Governo Bolsonaro:final da recopa 20244 temas importantes, as profundas diferenças no pensamentofinal da recopa 2024olavistas e militares:final da recopa 2024
Nas páginasfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho nas redes sociais, um dos principais alvosfinal da recopa 2024críticas tem sido o vice-presidente Hamilton Mourão, a quem o escritorfinal da recopa 2024direita já chamoufinal da recopa 2024"idiota" e chegou a sugerir que seria um "traidor".
Os militares têm respondido aos ataques tentando minimizar a importânciafinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho, conhecido como "mentor da nova direita". "Não posso fazer nenhum comentário porque para mim (ele) não tem importância nenhuma", disse recentemente o general Santos Cruz, ministro-chefe da Secretaria-Geralfinal da recopa 2024Governo, ao ser perguntado pela BBC News Brasil sobre a influênciafinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho no governo.
Radicado nos Estados Unidos desde 2005, o escritorfinal da recopa 202471 anos se popularizou ao criticar a esquerda e defender posições conservadorasfinal da recopa 2024livros e nas mídias sociais nas últimas décadas. Nos últimos dois anos, ele se aproximou dos filhosfinal da recopa 2024Bolsonaro, principalmente do deputado federal Eduardo Bolsonaro e,final da recopa 20242018, apoiou abertamente a candidatura do militar reformado.
Desde então, conseguiu emplacar "olavetes"- como ele próprio já se referiu a seus seguidores-final da recopa 2024postos no Palácio do Planalto efinal da recopa 2024três ministérios: Educação, Relações Exteriores e na Secretariafinal da recopa 2024Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Já os militares comandam quatro pastasfinal da recopa 2024peso: Defesa, Segurança Institucional, Secretariafinal da recopa 2024Governo e Infraestrutura, além da Vice-Presidência.
O capítulo mais recente da divisão entre esses dois grupos foi a disputa pelo comando do Ministério da Educação. Militares e seguidoresfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho tentavam emplacar nomes seus para substituir o colombiano naturalizado brasileiro Ricardo Vélez Rodriguez, demitido após se desgastar com uma sériefinal da recopa 2024medidas e declarações polêmicas, como afinal da recopa 2024que iria rever material didático das escolas sobre o golpe militarfinal da recopa 20241964.
Bolsonaro acabou optando por Abraham Weintraub, diretor executivo do Centrofinal da recopa 2024Estudosfinal da recopa 2024Seguridade da Universidade Federalfinal da recopa 2024São Paulo (Unifesp), ex-alunofinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho.
A escolhafinal da recopa 2024Weintraub foi vista por muitos como uma vitória da ala ideológica do governo, enquanto alguns acham que a opção por um nome não diretamente indicado pelo guru, embora ex-aluno dele, foi uma maneira que Bolsonaro encontrou para contornar a insatisfação dos militares.
Mas, se o MEC se tornou palco central do racha entre militares e olavistas, nas últimas semanas, a divergência entre os dois grupos esteve longefinal da recopa 2024se concentrar nesse ministério.
A BBC News Brasil reúne quatro pontosfinal da recopa 2024controvérsia no governo Bolsonaro que evidenciam essas diferenças: educação, aliança com os Estados Unidos, aproximação com Israel e intervenção na Venezuela.
1) Educação
Na área da educação, tanto os expoentes das Forças Armadas quanto o grupofinal da recopa 2024seguidoresfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho compartilhem da ideiafinal da recopa 2024que a escola deve estimular o civismo, o patriotismo e a valorizaçãofinal da recopa 2024símbolos nacionais, como hino e bandeira.
Mas a forma como isso deve ser feito é alvofinal da recopa 2024divergências. E, embora militares e parte dos indicados por Olavofinal da recopa 2024Carvalho acreditem que a visão predominante nos materiais didáticos das escolas sobre a ditadura militar seja, na visão deles, excessivamente negativa para as Forças Armadas, a maior parte dos militaresfinal da recopa 2024postos no governo não encara rever essa narrativa e trocar os livros escolares como prioridade.
