Blackfishing: a polêmicacbet gg entrartorno das influenciadoras acusadascbet gg entrarfingirem ser negras nas redes sociais:cbet gg entrar

Aga Brzostowska (esquerda) e Jaiden Gumbayana
Legenda da foto, Aga Brzostowska (esquerda) e Jaiden Gumbayana passaram a ser criticadas por usarem tranças e cabelos encaracolados
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Ela é só uma entre várias influencers (influenciadoras digitais) do Instagram que estão sendo acusadascbet gg entrarmodificar seus traços e corpos para se parecer mais com uma mulher negra.

Pessoas têm comentado nas fotos que elas publicam apontando mudanças no visual, como pele mais escura, lábios mais grossos, glúteos maiores e usocbet gg entrarcabelos encaracolados ou com tranças.

O fenômeno social da apropriaçãocbet gg entraraspectos da cultura negra por pessoascbet gg entrarpele mais clara com o intuitocbet gg entrartirar proveito pessoal dessa identificação através da projeção da imagem ganhou o nomecbet gg entrarblackfishing e vem causando polêmica nas redes sociais.

Ao praticarem blackfishing, estas pessoas estariam ocupando nas redes sociais um espaço normalmente utilizado por pessoas negras para promoverem produtos, ideias, hábitoscbet gg entrarcomportamento e trocacbet gg entrarinformação. Os críticos alegam que isso seria o aproveitamento indevido e injusto da fama conquistada a duras penas pelos negros na sociedade.

Aparência alterada

A sueca Emma Hallberg, que tem maiscbet gg entrar260 mil seguidores no Instagram, se tornou alvocbet gg entrarataques depoiscbet gg entrarduas fotos suas viralizarem. "Eu me vejo como branca. Mas eu ganho um bronzeado intenso com a exposição ao sol", disse ela ao site Buzzfeed.

O argumentocbet gg entrarEmma é semelhante aocbet gg entrarduas mulheres acusadas de blackfishing que a BBC entrevistou. Aga admite que uma montagem com duas fotos dela, que tem circulado no Twitter, revela uma mudança radicalcbet gg entraraparência-cbet gg entrarquando ela tinha 13 anos para agora.

Aga Brzostowska

Crédito, Aga Brzostowska

Legenda da foto, Uma montagemcbet gg entraruma fotocbet gg entrarquando Aga tinha 13 anos ecbet gg entraroutra mais recente tem sido usada para 'provar' que ela tem tentado parecer negra

"Sem me conhecer, faz sentido colocarem as duas fotos juntas porque, obviamente, há uma diferença enorme. Então, eu não fico chateada que alguém tenha usado as fotos sem me conhecer. Faz sentido no contexto do que eles querem expressar", diz.

Mas Aga afirma que as mudanças vistas na segunda foto ocorreram "naturalmente"- são o resultadocbet gg entrarexercícios pesados na academia e do visual pós-férias.

A jovem, que tem origem polonesa, diz acreditar que parte da razão pela qual as pessoas ficam surpresas ao descobrirem que ela é branca está relacionada ao estereótipo sobre a aparência física dos poloneses.

"Eu tenho orgulhocbet gg entrarser polonesa, mas não sei o motivocbet gg entrarter essa aparência. Meus traços são esses. Não posso evitar o fatocbet gg entrarter lábios grossos e não a aparência típica das polonesas", diz ela.

Quanto às tranças, Aga diz que a irmã mais nova dacbet gg entraramiga tinha aberto um cabeleireiro e pediu para fazer o penteado nela para fotoscbet gg entrardivulgação.

"Eu não pensei muito sobre a questão. Eu realmente aprecio a cultura e gosto do look. Foi só isso."

Por que blackfishing é tão polêmico

A discussão sobre blackfishing começou depois que uma sequênciacbet gg entrartuítes da escritora Wanna Thompson sobre mulheres acusadascbet gg entrarfingirem ser negras viralizou.

