Abertura paralímpica quer 'cegar' plateia para estimular outros sentidos e aproximá-labetpix365 minesrealidadebetpix365 minesatletas:betpix365 mines

Cadeirantes treinam para abertura no Rio

Crédito, FILIPE COSTA

Legenda da foto, Cadeirantes participambetpix365 minesensaio para a abertura; ideia é que o público tenha contato com 'coisas incríveis' que devem 'desmontar o preconceito'

"Este é um ponto central da cerimônia desde o início do processo criativo. Queremos derrubar essa coisa da necessidade da visão, do 'ver para crer'. O público vai ser instigado a usar todos os sentidos", diz.

O designer, que criou a logomarca multisensorial dos Jogos, diz que desligar todas as luzes do estádio causou estranheza às equipesbetpix365 minestransmissão das imagens para as emissorasbetpix365 minesTV ao redor do mundo, mas a ideia foi mantida.

Pessoas ensaiam para abertura no Rio

Crédito, FILIPE COSTA

Legenda da foto, Intenção da abertura é que o público tenha contato com "coisas incríveis" que devem "desmontar o preconceito"

"A necessidadebetpix365 minesusar outros sentidos é a sensação cotidiana do atleta paralímpico. Para eles é emocionante ver isso contemplado para todos", explica Gelli, acrescentando que outros recursos, como as projeções já usadas na abertura olímpica, devem ser usados para ampliar essa experiência.

Universalidade e convivênciabetpix365 minesvezbetpix365 minessuperação e inclusão

Para Leo Caetano, diretorbetpix365 minescerimônias do Comitê Rio 2016, a intenção da abertura é que o público tenha contato com "coisas incríveis" que devem "desmontar o preconceito".

"Vamos ter um casalbetpix365 minesbailarinos e o espectador só se dará contabetpix365 minesque são cegos no final. Num dado momento haverá o saltobetpix365 minesuma megarrampa, e será feito por um cadeirante. O objetivo é que o público veja que se tratambetpix365 minescoisas espetaculares, mas não porque são feitas por pessoas com deficiências. São coisas incríveis porque são coisas incríveis, ponto", diz.

A americana Amy Purdy, atleta paralímpica do snowboard e bailarina, que teve as duas pernas amputadas, deve ser a "Gisele Bündchen da abertura dos Jogos Paralímpicos", segundo os organizadores.

Pessoas ensaiam para abertura da Paralimpíada no Rio

Crédito, FILIPE COSTA

Legenda da foto, Abertura deve contar com artistas como Seu Jorge e Maria Rita, alémbetpix365 minessambistas como Diogo Nogueira e Pretinho da Serrinha

Caetano diz que os diretores criativos sempre pautaram o trabalho com essa perspectivabetpix365 minessurpreender os espectadores sem focar nas deficiências. "A festa transcende esse discurso, essa narrativabetpix365 minessuperação. Não se fala dissobetpix365 minesmomento algum. Fala-sebetpix365 minesadaptação e universalidade, o mesmo acesso, o mesmo projeto, a mesma entradabetpix365 minesque todos possam conviver,betpix365 minesque todos possam passar, todos tenham direito à mesma experiência", explica.

Fred Gelli relembra que os conceitosbetpix365 minesinclusão e superação não foram trabalhados.

"Quando você pensa esse universo, não faz sentido destacar a pessoa com uma deficiência com a necessidadebetpix365 minesuma solução só para ela. É mais lógico imaginar soluçõesbetpix365 minesque ela conviva com todos os outros, soluções universais. Falarbetpix365 minesinclusão remete à ideiabetpix365 minesalguém excluído que precisa ser absorvido. Não é isso, todos querem conviver", explica.

A frase "Everybody has a heart" ("Todo mundo tem um coração") também norteou o trabalho da equipe criativa com o lemabetpix365 minesque apesar das diferenças, todos têm algobetpix365 minescomum.

"É com essa base que falamos da diversidade e da diferença. Não só as pessoas com deficiência, mas todos somos diferentes. Todos nós somos imperfeitos e deficientesbetpix365 minesum certo grau. E podemos desenvolver grandes eficiências e alta performance assim como esses atletas", explica Flavio Machado, produtor-executivo da cerimôniabetpix365 minesabertura e vice-presidente da Cerimônias Cariocas, uma união entre a agência brasileira SRCOM e a italiana Filmmaster Group, responsáveis pelas cerimônias olímpica e paralímpica.

Seu Jorge, Maria Rita, João Carlos Martins e Vik Muniz

Pessoas ensaiam para abertura da Paralimpíada no Rio

Crédito, FILIPE COSTA

Legenda da foto, Uma grande obra será visível no gramado do Maracanã, composta pelos rostosbetpix365 minestodos os 4.022 atletas paralímpicosbetpix365 mines161 países

Além do conceitobetpix365 minesuniversalidade e do estímulo à multisensorialidade, a cerimôniabetpix365 minesabertura deve contar com artistas como Seu Jorge e Maria Rita, alémbetpix365 minessambistas como Diogo Nogueira e Pretinho da Serrinha (que se apresentará junto com o filhobetpix365 minesnove anos).

"Seu Jorge deve levantar o estádio no final da festa, convidando todos a participarem. Também teremos um momento da rodabetpix365 minessamba, uma homenagem à ideia da roda, simbolizada desta forma", diz Fred Gelli.

Maisbetpix365 mines4,5 mil pessoas estão envolvidas no espetáculo, que deve durar pouco maisbetpix365 minestrês horas e contará com 11 segmentos e um elencobetpix365 mines25 artistas. Já o hino nacional ficará a cargo do pianista e maestro João Carlos Martins, tido como um dos maiores pianistas do mundo e que passou por diversas cirurgias após ter uma das mãos paralisadas.

"Quanto à parte técnica, é muito semelhante à abertura da Olimpíada. Fogos, sistemasbetpix365 minesluz, som, projeções, isso tudo é muito parecido. O palco vai mudar, no entanto, e os atletas entram logo no começo, para poderem acompanhar toda a festa", explica Leo Caetano.

Cada atleta que entra no estádio recebe uma peça que aos poucos vai formando uma obra idealizada pelo artista Vik Muniz, um dos diretores criativos da cerimônia.

Ao final da entrada, uma grande obra será visível no gramado do Maracanã, composta pelos rostosbetpix365 minestodos os 4.022 atletas paralímpicosbetpix365 mines161 países.