Antesfinal da recopa 2024ser demitido do MEC, Vélez Rodrigues disse,final da recopa 2024entrevista ao jornal Valor Econômico, que pretendia mudar a forma como o golpefinal da recopa 20241964 e a ditadura militar são retratados nos livros didáticos, "para dar uma visão mais ampla da história".
Ainda que essa decisão pudesse parecerfinal da recopa 2024interesse dos militares, ela foi mal recebida pelo alto escalão das Forças Armadas, para quem este não seria o melhor momento para discutir um tema tão polêmico.
"Se o ponto é 1964 ou não é, acho que estamos perdendo tempofinal da recopa 2024discutir uma coisafinal da recopa 202455 anos atrás quando temos um montefinal da recopa 2024coisas mais importantes para discutir", disse à BBC News Brasil o general Santos Cruz, ao ser perguntado sobre o que achava da propostafinal da recopa 2024rever materiais didáticos.
Outra diferença entre olavistas e militares, segundo a professorafinal da recopa 2024ciência política da PUC-RJ Vera Lúcia Chaia, é a visão sobre a ciência. Enquanto, Olavofinal da recopa 2024Carvalho e algunsfinal da recopa 2024seus seguidores rejeitam ideias praticamente consensuais na comunidade científica - como a do papel da ação humana no aquecimento global -, os militares parecem apresentar uma visão mais "pragmática" e voltada à defesafinal da recopa 2024um ensino pautado na visão científica predominante.
"Os olavistas,final da recopa 2024certa forma, rejeitam a ciência quando centram esforços na defesa do projeto Escola Sem Partido, nas críticas ao educador Paulo Freire, que é citadofinal da recopa 2024publicações científicas do mundo todo, e quando negam as mudanças climáticas provocadas pelos homens", afirmou Chaia à BBC News Brasil.
"Já os militares pensam o Brasil como integrantefinal da recopa 2024uma ordem internacional, uma ordem global. Na visão dos militares, existe sim uma ciência a ser preservada."
Para a professorafinal da recopa 2024ciência política Maria do Socorro Braga, da Universidade Federalfinal da recopa 2024São Carlos (UFSCAR), militares e olavistas também divergem quanto à abrangência das reformas necessárias no sistemafinal da recopa 2024ensino. Os seguidoresfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho defendem uma mudança ampla na metodologiafinal da recopa 2024ensino das escolas brasileiras.
Eles são particularmente contrários ao método construtivista, que entende que o aluno deve ser "ensinado a aprender". Por essa metodologia, o aluno está no centro do processofinal da recopa 2024aprendizado e deve chegar ao conhecimento por si, tendo o professor como mediador. O objetivo é estimular não só o acúmulofinal da recopa 2024conteúdos, mas também uma reflexão crítica sobre o que é aprendido.
Esse método se tornou alvofinal da recopa 2024ataques virulentosfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho e seus seguidores. Em seu blog, o guru do governo Bolsonaro escreveu que o "socioconstrutivismo" retarda a alfabetização dos alunos no Brasil e é instrumento do "marxismo" para transformar os alunosfinal da recopa 2024"agentes da transformação social".
Bolsonaro, que compartilhafinal da recopa 2024muitas das visõesfinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho, já defendeu que o ensino brasileiro deve focar na transmissãofinal da recopa 2024conteúdos tradicionais, como "português e matemática".
"Nós queremos uma garotada que comece... Não a se interessar por política, como é atualmente dentro das escolas, mas que comece a aprender coisas que possam levar a conquistar espaço no futuro", disse o presidente, na cerimôniafinal da recopa 2024posse do novo ministro da Educação.
Segundo a professora Maria do Socorro Braga, diferentemente dos olavistas, os militares não manifestaram o interessefinal da recopa 2024reformar o sistemafinal da recopa 2024educacional para promover o método tradicionalfinal da recopa 2024ensino - baseado no conteúdo, na disciplina e tendo o professor como único transmissor do conhecimento.
