Tragédiariche slotsBrumadinho: a impressionante fugariche slotscasalriche slotsidosos sob 'som assustador'riche slotsenxurradariche slotslama:riche slots
Um ano antes, Geraldo, morador antigo e experiente da região, havia feito uma previsão para Vera, durante as prosas que costumavam seguir a entrega do almoço: "Se um dia a barragem romper, tudo isso aqui vai embora, não vai sobrar nada".
Vera e o marido, também chamado Geraldo, nunca tinham visto a barragem da Vale, localizada a cercariche slotssete quilômetros dali. Mas o ancião lhes tinha garantido: era muito grande e, se rompesse, iria percorrer todo o vale, destruir todas as casas e matar quem estivesse pela frente.
Após o gritoriche slotsalerta do rapaz que veio salvar Geraldo, Vera se virou para avistarriche slotscasa ao longe. Estava localizada na mesma colina, mas bem abaixo - portanto, uma área mais propensa à passagem da avalanche e mais insegura. Lá, o marido a aguardava para almoçar e seu irmão tirava um cochilo.
Para chegar até eles e avisar do rompimento da barragem, Vera precisaria fazer o caminho contrárioriche slotsuma rota fuga:riche slotsvezriche slotsir para um local alto, descer por um caminho que certamente seria atingido.
Nem por um instante ela hesitou: desceu correndo para salvar a família, enfrentando o riscoriche slotsser tragada pela lama no meio do trajeto.
"Passei debaixoriche slotsuma cercariche slotsarame farpado, corri por uma pinguelariche slotsquatro metros (uma ponteriche slotstábua que atravessa um corpo d'água, com um corrimãoriche slotsbambu, por onde a população costumava passar devagar e com cuidado para não cair), e corri até chegarriche slotscasa. Eu não seiriche slotsonde veio essa minha força. Meus nervos da perna estão todos doloridos até agora", conta Vera, que se aposentou por invalidez devido a uma trombose e, nos últimos anos, quebrou a perna três vezes.
A fuga
Vera chegou antes da avalanche. Primeiro, acordou aos berros o irmão, Manuel Souza Araújo,riche slots57 anos, que dormia no rancho. Depois, entrou correndoriche slotscasa.
"A barragem rompeu!", gritou para o marido, Geraldo do Carmo Vilaça,riche slots70 anos. "Ele estava sentado na mesa do almoço me esperando, quieto. Se eu não tivesse ido para lá (avisá-lo), a lama tinha pegado ele", diz.
Depois do avisoriche slotsVera, "foi o temporiche slotslevantar e fugir. Nós tivemos 3 minutos. Não tinha mais tempo, a avalanche já estava a 100, 50 metros da casa da gente", conta Geraldo. Naquela altura, a lama já havia levado o refeitório e a área administrativa da Vale, e eliminado a Pousada Nova Estância. Agora, se aproximava do bairro Parque da Cachoeira.
Geraldo abriu o portão da garagem e destrancou o carro. Enquanto isso, Vera foi antecipando a fuga, correndo por uma rua íngreme, visando alcançar o topo. Mas a chave do carro se perdeu entre o estofado. "Não dava temporiche slotsprocurar. Só restava correr", lembra Geraldo.
Ele olhou para cima e viu que a mulher ia conseguir se salvar. Mas, no sentido contrário, começou a ouvir o barulho aterrorizador da enxurrada chegando.
"É um som assustador, da lama derrubando árvore grande, quebrando telha, levando casa, carro", conta Geraldo. "É um somriche slotsfilmeriche slotsterror", diz a esposa.
Então, Geraldo percebeu que não dava mais temporiche slotsfugir pelo mesmo caminho da mulher - a lama chegaria antes dele alcançar o topo da rua. Em segundos, tomou uma decisão: correr para dentroriche slotsuma mata fechada atrásriche slotssua casa, que também terminavariche slotsum ponto alto e seguro.
