O que faz do Rio Grande do Sul o 'paraíso' das borboletas no Brasil:site de apostas melhores
"O Laboratóriosite de apostas melhoresEcologiasite de apostas melhoresInsetos, da UFRGS, do qual sou chefe, vem realizando amplo levantamento da biodiversidadesite de apostas melhoresborboletas do Sul da Mata Atlântica e do Pampa desde 1993."
"Integrando trabalhosite de apostas melhorescampo, atividadessite de apostas melhoreslaboratório e simulações matemáticas, nosso gruposite de apostas melhorespesquisa explora informações ecológicas provenientes dos padrõessite de apostas melhoresbiodiversidade para conectar a história natural e a macroecologia delas."
As espécies são inventariadassite de apostas melhoresdiferentes ambientes destes biomas do Brasil meridional, dando prioridade a unidadessite de apostas melhoresConservação e áreas com ausênciasite de apostas melhoresinformação.
As borboletas são avaliadas por área, tiposite de apostas melhoreshabitat e variáveis ambientais. "Composição, riqueza, estrutura, dinâmica e - mais recentemente - também genética das populações e comunidades delas são analisadas comparativamente", explica Helena.
"O objetivo é verificar padrõessite de apostas melhoresocorrência e distribuição, interações entre espécies, associações com as diferentes formaçõessite de apostas melhoresvegetação nativa, ecorregiõessite de apostas melhoresorigem, statussite de apostas melhoresconservação, influênciasite de apostas melhoresvariáveis ambientais (altitude, clima, interferência humana) e inferir processos e mecanismos geradoressite de apostas melhoresdiversidade."
Os resultados do levantamento surpreenderam pelo númerosite de apostas melhoresespécies existente na região.
"A faunasite de apostas melhoresborboletas no Rio Grande do Sul é muito mais rica do que seriasite de apostas melhoresse esperarsite de apostas melhoresrelação àsite de apostas melhoreslatitude", afirma.
"De uma maneira geral, o númerosite de apostas melhoresespécies diminui à medida que a latitude aumenta e clima se torna mais frio. Mas não foi o que descobrimos. Comparativamente, para o tamanho da área considerada, Estado é uma área muito rica."
Segundo a pesquisadora, existem no mundo cercasite de apostas melhores120 mil espéciessite de apostas melhoreslepidópteros, dos quais cercasite de apostas melhores18 mil são borboletas. O restante ésite de apostas melhoresmariposas.
As faunassite de apostas melhoresborboletas variam muito entre os continentes e os hemisfériossite de apostas melhoresriqueza (númerosite de apostas melhoresespécies) e composição (quais espécies e a proporção dos grupos delas que estão presentes). A região neotropical (América do Sul e Caribe) é a mais rica do mundo, com cercasite de apostas melhores7,5 mil a 8 mil espécies.
Em seguida,site de apostas melhoresordem decrescente, vem a região oriental e (Ásia tropical) a Etiópica ou afrotropical (África sub-saariana), com algo entre 3 mil e 4 mil espécies cada.
A Paleártica (Eurásia e norte da África) contabiliza algo entre 1,8 mil a 2 mil, a Australiana ou Papuana (Austrália, Nova Zelândia, Tasmânia, Nova Guiné e ilhas ao redor), mil a 1,2 mil, e a Neártica (América do Norte desde o norte do México),site de apostas melhores700 a 800.
"A soma é maior do que 19 mil, porque várias delas são generalistas e ocorremsite de apostas melhoresmaissite de apostas melhoresuma região", explica.
De acordo com ela, Colômbia, Peru, Equador e Brasil disputam o títulosite de apostas melhorespaís com mais espéciessite de apostas melhoresborboletas no mundo, com um total entre 3,5 mil e 4 mil.
No Brasil, provavelmente, a Mata Atlântica, com todasite de apostas melhoresextensão do Nordeste ao Sul, ao longo da costa brasileira, e interiorizando-se, principalmente no Sudeste e Sul, até as fronteiras com Bolívia, Paraguai e Argentina, é o bioma com mais espéciessite de apostas melhoresborboletas, com cerca 2.750 espécies.
"Mas também é o mais estudado", diz Helena. "Foi o primeiro a ser colonizado, alémsite de apostas melhoresabrigar a maioria e os principais centrossite de apostas melhorespesquisa e o maior númerosite de apostas melhorespesquisadores. A fauna dos demais biomas só começou a receber mais atenção recentemente. É por isso que o númerosite de apostas melhoresespécies registradas começa a crescer."
