Eleições 2018: como se proteger da tristeza, da raiva e do medo?:freebet maxbet

O resultado mostrou que existe uma nuvem bem carregada pairando sobre a cabeça da população: 88% se declararam inseguros, 79% tristes, 78% desanimados, 68% com raiva, 62% com medo do futuro e 59% com mais medo do que esperança. No geral, o pessimismo foi mais relatado por mulheres, pelos mais jovens e pelos mais instruídos.

Apesarfreebet maxbetnão ter relação com as eleições, a ediçãofreebet maxbet2018 do Relatório Mundial da Felicidade também merece destaque. Produzido por pesquisadores independentes e organizado pela Redefreebet maxbetSoluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN), ele revelou que o Brasil caiu seis posições no ranking dos países mais felizes, ocupando agora o 28ª lugar dentre os 156 analisados - o líder é a Finlândia e o lanterna, o Burundi.

Trechos do documento citam que, por aqui, assim comofreebet maxbetoutros locais da América Latina, a percepçãofreebet maxbetcorrupção generalizada, as dificuldades econômicas e os índicesfreebet maxbetviolência contribuem para a perda na satisfaçãofreebet maxbetrelação à própria qualidadefreebet maxbetvida.

Levandofreebet maxbetconta tudo isso, além da cada vez mais crescente polarização, as discussões acaloradas e a tensão por todos os lados, a questão que fica é: como lidar com os sentimentos negativos?

Como lidar com os sentimentos negativos?

De acordo com a psicóloga Denise Pará Diniz, coordenadora do Setorfreebet maxbetGerenciamentofreebet maxbetEstresse e Qualidadefreebet maxbetVida da Universidade Federalfreebet maxbetSão Paulo (Unifesp), o primeiro passo, por mais óbvio que seja, é buscar o equilíbrio.

"Estamos diantefreebet maxbetum processofreebet maxbetmudança, que por si só já é um fator estressor. Dessa forma, o que precisamos fazer é encontrar o meio termo, e é cientificamente comprovado que temos capacidade e ferramentas para controlar nossos sentimentos e emoções", afirma.

A especialista salienta que é importante entender que,freebet maxbettoda situação, existe uma escolha: vivenciá-la com saúde ou com estresse. "A liberdadefreebet maxbetescolha pelo gerenciamento dos pensamentos e das emoções depende apenasfreebet maxbetnós e pode resultarfreebet maxbetcomportamentos saudáveis e produtivos."

Na avaliação do psicólogo e diretor do Centrofreebet maxbetAtenção à Saúde Mental - Equilíbrio (Casme), Yuri Busin, o brasileiro está passando por um grande movimentofreebet maxbettransferênciafreebet maxbetraiva.

"Ao invésfreebet maxbetdebater e buscarfreebet maxbetconjunto um novo caminho ou formasfreebet maxbetevoluir, o que tem acontecido é a pessoa despejar seus medos, frustrações e ira nos outros, resultandofreebet maxbetamizades desfeitas, parentes se distanciando, casais se desentendendo... O que todos necessitam agora, mais do que nunca, é compreender a fundo seus sentimentos e aprender a debater sem brigas e ataques."

Outra questão apontada pelo profissional para lidar com tanta negatividade é evitar as chamadas bolhas sociais - ou seja, só se relacionar com quem pensa igual ou parecido e com quem se tem mais afinidades -, por mais tentadoras e seguras que elas possam parecer.

Para ele, bloquear e excluir vozes dissonantes quase sempre gera mais abismo, isolamento e uma visão distorcida do mundo, alémfreebet maxbetprovocar uma falsa sensaçãofreebet maxbetverdade absoluta e roubar a possibilidadefreebet maxbetaprender com o outro.

"Afastar, bloquear ou 'eliminar' alguém do convívio, suspendendo o diálogo e a negociação, realmente não são as melhores maneirasfreebet maxbetlidar e acabar com a raiva e o ódio", concorda o psicanalista e professor titular do Institutofreebet maxbetPsicologia da Universidadefreebet maxbetSão Paulo (USP) Christian Ingo Lenz Dunker.