"Corri uma subidariche slotsuns 120 metros, sem parar. Eu parecia até um meninoriche slots17 anos. Mas eu tenho 70. Acho que é o instintoriche slotssobrevivência. Quando cansei, pareiriche slotsuma árvore para descansar. E fiquei ouvindo a enxurrada. Se ela estivesse chegando, eu precisaria vencer o cansaço e correr mais alto".
Tanto Vera quanto Geraldo ficaram a salvo, cada umriche slotsum ponto alto diferente. De onde estavam, viram a enxurrada da barragem levar tudo o que construíram ao longoriche slotstoda a vida.
A lama engoliu a casa, o carro, o pomar, a horta, as 50 galinhas, os cachorros, os documentos, os álbunsriche slotsfotos do temporiche slotsjuventude e dos filhos crianças. Em segundos, não restava mais nada. Hoje, tudo está abaixoriche slots10 metrosriche slotslama. O vale não existe mais. O terreno foi nivelado pelos rejeitosriche slotsminérioriche slotsferro da Vale.
Embora preocupados um com outro, Vera e Geraldo tinham a sensaçãoriche slotsque os dois tinham conseguido se salvar. Depois que a lama atravessou o Parque da Cachoeira, ele caminhou até o topo da ladeira onde estava a esposa. Ver o marido vivo foi uma enorme comoção. "Nascemosriche slotsnovo. Nós dois nascemosriche slotsnovo", diz Vera.
Além do casal, os demais vizinhos também se encontraram ali, para verificar se estava faltando alguém. Naquela parte do bairro, são cercariche slots15 casas. Assim como Vera, todos os moradores fugiram alertados por vizinhos, familiares, amigos. Não houve nenhuma sirene, nenhum comunicado, ninguém especializado para ajudar. Todos perderam tudo. O vale virou lama.
Uma pessoa estava faltando: o irmãoriche slotsVera, Manuel. A expectativa do casal era que ele tivesse fugido por algum outro caminho, assim como Geraldo, e acabasse aparecendo. Mas isso não aconteceu. Seu nome está na listariche slotsdesaparecidos - que, na terça (29), tinha 276 pessoas.
Três dias após a tragédia, Vera está perdendo as esperançasriche slotsencontrar o irmão vivo. "Se a sirene tivesse tocado, a gente teria muito mais minutos para fugir. A gente podia ter ajudado o Manuel, forçado ele a sair. Mas só deu temporiche slotscorrer. Se ficássemos mais alguns segundos, teríamos morrido os três", diz Geraldo.
"O que mais eu vou sentir falta da minha vida antiga é o Manuel. Os bens materiais não importam. Eu só queria ter podido salvar o meu irmão, assim como eu consegui salvar meu marido. Aí, eu estaria completa, mesmo sem ter mais nada", diz Vera, muito emocionada.
O medo da barragem
Vera e Manuel compraram a chácarariche slots2006, procurando um local tranquilo para se aposentar. Antes, viviamriche slotsuma cidade próxima – ele, funcionário da empresariche slotssaneamentoriche slotsMinas Gerais, ela, empregada doméstica. Queriam ter uma horta, um pomar, criar galinhas.
No início, nem sequer sabiam que, perto dali, havia uma barragemriche slotsmineração. Muito menos imaginavam que aquele poderia ser um localriche slotsrisco, o trajeto por onde passaria o rejeitoriche slotscasoriche slotsrompimento. Afinal, no Parque da Cachoeira, não havia comunicados, placas, reuniões com moradores para tratar do assunto, planosriche slotsevacuaçãoriche slotsemergência. Havia apenas o vale,riche slotsonde não se via nenhum pedaço da mina do Córrego do Feijão.
Por isso, nem quando ocorreu a tragédiariche slotsMariana,riche slots2015, Vera e Geraldo ficaram preocupados. Nem eles, nem a maioria dos vizinhos.