"Os militares não compartilham dessa visão mais conservadora da educação. São favoráveis à disciplina e ao usofinal da recopa 2024símbolos nacionais, mas não estão fazendo um movimento para mudar as diretrizes da educação no país", afirmou.
O general da reserva Eduardo Schneider, que já atuou no Gabinetefinal da recopa 2024Segurança Institucional da Presidênciafinal da recopa 2024governos anteriores, avalia que o problema da educação brasileira, para os militares, não está na metodologiafinal da recopa 2024ensinofinal da recopa 2024si.
Segundo ele, os próprios colégios militares priorizam um formatofinal da recopa 2024ensino focadofinal da recopa 2024levar o aluno a aprender por si, que estimula trabalhosfinal da recopa 2024grupos e uma "construção coletiva" do conhecimento - técnicas do modelo construtivista.
"Desde os 90 que mudou-se a orientação nas escolas militares para colocar o aluno no centro do processofinal da recopa 2024aprendizagem, seguindo a tesefinal da recopa 2024que ele precisa aprender a aprender. Pesquisas apontam que esse método leva a um aprendizado com profundidade", disse.
"O problema é que alguns porta-vozes dessa metodologia,final da recopa 2024algumas instituições do país, agregavam a essa construção mensagens políticas", opina o general da reserva, cujos dois filhos estudaramfinal da recopa 2024colégios militares.
"Temos que voltar a um pontofinal da recopa 2024equilíbrio, mas sem rejeitar o método científico."
final da recopa 2024 2) Relação com os EUA
Apesar do destaque na mídia, nas últimas semanas, dado à disputa entre militares e olavistas pelo controle do MEC, é na áreafinal da recopa 2024relações exteriores que fica mais clara a diferençafinal da recopa 2024pensamento entre os dois grupos, segundo cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil.
Indicado por Olavofinal da recopa 2024Carvalho, o ministrofinal da recopa 2024Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem defendido, entre outros pontos, um alinhamento do Brasil com os Estados Unidos, distanciamento da China, aliança com Israel, e maior interferência brasileira na resolução da crise da Venezuela.
Todos esses pontos são vistos com reserva pela ala militar, para quem a soberania do Brasil e os interesses comerciais e políticos do país devem preponderar nas decisõesfinal da recopa 2024impacto internacional.
Especificamente no caso da aliança com os Estados Unidos - Bolsonaro tem se aproximado fortemente do presidente Donald Trump e aderido a críticas do governo americano à China, que enfrenta uma guerra comercial com os EUA.
A questão é que os chineses são os principais parceiros comerciais do Brasil, comprando 30% das nossas commodities, como alimentos e matérias-primas.
Embora os militares também optem por alianças com governosfinal da recopa 2024direita e centro-direita, eles defendem que o Brasil adote uma posturafinal da recopa 2024neutralidadefinal da recopa 2024questões controversas, que permita ao país manter boas relações com "gregos e troianos".
"A defesa dos militares éfinal da recopa 2024relação à soberania nacional, sem alinhamento automático com os Estados Unidos e o governo Trump. Não é a toa que Mourão está circulandofinal da recopa 2024várias partes do Brasil e visitando alguns países, como os Estados Unidos. Ele está manifestando essas posições divergentes do seu grupofinal da recopa 2024relação a Olavofinal da recopa 2024Carvalho", afirma a professorafinal da recopa 2024ciência política da PUC-RJ Vera Lúcia Chaia.
"Os militares incorporaram o globalismo e defendem que as relações diplomáticas do Brasil com diferentes países devem ser preservadas."
O general da reserva Eduardo Schneider diz que é natural que o Brasil busque uma relação mais próxima com os Estados Unidos, mas critica a possibilidadefinal da recopa 2024um alinhamento automático (que pressupõe um apoio irrestrito).
