Bolsonaro presidente: Quem são os 4 nomes apontados como prováveis ministros:baixar esportesdasorte

Bolsonaro ao ladobaixar esportesdasorteprováveis ministros da Casa Civil, Lorenzoni, e da Ciência e Tecnologia, Pontes, à espera do resultado da eleição

Crédito, Reprodução Facebook Marcos Pontes

Legenda da foto, Bolsonaro esperou o resultado ao ladobaixar esportesdasorteprováveis ministros; na foto Lorenzoni, da Casa Civil, e Pontes, da Ciência e Tecnologia

baixar esportesdasorte O presidente eleito Jair Bolsonaro baixar esportesdasorte (PSL) confirmou quatro prováveis nomes para comandar ministérios do seu governo ao ser eleito, neste domingo, o novo presidente do Brasil. Capitão reformado do Exército e deputado federal pelo Riobaixar esportesdasorteJaneiro, ele teve 57.797.423 votos, ou 55,13% dos votos válidos, contra 44,87%baixar esportesdasorteFernando Haddad (PT), que concorria pelo Partido dos Trabalhadores (PT). baixar esportesdasorte .

A promessabaixar esportesdasorteBolsonaro é reduzir o númerobaixar esportesdasorteministériosbaixar esportesdasorte29 para 15,baixar esportesdasorteuma reforma que pode levar, por exemplo, o Ministério da Fazenda a incorporar as pastas do Planejamento, da Indústria e Comércio, além da secretaria que hoje cuidabaixar esportesdasorteconcessões e privatizações.

A seguir, a BBC News Brasil mostra o perfil dos possíveis ministros até agora.

Imagem mostra fotosbaixar esportesdasorteMarcos Pontes, Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes e o general da reserva Augusto Heleno, apontados como ministros do governobaixar esportesdasorteJair Bolsonaro, recém-eleito presidente do Brasil

Crédito, AFP/Getty Images

Legenda da foto, Da esquerda para a direita, a partirbaixar esportesdasortecima: Marcos Pontes, Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes e o general da reserva Augusto Heleno, apontados como ministros do governobaixar esportesdasorteJair Bolsonaro, eleito neste domingo

Onyx Lorenzoni, o articulador

Um dos mais ferrenhos opositores ao PT na Câmara dos Deputados e apoiadorbaixar esportesdasorteprimeira hora da candidaturabaixar esportesdasorteBolsonaro, o deputado federal reeleito Lorenzoni deve ocupar o cargobaixar esportesdasorteministro-chefe da Casa Civil no novo governo.

Contrariando a orientação do seu partido, que no primeiro turno apoiou a candidaturabaixar esportesdasorteGeraldo Alckmin (PSDB), o parlamentar gaúcho é articulador da campanha do presidente eleito desde 2017. Há cercabaixar esportesdasorteum ano, começou a realizar jantares embaixar esportesdasortecasabaixar esportesdasorteBrasília a fimbaixar esportesdasorteatrair outros parlamentares e construir uma frente suprapartidáriabaixar esportesdasorteapoio ao capitão reformado.

Lorenzoni,baixar esportesdasorte64 anos, é médico veterinário e inicioubaixar esportesdasorteatuação política como dirigentebaixar esportesdasorteentidades da categoria no Rio Grande do Sul. Ele é sócio do Hospital Veterinário Lorenzoni onde, por maisbaixar esportesdasorte20 anos, atuou como clínico e cirurgiãobaixar esportesdasortepequenos animais.

Após dois mandatos como deputado estadual, chegoubaixar esportesdasorte2003 à Câmara Federal, quando se tornou amigobaixar esportesdasorteBolsonaro. Chegaram a ser colegasbaixar esportesdasortepartido por um período. "É um pouco radical, tem umas ideiasbaixar esportesdasorteque eu discordo, mas é uma pessoa que respeito. Liderei o Bolsonaro quando fui líder do Democratasbaixar esportesdasorte2008. Comigo, ele foi nota dez", dissebaixar esportesdasorteentrevistabaixar esportesdasorteabrilbaixar esportesdasorte2017 ao portal Congressobaixar esportesdasorteFoco.