Além dos aspectos acadêmicos da pesquisa, o objetivo do programa é treinar e aperfeiçoar recursos humanos para trabalharsite de apostas melhoresinventáriossite de apostas melhoresespécies, estudos taxonômicos com metodologias inovadoras, análise e gestãosite de apostas melhoresdados, curadoriasite de apostas melhorescoleções, educação ambiental e divulgação científica, consultorias ambientais e assegurar a continuidade e expansão da massa crítica capazsite de apostas melhoresampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileirasite de apostas melhoresborboletas.
Helena é uma apaixonada por esses insetos, que são importantes agentes polinizadores.
"São organismos adoráveis para se trabalhar", diz. "Cada espécie possui uma históriasite de apostas melhoresvida única, que começa com um ovo e passa pela lagarta, que precisa completar a metamorfose, durante a fasesite de apostas melhorespupa, para se tornar uma borboleta."
O trabalhosite de apostas melhorescamposite de apostas melhoresHelena esite de apostas melhoresequipe é feitosite de apostas melhoresáreas naturais do sul do Brasil,site de apostas melhoresgeral, unidadessite de apostas melhoresconservação e parques como Aparados da Serra, Taim, Itapuã, Ibirapuitã, Espinilho e pelo menos uma centenasite de apostas melhoresoutras regiões no Rio Grande do Sul, mas também no Pantanal, Centro-Oeste, Amazônia, Uruguai e Argentina.
A pesquisadora conta que, durante as pesquisas, ela e seus colegas e alunossite de apostas melhoresmestrado e doutorado ouvem muitas perguntas sobre as borboletas.
Entre as mais comuns estão quanto tempo vivem (em geral, referem-se ao adulto, que pode viversite de apostas melhoresalguns dias, principalmente espéciessite de apostas melhoresregiões temperadas a - agora se sabe - muitos meses, como algumas borboletas tropicais e subtropicais), e se o pozinho (escamas) das asas pode cegar.
"Tentando generalizar, a maioria deve viver ao redorsite de apostas melhores7 a 10 dias, mas faltam dados para uma resposta definitiva ainda", responde.
"A outra resposta é, definitivamente, não. Pode, como qualquer pó, causar irritação se entrar nos olhos, o que é improvável, mas não deixa ninguém cego."
Os resultados do trabalho do gruposite de apostas melhoresHelena vão muito além, é claro, das respostas a essas perguntas simples.
"Um dos principais resultados é o conhecimentosite de apostas melhoresquais são as espéciessite de apostas melhoresborboletas que ocorrem no sul do Brasil", diz a pesquisadora.
"A fauna do hemisfério Sul do planeta é muito pouco conhecida e principalmente a das partessite de apostas melhoresclima não tropical esite de apostas melhoresregiões, digamos assim, menos 'exóticas' (quero dizer, aquelas que não são florestas tropicais ou não remetem à ideiasite de apostas melhoresáreas 'selvagens'). O hemisfério norte e os paísessite de apostas melhorestradição anglo-saxônica,site de apostas melhoresespecial, já vêm sendo estudado há séculos e contam com uma tradição científica bem estabelecida."
Por isso, diz ela, até muito recentemente, a maior parte das teorias e conhecimento biológicosite de apostas melhoresque se dispunha sobre borboletas derivavasite de apostas melhoresestudos feitossite de apostas melhoresáreas temperadas da Europa e América do Norte.
Ou seja, não apenas as espéciessite de apostas melhoresregiões tropicais e do hemisfério sul não eram conhecidas, como também imaginava-se que as teorias gerais que se aplicavam para as do Norte poderiam simplesmente ser usadas para os ecossistemassite de apostas melhoresoutras partes do mundo.
"Quanto mais estudamos, mais temos visto que, não só que elas são diferentes, mas também que os padrões e processos que ocorrem com populações e comunidades dos trópicos e do Sul, muitas vezes também diferem daquilo que se conhece para a Europa e América do Norte", explica.
Além desses resultados mais amplos, o trabalho também teve descobertas mais específicas. Uma delas é sobre a borboletasite de apostas melhoresinverno (Taygetis yphtima), feita durante o mestradosite de apostas melhoresVanessa Pedrotti, que realizou suas pesquisas numa propriedade particularsite de apostas melhoresSão Franciscosite de apostas melhoresPaula, na serra gaúcha.