Segundo ele, quando um posicionamento americano não se enquadrar nos interesses brasileiros, o Brasil deve assumir uma posturafinal da recopa 2024"neutralidade".
"Todos os países, mais do que amizades, eles têm interesses. O alinhamento acontece quando os interesses estão alinhados. Quando eles não se alinham, cada país tem que preservar os interesses que lhe são vitais", disse à BBC News Brasil.
"Talvez uma potência global como os Estados Unidos enxergue a China como um competidor global. Nós analisamos que é importante para o Brasil manter uma relação com a China, porque é um ator importante. Um conflito com a China não nos interessafinal da recopa 2024jeito nenhum", afirma Schneider, que já atuoufinal da recopa 2024missões do Exército com Mourão e o general Santos Cruz, ministro-chefe da Secretariafinal da recopa 2024Governo.
Essa visão é divergente da manifestada por Ernesto Araújo. No mês passado,final da recopa 2024aula magna para alunos do Instituto Rio Branco, que forma novos diplomatas, o ministrofinal da recopa 2024Relações Exteriores argumentou que o Brasil "estagnou" tendo a China como principal parceiro comercial.
"O Brasil foi o país que mais cresceu no mundo quando seu principal parceirofinal da recopa 2024desenvolvimento eram os EUA, e depois estagnou, quando desprezou essa parceria com os EUA e passou a buscar Europa, integração latino-americana, e, mais recentemente, o mundo pós-americano dos Brics", disse.
"De fato, a China passou a ser o grande parceiro comercial do Brasil e, coincidência ou não, tem sido um períodofinal da recopa 2024estagnação do nosso país."
3) Proximidade com Israel
O movimento do governo brasileirofinal da recopa 2024aproximação com Israel também foi, até certo ponto, freado pelos militares. Inicialmente, Jair Bolsonaro manifestou a intençãofinal da recopa 2024transferir a embaixada do Brasilfinal da recopa 2024Tel Aviv para Jerusalém, seguindo os passosfinal da recopa 2024Trump.
Um dos filhos dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que é muito próximofinal da recopa 2024Olavofinal da recopa 2024Carvalho, chegou a publicar nas redes sociais que a transferência não era uma questãofinal da recopa 2024"se", masfinal da recopa 2024"quando".
Os israelenses reivindicam Jerusalém como capital do Estadofinal da recopa 2024Israel. Mas a comunidade internacional e as Nações Unidas defendem que o status desse território seja definidofinal da recopa 2024negociaçõesfinal da recopa 2024paz com os palestinos, que veem a parte orientalfinal da recopa 2024Jerusalém como capitalfinal da recopa 2024um futuro Estado Palestino.
Por isso, os países, com exceção dos EUA e da Guatemala, mantém suas embaixadasfinal da recopa 2024Tel Aviv, capital financeirafinal da recopa 2024Israel. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu transferir a embaixada brasileira e defendeu uma forte aliança com o governo israelense.
Nas redes sociais, Olavofinal da recopa 2024Carvalho disse que final da recopa 2024 "a coisa mais óbvia do mundo é que os judeus, não só por herança histórica e divina, mas por tudo o que passaram na 2ª Guerra Mundial, têm o direito ao territóriofinal da recopa 2024Israel, pequenininho mas só deles, um abrigo contra os inimigos que os cercam por todos os lados" e condenou as críticas feitas a Trump por ter transferido a embaixada americana para Jerusalém, cumprindo uma promessa que, segundo ele, teria sido feita "por todos os presidentes americanos desde Bill Clinton".
Mas os militares lançaram uma ofensiva para dissuadir Bolsonarofinal da recopa 2024transferir a embaixada. A preocupação deles erafinal da recopa 2024ordem econômica efinal da recopa 2024segurança.