Assim como o novo presidente, o parlamentar batalhou na Câmara pela flexibilização do Estatuto do Desarmamento e pela aprovação do impeachmentbaixar esportesdasorteDilma Rousseff (PT). Defendeu que seu partido não assumisse cargos no governo Michel Temer (MDB), mas a posição acabou vencida.

Onyz Lorenzoni

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Onyz Lorenzoni é apontado como futuro ministro da Casa Civil

No finalbaixar esportesdasorte2016, ganhou destaque como relator do projetobaixar esportesdasortelei elaborado pelo Ministério Público que ficou conhecido como Dez Medidas Contra a Corrupção. Àbaixar esportesdasorterevelia, a proposta acabou desfigurada no texto final aprovado na Câmara e, depois, empacou no Senado.

Apesarbaixar esportesdasortesua postura incisiva pela moralidade na administração pública e na política, foi citado na delação premiada da JBS como receptorbaixar esportesdasorteR$ 200 mil para caixa dois eleitoral. Lorenzoni preferiu admitir que havia recebido recursos não declarados para cobrir gastosbaixar esportesdasortecampanha, segundo elebaixar esportesdasortevalor menor,baixar esportesdasortecercabaixar esportesdasorteR$ 100 mil, mas afirmou que não houve contrapartida a essa doação, nem dinheiro público envolvido.

Após essa revelação, ele tatuou no braço o versículo bíblico: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

"Por que eu tatuei isso? Para nunca mais errar", dissebaixar esportesdasorteentrevista a uma redebaixar esportesdasorteTVbaixar esportesdasorteCachoeira do Sul (RS).

"Entre carregar uma mancha que me macularia pela vida toda, eu resolvi ter uma cicatriz", acrescentou.

Paulo Guedes, o superministro

O economista liberal Guedes - que ficou conhecido na campanha como "Posto Ipiranga" por ser a referência para qualquer questão econômica levada a Bolsonaro - deve assumir um super-Ministério da Fazenda, previsto para incorporar também as pastas do Planejamento, da Indústria e Comércio, além da secretaria que hoje cuidabaixar esportesdasorteconcessões e privatizações.

A fusão faz parte da promessabaixar esportesdasortereduzir o númerobaixar esportesdasorteministériosbaixar esportesdasorte29 para 15. Guedes é um fervoroso defensor da redução do tamanho do Estado e promete zerar o rombo das contas da Uniãobaixar esportesdasortemaisbaixar esportesdasorteR$ 100 bilhõesbaixar esportesdasorteapenas um ano, com ajudabaixar esportesdasorteum amplo programabaixar esportesdasorteprivatizações.

O economista já declarou que gostariabaixar esportesdasortevender todas as estatais, sem restrições, mas Bolsonaro quer preservar as que considera "estratégicas", como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

"Mais Brasil e menos Brasília", resumiubaixar esportesdasorteartigo do ano passado, com críticas à "concentraçãobaixar esportesdasortepoder político e recursos financeiros no governo federal".

Carioca, nascidobaixar esportesdasorte1949, Guedes deixou o Brasil nos anos 1970 para fazer doutorado sobre política fiscal na Universidadebaixar esportesdasorteChicago (EUA), referência no ensinobaixar esportesdasorteeconomia liberal. De lá saíram os chamados Chicago Boys, grupobaixar esportesdasorteeconomistas que atuou no governo do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990).

Paulo Guedes

Crédito, AFP

Legenda da foto, Guedes foi interlocutorbaixar esportesdasorteBolsonaro junto ao mercado financeiro

A convitebaixar esportesdasorteum deles, Jorge Selume, Guedesbaixar esportesdasortetornou professor da Universidade do Chile no início dos anos 1980, segundo perfil da revista Piauí.

Logo, porém, retornou ao Brasil, onde desenvolveu carreira no mercado financeiro e na áreabaixar esportesdasorteeducação. Chegou a dar aulas na PUC e na FGV e presidiu o Ibmec, uma escolabaixar esportesdasortenegócios. Fundou,baixar esportesdasorte1983, o banco Pactual, hoje BTG Pactual, do qual já se desligou. Foi sóciobaixar esportesdasorteoutras gestorasbaixar esportesdasorterecursos e hoje é presidente da Bozano Investimentos, posto que deixará para integrar o novo governo.