Segundo ele, o caminho inicial para isso é conhecer a fundo o conflito existente e, a partir daí, fazer uma análise complementar para identificar se ele pode ser tramitado a produzir algum tipofreebet maxbettransformação positiva, seja pessoal ou no mundo.

Dunker informa ainda que é preciso convidar as pessoas a não se levarem tão a sério. "Por um lado, temosfreebet maxbetser mais consequentes com o que pensamos, dizemos,freebet maxbetquem votamos, com os nossos afetos, mas, por outro, necessitamosfreebet maxbetmenos seriedadefreebet maxbetrelação a nós mesmos efreebet maxbetmenos convicçõesfreebet maxbetque sabemos tudo", complementa.

E isto se encaixa bem com o que ainda está por vir, já que, independentemente do resultado da eleição, alguém sairá das urnas derrotado.

"Infelizmente, o que está ruim pode piorar. Para evitar que isso aconteça, o lado vencedor, seja qual for, deve adotar uma posiçãofreebet maxbethumildadefreebet maxbetrelação ao outro, e, o perdedor, aceitar o resultado. Teremosfreebet maxbetter cuidado com os discursos triunfalistas da vitória e com os ressentidos da derrota. Só assim não entraremosfreebet maxbetuma fasefreebet maxbetdestruição, violência e mais negatividade", acrescenta o psicanalista.

As maneirasfreebet maxbetevitar as emoções e os sentimentos ruinsfreebet maxbetmomentos tumultuados passam ainda por questões como trabalhar a flexibilidade e o autocontrole, não se achar o dono da verdade ou se encherfreebet maxbetculpa, não incentivar brigas ou fazer provocações, não alimentar aquilo que te faz mal, ter calma, mudar o foco, respeitar e aceitar quem tem ideias contrárias, ter empatia, ficar atento à maneira como se comunica com os demais, não agirfreebet maxbetcabeça quente e se afastar antes que as coisas saiam do controle.

Para quem tem dificuldadefreebet maxbetlidar com tudo isso sozinho, a terapia é a ferramenta mais indicada. O importante neste caso é encontrar um profissional e um método com os quais você se identifique e estar realmente disposto a se abrir e a mudar.

Junto a isso, adotar um estilofreebet maxbetvida mais saudável e positivo, que inclui atividade física, exercíciosfreebet maxbetrespiração e relaxamento, meditação, leitura e passeios agradáveis e ajuda espiritual, é mais uma maneirafreebet maxbetbuscar a paz interior, acalmar a mente e, consequentemente, diminuir os pensamentos negativos.

Os efeitos da negatividade

Claro que,freebet maxbetperíodosfreebet maxbetmuita tensão, como o que o Brasil vive atualmente, é normal não se sentir feliz o tempo todo. O problema é quando isso se torna algo exagerado, a pontofreebet maxbetcomprometer as relações pessoas, sociais e profissionais.

A psicóloga Marilene Kehdi, pós-graduadafreebet maxbetPsicossomática e autorafreebet maxbetsete livros, entre eles Organize Suas Emoções e Ganhe Qualidadefreebet maxbetVida, Um Convite à felicidade e Vivendo e Compreendendo, destaca que este excessofreebet maxbetnegatividade pode se converterfreebet maxbetsintomas e até provocar doenças.

"O físico e a mente estão diretamente ligados, então, quando carregamos muitas emoções ruins ou enfrentamos longos períodosfreebet maxbetcompleta instabilidade e estresse, é bem provável que o organismo reaja", explica.

E ele fará isso liberando uma quantidade extrafreebet maxbethormônios,freebet maxbetespecial a adrenalina e o cortisol, sendo que ambos podem deixar sequelas no corpo.

Alguns dos efeitos nocivos são: aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, dores musculares efreebet maxbetcabeça, problemas gastrointestinais e na pele, quedafreebet maxbetcabelo, insônia, irritabilidade e infecções recorrentes.

Além disso, os quadrosfreebet maxbetdepressão e ansiedade podem se agravar ou até mesmo se instalar, assim como a busca por comportamentos violentos e disfuncionais, por exemplo, o consumo excessivofreebet maxbetálcool e drogas.