'Estado fugiupokerstars deposito bonussua responsabilidade': a indignação do fotógrafo considerado culpado por tiropokerstars deposito bonusPM que o cegou:pokerstars deposito bonus

"Permanecendopokerstars deposito bonuslinhapokerstars deposito bonustiro, para fotografar, (Silva) colocou-sepokerstars deposito bonussituaçãopokerstars deposito bonusrisco, assumindo, com isso, as possíveis consequências do que pudesse acontecer", afirmou o magistrado na decisão.

"Por culpa exclusiva do autor, ao se colocar na linhapokerstars deposito bonusconfronto entre a polícia e os manifestantes, voluntária e conscientemente assumiu o riscopokerstars deposito bonusser alvejado por alguns dos grupospokerstars deposito bonusconfronto", reforçou Zampol Júnior.

Silva pretende recorrer da decisão e disse quepokerstars deposito bonusvida profissional foi profundamente impactada pelo ocorrido três anos atrás. "Fiquei com o campo da visão reduzido. Todo dia é um novo diapokerstars deposito bonusdificuldade, desde os atos banais da rotina até o atopokerstars deposito bonusfotografar."

Procurada pela BBC Brasil, a Secretariapokerstars deposito bonusSegurança Públicapokerstars deposito bonusSão Paulo não se manfiestou sobre o caso.

Na noitepokerstars deposito bonusque Silva foi ferido, a PM reconhece ter disparado 506 balaspokerstars deposito bonusborracha contra os manifestantes. Maispokerstars deposito bonuscem pessoas foram feridas e cercapokerstars deposito bonus200, presas.

A BBC Brasil conversou com o fotógrafo, que diz ter recebido a decisão judicial com indignação:

pokerstars deposito bonus BBC Brasil: Como tudo aconteceu?

pokerstars deposito bonus Sérgio Andrade da Silva: Foi na esquina da rua Consolação com a Caio Prado (centropokerstars deposito bonusSão Paulo). Eu estava sozinho, trabalhando, e logo no início da manifestação a PM criou um bloqueio para que os manifestantes não seguissem pela rua da Consolação. Feito o cerco, começou a cair uma sériepokerstars deposito bonusbombas, o tumulto tomou conta da situação e eu fui atingido no olho esquerdo por uma balapokerstars deposito bonusborracha disparada por um policial.

Cai no chão, sangrando, desesperado e pedindo por socorro. Alguns minutos depois, um professor que participava do ato me viu naquela condição e me socorreu. Ele me levantou e fomos caminhando até um hospital por 40 minutos. Fui socorrido e uns 15 dias depois recebi o diagnóstico que ficaria cego do olho esquerdo.

pokerstars deposito bonus BBC Brasil: Você não usava capacete ou colete sinalizando que era da imprensa naquele dia. Você acha que os fatos poderiam ter ocorridopokerstars deposito bonusmaneira diferente se estivesse usando algum desses equipamentos?

pokerstars deposito bonus Silva: Eu acho que, mesmo que tivesse alguma identificaçãopokerstars deposito bonusimprensa, não poderia ter sido diferente. Nada teria mudado. Outros colegas da imprensa também foram machucados naquela manifestação. Isso deixou muito claro que o materialpokerstars deposito bonussegurança da imprensa, pelo menos naquela noite, não fez diferença.

A ação da PM na noite do dia 13pokerstars deposito bonusjunho foi totalmente desproporcional ao que ocorria e mostrou total despreparo. Acho que a segurança pública do Estado, como um todo, não estava preparada para o que estava acontecendo.

No resumo da ópera, foi um despreparo e um abusopokerstars deposito bonusforça do Estado - e nada poderia ter evitado o que aconteceu comigo.

pokerstars deposito bonus BBC Brasil: Quando você começou a fotografar?

pokerstars deposito bonus Silva: Aprendi a fotografar na marra. Antes, eu trabalhava como auxiliar administrativo e não tinha uma carreira.

Em 2010, comecei a fotografar profissionalmente, mas com equipamento emprestadopokerstars deposito bonusamigos. Em 2011, comprei a minha primeira câmera, uma semiprofissional básica, barata, mas que me deu uma profissão.

pokerstars deposito bonus BBC Brasil: Comopokerstars deposito bonusvida mudou desde junhopokerstars deposito bonus2013?

pokerstars deposito bonus Silva: Essa é uma pergunta difícilpokerstars deposito bonusresponder porque isso ainda não está muito claro para mim. Cada dia é uma nova experiência, uma nova mudança.

De imediato, o maior impacto foi na minha profissão, já que fiquei com o campo da visão reduzido. Todo dia é um novo diapokerstars deposito bonusdificuldade, desde os atos banais da rotina até o atopokerstars deposito bonusfotografar.

Depoispokerstars deposito bonuscinco mesespokerstars deposito bonusrecuperação e sem receber um real, voltei a trabalhar como fotógrafo, porque é a profissão que eu escolhi e é o que sei fazerpokerstars deposito bonusmelhor na vida. Eu tinha contas a pagar.

Tive que reaprender a fotografar, a me movimentar enquanto trabalho, me posicionar sem tropeçar, não cair ou não esbarrarpokerstars deposito bonusninguém. É até difícilpokerstars deposito bonusdescrever como tem sido essa reabilitação, porque só quem passa por isso conseguirá entender. Hoje eu trabalho mais a minha audição e a minha paciência para compensar a deficiência.

Tudo afetou muito minha vida pessoal, a vida das minhas filhas, dos meus amigos e assim por diante.

pokerstars deposito bonus BBC Brasil: Como você recebeu a decisão do juiz?

pokerstars deposito bonus Silva: Tudo o que eu perdi,pokerstars deposito bonustrabalhos e tudo o mais, além do que gastei com os cuidados médicos e com a recuperação, não representa nada para o Estado, mas representa muito para um indivíduo.

Então, receber a decisão do juiz me causou indignação, principalmente porque ele transformou a história e contou algumas mentiras para sustentar essa decisão.

Eu até consigo entender o que aconteceu porque este juiz é um funcionário do Estado. Mas eu vou recorrer e vamos para segunda instância. Haverá um novo julgamento que poderá demorar o mesmo tempo ou o dobro. Mais um tempo se arrastará até este caso ser resolvido.

O fato é que o Estado fugiu dapokerstars deposito bonusresponsabilidade comigo, mas as pessoas que estão à minha volta, não.

De certa forma, até voltei a trabalhar mais que antes do acontecido. Ter amigos, na vida e na profissão, neste momento faz muito a diferença.

O pior já passou, mas vamos seguir.