'A gente não quer mais ser visto como doente': a vidajogos online paciencia gratisquem é alvojogos online paciencia gratisgordofobia:jogos online paciencia gratis

Alexandra Gurgel
Legenda da foto, YouTuber criou um canaljogos online paciencia gratisque relata preconceitos com gordos | Foto: Arquivo Pessoal

O termo recente é utilizado para definir o preconceito enfrentado por quem tem sobrepeso. Apesarjogos online paciencia gratister ganhado uma definição, os atos não são considerados crimes.

O problema não é recente. Olhares tortos para pessoas gordas já eram comuns na Idade Média, quando a igreja passou a considerar a gula como um dos sete pecados capitais. "O cristianismo fez com que tudo fosse muito ponderado, inclusive o corpo. Então a pessoa não poderia ser muito gorda, porque isso seria um pecado. Além disso, a comida era extremamente escassa na Europa, durante os períodos frios. Não havia alimentação para todos e não era interessante que as pessoas fossem gordas", explica a historiadora Débora Casanova.

"Na Idade Média, havia a necessidadejogos online paciencia gratisa igreja ser responsabilizada pela fome. Para justificar que a pessoa não poderia comer muito e acabar deixando o outro sem nada, a gula se tornou pecado", acrescenta.

A gordofobia chama a atençãojogos online paciencia gratisum país cuja população está cada vez mais acima do peso. Conforme levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde neste ano - por meiojogos online paciencia gratisanálise da Pesquisajogos online paciencia gratisVigilânciajogos online paciencia gratisFatoresjogos online paciencia gratisRisco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) -, a população obesa no País passoujogos online paciencia gratis11,8%jogos online paciencia gratis2006 para 18,9%jogos online paciencia gratis2016.

A mesma pesquisa apontou que o excessojogos online paciencia gratispeso também aumentou nos últimos 10 anos. Em 2006, o número era correspondente a 42,6% dos entrevistados. O índice subiu para 53,8% no ano passado. Os levantamentos são feitos com base no Índicejogos online paciencia gratisMassa Corporal (IMC) da população.

A discriminação

Os comentários maldosos e a sensaçãojogos online paciencia gratisser diferente acompanharam Alexandra Gurgel desde a infância. "Eu sou gorda desde sempre. Quando criança, tentei muitas dietas, mas nada dava certo, porque era tudo muito restritivo", relembra. Na adolescência, o sobrepeso começou a incomodar ainda mais a youtuber. "Eu era a única pessoa gorda na minha família e entre os meus amigos. Os meus parentes costumavam dizer que eu não era normal e que poderia ter um infarto e morrer a qualquer momento."

As críticas vindas da própria família também eram ouvidas pela universitária Isabela Venâncio,jogos online paciencia gratis23 anos. "Eu comecei a engordar na infância e isso preocupou a minha mãe. Hoje temos uma relação melhor, mas ela sempre repetia: 'se você emagrecer vai ser melhor e vai ficar mais bonita'", conta. A jovem também lidava com comentários maldosos na escola. "Na pré-adolescência, os meninos me xingavam e as meninas não andavam comigo. Certa vez, um menino me falou uma coisa muito pesada e eu comecei a chorar na sala. Eu não lembro o que ele falou, parece que meu cérebro deletou."

Laine Souza
Legenda da foto, Professora conta ter sofrido discriminação desde criança por ser negra e gorda | Foto: Arquivo Pessoal

A professora Laine Souza,jogos online paciencia gratis35 anos, lida com o preconceitojogos online paciencia gratisdiversas formas desde a infância. "Eu era uma criança que sofria por ser negra e gorda. A minha família teve boas condições e eu estudavajogos online paciencia gratisbons colégios. Em algumas épocas, era a única negra e gorda da escola. As pessoas me viam diferente por isso."

Para evitar que os comentários ofensivos o afetassem, o publicitário e youtuber Bernardo Boechat,jogos online paciencia gratis27 anos, passou a criar uma espéciejogos online paciencia gratisautoproteção. "Aprendi a lidar com isso cedo, porque sempre fui xingado na escola e sofria humilhações por ser gordo. Não havia nenhuma proteção na escola, viam isso acontecer e não faziam nada. Então, eu tive que criar uma 'casca' para que essas coisas não me afetassem tanto", diz.

