Como vive um jovem1xbet brasileiraoParaisópolis:1xbet brasileirao
Esses dados oficiais são referentes ao ano1xbet brasileirao2018 e foram compilados no Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa São Paulo.
Questionada porque há essas diferenças tão marcantes entre locais tão próximos como Paraisópolis e Morumbi, a prefeitura não respondeu. Também não disse quais são os projetos que tem para a região nos próximos anos.
Entretanto, a prefeitura informou que a Vila Andrade foi priorizada no atendimento a creches e que zerou a fila1xbet brasileirao2019. Há três unidades básicas1xbet brasileiraosaúde no bairro, mas a administração não informou quais ações foram tomadas para reduzir a espera para consultas.
A difícil busca pelo lazer
De todo modo, ser jovem na segunda maior favela1xbet brasileiraoSão Paulo, onde vivem mais1xbet brasileirao100 mil pessoas, é um desafio1xbet brasileiraobusca1xbet brasileiraolazer. Sem opções, jovens ouvidos pela BBC News Brasil dizem que chegam a se deslocar mais1xbet brasileirao10 km para chegar a um parque ou cinema, por exemplo.
As poucas ações culturais e opções1xbet brasileiraolazer, esportivas e profissionalizantes que existem dentro1xbet brasileiraoParaisópolis não são iniciativas do poder público, mas sim promovidas por ONGs e empresas privadas.
A estudante Andressa Viana1xbet brasileiraoSouza,1xbet brasileirao18 anos, diz que um1xbet brasileiraoseus passeios preferidos é visitar parques, mas que a opção mais próxima1xbet brasileiraoParaisópolis é o Ibirapuera, a uma hora1xbet brasileiraotransporte público.
"Aqui não tem nenhum parque com uma boa estrutura. Só umas pracinhas. Além da distância, a gente ainda tem que pagar a condução (R$ 8,60 ida e volta), que para mim não faz falta, mas tem muitas famílias numa situação muito mais difícil que não têm condições", afirmou a estudante.
A jovem também é privilegiada por participar da Orquestra Paraisópolis, um dos projetos oferecidos na favela. Graças ao projeto, ela ainda ganha dinheiro fazendo apresentações, como a deste fim1xbet brasileiraoano no shopping Granja Viana,1xbet brasileiraoCotia, na região metropolitana da capital.
Ao citar a falta1xbet brasileiraoopções culturais e1xbet brasileiraolazer, Souza lembra do Baile da 17, ou Dz7, onde nove pessoas morreram pisoteadas após ação da Polícia Militar no último fim1xbet brasileiraosemana.
Para ela, o pancadão promovido pelos próprios moradores, que chega a reunir dezenas1xbet brasileiraomilhares1xbet brasileiraopessoas, é uma das raras opções acessíveis1xbet brasileiraodiversão para os jovens que vivem na favela.
"Todos os jovens daqui têm curiosidade1xbet brasileiraoconhecer o baile. Eu já fui uma vez, com a minha mãe e a minha irmã, mas eu não vou mais porque não é algo que me chama a atenção. Hoje, quando chega sábado e domingo, eu combino com minhas amigas e a gente vai uma na casa da outra", disse Souza1xbet brasileiraoentrevista à BBC News Brasil.
A jovem afirma que o Baile da Dz7 é tão popular porque é um point1xbet brasileiraoencontro1xbet brasileiraopessoas da mesma faixa etária,1xbet brasileiraograça e numa área carente1xbet brasileiraoopções. Ela reconhece que o pancadão atrapalha o sono e a mobilidade1xbet brasileiraoalguns moradores, já que a festa toma algumas ruas da região, mas diz que não vê como mudar.
"É o lazer dos jovens. Não temos teatro ou casas1xbet brasileiraoshow. O baile cresceu muito e hoje não sei se existe uma outra forma1xbet brasileiraofazê-lo", disse.
Erick Viana, também1xbet brasileirao18 anos, conta que ele e seus amigos sempre procuram os bailes1xbet brasileiraorua quando querem se divertir. O que eles mais levam1xbet brasileiraoconta é a facilidade para chegar ao local e o custo zero.
