'Desfazer o que Lula fezjogos de apostas confiáveispolítica externa não é bom para o Brasil’:jogos de apostas confiáveis
O CEO e editor da Foreign Policy, no entanto, critica a excessiva complacência do governo com o regimejogos de apostas confiáveisHugo Chávez sob Lula e a perdajogos de apostas confiáveisimportância da política externa sob Dilma.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista, separados por temas:
Discursojogos de apostas confiáveisSerra
"O maior problema que o Brasil temjogos de apostas confiáveistermosjogos de apostas confiáveispolítica externa é que o país está paralisado e perdeu muita credibilidade. Não é só que Dilma tenha sofrido impeachment ou que haja uma nuvemjogos de apostas confiáveissuspeitas sobre a cabeçajogos de apostas confiáveisTemer, é que há uma nuvemjogos de apostas confiáveissuspeitas sobre a cabeçajogos de apostas confiáveismuita gente no Congresso, no Executivo, e é muito difícil saber quando esse escândalojogos de apostas confiáveiscorrupção vai pararjogos de apostas confiáveisprejudicar o Brasil.
Então os mercados estrangeiros perderam a confiança no Brasil, não tem certezajogos de apostas confiáveiscom quem vão lidar, e esse tipojogos de apostas confiáveisprevisibilidade, saber com que você está lidando, como são as políticas, é absolutamente crucial.
Então o discursojogos de apostas confiáveisSerra não significa nada se não soubermos por quanto tempo essa administração vai ser efetiva, ou se vai ser efetiva."
Política externa do PT
"Sobre as críticas às políticas do governojogos de apostas confiáveisesquerda, a questão é: qual governo? Lula, no augejogos de apostas confiáveissua popularidade, fez mais para aumentar o peso do Brasil no cenário mundial do que qualquer presidente do Brasil, seja por abrir embaixadas e consulados pelo mundo, seu papeljogos de apostas confiáveisliderança, Celso Amorim e o Itamaraty envolvidos nos assuntos mais importantes e dizendo 'o Brasil é um dos países mais importantes do mundo e temos que ser tratados desta forma'. Aderir à ideia dos Brics foi outro componente disso, a diplomacia Sul-Sul, e também o fatojogos de apostas confiáveisque as coisas estavam funcionando no Brasil.
Dilma não tinha muito tato para isso, Antonio Patriota era ótimo, mas ela não o empoderou, controlou muito, houve tensões com o Itamaraty. Depois veio Mauro Vieira, que era também muito capaz, mas era muito claro que ela estava com problemas na maior parte do tempojogos de apostas confiáveisque ele foi chanceler. De novo, se há um problema interno, isso se transfere para a política externa.
Ouço Serra e penso: é possível que o regimejogos de apostas confiáveisLula tenha se inclinado demais para Chávez e ignorado problemas no regime (venezuelano)? Sim, com certeza. Eles foram muito permissivos na mudançajogos de apostas confiáveisChávez para uma ditadura e nos abusosjogos de apostas confiáveisdireitos humanos. Eu nunca sugeri que a política externa do PT era perfeita. Teria feito mais sentido ter uma política equilibrada.
Mas se o Brasil voltar às políticas pré-Lula, que eram essencialmente 'vamos ter políticasjogos de apostas confiáveiscomércio com algumas partes do mundo, não vamos causar problemas, vamos adotar um tom cético-reflexivojogos de apostas confiáveisrelação aos EUA, etc.', isso não seria bom.
Acho que o Brasil mudou muito nos anos do governo do PT e o mundo mudou muito, e não acho que o Brasil precisajogos de apostas confiáveisuma políticajogos de apostas confiáveisvolta ao passado, acho que o Brasil precisajogos de apostas confiáveisuma política orientada para o futuro.
Mas toda política externa começa com força interna, e neste momento o Brasil tem um problema tão grande que torna a política externa uma notajogos de apostas confiáveisrodapé dentro da política do governo."
Comércio bilateral
"Dependendo dos acordos bilaterais, priorizá-los pode ser uma estratégia mais eficiente. A maioria dos esforços recentes com acordos multilaterias resultaramjogos de apostas confiáveisinação ou, se implementados, acordos ineficientes.
Mas isso parece ecoar uma noçãojogos de apostas confiáveisque política externa é essencialmente políticajogos de apostas confiáveiscomércio. E a política externa pré-PT era muito orientada para comércio, e não pelo protagonismo no cenário político mundial.
Eu acho quejogos de apostas confiáveisum paísjogos de apostas confiáveis200 milhõesjogos de apostas confiáveispessoas, uma das sete maiores economias do mundo, com a quinta maior população e área, merece estar na discussão política também.
Não tem nadajogos de apostas confiáveiserradojogos de apostas confiáveisquerer acordos bilaterias, mas isso por si só não é política externa."
Fechamentojogos de apostas confiáveisembaixadas
"No meu pontojogos de apostas confiáveisvista, a aberturajogos de apostas confiáveisembaixadas foi uma formajogos de apostas confiáveisaumentar a influência do Brasil. E acho que, sejam quais forem as boas intenções que Serra possa ter, não é uma boa política, como aprendemos com os EUA, chegar e falar 'vou fazer o oposto do que meu antecessor fez'.
George Bush foi e fracassoujogos de apostas confiáveislugares como o Oriente Médio e Obama fez o oposto, foi muito pouco ativo nesses lugares, e isso foi um problema.
Se Serra acha que reformar a política externa é desfazer o que o Lula fez, ele não está agindojogos de apostas confiáveisnome dos interesses do Brasil. A política externa tem que ser guiada pelo interessesjogos de apostas confiáveislongo prazo.
Minha reação inicial é que provavelmente não será estratégico fechar embaixadas, mas não tenho familiaridade suficiente com os problemas financeiros do Brasil."
Respostas 'duras ' a vizinhos e impeachment
"É dificil dizer exatamente como será essa relação no longo prazo, pode ser bom se colocar pressão nesses governos (como Venezuela) para se comportaremjogos de apostas confiáveisforma mais responsável.
Mas o Brasil pertence ao cenário global, como um dos países mais importantes do mundo, então as políticas têm que olhar muito além do seu quintal.
Não sei se o problema (de Serra) vai ser convencer outros paísesjogos de apostas confiáveisque o governo é legítimo, mas se é um governojogos de apostas confiáveisconfiança, se estará lá por um bom tempo, se terá mandato para fazer as coisas, se representa os brasileiros.
Parece impróvavel que Dilma renuncie, e isso significa que o governo tem um prazojogos de apostas confiáveis6 meses, não sabemos o que acontece depois. O presidente está cercadojogos de apostas confiáveissuspeitas, os líderes do Congresso, não sabemos onde os dominós vão pararjogos de apostas confiáveiscair.
Os governos estrangeiros serão educados com Serra, vão receber bem as mudanças que acharem que sãojogos de apostas confiáveisseu interesse, mas eles vão esperar para ver o que vai acontecer."