Brumadinho: Projeto1xbet 91lei que endureceria regras para mineradoras está parado há mais1xbet 91um ano1xbet 91MG:1xbet 91
O texto ainda exigia que as empresas fizessem um fundo para haver um seguro1xbet 91casos1xbet 91acidentes e proibia a instalação1xbet 91barragens1xbet 91rejeitos pelo método chamado1xbet 91alteamento a montante, que permite que ela seja ampliada para cima quando ficar cheia.
A proposta, porém, foi vetada por três votos a um pelos deputados Thiago Cota (MDB), Tadeu Martins Leite (MDB) e Gil Pereira (PP). A BBC News Brasil os procurou nesta sexta-feira durante o expediente para saber qual o motivo do veto, mas apenas Thiago Cota se manifestou por meio1xbet 91sua assessoria1xbet 91imprensa.
Ele disse, por meio1xbet 91uma nota, que votou contra o projeto porque ele "inviabilizaria a mineração1xbet 91Minas Gerais".
"Nosso parecer no projeto original contempla rigorosamente as medidas1xbet 91seguranças sugeridas pelas entidades envolvidas, mas sem inviabilizar a atividade minerária. Entendo que, caso o parecer apresentado pelo atual relator na Comissão1xbet 91Minas e Energia vingasse, não teríamos mais como sonhar com o retorno da Samarco. Isso seria terrível para Mariana, Ouro Preto e toda uma região. Significaria menos empregos e menos renda para a nossa gente", justificou.
Já os deputados Gil Pereira e Tadeu Martins Leite não foram encontrados1xbet 91seus gabinetes durante o expediente, assim como seus chefes1xbet 91gabinete. A assessoria1xbet 91imprensa1xbet 91Leite não soube informar onde ele estava e disse que atenderia à reportagem por e-mail, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação deste texto.
O deputado João Vitor Xavier diz que seu projeto foi derrotado porque há um "lobby muito forte" feito pelas mineradoras na região.
"As mineradoras querem operar no modelo que está. E eu digo há dois anos que as pessoas vão continuar morrendo. Já temos mineradoras1xbet 91Minas Gerais com rejeito sólido. Precisamos tomar medidas duras e importantes para evitar mais mortes. Mas o setor quer lucrar mais, se mobilizou e agora tem a mão suja1xbet 91sangue", afirmou.
As empresas envolvidas na atividade, como a Vale - responsável pela barragem que se rompeu1xbet 91Brumadinho -, se defendem argumentando que seguem todas as regras1xbet 91segurança. Após o desastre desta sexta-feira, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse1xbet 91pronunciamento à imprensa que relatórios periódicos sobre a estabilidade das barragens eram formulados a pedido da empresa por técnicos especializados.
O deputado disse que o projeto não evitaria o desastre que ocorreu1xbet 91Brumadinho, mas que novas barragens menos seguras fossem construídas.
"As barragens já estão feitas. Temos 400 bombas-relógio1xbet 91Minas Gerais. Isso que aconteceu hoje, eu avisei como presidente dessa comissão diversas vezes e digo que vai se repetir. Enquanto o povo morre aqui, os acionistas na Austrália estão enriquecendo", afirmou.
Nada mudou
Pedro Dutra, pesquisador1xbet 91Defesa Civil Internacional, faz um estudo na região há mais1xbet 91um ano para a criação1xbet 91práticas1xbet 91prevenção1xbet 91acidentes1xbet 91áreas1xbet 91inundação. Em entrevista à BBC News Brasil, ele disse, porém, que quase nada foi implantado desde o desastre1xbet 91Mariana e lamenta o veto ao projeto1xbet 91João Vitor Xavier.
"A Assembleia Legislativa1xbet 91Minas Gerais aprovou apenas um dos três projetos que foram colocados1xbet 91votação, referente à aplicação1xbet 91uma taxa1xbet 91fiscalização1xbet 91recursos minerais. O texto que foi vetado também previa a alteração do processo1xbet 91licenciamento para que ele fosse analisado1xbet 91maneira integral e não fatiado como é hoje", afirmou.
Dutra também afirmou1xbet 91entrevista à BBC News Brasil que a barragem1xbet 91Brumadinho não estava1xbet 91nenhuma lista1xbet 91risco.
Pedro Dutra também diz que não sabe se a sirene que alerta os moradores1xbet 91casos1xbet 91rompimento1xbet 91barragem foi acionada. O pesquisador afirmou, porém, que o impacto1xbet 91casas deve ser menor quando comparado a Mariana. Ele afirma que muitas pessoas se mudaram da região após o desastre ambiental que ocorreu há três anos no mesmo Estado.
"A gente notou uma mudança voluntária1xbet 91famílias que moravam1xbet 91áreas1xbet 91mineração. Esse afastamento foi essencial para protegê-las. Também temos visto um trabalho intenso da Defesa Civil1xbet 91cada município para educar a população. O problema é que não existe equipe suficiente formada para isso", afirmou.
Ele afirmou que a população tem pouco tempo1xbet 91reação quando ocorre o rompimento1xbet 91uma barragem. Ele disse que a lama demora1xbet 915 a 7 minutos para atingir as primeiras casas, localizadas a cerca1xbet 911 km da barragem.
"Isso também ocorre1xbet 91países como a Indonésia. O principal é fazer um trabalho1xbet 91educação contra esses acidentes nas escolas para ensinar às crianças a reagir nessas situações porque o alarme só dispara quando o material já cedeu e ele se desloca muito rápido. O mais importante é não se prender a bens materiais e fugir o mais rápido possível."
Como ocorreu1xbet 91Brumadinho?
Os rejeitos liberados pelo rompimento1xbet 91uma barragem no município1xbet 91Brumadinho, que faz parte da região metropolitana1xbet 91Belo Horizonte (MG), atingiram residências e a área administrativa da empresa no local, conhecido como Mina Córrego do Feijão. Ao menos 150 pessoas estão desaparecidas, segundo o Corpo1xbet 91Bombeiros.
A mineradora Vale, dona da barragem, afirmou que havia funcionários da empresa no refeitório no momento do rompimento. A distância entre a sede da mineradora e a barragem que se rompeu é1xbet 91cerca1xbet 911,6 km.
À BBC News Brasil o secretário-adjunto1xbet 91Saúde da cidade, Geraldo Rodrigues do Carmo, disse que a chamada Vila Ferteco, também atingida, abriga casas e sítios, mas não é muito populosa. A região foi evacuada.
O rompimento1xbet 91Brumadinho ocorre três anos depois que outra barragem da Vale na região1xbet 91Mariana, se rompeu. Morreram 19 pessoas e três distritos - Bento Rodrigues, Paracatu1xbet 91Baixo e Gesteira - ficaram destruídos. Administrada pela Samarco, subsidiária da Vale, a barragem1xbet 91Fundão liberou 34 milhões1xbet 91metros cúbicos1xbet 91rejeito1xbet 91minério, que desceram 55 km pelo rio Gualaxo do Norte até o Rio do Carmo e outros 22 até o Rio Doce.
A avalanche1xbet 91lama percorreu 663 km1xbet 91cursos d'água e atingiu 39 municípios1xbet 91Minas Gerais e no Espírito Santo - o maior desastre ambiental do país.
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