Segundo jornais brasileiros, o Ministério Público Federal instaurou no início do mês uma investigação para apurar se Guedes teria cometido gestão fraudulenta ao administrar R$ 1 bilhão captadobaixar esportesdasorte2009 junto a fundosbaixar esportesdasortepensão estatais e investidobaixar esportesdasortedois fundos da gestora BR Educacional. A defesa do economista negou qualquer ilegalidade e disse que a investigação "é uma afronta à democracia cujo principal objetivo é obaixar esportesdasorteconfundir o eleitor".

A aproximação com Bolsonaro ocorreu no finalbaixar esportesdasorte2017, quando o então pré-candidato subia nas pesquisas, mas ainda estava longebaixar esportesdasortedespontar como favorito. O economista, porém, já enxergava o potencial vitorioso do agora presidente eleito e passou a externar issobaixar esportesdasorteartigos. Os textos atraíram a atençãobaixar esportesdasorteBolsonaro, que precisavabaixar esportesdasorteum interlocutor para conquistar a confiança do mercado financeiro - a estratégia funcionou.

General Heleno, o linha dura

O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro quase foi candidato a vice-presidentebaixar esportesdasorteBolsonaro no lugar do general Hamilton Mourão, mas a intenção acabou frustrada por contrariar a estratégia eleitoral do seu partido, o PRP. Em entrevista ao Jornal Nacional logo após o primeiro turno, Bolsonaro chegou a se referir duas vezes ao seu vice erroneamente como "Augusto".

Heleno, que é generalbaixar esportesdasortequatro estrelas (generalbaixar esportesdasorteExército, no topo da hierarquia), deve assumir o comando do Ministério da Defesa, substituindo o general Joaquim Silva e Luna. Antes deste, a pasta criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso sempre havia sido comandada por civis.

O futuro ministro se formou na Academia Militar das Agulhas Negras com o primeiro lugar na turmabaixar esportesdasortecavalariabaixar esportesdasorte1969, oito anos antes, portanto, que Bolsonaro. Tornou-se conhecido do grande público ao ser nomeado o primeiro comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, cargo que ocupoubaixar esportesdasorte2004 a 2005.

Depois, assumiu,baixar esportesdasortesetembrobaixar esportesdasorte2007, o Comando Militar da Amazônia (CMA), um dos postos mais prestigiosos do Exército. Menosbaixar esportesdasortedois anos depois, porém, foi removido após chamar a política indigenista do governo Lula (2003-2010)baixar esportesdasorte"caótica" e dizer que a demarcação contínua da reserva Raposa-Serra do Sol era uma "ameaça à soberania nacional".

General Heleno

Crédito, Reuters

Legenda da foto, General Heleno chegou a ser cotado a vice; deve assumir o Ministério da Defesa

"Demarcaçõesbaixar esportesdasorteterras indígenas baseiam-sebaixar esportesdasortelaudos antropológicos forjados. Os índios seguem abandonados e servem como massabaixar esportesdasortemanobrabaixar esportesdasorteinteresses escusosbaixar esportesdasorteONG estrangeiras", afirmou, quando já estava aposentado,baixar esportesdasorteentrevista a uma pesquisa da USP.

Encerroubaixar esportesdasortecarreira no Exército no burocrático Departamentobaixar esportesdasorteCiência e Tecnologia,baixar esportesdasorteonde saiubaixar esportesdasorte2011. No discursobaixar esportesdasortedespedida, elogiou o golpe militarbaixar esportesdasorte1964 ao se referir à memória do pai, que também serviu às Forças Armadas: "Lutastes,baixar esportesdasorte1964, contra a comunização do país e me ensinastes a identificar e repudiar os que se valem das liberdades democráticas para tentar impor um regime totalitário,baixar esportesdasortequalquer matiz".

Após deixar o Exército, onde chegou a chefiar o Centrobaixar esportesdasorteComunicação Social, enveredou para a áreabaixar esportesdasortemídia. Foi consultorbaixar esportesdasortesegurança e assuntos militares da TV Bandeirantes e também dirigiu a Comunicação e a Educação Corporativa do Comitê Olímpico Brasileiro.

É apontado como conselheirobaixar esportesdasorteBolsonaro na áreabaixar esportesdasortesegurança e, assim como ele, defende que os policiais tenham poder para executar criminosos armados. "Eu vou ter morto sim, mas vou ter morto do lado certo", afirmoubaixar esportesdasorteentrevista a rádio BandNews no início do ano.

