'Militares estão preocupados com um Brasil melhor, como eu', diz Barrosoprognosticos esportivosHarvard:prognosticos esportivos
Ainda segundo Barroso, que falou por 30 minutos,prognosticos esportivosinglês, a uma plateiaprognosticos esportivosadvogados, juízes e promotores, é importante que se "diga algo bom sobre os militares no Brasil".
"Eu era um militante contra o regime militar e me opus fortemente a ele, mas, se há uma parte do Brasil que não deu nenhum problema nos últimos 30 anos, foram os militares."
A pergunta era frutoprognosticos esportivosdois tuítes publicados pelo general Eduardo Villas Bôas, ocupante do cargo mais alto do Exército, um dia antes da votação do habeas corpus pedido pelo ex-presidente Lula – e negado pela Suprema Corte.
"Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo: quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?", perguntou Villas Bôas, e complementou: "Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseioprognosticos esportivostodos os cidadãosprognosticos esportivosbemprognosticos esportivosrepúdio à impunidade eprognosticos esportivosrespeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais".
A fala dividiu opiniões e foi criticada por, supostamente, pressionar ou constranger os juízes do STF antes da votação.
Aliados da corrupção 'estão onde você menos esperaria'
Duranteprognosticos esportivosfala, Barroso destacou três grandes avanços da democracia brasileira, que completa três décadas: a estabilidade institucional, o fim da hiperinflação e vitórias contra a pobreza extrema com inclusão social.
O lado ruim, diz o juiz, foi a descobertaprognosticos esportivosque "a corrupção no Brasil não é causada por falhas individuais, é uma corrupção sistêmica que envolve esquemas profissionaisprognosticos esportivoscoleta e distribuição, do qual fazem parte agentes públicos e privados, empresas estatais e privadas, partidos políticos, membros do congresso, do Executivo".
"É impossível não sentir vergonha do que acontece no país", continuou Barroso.
O ministro elogiou a mobilização da sociedade contra a corrupção, mas reconheceu importantes obstáculos no sistema político, empresarial, na imprensa e "onde menos se pode imaginar" - numa referência interpretada como feita ao próprio poder Judiciário.
No último dia 21, uma discussão pública entre Barroso e o par Gilmar Mendes, também ministro da Suprema Corte, se tornou o assunto mais comentado pelos brasileirosprognosticos esportivosredes sociais.
"Vossa Excelência defende interesses que não são os da Justiça", disse Barroso a Mendes. "Vossa Excelência nos envergonha, vossa Excelência é uma desonra para todos nós. Vossa Excelência sozinho desmoraliza o tribunal", afirmou.
Questionado pela BBC Brasil após a palestra se fez referência a colegas do Judiciário quando disse "onde menos se pode imaginar", Barroso se esquivou.
"Eu disse o que eu disse", afirmou, rindo, e se preparando para posar para fotos com dezenasprognosticos esportivosfãs que o elogiavam e cumprimentavam após a fala.
O eventoprognosticos esportivosque Barroso deu palestra foi organizado pela Harvard Law Brazilian Studies Association e reuniu importantes autoridades brasilerias, como a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e os juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato.
"Ganharemos por pontos, não nocaute"
Barroso sugeriu paciência à sociedade, já que uma eventual vitória do país contra a corrupção não aconteceráprognosticos esportivosuma hora para outra.
"Essa é uma luta que ganharemos por pontos, não por nocaute", disse,prognosticos esportivosreferência ao boxe.
O ministro comparou a situação brasileira àprognosticos esportivosum "viciadoprognosticos esportivosdrogas",prognosticos esportivosmetáfora sobre o "momento devastador" pelo qual passa o país.
"Imagine um indivíduo viciadoprognosticos esportivosdrogas. Ele é muito funcional, consegue fazer seu trabalho bem. Mas o vício está fazendo muito mal a ele", disse.
"No momentoprognosticos esportivosque ele começa a enfrentar o vício, a vida fica muito mais difícil, por causa da abstinência", continuou. "Mas essa é a única maneiraprognosticos esportivosele melhorar."
Para o ministro, o país "se viciou numa formaprognosticos esportivosfazer negócios e política muito corrupta". "Acho que estamos no caminhoprognosticos esportivosnos dar conta da gravidade do problema e começamos o 'detox' e nos livrarmos dessa droga, que é a corrupção."
A crise atual, segundo ele, seria a criseprognosticos esportivosabstinência da corrupção.
'Revolução profunda'
Repetindo o que disse uma semana antes a estudantesprognosticos esportivosHarvard e do MIT,prognosticos esportivosoutra conferência, Barroso defendeu uma redução do tamanho Estado - um discurso associado à direita no Brasil.
"O setor público é muito grande e ineficiente", avaliou.
Ao mesmo tempo, celebrou avanços comemorados por progressistas, como a celebração dos direitosprognosticos esportivoscasais homossexuais ("impensável há 30 anos"), demarcaçõesprognosticos esportivosterras indígenas ("proteger índios protege também o meio ambiente") e avanços na legislação sobre transexuais.
Houve breve autocrítica ao STF: "Não quero dizer que a Suprema Corte sempre faz o melhor, há decisões contra as quais me oponho fortemente, como as aulas religiosas nas escolas e a cláusulaprognosticos esportivosbarreira", afirmou.
Para o ministro, a corrupção e a transformação do país não acontecerá apenas por meio da justiça, masprognosticos esportivosuma reforma política eprognosticos esportivosinvestimentosprognosticos esportivoseducação.
"Estamos à beiraprognosticos esportivosuma revolução profunda no Brasil: mudar o paradigma da ética pública e privada", afirmou.
"Esta é a última tarefa da nossa geração: ganhamos da ditadura, da hiperinflação e tivemos grandes vitórias contra a pobreza extrema".
Ele encerrou citando uma frase ouvidaprognosticos esportivosum estudante que veio cumprimentá-lo após uma palestra recente.
"Eu não quero morar num país diferente. Quero morar num Brasil diferente."