Até que,riche slots2018, esse climariche slotstranquilidade foi rompido: a Vale começou a instalar torres com sirenes perto do Parque da Cachoeira. "Sirenes para alertariche slotsrompimento da barragem, para fuga mesmo", diz Geraldo. Uma delas foi colocada bemriche slotsfrente do terreno do casal, do outro lado do vale, a uns 500 metros. Assim, toda vez que saiamriche slotscasa, viam o posteriche slotsemergência, com uns 12 metrosriche slotsaltura.
Pouco depois da instalação das sirenes, funcionários da mineradora começaram a visitar as casas da região para aplicar um questionário, relata o casal. Anotavam os dadosriche slotstodos os moradores e perguntavam: "Se for para sair correndo, há alguém na casa com problemariche slotslocomoção, algum idoso?", lembra Geraldo.
Foi aí que o casal entendeu: a parte baixa do Parque da Cachoeira estava no caminho da barragem. A informação tinha um gosto amargo. O que era para ser uma vida tranquila poderia virar um pesadelo.
Vera, então, foi conversar com o velho Geraldo, o vizinhoriche slots90 anos, para saber o que ele achava da situação. A resposta dada,riche slotsque a barragem era grande e perigosa, fez com que ela não sossegasse nunca mais. Todo dia, pensava no perigo da barragem romper. Seu maior medo era que isso ocorresseriche slotsnoite, quando todos estivessem dormindo.
"Eu falava para ele: Geraldo, eu não tô mais satisfeita aqui, a gente podia procurar outro lugar para morar. Tudo que eu vou fazer eu lembro dessa barragem. À noite, eu fico sempre pensando", relata Vera.
"A Vera sempre dizia para a gente ir embora. Mas não era fácil sair dali. Você leva uma vida inteira para construirriche slotscasa. Porque a pessoa que tem poucos recursos vai construindo aos poucos. Depoisriche slotsanosriche slotsconstrução, você chega num ponto que aquilo ali está pronto. Eriche slotsrepente você tem que deixar tudo porque tem ameaçariche slotsuma barragem? Não é fácil", diz Geraldo.
As sirenes e os questionários alarmaram toda a comunidade. Para tentar acalmar os ânimos,riche slotsmeados do ano passado, foi marcada uma reunião entre a Vale e os moradores do Parque da Cachoeira, no camporiche slotsfutebol do bairro. A mineradora chegou a montar uma tenda no local e a exibir slidesriche slotsum projetor, com informações sobre as barragens, segundo relatos dos moradores.
Adilson Chavez Ramos e Ademir Caricati, presidente e vice-presidente da associaçãoriche slotsmoradores local, a Acopapa, relatam que os representantes da Vale presentes na reunião tentaram tranquilizar a comunidade: não havia risco nenhumriche slotsrompimento. Podiam ficar tranquilos – prova disso seria que as instalações da própria empresa ficavam ali, logo após a barragem.
O vereador Juliano Lopes,riche slotsBelo Horizonte, estava presente na reunião. Presidente da Comissãoriche slotsMeio Ambiente da Câmarariche slotsVereadores, ele pretendia se eleger, naquele ano, a deputado estadual e contava com o apoio da comunidade. "Teve muito questionamento da população. Mas a Vale falou que estavam preocupadosriche slotsexcesso e que não havia necessidade disso, afinal, estava tudo monitorado."
Após os episódios das sirenes, do questionários e da reunião, a Vale desapareceu do Parque da Cachoeira, contam Geraldo e Vera. "Depoisriche slotstudo aquilo, eu imaginava que iam treinar os moradores, criar um planoriche slotsfuga, soar as sirenes para a gente ver como que era. Mas a Vale não apareceu mais. Aquela sirene nunca tocou, eu nem sei qual é o som dela", diz ele.
A partir daí, "a única notícia que a gente tinha da Vale era um jornalzinho que passaram a entregarriche slotscasa todo mês. Lá, eles publicavam as coisas boas que a Vale vinha fazendo", ironiza.
