Filhocasino free spins'clã político' e sob investigação: a cara do Senado que votará o impeachment:casino free spins
Além disso, 56% dos que votarão o impeachment da presidente Dilma Rousseff respondem a acusações como improbidade administrativa e corrupção passivacasino free spinstribunais, segundo a ONG Transparência Brasil.
Abaixo, conheça algumas das característicascasino free spinsdestaque entre os senadores.
80% do Senado é compostocasino free spinshomens brancos
A votação do impeachment na Câmara dos Deputados já tinha mostrado que a grande maioria da Casa é formada por homens brancos.
No Senado, não é diferente. Dos 81 senadores, 62 são homens brancos, seis são homens negros, e 13 são mulheres.
Os números contrastam com a realidade da sociedade brasileira:casino free spinsacordo com os dados mais recentes do IBGE, 54% da população é negra 51% são mulheres.
A idade média dos senadores é 60 anos. Umcasino free spinscada quatro é formadocasino free spinsDireito. E segundo o site do Senado, 69 membros da Casa têm curso superior completo.
"Isso é um retrato do poder" disse à BBC Brasil Maria do Socorro Braga, coordenadora do Núcleocasino free spinsEstudo dos Partidos Políticos Latino-Americanos na Ufscar. "Faz parte da nossa cultura política, que é elitista."
56% dos senadores são citados na Justiça oucasino free spinsTribunaiscasino free spinsContas
Entre os 81 senadores que votarão o impeachment, 45 (56%) têm ocorrências na Justiça oucasino free spinsTribunaiscasino free spinsContas por suspeitas ou acusações que vãocasino free spinsimprobidade administrativa (emcasino free spinsmaioria) a corrupção passiva, passando por lavagemcasino free spinsdinheiro e formaçãocasino free spinsquadrilha, segundo levantamento do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.
Os partidos com o maior númerocasino free spinssenadores citados são: PMDB (12), seguido por PSDB (7), PT (5), PR (4) e PP (4).
"É uma contradição muito grande e uma alta deslegitimação desse processo. Vivemos um momentocasino free spinsque a classe política está sendo muito questionada porque cada vez se tem mais informações sobre isso (políticos acusadoscasino free spinscrimes ou improbidades). Há um descrédito da populaçãocasino free spinsrelação a seus representantes", disse Braga.
"Tem políticoscasino free spinstodos os partidos envolvidos. Essa contradição nos mostra que temos uma democracia com baixa qualidade. A médio e a curto prazo, uma consequência disso é o apartidarismo."
Senadores vêmcasino free spins'dinastias' políticas e têm longa carreira política
Apesarcasino free spinsmais da metade dos senadores estaremcasino free spinsseu primeiro mandato, a maioria tem longa carreira política - ou já foi deputado por maiscasino free spinsuma vez ou exerceu cargos importantes no Executivo, como ocasino free spinsgovernador.
Segundo o cientista político Manoel dos Santos, vice-coordenador do Centrocasino free spinsEstudos Legislativos da UFMG (federalcasino free spinsMinas Gerais), a carreira - e a projeção conseguida por ela - é necessária para conseguir votos, pois o senador é eleito pelo númerocasino free spinsvotos no seu Estado. Na Câmara, para ser eleito, o candidato depende não apenas dos votos que recebe, mas também dos recebidos por seu partido ou coligação.
"(No Senado), só vai bem quem temcasino free spinsfato muito voto. São pessoascasino free spinspatrimônio político extenso, por isso está cheiocasino free spinsex-ministros."
A experiência pesa na hora da indicação do partido para participar das eleições.
"A grande disputa é conseguir montarcasino free spinschapa e sair como candidato da coligação. São sempre grandes nomes", diz a pesquisadora da Transparência Brasil, Juliana Sakai.
Muitos deles carregam também sobrenomescasino free spinspeso. Dados da Transparência Brasil mostram que 60% dos senadores têm parentes na política, mais do que os deputados (49%).
Entre os "clãs" mais numerosos na política estão oscasino free spinsCássio Cunha Lima (5 parentes), do presidente do Senado, Renan Calheiros (4 parentes), e ocasino free spinsJader Barbalho (3 parentes).