Em nota, a prefeitura disse que reconhece o funk como movimento cultural da periferia e que vai promover um festival com cantores do estilo nos dias 14 e 151xbet brasileiraodezembro na Cidade Tiradentes. Para chegar ao local localizado no extremo leste da cidade, moradores1xbet brasileiraoParaisópolis passarão até três horas no deslocamento1xbet brasileiraotransporte público.
Líderes comunitários e moradores dizem que as opções1xbet brasileiraolazer, cultura e educação só não são piores1xbet brasileiraoParaisópolis porque a ausência do poder público é parcialmente compensada pelas ações1xbet brasileiraoONGs, pelas iniciativas dos próprios moradores e1xbet brasileiraoempresas privadas. São dezenas1xbet brasileiraoprojetos musicais, cursos profissionalizantes e até ensino fundamental e médio oferecidos na favela por escolas particulares.
Entre as ações e eventos culturais, há o Ballet Paraisópolis, a Orquestra Paraisópolis, o Favela Music Festival, a Batalha1xbet brasileiraoRimas, o Cineclube e a Mostra Cultural1xbet brasileiraoParaisópolis. O principal equipamento público que oferece algo nesse sentido é o Centro Educacional Unificado (CEU), da prefeitura, que possui aulas1xbet brasileiraoartes marciais e esportes menos comuns no Brasil, como esgrima, rúgbi e ginástica artística.
O problema, segundo relatado pelos jovens ouvidos pela reportagem, é que há poucas vagas para muita procura.
Desigualdade e planejamento urbano
Com ruas estreitas, algumas com esgoto a céu aberto, e calçadas1xbet brasileiraoque mal cabem uma pessoa, os moradores1xbet brasileiraoParaisópolis não enfrentam problemas apenas quando assunto é lazer. A estrutura urbana, como todo o mais na região, possui deficiências.
A coordenadora da Rede Nossa São Paulo Carol Guimarães afirma que isso ocorre por diversos fatores que resultaram numa desigualdade histórica entre a comunidade e os bairros vizinhos. A área contornada por condomínios1xbet brasileiraoalto padrão passou a ser ocupada1xbet brasileiraoforma irregular a partir da década1xbet brasileirao1950 e desde então cresce sem planejamento.
"Desde o começo, a ocupação teve dificuldades para regularizar a área e não teve um olhar pensado para cultura e outras áreas. A classe mais alta do distrito não precisa desses dispositivos1xbet brasileiraolazer porque usa tudo privado. Já a população da favela, a mais pobre, não tem voz política1xbet brasileiraoreivindicação e fica sem essa demanda", afirmou Guimarães.
A coordenadora explica que um dos principais motivos1xbet brasileiraotantas pessoas morarem1xbet brasileiraoParaisópolis, além do baixo custo1xbet brasileiraomoradia, é o fácil acesso aos distritos vizinhos, que possuem as maiores médias1xbet brasileiraoempregos formais da cidade, como Morumbi, Itaim Bibi, Lapa e Santo Amaro.
"A Vila Andrade tem a maior porcentagem1xbet brasileiraofavelas1xbet brasileiraorelação a domicílios da cidade. Essa falta1xbet brasileiraoestrutura1xbet brasileiraoParaisópolis tem muito a ver com um preconceito e uma ideia antidemocrática1xbet brasileiraoplanejamento urbano, pois a arrecadação do IPTU é a 13ª maior da capital por conta dos condomínios que fazem parte dele. Se o imposto arrecadado fosse usado para aquele distrito, a favela teria muito mais infraestrutura", afirmou.
Para ela, as mortes que ocorreram no último baile da Dz7 são "a materialização das desigualdades e preconceitos contra negros, pobres e a estigma1xbet brasileiraocomo o Estado deve lidar com essa situação". Guimarães disse ainda que a estrutura precária também é um reflexo da ausência do poder público.
"Um bairro é pensado1xbet brasileiraouma maneira que ele seja seguro, voltado para o pedestre. Mas quando não existe Estado, você responde à demanda da forma que pode. Mas eles estão cansados1xbet brasileiraoserem resilientes e querem direitos porque pagam impostos por meio1xbet brasileiraosuas compras1xbet brasileiraobens e por seu trabalho. É a periferia que sustenta a classe alta. É a mão preta que sustenta todo o sistema".
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