Se a Vale havia ido embora da região, pensava Geraldo, então, isso devia significar que não havia perigo. "Eu pensei: se tivesse um risco real, iminente, a Vale teria continuado com a prevenção. Como o pessoal desapareceu, não voltou lá mais, imaginei que estava seguro".
Já Vera insistia que deveriam ir embora dali. Falavam tanto sobre o assunto que chegaram a traçar uma rotariche slotsfuga imaginária.
"Eu falava: se a barragem estourar, eu subo pela ladeira. Se eu chegar até ali na (casa da) Sandra do Lúcio, eu tô salva. Já o Geraldo dizia: pois, eu não, eu passo aqui por dentro da mata", lembra ela. "E na hora que aconteceu, nós trilhamos exatamente esse caminho. Eu subi pela rua e ele pelo mato".
A vida que ficou debaixo da lama
Salvar a vida, mas perder tudo. E depois, o que fazer? Geraldo só tinha a bermuda, o chinelo e a camiseta. Vera, a blusa, o shorts, o sapato. Naquela tarderiche slotssexta-feira, depois que a barragem rompeu, o casal precisou virar as costas para o local onde haviam vivido por 12 anos e ir embora. Com eles, a angústia: o que aconteceu ao Manuel?
Na primeira noite, dormiram na casariche slotsuma das filhas do primeiro casamentoriche slotsVera. Mas, logo na manhã seguinte, decidiram voltar para o Parque da Cachoeira, atrásriche slotsalgum sinal do irmãoriche slotsVera. Nada.
Outros parentes também se distribuíram por Brumadinho, procurando por notícias dele. Sem sucesso. Vera não se conforma: se tivesse tocado a sirene, o irmão poderia estar entre eles.
"Eu acho que a Vale não estava preocupada com as pessoas. Acho que estava preocupadariche slotsatender a legislação. Tem que por sirene? Então colocaram a sirene. Se houvesse realmente uma preocupação com as pessoas, teriam dado sequência ao trabalho (de preparação para uma evacuação). E avisado as pessoas a tempo delas fugirem", diz Geraldo.
Para ele, a Vale também falhou na proteção dos funcionários. "Como pode colocar o refeitório na parte debaixo da barragem? Onde já se viu isso?", continua. O refeitório e a área administrativa da mineradora foram os primeiros a serem atingidos pelos rejeitos da barragem que se rompeu. Por ser horárioriche slotsalmoço, estavam cheios. A maior parte das vítimas estava ali.
"Daqui para frente, o mais importante é que (as empresas) sejam obrigadas a ter uma nova postura, para evitar novos desastres. Minas Gerais é um Estadoriche slotsmineração. Segundo se informa, tem dezenasriche slotsbarragensriche slotsrejeitos. Se não mudar a postura, vai acontecer novamente", diz Geraldo.
No retorno ao bairro no sábadoriche slotsmanhã, Geraldo também quis refazer o trajeto da fuga junto com um dos filhos. "Esse aqui é o lugar por onde meu pai correu para fugir da enchenteriche slotsrejeito. É um morro, fica no fundoriche slotsonde ele morava. É uma mata fechada. A sorte dele foi que ele conhecia mais ou menos o caminho", narrou Cléber, o filho,riche slotsum vídeo gravado por celular.
No fim do trajeto, avistaram o local onde ficava a chácara. "Não existe mais casa, foi soterrada. Não tem nenhum vestígio. É um marriche slotslama, simplesmente. Pelo cálculo que fizemos, deve estar a 10 metrosriche slotsprofundidade", fala Geraldo.
Entre tantas tristezas, uma pequena alegria: no caminho para retornar ao Parque da Cachoeira, Vera e Geraldo encontraram Nilza, uma das cinco cadelas do casal. Havia sido resgatada pelos bombeiros, completamente cheiariche slotslama, e abrigada por uma família no bairro.