Para a cientista política da Ufscar Maria do Socorro Braga, "são verdadeiras oligarquias". "(Antes) era mais forte do que hoje, mas ainda existe. Praticamentecasino free spinstodo Nordeste, quem está assumindo são filhos e netos. Essa é uma característica que acaba afetando a ampliação e a maior integraçãocasino free spinsoutros setores."
Segundo Braga, as famílias acumulam poderes econômicos ecasino free spinscomunicação, detendo meioscasino free spinsinformação.
"Por que (Fernando) Collor foi eleito depoiscasino free spinspassar anos inelegível? Se você vai para Alagoas, as rádios, os jornais da região são todos dele e acabam ajudando."
Bancada ruralista é predominante
Quase 30% do Senado é ruralista. A informação é do Projeto Excelências, da Transparência Brasil. A bancada é uma das maiores na Casa, ao lado do grupo formado por concessionárioscasino free spinsrádio e TV (23,5%). A bancada dos sindicalistas é a terceira, mas fica afastada das duas primeiras, com 11%.
Para Braga, os números mostram um desequilíbrio dos interesses representados no Senado, que seria "muito fechado" e "exclusivo".
"É bastante elitista. Causa espécie você ver que é uma elite que não está sensível às características socioeconômicas do Brasil, marcado por extrema desigualdade social."
Já o cientista político Manoel dos Santos vê os ruralistas como um "segmento legítimo da sociedade".
Santos afirma que muitos Estados brasileiros têm forte economia agrícola e estariam representados por esses parlamentares.
Da mesma forma, um Brasil majoritariamente conservador também teria um Legislativo pouco adepto a mudanças.
"Parlamentos são sempre um pouco mais conservadores do que os membros do Executivo, pela distribuiçãocasino free spinspreferência dos eleitores (por Estados). Nossa sociedade é conservadora. Há também um neoconservadorismo se projetando, ligado a questões religiosas. Não acho um problema. Tem que ter representatividadecasino free spinsfatores liberais e conservadores", diz.
16% dos senadores chegaram a cargo sem receber voto
As eleições para o Senado Federal são majoritárias, ou seja, só são eleitos os senadores que recebem a maioria dos votos diretos, enquanto na Câmara as eleições são proporcionais e candidatos menos votados têm chancescasino free spinsocuparem as cadeiras por conta do quociente eleitoral.
Ainda assim, é possível chegar ao Senado sem receber voto algum, por causa do sistemacasino free spinssuplência. 16% dos senadores chegaram ao cargo sem receber voto.
Quando se elege um senador, o suplente é eleito junto. Muitos suplentes que compõem a chapa dos senadores são financiadores das campanhas ou familiares (esposa, filho, neto, etc). Existe até uma PEC (Propostacasino free spinsEmenda Constitucional) que visa impedir que cônjuges ou pessoas com vínculo sanguíneo possam compor as chapas dos senadores, mas ela está parada na Câmara desde 2013.
"Há pessoas (no Senado) que não têm nenhuma representatividade. Cai algo que é fundamental numa democracia. (O Senado) É uma Casa muito conservadora e representa apenas alguns setores, que são os que financiam as campanhas", afirmou a professora da Ufscar.
Em oito anoscasino free spinsmandato, é muito comum o senador eleito deixar o posto para ocupar outro cargo - às vezes no governo federal, como ministro, às vezescasino free spinsum governo estadual ou municipal. Com isso, o suplente (que,casino free spinsgeral, não é conhecido pelo eleitorado) acaba assumindo a cadeiracasino free spinsseu lugar.
Por exemplo, dos 54 senadores que foram eleitoscasino free spins2010 para um mandato que teria oito anos, 20 acabaram deixando suas funções temporariamentecasino free spins2014 para concorrer a eleiçõescasino free spinsoutros cargos - para governador, principalmente.
Atualmente, existem 13 suplentes - o equivalente a 16% do Senado - ocupando as vagascasino free spinssenadores eleitos pelo voto.