O perfil mais combativo é adotado por algumas pessoas que são alvosjogos online paciencia gratisgordofobia, como no caso da empresária Allyne Turano,jogos online paciencia gratis31 anos. Ela engordou durante a adolescência e passou a ser alvojogos online paciencia gratispiadas. "Eu comecei a perceber os xingamentos e sempre os respondia. Nunca deixei as pessoas me diminuírem", pontua. Para ela, qualquer tipojogos online paciencia gratiscomentário sobre o peso é uma espéciejogos online paciencia gratisinvasão. "A pessoa quando engorda, parece que virajogos online paciencia gratisdomínio público e todo mundo tem o direitojogos online paciencia gratisfalar o que quiser, com a desculpajogos online paciencia gratisque é uma ajuda. Na verdade, é porque o gordo incomoda."

A psicóloga Iolete Silva explica que a gordofobia traz consequências como constrangimento e dificuldadejogos online paciencia gratissocialização. "As pessoas se sentem inadequadas, como se houvesse algo errado com elas. É como se elas não fossem boas o suficiente para estar com os outros e para receber afeto", conta. Ela detalha que a psicologia pode ter papel fundamental para auxiliar quem enfrenta tais situações. "A gente tenta mostrar que a pessoa que exprime esse preconceito é quem está errada e não quem é o alvo."

"É fundamental que as pessoas que passam por situações assim possam expressar seus sofrimentos, para que possam ser acolhidas o quanto antes. Muitas vezes elas escondem esse sentimento e isso é ainda mais prejudicial", acrescenta Iolete.

Dificuldades do cotidiano

Os comentários relacionados ao peso não incomodam mais o publicitário Bernardo Boechat, que afirma quejogos online paciencia gratismaior preocupação atual é com a acessibilidade. "A primeira coisa que precisamos fazer é olharjogos online paciencia gratisvolta, para ver se cabemos no mundo. Sempre analiso, antesjogos online paciencia gratissair, preciso avaliar se as cadeiras vão suportar meu peso. Em avião e ônibus, sempre pesquiso se a cadeira vai me aguentar, por isso cheguei a ficar quatro anos sem viajar", conta.

"Não interessa o quanto eu me ame e me aceite, a sociedade continua sendo contra mim. Não é porque eu me amo que vou conseguir passarjogos online paciencia gratisuma catracajogos online paciencia gratisônibus, que vou conseguir assento no avião ou que vou encontrar roupa com facilidade. Não adianta eu me achar lindo e maravilhoso, porque a estrutura gordofóbica vai dizer que não faço parte daquilo ali", completa Boechat.

O episódio da faltajogos online paciencia gratisextensor no cintojogos online paciencia gratissegurança é apenas uma das situações que Alexandra Gurgel cita sobre casosjogos online paciencia gratisinacessibilidade. Ela se recordajogos online paciencia gratisdiversos problemas enfrentados por pessoas próximas. "Eu fui com um amigo ao teatro, para assistir a um show, e não havia cadeira para ele sentar. Ele ficou desconfortável na ponta da cadeira, a gente assistiu cinco músicas e foi embora. Eu também tenho uma amiga que está grávida e não tem onde ter o filho, porque a maca não suporta o tamanho dela."

"É muito mais fácil emagrecer e se encaixar a um padrão, para não passar por esse tipojogos online paciencia gratisproblema, do que mudar a sociedade. Muita gente não se pergunta o porquêjogos online paciencia gratisas pessoas gordas não terem os mesmos direitos que as outras", assevera.

A dificuldade para comprar roupas é relato constante entre as pessoas que vivem acima do peso. A universitária Isabela Venâncio conta que sempre sofriajogos online paciencia gratisbuscajogos online paciencia gratisalguma peça que lhe coubesse. "As lojas oferecem até determinado número. Em muitas não há roupa no meu tamanho, já enfrentei isso várias vezes. Hojejogos online paciencia gratisdia existem lojas que nem perco meu tempo entrando, porque sei que vou passar raiva e ficar triste", relata. Hoje, ela compra a maioria das roupasjogos online paciencia gratislojas plus size.

