Eleições 2018: disputa presidencial pode ficar pela 7ª vez seguida entre PT e PSDB?:circus slot

Ilustração mostra homem inserindo cédulacircus sloturna, com planocircus slotfundocircus slotuma arena dividida entre as cores vermelha e azul

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, PT e PSDB protagonizam disputa ao Planalto desde 1994

As duas siglas que protagonizam a disputa presidencial no país desde 1994 lançam neste sábado, nas convenções partidárias, oficialmente seus candidatos: o ex-governadorcircus slotSão Paulo Geraldo Alckmin ganhará a chancela tucanacircus slotBrasília e o ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva a plataforma petistacircus slotSão Paulo.

As apostascircus slotque PT e PSDB chegarão ao segundo turno são crescentes na medidacircus slotque Alckmin conseguiu construir uma ampla aliançacircus slotmais nove partidoscircus slottorno do seu nome (DEM, PP, PR, SD, PRB, PTB, PSD, PPS e PHS) e Lula continua liderando as pesquisascircus slotintençãocircus slotvoto mesmo condenado e preso por corrupção passiva e lavagemcircus slotdinheiro.

Além disso, o PT negociou com o PSB alianças regionaiscircus slottroca da neutralidade da sigla na disputa nacional, o que deve ser confirmado na convenção dos pessebistas deste domingo. Com isso, a legendacircus slotLula isolou o outro concorrente mais competitivo do campo da esquerda, Ciro Gomes, do PDT.

O candidato à presidência Geraldo Alckmin

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Alckmin tem ampla aliança, com nove partidos além do PSDB, no seu entorno

O cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da Universidade Federalcircus slotMinas Gerais (UFMG), ressalta que a ampla coligaçãocircus slottornocircus slotAlckmin lhe dará o maior tempocircus slotpropaganda eleitoralcircus slotrádio e TV, assim como uma parcela mais gorda do fundo partidário eleitoral, fatores que historicamente ajudam a alavancar o desempenho eleitoral dos candidatos.

O cálculo exato do tempocircus slotpropaganda só será divulgado pela Justiça Eleitoral depois do registro dos candidatos, na segunda metadecircus slotagosto. Uma estimativa do jornal O Globo indica que Alckmin terá ao menos 5 minutos e 12 segundoscircus slotcada um dos dois blocoscircus slot12 minutos e meio do horário eleitoral gratuito, alémcircus slotter 11 inserções diáriascircus slot30 segundos durante a programação.

Para efeitocircus slotcomparação, é uma exposição maiscircus slot40 vezes maior do que a do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, que terá 6 segundos e meio e a uma inserção a cada cinco dias. Hoje, é este que lidera as pesquisascircus slotintençãocircus slotvoto no cenário sem Lula, mas a faltacircus slotestrutura para campanha deve reduzir seu desempenho, acredita o professor da UFMG. Já o tucano, por enquanto, não chega a 10% nas pesquisas.

No caso do PT, Reis ressalta que hoje o partido tem uma base forte entre eleitorescircus slotmenor renda e acredita que Lula terá grande capacidadecircus slottransferir votos para outro petista quandocircus slotcandidatura forcircus slotfato barrada pela Justiça Eleitoral devido à aplicação da Lei da Ficha Limpa.

O PT pode registrar Lula candidato até 15circus slotagosto, quando então será aberta uma ação para impugnarcircus slotcandidatura. O processo deve durar algumas semanas e o partido terá até dia 17circus slotsetembro para trocar o candidato.

"Um segundo turno entre PT e PSDB é o cenário mais provável hoje", resume Reis.

Manifestante levanta máscara com a imagem do rosto do ex-presidente Lula

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'A disputa deverá ser outra vez entre tucanos e PT', disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvacircus slotmarço

Que fatores desafiam a polarização PT x PSDB?

