Coronavírus: estudo britânico questiona 'relação custo-benefício' do fechamentofreebets bwinescolas:freebets bwin

salafreebets bwinaula vazia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Crianças ainda podem transmitir a doença aos mais velhos

O que diz o novo estudo?

A pesquisa, publicada no portal The Lancet Child and Adolescent Health, analisa 16 outros estudos, baseadosfreebets bwintrês epidemias distintas: a do novo coronavírus (causador da covid-19), a gripe sazonal e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que atingiu a Ásia no início dos anos 2000 com outro tipofreebets bwincoronavírus.

Os cientistas concluíram que:

  • Os dados apontam que o fechamentofreebets bwinescolas contribui para conter a disseminação da gripe sazonal, mas o mesmo não se aplica ao coronavírus;
  • Dados da Sars na China,freebets bwinHong Kong efreebets bwinSingapura sugerem que essa medida não contribuiu ao controle daquela epidemia;
  • Modelos matemáticos recentes sobre a covid-19 projetam que o fechamentofreebets bwinescolas, isoladamente, evitaria algo entre 2% e 4%freebets bwintodas as mortes, muito menos que outras intervençõesfreebets bwindistanciamento social.

Quão confiáveis são essas conclusões?

Um dos autores do estudo da Universidade Collegefreebets bwinLondres, Russell Viner, afirmou serem “limitados” os dados relacionados aos benefícios obtidos com o fechamentofreebets bwinescolas, mas o pouco disponível já mostra que o impacto na saúde pública é pequeno.

“Além disso, os custos para o fechamento das instituiçõesfreebets bwinensinofreebets bwintodo um país são altos, a educação das crianças e a saúde mental delas são abaladas, assim como as finanças familiares.”

Professora lê para alunos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pesquisa, publicada no portal The Lancet Child and Adolescent Health, analisa 16 outros estudos, baseadosfreebets bwintrês epidemias distintas

Para Viner, as autoridades ficar cientes dessas evidências ambíguas, e avaliar a reabertura das escolas assim que for possível. E não necessariamente esperar até setembro, como prevê o governo britânico, se for possível fazê-lo antes com segurança.

Não há consenso sobre o tema.

Neil Ferguson, especialista do Imperial Collegefreebets bwinLondres que trabalhou nos modelos matemáticos que embasaram a estratégia do governo britânico, afirmou que o estudo da Universidade Collegefreebets bwinLondres falha na avaliação do benefício associado do fechamentofreebets bwinescolas com medidasfreebets bwindistanciamento social.

“Quando essa medida é combinada com distanciamento social intenso, ela desempenha um papel importantefreebets bwingarantir interações apenas entre pessoas que moram juntas e ajudando assim a conter a transmissão do vírus.”

O distanciamento social busca o achatamento da curvafreebets bwincontágio, ou seja, haver menos pessoas doentes ao mesmo tempo para evitar a sobrecarga do sistemafreebets bwinsaúde.

Qual é a política adotada no Brasil?

Ao longo da pandemia, que começoufreebets bwindezembro na China, todos os Estados brasileiros passaram a adotar o fechamento das escolas e universidades públicas. Instituições particularesfreebets bwinensino seguiram na mesma toada.

Segundo a Unesco, cercafreebets bwin53 milhõesfreebets bwinestudantes brasileiros foram afetados pela estratégia, da educação infantil ao ensino superior.

“A Unesco está apoiando os paísesfreebets bwinseus esforços para mitigar o impacto imediato no fechamento das escolas, mais especificamente para as comunidades mais vulneráveis, e para facilitar a continuidade da educação à distância.”

Em pronunciamento no dia 24freebets bwinmarço, o presidente Jair Bolsonaro criticou o fechamentofreebets bwinescolas e disse que são raros os casos fataisfreebets bwinpessoas sãs com menosfreebets bwin40 anosfreebets bwinidade contaminadas por coronavírus.

Salafreebets bwinaula

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Segundo a Unesco, medidasfreebets bwindistanciamento social afetaram maisfreebets bwin90% dos estudantes ao redor do mundo

"O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar a normalidade. (Os governadores) devem abandonar conceitofreebets bwinterra arrasada. Confinamentofreebets bwinmassa", disse o mandatário, naquela ocasião.

Para atenuar o impacto dessa medida na disponibilidadefreebets bwinprofissionaisfreebets bwinsaúde, por exemplo, o governo britânico elencou quais trabalhadores teriam direitofreebets bwinenviar seus filhos para escolas selecionadas, entre eles médicos, paramédicos e enfermeiros.

É factível reabrir as escolas?

As medidas emergenciais adotadas pelos países para combater o coronavírus, incluindo o fechamentofreebets bwinescolas, funcionamfreebets bwinmaneira conjunta.

Ainda que algumas tenham mais impacto que outras, não parece fazer sentido abrir mãofreebets bwinuma delas isoladamente.

Por exemplo, mesmo que as escolas sejam reabertas, dificilmente seriam revogadas as medidasfreebets bwindistanciamento social vigentes no Reino Unido efreebets bwinalguns Estados brasileiros, por exemplo, que os especialistas dizem serem bastante eficazes.

Assim, uma eventual volta das crianças às escolas não afetaria as recomendações (ou determinaçõesfreebets bwinalguns países, como Itália)freebets bwinsó sairfreebets bwincasa para coisas essenciais efreebets bwinas pessoas manterem uma distânciafreebets bwinao menos 2 metros umas das outras.

Alunosfreebets bwincrechefreebets bwinDuquefreebets bwinCaxias (RJ)

Crédito, Marizilda Cruppe/CICV

Legenda da foto, Fechamento das escolas afeta principalmente as famíliasfreebets bwinbaixa renda, que dependem também da merenda escolar para alimentar os jovens

É preciso também avaliar o que fazer com os profissionais da educação que integram gruposfreebets bwinriscos da doença, como pessoas com diabetes ou doenças cardíacas.

Para Viner, da Universidade Collegefreebets bwinLondres, o retorno às aulas poderia ser gradual, com vetos a intervalos ou classes menores com cargas horárias reduzidas.

"Há um leque enormefreebets bwinpossibilidades para escolas reabriremfreebets bwinmodo que se respeite o distanciamento social", afirmou, como um primeiro passofreebets bwindireção ao fim das quarentenas.

Samantha Brooks, pesquisadora do King’s Collegefreebets bwinLondres e membro do Instituto Nacionalfreebets bwinPesquisafreebets bwinSaúde do Reino Unido, comentou o estudo produzido por Viner e outros especialistas da Universidade Collegefreebets bwinLondres.

Para ela, é muito importante a descobertafreebets bwinque o maior impacto possível do fechamento das escolas é bastante limitado, o que pode levar à abertura gradual.

Para Robert Dingwall, professorfreebets bwinsociologia da Universidade Trentfreebets bwinNottingham, o estudo “confirma o que muitosfreebets bwinnós suspeitávamos”, ou seja, “os benefíciosfreebets bwinsaúde pública no fechamento das escolas são desproporcionais aos custos socioeconômicos impostos a crianças e suas famílias”.

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