Bernardo Boechat
Legenda da foto, Publicitário diz já ter ficado quatro anos sem viajar porque poltronasjogos online paciencia gratisavião e ônibus não eram adequadas | Foto: Caio Cal

Bernardo Boechat acredita que o mercado plus size é fundamental para a inserção da pessoa gorda na sociedade. "Não é raro a gente ver as pessoas vestindo roupas e chorando, porque imaginaram que nunca conseguiriam isso. É como se elas percebessem que também têm esse direito", diz. O publicitário revela que há um ano se emocionou ao colocar, pela primeira vez, uma camiseta. "Parece bobo, porque quase ninguém passa por isso, mas pra mim foi muito importante", relata.

Os contratempos para encontrar roupas também fizeram parte da rotina da empresária Allyne Turano. Em uma das vezes, ela buscava uma lingerie para comemorar os oito anosjogos online paciencia gratiscasamento, porém não encontrou nenhuma do seu tamanho. "Acho que as pessoas pensam que gordas só devem usar roupas largas e se esconder", diz.

Diante da dificuldade, decidiu criar uma loja virtual especializadajogos online paciencia gratislingeries para mulheres com sobrepeso. "A minha marca existe há três anosjogos online paciencia gratismodo online e há um mês criei um espaço físico. O meu intuito é mostrar para outras meninas que gorda também pode ser sensual."

Emagrecimento

O históricojogos online paciencia gratisdiversas tentativasjogos online paciencia gratisemagrecimento faz parte das vidas das pessoas gordas. "Eu brinco que se uma pessoa quer saber sobre uma dieta, pode conversar com uma pessoa gorda. Eu já fiz muitas dietas restritivas, nas quais ficava até quatro dias sem comer. Já tomei remédios e perdi maisjogos online paciencia gratis50 quilos, mas nada disso era saudável", diz Bernardo Boechat.

Para conseguir emagrecer, a professora Laine Souza decidiu procurar o primeiro emprego, aos 19 anos. "Consegui trabalhar como recepcionista e com o meu primeiro salário comprei remédios para emagrecer", se recorda.

Ela perdeu 12 quilosjogos online paciencia gratisum mês, porém começou a ter diversos problemasjogos online paciencia gratissaúde. "Eu comecei a ter distúrbios por conta dos medicamentos. Eu ouvia coisas que não existiam, passava muito mal, mas não falava nada disso para ninguém. Eu pensava: 'estou sofrendo, mas ao menos estou magra'", diz.

Na adolescência, Alexandra Gurgel desenvolveu depressão. "Você têm doenças paralelas por conta dessa pressão estética. Eu sofri com crisesjogos online paciencia gratisansiedade", diz. Aos 19 anos, ela fez uma dieta com a qual conseguiu emagrecer 15 quilosjogos online paciencia gratisduas semanas. "Era uma coisa muito louca, eu apenas bebia água e não comia nada, mas logo desisti disso e recuperei todo o peso."

Em 2012, ela ganhou um presente da mãe: uma lipoaspiraçãojogos online paciencia gratisdiversas partes do corpo. "Hoje, acredito que esse procedimento seja uma agressão ao corpo. Antes dele, eu tinha 90 quilos e depois fui para 80. O médico tirou nove litrosjogos online paciencia gratisgordura. Isso é muito mais que o permitido", comenta. Após a cirurgia, a depressão da jornalista se intensificou. "Eu voltei a engordar tudojogos online paciencia gratisnovo e isso me deixou muito mal."

Durante esse período, Alexandra enfrentou o episódio que considera dos mais difíceisjogos online paciencia gratissua vida. "Eu não aceitei que estava engordando novamente e comecei a me culpar muito. Por isso, tentei me matar tomando todos os tiposjogos online paciencia gratisremédios possíveis", relata. Ela foi socorrida a tempo e se recuperou meses depois.

Para a nutricionista Marcela Kotait, especialistajogos online paciencia gratistranstorno alimentar e obesidade, situaçõesjogos online paciencia gratisgordofobia fazem com que a pessoa se sinta obrigada a emagrecer.