Mas, embora a aposta numa repetição dessa disputa tenha ganhado força, ela não é unânime. Há também quem veja chancescircus slotoutros candidatos, como Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) conseguirem uma vaga na etapa final. No cenário sem Lula na disputa, são os três que apresentam hoje melhor desempenho nas pesquisas.

A cientista política Esther Solano, professora da Universidade Federalcircus slotSão Paulo (Unifesp), reconhece que "tudo parece estar se desenhando para um embate entre PT e PSDB". No entanto, ela lista dois fatores que podem bagunçar esse cenário.

"Há um sentimento antipolítico muito forte, um desencantamento após a Lava Jato, que desgastou os partidos tradicionais. Além disso, será a primeira vez que as redes sociais terão um impacto maior nas eleições. Ainda não sabemos qual será seu peso para compensar a faltacircus slottempocircus slotTVcircus slotcandidatos como Bolsonaro", nota ela.

Na visãocircus slotSolano, o impeachmentcircus slotDilma Rousseff e a prisãocircus slotLula acabaram abrindo espaço para o PT recuperar fôlego eleitoral ao se posicionar como vítima. Para ela, porém, não está claro qual é o real potencialcircus slottransferênciacircus slotvotos do ex-presidente para outro candidato petista.

Para o cientista político Carlos Melo, do Insper, a grande pulverizaçãocircus slotcandidatos neste ano contribui para tornar o cenário mais incerto. Ele lembra que,circus slot1989, quando a disputa também foi marcada por um alto númerocircus slotconcorrentes, Lula passou para o segundo turno com 16,69% dos votos, um ligeira diferença sobre o terceiro colocado, o candidato do PDT, Leonel Brizola, que somou 16,04%.

Dezenascircus sloturnas eletrônicas são organizadas no Mato Grosso

Crédito, Roberto Jayme/TSE

Legenda da foto, Urnas eletrônicas são organizadas no Mato Grosso; PT e PSDB lançarão oficialmente candidatos neste sábado

Nacircus slotleitura, candidatos como Henrique Meirelles (MDB) e Álvaro Dias (Podemos) este ano disputarão eleitores com Alckmin e podem acabar impedindo o tucanocircus slotalcançar votos suficientes para passar para o segundo turno.

"Temos uma campanha muito emocional neste ano, e o Alckmin é antiemocional", afirma.

O que explica essa polarização? Qual é o favorito?

O cientista político da USP José Álvaro Moisés, que participou da fundação do PT e hoje é próximo do PSDB, questiona a visãocircus slotque os dois partidos tenham polarizado as últimas eleições porque lideraram, respectivamente, as forçascircus slotesquerda e direita.

Nacircus slotvisão, as duas siglas protagonizaram as disputas a partircircus slot1994 porque são as legendas brasileiras com agendas programáticas mais claras: "O PSDB com a propostacircus slotmodernizar e qualificar a gestão pública, e o PT mais voltado para o social".

Maria do Socorro Souza Braga, cientista política da Universidade Federalcircus slotSão Carlos (UFSCAR), também acredita que esse é um fator importante para explicar a repetição da polarização, além da própria estratégia dos dois partidoscircus slotprivilegiar o pleito nacionalcircus slotdetrimento das disputas estaduais, ao contrário do que normalmente faz, por exemplo, o MDB.

Questionados sobre quem seria o favorito caso o enfrentamento entre PT e PSDB se repita, os cientistas políticos entrevistados tiveram dificuldadecircus slotcravar um resultado.

"Se o eleitor entender Alckmin como uma continuidade do governo Michel Temer e ver o candidato petista como uma formacircus slotrestabelecer ganhos sociais do governo Lula, o PT pode vencer. Mas se prevalecer um sentimento anti-Lula e os votoscircus slotBolsonaro migrarem para Alckmin, pode dar PSDB", ressalta.

"Seja qual for o resultadocircus slotum eventual segundo turno entre PT e PSDB, deve ser bem apertado", acredita, porcircus slotvez, Esther Solano.