Por um lado, temiam uma reação dos países árabes, que importam cercafinal da recopa 202410% dos produtos agropecuários do Brasil. Por outro, queriam evitar eventuais problemasfinal da recopa 2024segurança, já que o Brasil e tropas brasileirasfinal da recopa 2024missões da ONU no exterior poderiam vir a se tornar alvosfinal da recopa 2024radicais islâmicos atuandofinal da recopa 2024retaliação pela aliança com Israel.
Mourão chegou a fazer reuniões com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, para assegurar que o governo não pretendia, pelo menos no momento, efetivar essa transferênciafinal da recopa 2024embaixada.
No final, Bolsonaro acabou optando, por enquanto, por abrir um escritório diplomáticofinal da recopa 2024Jerusalém - decisão que ainda assim gerou reações negativasfinal da recopa 2024palestinos e do mundo árabefinal da recopa 2024geral. Setores do governo dizem que a transferência da embaixada ainda vai ocorrer, masfinal da recopa 2024"maneira gradual".
4) Intervenção militar na Venezuela
Outra diferença clara entre militares e olavistas diz respeito ao papel do Brasil na crise da Venezuela.
Enquanto o ministrofinal da recopa 2024Relações Exteriores do Brasil defende uma postura mais enfática contra o regimefinal da recopa 2024Nicolás Maduro, sem descartar eventual apoio a uma intervenção liderada pelos Estados Unidos, os militares brasileiros vêm repetido que o governo deve se fiarfinal da recopa 2024pressão diplomática e nãofinal da recopa 2024usar a força contra o país vizinho.
Um episódio que gerou grande desconforto entre a ala militar e a olavista foi a decisãofinal da recopa 2024Ernesto Araújofinal da recopa 2024cessar a cooperação militar entre Brasil e Venezuela. Para as Forças Armadas, a medida ignorou importantes açõesfinal da recopa 2024cooperação entre os dois países no combate ao tráficofinal da recopa 2024drogas,final da recopa 2024mercadorias e ao desmatamento ilegal da Amazônia.
"Apesar das divergências ideológicas, a relação entre militares brasileiros e venezuelanos na fronteira era boa. E havia ações importantesfinal da recopa 2024andamento quefinal da recopa 2024uma hora para outra foram interrompidas", disse uma fonte do Itamaraty, que acompanhou a reação dos militares.
Durante visita aos Estados Unidos, no mês passado, Bolsonaro afirmou que o Brasil poderia "dar apoio logístico" aos americanos, caso decidam intervir militarmente na Venezuela para retirar Maduro do poder. A hipótese é vista com cautela pelos militares.
Uma semana depois da declaraçãofinal da recopa 2024Bolsonaro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, se reuniu com o secretáriofinal da recopa 2024Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, e disse que intervenção militar "não é uma hipótese" que o Brasil "esteja considerando".
"O Brasil procura uma solução pacífica e rápida à crise na Venezuela", afirmou.
Como resolver as divergências?
Segundo o professor da Universidadefinal da recopa 2024Harvard Scott Mainwaring, que estuda política brasileira há maisfinal da recopa 202430 anos, quase todos os governos apresentam divisões na própria coalizão.
No entanto, para ele, as divergências no governo Bolsonaro parecem ter se manifestado cedo e ser profundas.
"Claro que todos os governofinal da recopa 2024democracias são,final da recopa 2024alguma medida, heterogêneos. O que é diferente no caso Bolsonaro é que existem divisões profundasfinal da recopa 2024questões fundamentais, inclusive na política externa."
Segundo ele,final da recopa 2024governos comandados por setores que discordam fortemente entre si, o que costuma acontecer é que, com o tempo, uma ala acabe "derrotando" a outra.
"O que normalmente ocorre é que, ao longo do tempo, há vencedores e derrotados. Ou seja, uma ala ganha maior controle sobre o governo que a outra", diz.
Outra possibilidade é que haja uma divisão mais clarafinal da recopa 2024prerrogativas, com um setor intervindo menos ou nada na seara do outro.
O problema é que nem militares nem olavistas parecem se contentarfinal da recopa 2024se ater às atribuições específicas dos respectivos ministérios.
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