"O padrãojogos online paciencia gratisbeleza éjogos online paciencia gratisextrema magreza. Enquanto um perfil é valorizado demais pela magreza, o outro é rechaçado pela gordura", comenta. Marcela explica que a saúde vai além do peso corporal. "As pessoas com excessojogos online paciencia gratispeso e obesidade sofrem com um estigma muito grande. Existe a crençajogos online paciencia gratisque alguém acima do peso é doente. Isso não é verdade", argumenta.

"Uma pessoa obesa que faz atividade física e se alimentajogos online paciencia gratismaneira adequada pode ter os exames laboratoriais estáveis. Ela pode estar bem e saudável. Não necessariamente esse peso vai ser um fatorjogos online paciencia gratisrisco isolado", completa.

Segundo a nutricionista, uma pessoa gorda deve ter os mesmos cuidados que alguém magro. "As pessoas devem se alimentarjogos online paciencia gratismodo equilibrado, não pode fazer restriçõesjogos online paciencia gratisgrupos alimentares nem dietas malucas. A gente sabe que 95% das pessoas que fazem esse tipojogos online paciencia gratisdieta vão ganhar novamente o peso. Isso aumenta a culpa, a sensaçãojogos online paciencia gratisfracasso e colabora com a pechajogos online paciencia gratisque todo gordo é preguiçoso."

A especialista ainda relata que o Índicejogos online paciencia gratisMassa Corporal não é um método confiável para definir se alguém possui sobrepeso. "O IMC vai avaliar simplesmente o peso pela altura, multiplicado ao quadrado. Se a pessoa for muito forte, vai pesar muito. Ele não consegue caracterizar a composição corporal. Uma das metodologias mais adequadas é a variação da composição corporal, percentualjogos online paciencia gratisgordura ou percentualjogos online paciencia gratismassa magra."

Problemasjogos online paciencia gratissaúde

Para as pessoas gordas, a ligação entre obesidade e doença é um dos estigmas que mais causam preocupação. "A nossa luta é para que a obesidade seja retirada da categoriajogos online paciencia gratisdoenças. O corpo gordo,jogos online paciencia gratissi, não causa doença nenhuma. O que pode causar problemas são as várias doenças que podem ser associadas", justifica Bernardo Boechat.

"A gente quer deixarjogos online paciencia gratisser visto como pessoa doente. Queremos que nos enxerguem como seres humanos. É importante também que haja uma medicina que nos abrace, para que possamos ser a versão mais saudáveljogos online paciencia gratisnós mesmos", complementa.

Allyne Turano
Legenda da foto, Dificuldade para encontrar roupas inspirou empresária a criar marcajogos online paciencia gratislingerie

Allyne Turano afirma que as diversas críticas relacionadas à saúde costumam incomodá-la. "Usam sempre essa questão como desculpa. Dizem que devemos emagrecer por questõesjogos online paciencia gratissaúde, mas ninguém pergunta se você está realmente doente", comenta.

Segundo ela, o estereótipo que relaciona a pessoa acima do peso a doenças dificulta diagnósticosjogos online paciencia gratismédicos. "A gente acaba não se consultando com frequência por medojogos online paciencia gratisreceber ataques,jogos online paciencia gratisvezjogos online paciencia gratismedicação. Certa vez fui ao endocrinologista para fazer procedimentosjogos online paciencia gratisrotina e saíjogos online paciencia gratislá com exames para uma cirurgia bariátrica, mesmo sem ter pedido", relembra.

A dificuldade para receber um diagnóstico foi vivenciada pelo bachareljogos online paciencia gratisDireito João Vitor Dias,jogos online paciencia gratis33 anos. O rapaz acredita que demorou nove anos para descobrir que possuía problemas nos rins, pois os médicos acreditavam que suas mazelas se restringiam ao sobrepeso. "Durante anos, meu principal diagnóstico foi a obesidade, sójogos online paciencia gratis2015 descobri que sofrojogos online paciencia gratisinsuficiência renal crônica."

