Reforma da Previdência: expectativab1 bet é confiávelvida do brasileiro aumenta, mas diferença entre homens e mulher não cai:b1 bet é confiável
b1 bet é confiável Nas últimas gerações, foi registrado entre os seres humanos o maior aumento da expectativab1 bet é confiávelvida da história.
No Brasil, por exemplo, a população vive,b1 bet é confiávelmédia,b1 bet é confiável75,5 anos, segundo o IBGE, um saltob1 bet é confiávelrelação há 116 anos: a média erab1 bet é confiável33,7 anosb1 bet é confiável1900. Ou seja, um bebê brasileiro nascido hoje pode viver mais do que o dobro do que um nascido naquele ano.
E, não só vivemos mais, como também nossas vidas são muito mais saudáveis do que antes. As razões são relativamente óbvias: isso se deveb1 bet é confiávelgrande parte aos avanços na medicina e na saúde pública.
No entanto, apesar do aumento drástico, a diferença entre a longevidadeb1 bet é confiávelhomens e mulheres quase não diminuiu, destaca um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Atualmente, brasileiras vivem,b1 bet é confiávelmédia, 79 anosb1 bet é confiávelcomparação com 72 dos homens. É a mesma diferençab1 bet é confiávelsete anos registradab1 bet é confiável1991, quando a expectativab1 bet é confiávelvida da populaçãob1 bet é confiávelgeral era 9,5 anos menor,b1 bet é confiável66 anos.
Otema está do centrob1 bet é confiávelum debateb1 bet é confiávelcurso no país por conta da proposta do governo federalb1 bet é confiávelmudar o regime da Previdência Social.
Uma das mudanças seria a criaçãob1 bet é confiávelum limite mínimob1 bet é confiável65 anosb1 bet é confiávelidade eb1 bet é confiável25 anosb1 bet é confiávelcontribuição para a aposentadoria tantob1 bet é confiávelhomens quanto mulheres, uma alteraçãob1 bet é confiávelrelação ao regimeb1 bet é confiávelvigor, no qual mulheres podem se aposentar com 30 anosb1 bet é confiávelcontribuição e os homens, com 35.
O economista Marcelo Caetano, principal formulador da reforma, defendeu a alteraçãob1 bet é confiávelentrevista ao jornal Folhab1 bet é confiávelS. Paulo ao afirmar que as mulheres "custam mais para a Previdência, porque vivem mais" e que elas já são "subsidiadas, porque receberão por mais tempo o benefício" do que homens.
Mas por que essa diferença da expectativab1 bet é confiávelvidab1 bet é confiávelhomens e mulheres não cai com os anos?
Diferençasb1 bet é confiávelgênero
"A desvantagem masculina tem raízes profundas na evolução", diz Susan Alberts, professorab1 bet é confiávelBiologia da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Mas, esclarece ela, não se sabe exatamente a que isso se deve.
"Uma das possibilidades é que os homens assumem mais riscos que as mulheres", o que poderia explicar mortes mais prematuras. Um exemplo desse comportamento é o hábitob1 bet é confiávelfumar, destaca a pesquisadora.
"Homens fumam mais do que as mulheres, e sabemos que fumar é o hábito mais prejudicial à saúde conhecido. Poderíamos dizer que fumar é um comportamentob1 bet é confiávelrisco, e isso ilustra como homens se arriscam mais do que mulheres", explica Alberts.
"Não me supreenderia se isso explicasse a diferença na expectativab1 bet é confiávelvida entre homens e mulheres na Rússia (que girab1 bet é confiáveltornob1 bet é confiável12 anos), mas é importante esclarecer que é apenas uma hipótese."
Outra explicação possível é a genética. As mulheres têmb1 bet é confiávelseu DNA um par do cromossomo X, enquanto homens têm um. Isso quer dizer que, "se há genes neste cromossomo que são cruciais para a sobrevivência, as mulheres têm uma vantagem".
Uma terceira possibilidade "é que os homens tenham sistemas imunológicos menos eficientes", acrescenta Alberts.
Por muito mais anos
Os autores do estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences reuniram registrosb1 bet é confiávelnascimentos e mortesb1 bet é confiávelmaisb1 bet é confiável1 milhãob1 bet é confiávelpessoasb1 bet é confiáveltodo o mundo desde o século 18 e os compararam com dados semelhatesb1 bet é confiávelseis espéciesb1 bet é confiávelprimatas.
Os pesquisadores mostraram que a manutenção da diferença na expectativab1 bet é confiávelvida entre os sexos ocorre "não só entre humanos, mas também entre os demais primatas", como explica Fernando Colchero, pesquisador do centro Max Planck, na Dinamarca, e coautor do estudo, à BBC Mundo, o serviçob1 bet é confiávelespanhol da BBC.
A pesquisa também aponta que a expectativab1 bet é confiávelvida média deve seguir aumentando. Por outro lado, "não parece haver um limiteb1 bet é confiávelquantos anos podemos viver", afirma Colchero, contradizendo um polêmico estudo publicado recentemente na revista Nature que garante haver uma expectativab1 bet é confiávelvida máxima para seres humanos,b1 bet é confiávelcercab1 bet é confiável115 anos.
"Não dizemos categoricamente que não há, mas não achamos evidências desse limite, como argumenta a pesquisa publicada na Nature", acrescenta o cientista.
Porb1 bet é confiávelvez, a pesquisadora Susan Alberts acredita ser possível que a diferença entre as expectativasb1 bet é confiávelvidab1 bet é confiávelhomens e mulheres seja reduzida.
"As chances dos homens alcançarem as mulheres são enormes. Só temos que entender as causas dessa diferença", afirma a pesquisadora.
"Uma vez que isso seja compreendido, poderemos mitigar algumas das desvantagens."