"É uma espécie que vivesite de apostas melhoresinteriorsite de apostas melhoresmata bem conservada, típicasite de apostas melhoresregiõessite de apostas melhoresflorestasite de apostas melhoresaraucária na Mata Atlântica até o Sul do Brasil, mas também no Paraguai e na Argentina", explica Helena, que foi orientadora do trabalho.
Segundo ela, os adultos começam a emergir das pupassite de apostas melhoresforma sincronizada no início do verão e vivem ao longosite de apostas melhorestodo o ano, o que é muito incomum. "Registramos provavelmente a maior longevidade conhecida para borboletas nos neotrópicos: 247 dias", conta.
"Também, ao contrário do usual e esperado para espéciessite de apostas melhoresregiões subtropicais, ela tem grande abundância no inverno. Os ambientes que habita costumam apresentar temperaturas baixíssimassite de apostas melhoresjulho e agosto, às vezes até abaixosite de apostas melhoreszero.
Mais estudos deverão ser conduzidos para entender estas adaptações. Estas interessantes características, porém, tem potencialsite de apostas melhorestornar a Taygetis yphtima especialmentesite de apostas melhoresrisco frente ao quadrosite de apostas melhoresaquecimento climático que deveremos enfrentar nos próximos anos."
O declíniosite de apostas melhorespopulações da borboleta Euryades choretrus - grande, bonita, vistosa esite de apostas melhoresfácil identificação por leigos - foi outra descoberta do grupo,site de apostas melhoresparticular, dos estudos conjuntos com o Dr. Nicolás Mega e Guilherme Atencio.
Ela é endêmica - e depende para existir - dos campos nativos do sul e costumava ser muito abundante. Quando lagarta, alimenta-sesite de apostas melhoresuma planta rasteira que só ocorresite de apostas melhoresáreas bem conservadas, a Aristolocchia sessilifolia.
"Por este motivo, foi batizada, por meiosite de apostas melhoresuma campanha nas redes sociais e eventossite de apostas melhoresextensão, como 'campoleta' e decidimos torná-la espécie-bandeira para conservação dos campos nativos", explica Helena.
Atualmente, tem sido extremamente difícil encontrá-la, devido à destruição crescentesite de apostas melhoresseu habitat.
"Temos estudado a espécie há maissite de apostas melhores5 anos e é notável o declíniosite de apostas melhoressuas populações esite de apostas melhoresáreas adequadas para a ela", lamenta a pesquisadora.
"Recentemente, durante dois anos, realizamos uma sériesite de apostas melhoresexpedições, por todasite de apostas melhoresextensãosite de apostas melhoresocorrência potencial, abrangendo inúmeras regiões dos campos sulinos, do Paraná, passando por Santa Catarina, varrendo o pampa gaúcho, e incluindo inclusive áreas do Uruguai e Argentina.
Em 77,5% das áreas previamente selecionadas por modelagem matemática e imagenssite de apostas melhoressatélite, onde deveria haver hábitat adequado para a ocorrência da campoleta, não havia mais campos nativos. Onde encontramos áreas adequadas, apenassite de apostas melhores14% dos casos a espécie foi localizada."
Em vários dos poucos locaissite de apostas melhoresque os pesquisadores encontraram campossite de apostas melhoresbom estadosite de apostas melhoresconservação, não havia inseto algum, provavelmente devido ao uso indiscriminadosite de apostas melhoresagrotóxicos nas monoculturas,site de apostas melhoresgeralsite de apostas melhoressoja, que circundavam as áreas estudadas.
"A campoleta é considerada vulnerável à extinção nas listassite de apostas melhoresespécies ameaçadas dos Estados do sul do Brasil, mas, com base neste nosso estudo, aconselhamos que seu status seja mudado para ameaçada na lista estadual e incluída na lista nacional."
De acordo com ela, como era uma borboleta comum e robusta, a campoleta é um bom indicador das condiçõessite de apostas melhoresconservação do campo.
"Muitas outras espécies devem estarsite de apostas melhoressituação preocupante como a dela", lamenta.
"Apenas, por não serem grandes ou vistosas ou talvez não ter sido tão abundantes anteriormente, não são tão evidentes para nós."
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