Atualmente, Dias faz tratamentojogos online paciencia gratishemodiálise e perdeu 42 quilosjogos online paciencia gratisrazão dos procedimentos médicos.

Em paz com o peso

De diversas formas, as pessoas gordas tentam buscar meios para lidar da melhor maneira com o peso. Laine Souza mudou a visão que possuíajogos online paciencia gratissi mesma após ouvir uma aluna lamentar o sobrepeso. "Ela tinha os mesmos problemas que eu quando mais jovem. Então, decidi que poderia lidar melhor com isso e ajudar diversas pessoas, principalmente adolescentes, que passam por essa pressão estéticajogos online paciencia gratisum modo muito grande."

Ela conta que sofre mais preconceito por ser negra do que gorda. "Acho que por eu me aceitar como gorda, e como negra também, as pessoas não chegam tanto para falar comigo sobre o meu peso. Masjogos online paciencia gratisrelação à raça, eu vejo nos lugares. Diversas vezes já estivejogos online paciencia gratislojas e os seguranças ficaramjogos online paciencia gratisolhojogos online paciencia gratismim", comenta. Mesmo com as adversidades, Laine tenta não se abater. "Estoujogos online paciencia gratisuma fase da vidajogos online paciencia gratisque as pessoas podem falar o que quiserem pois vou continuar fazendo o que tenho vontade."

Uma das sensações mais libertadoras para Allyne Turano aconteceu há dois anos,jogos online paciencia gratisuma praia. "Eu nunca tive grandes problemas com meu peso, mas mesmo assim tinha meus receios. Um dia, fuijogos online paciencia gratismaiô para a praia, por conforto e também porque me boicotei para não irjogos online paciencia gratisbiquíni. Mas eu peguei sol, fiquei com a barriga branca e odiei. Depois disso, coloquei o biquíni. Foi uma experiência incrível", rememora.

O biquíni também foi um dos meiosjogos online paciencia gratislibertaçãojogos online paciencia gratisAlexandra Gurgel. "As pessoas me olhavam, mas eu não me importava. São várias amarras que existem na cabeça da pessoa gorda, mas hoje vou para a praiajogos online paciencia gratisbiquíni, sem paranoias", explica. Além da roupajogos online paciencia gratisbanho, ela também conta que começou a fazer terapia, logo após se recuperar da tentativajogos online paciencia gratissuicídio, e passou a estudar sobre minorias.

"Eu digo que uma das minhas maiores ajudas para me recuperarjogos online paciencia gratistudo isso foi descobrir sobre o feminismo, porque ele me ensinou que eu não sou obrigada a nada e posso ser da forma que quiser. Entendi a gordofobia e peguei essa causa para mim", diz.

Desde 2015, ela possui um canal no qual fala sobre situações relacionadas a pessoas gordas. "Eu costumo dizer que a câmera é a minha terapeuta", conta Alexandra, que costuma ignorar as críticas ofensivas que recebe emjogos online paciencia gratispágina. "Não vale a pena me importar com isso, porque descobri que são pessoas frustradas."

Bernardo Boechat também encontrou na produçãojogos online paciencia gratisconteúdo para a internet uma alternativa para ajudar outras pessoas. Um dos vídeos dele, no qual explica sobre gordofobia, possui maisjogos online paciencia gratis1,5 milhãojogos online paciencia gratisvisualizações no Facebook.

"Costumo receber muitas mensagensjogos online paciencia gratispessoas que me dizem que não sabiam que poderiam reclamarjogos online paciencia gratisdeterminado fato. Elas percebem que não são os únicos que passam por isso. Os gordos normalmente se sentem muito sozinhos."

Assumidamente homossexual, o rapaz conta que sempre sofre mais preconceitojogos online paciencia gratisrazão do peso. "O movimento LGBT está muito avançado, há diversos debates sobre o assunto, então é mais esclarecido. Porém, o movimento gordo ainda está ganhando visibilidade, porque antes não havia isso", comenta. Ele torce para que a causa das pessoas acima do peso passe a ganhar mais visibilidade. "A gente quer uma sociedade inclusiva, aberta a todos, independentejogos online paciencia gratisa pessoa ser gorda ou não."