Algumas pessoas têm questionado o motivocbet gg entrarisso ser um problema. Mas Dara Turmond, uma enfermeiracbet gg entrarNova York que tem sido vocal sobre blackfishing, destacou à BBC Newsbeat que negros sempre foram julgados apenas por "serem eles mesmos".

Ela afirma que fica frustrada ao ver mulheres brancas posando como negras sem sequer conhecer "a luta da mulher negra para simplesmente ser aceita como é".

Dara Thurmond

Crédito, Dara Thurmond

Legenda da foto, Dara diz que influencers verdadeiramente negras tem sido escanteadas por blogueiras brancas que tentam se passar por negras

"Até hoje,cbet gg entrarcertos ambientes,cbet gg entrartrabalho mulheres negras não podem usar seu cabelo natural. Elas precisam alisar o cabelo, porque temem que usar cabelo afro, tranças ou cachos seja visto como sujo, bagunçado ou um visual não profissional", afirma.

Dara também diz que as mulheres acusadascbet gg entrarblackfishing estão sendo injustas com mulheres negras que tentam se tornar influencers e receber patrocínios para propagandacbet gg entrarprodutos nas suas redes sociais.

"Você está tirando isso delas", diz Dara.

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Jaiden Gumbayan,cbet gg entrar19 anos,cbet gg entrarJacksonville, na Flórida, também tem sido acusadacbet gg entrarblackfishing. Como Aga, ela diz que entende as críticas que recebeu, mas nega que esteja forjando a própria cor.

Ela acredita que existe uma "linha tênue entre apreciação e apropriação".

"Para algumas mulheres negras, isso pode ser visto como a maior formacbet gg entrarhomenagem. Para outras, é uma mímica ou apropriação da cultura sem saber a história por traz", diz.

"Eu sei que há outras influencers no Instagram e outras celebridades que têm essa intenção."

Um sobrenome mencionadocbet gg entrarquase todos os textos sobre blackfishing é Kardashian. A estrelacbet gg entrarreality show Kim Kardashian é, há anos, acusadacbet gg entrarse apropriar da cultura negra.

Kim Kardashian

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Kim Kardashian já foi alvocbet gg entrarcríticas por usar tranças e "tentar parecer negra"

É comum que seja atribuído ao "efeito Kardashian" o aparente aumento do númerocbet gg entrarjovens que buscam cirurgias plásticas, especialmente para engrossar lábios e aumentar seios e glúteos.

Dara diz que não ficou surpresa quando ouviu sobre o fenômeno do blackfishing. "Estamos chegando a uma eracbet gg entrarque você vê várias mulheres negras se expressando, abraçando acbet gg entrarnegritude, assumindo essa identidade sem se envergonhar disso mais", explica.

"Então, faz sentido o que está acontecendo. Acredito que as mulheres brancas possam sentir que não estão mais dentro do padrão. Então, fazem coisas para tentar continuar relevantes e manter a popularidade."

Ela acrescenta que é "perfeitamente aceitável apreciar a ampla variedadecbet gg entrarpessoas ao seu redor". "Mas se chegar ao pontocbet gg entrarvocê querer se passar por negro, se você não é... Isso é um problema."

Jaiden diz que as críticas que recebeu a ensinaram que "existem outras formascbet gg entrarmostrar apreciação".

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"Você pode apreciar uma cultura sem usar os penteados associados a ela ou tentar agircbet gg entraruma maneira que não é a sua."

Aga afirma que recebeu comentárioscbet gg entrarpessoas falando que ela deveria se matar após postar as fotos com trança na internet.

Ela diz que, diante das acusaçõescbet gg entrarque estaria blackfishing, vai tentar ser mais cuidadosa com o usocbet gg entraralguns estiloscbet gg entrarcabelo, como tranças.

"Eu estou aprendendo sobre o que eles estão tentando dizer. Mas não há muito o que eu possa fazer considerando que eu não sinto que feri alguém ou que tenha feito algocbet gg entrarforma maldosa", afirma.

Mas será que ela vai trocar as fotos postadas no Instagram?

"Eu não sei o que eu posso mudar, porque essa sou eu."

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