacomo apostar nos jogosprodutores internacionais ainda não ter começado e com exportações do Brasil terem aumentado significativamente."
2. Preço na prateleira e rendimento
O ritmocomo apostar nos jogosaumento do preço do arroz não significa, no entanto, que o quilo do arroz tenha necessariamente ficado mais caro que o macarrão, especialmente considerando as diferenças regionais.
Dados do levantamento do Departamento Intersindicalcomo apostar nos jogosEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)como apostar nos jogos17 capitais aponta uma médiacomo apostar nos jogospreço do quilo do arroz que vaicomo apostar nos jogosR$ 3,20como apostar nos jogosCuritiba a R$ 4,54 no Riocomo apostar nos jogosJaneirocomo apostar nos jogosagosto. Em São Paulo, a média écomo apostar nos jogosR$ 3,37.
O preço médio do pacotecomo apostar nos jogos500gcomo apostar nos jogosmacarrãocomo apostar nos jogosagosto ficoucomo apostar nos jogosR$ 2,64 no municípiocomo apostar nos jogosSão Paulo. Isso significa que a média do quilo do macarrão (R$ 5,28) ainda é mais cara que a média do quilocomo apostar nos jogosarroz. (Não há dados do preçocomo apostar nos jogosmacarrãocomo apostar nos jogosoutras capitais pois o item não integra a cesta básica do Dieese.)
A coordenadora da pesquisa da cesta básica do Dieese, Patrícia Costa, lembra que o macarrão é feitocomo apostar nos jogosfarinhacomo apostar nos jogostrigo, e grande parte do trigo consumido do Brasil é importado. "Importar alimentos com o real desvalorizado significa pagar mais pelo grãocomo apostar nos jogosreal e encarece o valor médio dos derivados — como se observa no preço do macarrão e do pão francês."
Ela destaca, ainda, que "é muito complicado para as famílias brasileiras pagarem pelo aumentocomo apostar nos jogosprodutos tão básicos e tão importantes como arroz, macarrão, carne bovina, leite, pão francês".
A professoracomo apostar nos jogosNutrição da UnB Raquel Botelho lembra que, para não caircomo apostar nos jogosarmadilha, é importante comparar os preços levandocomo apostar nos jogosconta o valor do quilo, e não do pacotecomo apostar nos jogosmacarrão (que,como apostar nos jogosgeral, contém 500g do produto).
Especialista na áreacomo apostar nos jogostécnica dietética, que contempla cozinha e preparações, ela também destaca que o arroz rende mais que o macarrão. Segundo ela, um sacocomo apostar nos jogosum quilocomo apostar nos jogosarroz, bem preparado, rende na panela pelo menos 2kg. Se for um arroz do tipo 1, chega a virar 2,5kg após o preparo. Já o macarrão, segundo ela, a tendência é não passarcomo apostar nos jogos2kg.
como apostar nos jogos 3. como apostar nos jogos Características nutritivas
O sociólogo Carlos Alberto Dória, autor do livro A culinária caipira da Paulistânia, diz que há uma "perspectiva colonialista" na fala do representante dos supermercados, que aponta apenas o macarrão como substituto do arroz. Ele lembra que o Brasil tem alternativascomo apostar nos jogosqualidade nutricional e sabor.
"Ao arroz não se contrapõe apenas o macarrão, mas também a outros carboidratos, como farinhacomo apostar nos jogosmilho, farinhacomo apostar nos jogosmandioca, o cuscuz — importante na alimentação brasileiracomo apostar nos jogosnorte a sul."
O Guia alimentar para a população brasileira, do Ministério da Saúde, aponta que o arroz é o principal representante do grupo dos cereais no Brasil e que o consumo mais frequente é na mistura com o feijão. No grupo dos cereais, também estão milho (incluindo grãos e farinha) e trigo (incluindo grãos, farinha, macarrão e pães), alémcomo apostar nos jogosaveia e centeio.
Por que, então, mencionar apenas o macarrão? Dória diz que é a "lógica do supermercado": o macarrão é mais padronizado e tem várias faixascomo apostar nos jogospreços, enquanto soluções mais regionais estão ligadas principalmente à agricultura familiar ou pequenas indústrias locais.
Raquel Botelho diz que, analisando puramente os macronutrientes, o macarrão é, sim, substituto do arroz, mas desencoraja a substituição.
"Em termoscomo apostar nos jogoscalorias, se for arroz puro e macarrão puro, não faz diferença. São parecidos. Mas a gente não come puro — e sim alho e óleo, molhocomo apostar nos jogostomate, molho branco. Dependendocomo apostar nos jogoscomo combinar, tem um adicionalcomo apostar nos jogoscalorias."
Já o valor do arroz, ela diz, está exatamente na popular combinação com o feijão. Por isso, ela diz, deve-se encorajar a população a consumir arroz com feijão, que é "marcadorcomo apostar nos jogosidentidade no Brasil".
"A combinação arroz com feijão é muito feliz porque o arroz tem aminoácido que o feijão não tem e vice-versa. Eles se completam. Por isso que, como nutricionistas, encorajamos o consumo, principalmentecomo apostar nos jogospopulações que não consomem tanta proteína animal. É uma formacomo apostar nos jogosgarantir minimamente o aporte desses aminoácidos."
Ela destaca que o feijão é fontecomo apostar nos jogosferro ecomo apostar nos jogosfibra, especialmente importante numa população que come cada vez menos frutas e vegetais.
"Tirando o arroz com feijão, você tira quantidadecomo apostar nos jogosfibra da dieta do brasileiro."
Mas não pode comer macarrão com feijão?
Pode. Raquel Botelho diz, no entanto, que a combinação só dos dois não é tão comum no Brasil quanto o arroz com feijão.
Dória lembra da popular pasta e fagioli na Itália, que é uma espéciecomo apostar nos jogossopacomo apostar nos jogosfeijão com macarrão.
"Quando as pessoas falam que não combina, há primeiro um viés elitista e segundo um desconhecimento, porque uma das coisas mais populares no Brasil é o arroz, feijão e macarrão, juntos no mesmo prato."
4. Sensibilidade ao glúten
Outro fator importante apontado pela nutricionista é que o macarrão contém glúten.
Como a estimativa écomo apostar nos jogosque 10% da população seja sensível ao glúten, segundo ela, o macarrão não é uma opção para essas pessoas. Esse percentual inclui celíacos, alérgicos e pessoas com sensibilidade ao glúten.
"A alternativa seria o macarrão de... arroz", diz.
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