"Ela ficou muito felizriche slotsme ver. E eu,riche slotsver ela!", exclama Vera, com um enorme sorriso. "É uma sobrevivente!". "Fiquem tranquilos, eu cuido dela. Vocês buscam quando puderem", disse a dona da casa. Nilza teria que esperar. Por enquanto, era preciso reorganizar a vida.
Aindariche slotsBrumadinho, a família Vilaça foi a um prédio da Vale e informou que havia perdido tudo. Logo, passou a receber atendimento da mineradora. "É preciso elogiar o que funciona: fomos muito bem atendidos pela Vale depois do que aconteceu. Estão nos dando toda a atenção", confessa Geraldo.
Dianteriche slotsum novo casoriche slotsdesabrigados pela lama, a mineradora os encaminhou para um hotel. Porém, nãoriche slotsBrumadinho ou nas cidades vizinhas, masriche slotsBelo Horizonte, a maisriche slots50 quilômetrosriche slotsdistância. Assim, seus filhos precisam se deslocar até a capital mineira para visitá-los.
É a primeira vez que Vera e Geraldo ficamriche slotsum hotel. A tranca da porta, toda moderna, incomoda: "A gente é caipira, não sabe direito como funciona essas coisas", diz Vera, dando risada.
Em vez da tranquilidade do vale, os novos hóspedes agora convivem com o barulhoriche slotsautomóveis até tarde da noite, já que a hospedagem ficariche slotsuma larga avenida no bairro da Gameleira. A paisagem é árida, sem verde.
Os novos vizinhos são os mesmos do Parque da Cachoeira. Praticamente todo o segundo andar do hotel está preenchido por famílias que tiveram as casas destruídas. Em outros andares, também há mais famílias atingidas pelo rompimento da barragem. Mas os hóspedes têm dificuldade para visitar quem estáriche slotsoutro piso, pois o elevador precisa ser ativado com um cartão que só dá acesso ao próprio andar.
Os quartos são pequenos, mas confortáveis. "O hotel é ótimo, não tem nada que reclamar. O problema é a ficha cair", diz Geraldo.
"Nossa vida erariche slotsuma chácarariche slotsdois mil metros quadrados, com uma sérieriche slotsatividades. Agora, é só um apartamentozinho nesse hotel. A gente está aqui aguardando o que vai acontecer". Cuidar do pomar, da horta, das flores, das galinhas, colher ovos, fazer comida mineira no fogão a lenha, entregar almoço na casa do velho Geraldo, nada disso fará mais parte da rotina.
"A cabeça não está boa. O meu irmão continua desaparecido. Então a gente fica sem dormir", fala Vera. Na madrugadariche slotssábado, às 2h, quando estavam pegando no sono, tocou o telefone no quarto: "chegou doação, venham receber", dizia a voz do outro lado da linha. Ao chegarem ao lobby do hotel, a doação que restava era uma embalagem com garrafasriche slotságuariche slotsmeio litro.
Outras doações chegaramriche slotshorários mais adequados. A felicidaderiche slotsVera e Geraldo foi ter conseguido paresriche slotstênis. Eles pretendemriche slotsbreve começar a caminharriche slotsvolta do hotel. "Não dá para ficar aqui o tempo todo".
Do futuro, ainda não sabem nada. "Agora, todos os esforços tem que serriche slotsBrumadinho. A gente fica esperando aqui", fala Geraldo.
E depois? "A gente espera um local para morar e a mobília da casa, já que perdemos tudo. E eu acredito que é só isso, porque o valor emocional do que a gente perdeu nunca vai ser recuperado", diz Geraldo.
"Mas, pelo menos, a gente vai poder sair desse quarto. Ter um lugar com um pouco maisriche slotsliberdade. E levar a Nilza", fala Vera. "O problema é que já estamos velhos. Não sei se vai dar temporiche slotsrecuperar o que perdemos."
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