Menina morrebetsul tvpula-pula inflável na Inglaterra; conheça regrasbetsul tvsegurança no Brasil:betsul tv
Ava-May se feriu na cabeça e foi levada ao hospital, mas não resistiu.
Em 2016, um outro caso chocou o país. Uma criançabetsul tvsete anos morreu quando o pula-pula inflável instaladobetsul tvum parquinho no condadobetsul tvEssex, no leste da Inglaterra, voou pelos ares depoisbetsul tvum vento forte. A menina teve múltiplas fraturas e também não resistiu.
Diante dessas tragédias, grupos vêm reivindicando regras mais rígidas para garantir a segurança no uso desse tipobetsul tvbrinquedo. Um parlamentar britânico chegou a defender que infláveis sejam proibidos temporariamentebetsul tváreas públicas, "até que seja possível garantir a segurança deles".
No Brasil, os brinquedos infláveis também são populares. Marcam presença nas festas infantis e costumam ser atração entre as crianças. Mas, se alguns cuidados não forem adotados, a diversão pode se transformarbetsul tvfraturas e corridas ao hospital.
Em janeiro deste ano, por exemplo, um meninobetsul tv10 anos se feriu gravemente quando o brinquedo inflável onde ele estava foi arremessado por uma rajadabetsul tvvento, na região da Pampulha,betsul tvBelo Horizonte.
Não há normas obrigatórias para seguir
No Brasil, existe uma norma técnicabetsul tv2010 da Associação Brasileirabetsul tvNormas Técnicas (ABNT) sobre infláveis, mas ela não é obrigatória. Ou seja, os parques e empresasbetsul tvaluguel desse tipobetsul tvequipamento seguem se quiserem.
"O que acontece no Brasil é que normas não são leis. Então, precisamos que o poder público utilize as normas disponíveis. O que falta é o governobetsul tvdeterminado município, que é quem dá o alvarábetsul tvfuncionamento, exigir que a norma da ABNT seja respeitada", defendeu o presidente da Associação das Empresasbetsul tvParquesbetsul tvDiversão do Brasil (Adibra), Francisco Donatiello.
A norma da ABNT tenta, por exemplo, evitar o que aconteceu com a britânicabetsul tvsete anos e o menino brasileiro, ao exigir que os brinquedos infláveis sejam "ancorados por no mínimo quatro estacas e que cada uma deve suportar 1.600 newtons (163 quilos aproximadamente)".
Donatiello cita os principais cuidados, previstos na norma da ABNT, que parquesbetsul tvdiversões, empresasbetsul tvaluguelbetsul tvequipamentos e pais devem adotar ao utilizar um brinquedo inflável:
- Montar o brinquedobetsul tvlocais planos e ancorá-lobetsul tvquatro estacas
- Utilizar o pula-pula sempre na presençabetsul tvmonitores
- Observar a capacidade máximabetsul tvusuários e não ultrapassá-la, sendo que o ideal é que uma criança pule por vez no brinquedo
- Só utilizar o brinquedo se a velocidade máxima do vento prevista para o dia não ultrapassar 36 km/h
- Exigir a retiradabetsul tvcalçados, óculos e objetos afiados que estejam na posse dos usuários
"Também é importante checar se o equipamento tem boa qualidade. Para isso, vale pedir a documentação do equipamento, para saber a procedência, além do manual e o certificadobetsul tvgarantia - os documentos que comprovem a qualidade", recomenda Donatiello.
Saídabetsul tvar
Outra preocupação importante é verificar a saídabetsul tvar do brinquedo. No caso da morte da menina Ava-May,betsul tvtrês anos, testemunhas relataram que o brinquedo pareceu "explodir" ou "estourar". O acidente ainda está sendo investigado.
Lincoln da Silva, proprietário da Ritmobetsul tvFestas, empresabetsul tvaluguelbetsul tvbrinquedosbetsul tvSão Paulo, destaca que, se o brinquedo inflável não tiver uma saída adequadabetsul tvar, ele pode estourar.
"O pula-pula deve ter explodido por algum fator que impediu a saídabetsul tvar. Sem a saídabetsul tvar, o brinquedo vai esticar, e vai rasgar ou explodir, se o motor (o compressor que injeta ar no brinquedo inflável) for forte", disse.
"Tem brinquedobetsul tvque a saídabetsul tvar já fica aberta, e outros que você tem que abrir a saídabetsul tvar. A pessoa pode ter inflado o brinquedo e esqueceubetsul tvabrir a válvulabetsul tvescape do ar."
Colisões
Além dos riscos que o manuseio incorreto do brinquedo pode ocasionar, é importante monitorar a brincadeira para evitar quedas e machucados provocados pelo choque entre crianças.
O presidente da Sociedade Brasileirabetsul tvObstetrícia Pediátrica, Márcio Akkari, diz que já atendeu dezenasbetsul tvpacientes com lesões provocadas durante brincadeiras no pula-pula.
"As mais comuns são torções ou fraturas no tornozelo, por pisarbetsul tvmau jeito, e fraturas do punho, causadas quando as crianças tentam se apoiar ao cair", disse à BBC News Brasil.
"Também já recebi crianças com dedos fraturados, que tiveram a mão pisada por outra criança no pula-pula", afirmou.
Akkari destaca que crianças pequenas ainda não desenvolveram sensobetsul tvorientação apurado e, por isso, podem pularbetsul tvmau jeito e cair no chão. "Dependendo do tamanho da criança ela não tem compreensãobetsul tvque se pular mais torta ela vai cair para fora."
Outro problema é o fatobetsul tvossos e cartilagens serem mais frágeis que osbetsul tvum adulto. "O esqueleto só se torna compatível com umbetsul tvadulto no final da fasebetsul tvcrescimento. Nas meninas, é com 14 e 15 anos. No caso dos meninos, é com 16. Uma criançabetsul tv13 tem um esqueleto mais firme que umabetsul tvsete."
Por isso, ele destaca que é importante não deixar crianças grandes, com 10 anos por exemplo, pulando no mesmo brinquedo que criançasbetsul tv2 a 5 anos. O choque entre elas pode machucar.
"Pula-pula virou moda e claro que, dependendo da energia e da agitação no brinquedo, pode acabar causando lesões. Um tornozelo quebrado leva três mesesbetsul tvimobilização. Um punho quebrado, leva seis semanas para cicatrizar e começar a reabilitação", afirma Akkari.