Marcos Pontes, o astronauta

O engenheiro e astronauta Marcos Pontes chegou a ser cotado para vice-presidentebaixar esportesdasorteBolsonaro - cargo que acabou ficando com o general Hamilton Mourão.

Sua indicação para o Ministériobaixar esportesdasorteCiência e Tecnologia, porém, há meses ganha força.

Em um vídeo publicadobaixar esportesdasorteseu canal no YouTubebaixar esportesdasorteabrilbaixar esportesdasorte2017, Bolsonaro o apresenta como "colega da Aeronáutica, colega astronauta e motivobaixar esportesdasorteorgulho para o Brasil, que também esteve na Nasa" - e "chegou lá por mérito".

"E nós carecemos muitobaixar esportesdasortegente com essa visão, né? De ser cientista,baixar esportesdasorteser pesquisador, no caso dele um astronauta".

Bolsonaro pergunta então a ele se "país sem tecnologia está condenado a ser escravobaixar esportesdasortequem a tem". Como resposta, ouviu um "sem dúvida, aliás, educação, ciência e tecnologia têm importância primordial no desenvolvimento do país".

Em 19baixar esportesdasorteoutubro,baixar esportesdasorteentrevista ao Jornal da Band, Bolsonaro afirmou que estava na iminênciabaixar esportesdasortese acertar com o astronauta para o ministério, destacando que ele "é um conhecedor com profundidade do que acontece na ciência e tecnologia do Brasil, ou melhor, do que não acontece", alémbaixar esportesdasorteser "patriota, ter conhecimento, vontadebaixar esportesdasortemudar as coisas e uma iniciativa muito grande".

Em 2006, a missão espacial da qual Marcos Pontes participou, ligada à Estação Espacial Internacional, custou ao Brasil US$ 10 milhões, gerando questionamentosbaixar esportesdasorteparte dos pesquisadores sobre o valor científico para o país. A saídabaixar esportesdasortePontes à reserva militar, meses depois, para se dedicar a dar consultorias e palestras e se envolver na política, também despertou críticas.

Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil, e Marcos Pontes, apontado como ministro da Ciência e Tecnologia

Crédito, Reprodução Facebook Marcos Pontes

Legenda da foto, Marcos Pontes é cotado para o Ministério da Ciência

Neste mês, Bolsonaro teceu elogios ao astronautabaixar esportesdasortecarta à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e à Academia Brasileirabaixar esportesdasorteCiências (ABC). O texto apresenta propostas à comunidade científica e acadêmica e reforça que o "engenheiro, que também é astronauta, foi escolhido" (para as funções que já ocupou) por meritocracia e não por "toma lá da cá".

Bolsonaro afirmou ainda, no texto, que os investimentos do Brasil na área são tímidos, que devem ser estimulados e que o provável novo ministro "tem esse conceito sistemático bem presente nas suas propostas, alémbaixar esportesdasorteter ótimas relações internacionais, o que nos traz boas perspectivasbaixar esportesdasortecooperações lucrativas para o país".

Nascidobaixar esportesdasorteSão Paulo,baixar esportesdasorte1963, Marcos Pontes é mestrebaixar esportesdasorteEngenhariabaixar esportesdasorteSistemas, engenheiro aeronáutico, pilotobaixar esportesdasortetestesbaixar esportesdasorteaeronaves e astronauta. Ele entrou na Força Aérea Brasileirabaixar esportesdasorte1981. Em 1998, passoubaixar esportesdasorteum concurso público da Agência Espacial Brasileira (AEB) para representar o Brasil na Nasa na funçãobaixar esportesdasorteastronauta. Se tornou o primeiro astronauta brasileiro.

Essa não ébaixar esportesdasorteprimeira investida no campo político.

Em 2014, ele foi candidato a deputado federalbaixar esportesdasorteSão Paulo pelo PSB, mas não foi eleito. Em 2018, era candidato ao cargobaixar esportesdasorte2º Suplentebaixar esportesdasorteSão Paulo pelo PSL na coligação São Paulo acimabaixar esportesdasortetudo, Deus acimabaixar esportesdasortetodos.

*Com reportagembaixar esportesdasorteMariana Schreiber, da BBC News Brasilbaixar esportesdasorteBrasília