'Chocante quebrah2bet penaltyéticah2bet penaltyMoro': o que diz professorh2bet penaltyHarvard próximo a Dallagnol:h2bet penalty

No texto intitulado Quão prejudicial são os vazamentos da Lava Jato? Algumas reflexões preliminares sobre a história-bomba do Intercept, o professor critica Moro, Dallagnol e também o Intercept. Diz que as "conversas demonstram uma chocante e imperdoável quebrah2bet penaltyética do então juiz Moro" e um "erroh2bet penaltyavaliação" do procurador.

Mas pondera que "a natureza das comunicações (entre Moro e Dallagnol) não parece mostrar parcialidade política ou ausênciah2bet penaltyprovas para as principais acusações, ou irregularidades processuais que possam prejudicar a imparcialidade dos julgamentos, além das próprias comunicações."

'Retórica superaquecida do Intercept'

Antesh2bet penaltyfazer parte do corpo docenteh2bet penaltyHarvard, Stephenson foi assessor do juiz Stephen Williams no Tribunalh2bet penaltyRecursos da Circunscrição do Distritoh2bet penaltyColúmbia (EUA) e do juiz da Suprema Corte dos EUA Anthony Kennedy. O professor tem se dedicado a pesquisar corrupção e separação dos poderes. Stephenson também tem um podcast, no qual Dallagnol participou.

Stephenson é também crítico ao que chamah2bet penalty"retórica superaquecida do Intercept".

Para ele, a alegação do Intercepth2bet penaltyque os textos mostram que os promotores sabiam que não tinham um caso tão forte contra Lula quanto alegavamh2bet penaltypúblico "é frívola".

"As mensagensh2bet penaltytexto roubadas não fornecem qualquer razão, além do que já estava no registro público, para questionar a propriedade da condenaçãoh2bet penaltyLula", avalia Stephenson.

Lula foi denunciadoh2bet penalty2016 pelo Ministério Público Federal do Paraná sob acusaçãoh2bet penaltyreceber propina, no valorh2bet penaltyaproximadamente R$ 3 milhões, da empreiteira OAS como parteh2bet penaltyacertos do PTh2bet penaltycontratos na Petrobras. A quantia, segundo a acusação, correspondia à reservah2bet penaltyum apartamento tríplexh2bet penaltyGuarujá (SP) e benfeitorias nesse imóvel. Lula nega.

Segundo as mensagens divulgadas agora, no dia 9h2bet penaltysetembroh2bet penalty2016 Dallagnol questionou colegas procuradores sobre inconsistênciash2bet penaltyprovas contra o ex-presidente no caso do tríplex no Guarujá - que levou à condenaçãoh2bet penaltyLula.

"Falarão que estamos acusando com baseh2bet penaltynotíciah2bet penaltyjornal e indícios frágeis? então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto? São pontosh2bet penaltyque temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua", escreveu o procurador.

Em mensagens enviadas horas depois, ele celebra ter encontrado uma reportagem do jornal O Globo,h2bet penalty2010, que mostraria conexão entre a Petrobras e o tríplex do Guarujá: "Tesão demais essa matéria", disse.

Alémh2bet penaltycriticar a natureza das conversas, dizendo que Moro cometeu violações éticas sérias, eh2bet penaltyponderar que o conteúdo das mensagens reveladas até agora não é suficiente para atestar que o julgamentoh2bet penaltyLula não foi justo, o professor também faz uma reflexão sobre críticash2bet penaltyque a Lava Jato teria um viés anti-PT.

Ele diz que essa alegação "é a mais difícilh2bet penaltyavaliar". "Por um lado, fiquei preocupado om vários aspectos das mensagens, porque discordo das conclusões políticas e legais da equipe da Lava Jato, e, o mais importante, porque me incomodei com procuradores falando tão abertamente sobreh2bet penaltyesperançah2bet penaltyque um lado,h2bet penaltyvezh2bet penaltyoutro, vença uma eleição".

Diz ainda ter ficado "desapontado"h2bet penaltyver procuradores que respeita "fazendo pouco caso dos valoresh2bet penaltyuma imprensa livre", ao defenderem que Lula não falasse ao jornal Folhah2bet penaltyS.Paulo.

Mesmo assim, ele avalia que, apesar do tom das conversas, os diálogos não trazem evidênciah2bet penaltyque a Lava Jato foi enviesada desde seu início, quando foi deflagradah2bet penalty2014.

"Em setembroh2bet penalty2018, os promotores da Lava Jato estavam torcendo para que o PT perdesse a eleição, mas não há provash2bet penaltyque tenham tomado qualquer ação oficial inapropriada, e a hostilidade ao PT pode ter resultado dos ataques implacáveis ​​do PT à operação Lava Jato, incluindo ameaçash2bet penaltyfechamento e denúncias pessoais dos promotores."

Ele diz não se surpreender que,h2bet penaltysetembroh2bet penalty2018, a perspectivah2bet penaltyuma vitória do PT era vista pelos procuradores "com algo entre trepidação e pânico".

Stephenson compara essa situação com ah2bet penalty"membros do Departamentoh2bet penaltyJustiça, CIA e FBI torcendo pela derrotah2bet penaltyDonald Trump na eleiçãoh2bet penalty2020, levandoh2bet penaltyconta os ataques que ele vinha realizando contra essas instituições".

"Mas o que nós realmente queremos saber", escreve Stephenson, "é se a força-tarefa da Lava Jato estava tendo o PT como alvo, por razões políticas inaceitáveis, no inícioh2bet penalty2016 (e antes). As mensagensh2bet penalty2018 não lançam muita luz sobre esta questão".

A BBC News Brasil procurou o professor, que está na China e autorizou usar o conteúdo do texto publicado. Até a publicação dessa matéria ele não havia respondido às perguntas adicionais encaminhadas pela reportagem. No blog, o professor disse que não mantém contato com Dallagnol desde abril e que não consultou o procurador para escrever sobre as primeiras impressões sobre o caso revelado pelo site Intercept Brasil.

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