Com que frequência você deve lavar seus lençóis e travesseiros:rr bet

lençol amarelo estendido no varal

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Legenda da foto, Passamos um terço da nossa vida junto aos nossos lençóis e travesseiros

Infelizmente, os insetos e seus dejetos podem causar alergias, asma e eczemas. E os lençóis também são um paraíso para as bactérias.

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Em 2013, pesquisadores do Instituto Pasteurrr betLille, na França, analisaram os lençóisrr betpacientes nos hospitais. Eles descobriram que os lençóis sujos estavam repletosrr betbactérias Staphylococcus, comumente encontradas na pele humana.

A maior parte das espéciesrr betStaphylococcus é benigna, mas algumas, como S. aureus, podem causar infecções da pele, acne e até pneumoniarr betpacientes com sistemas imunológicos mais fracos.

"As pessoas carregam bactérias como parte do seu microbioma da pele e podem eliminá-lasrr betgrandes quantidades", explica a microbióloga Manal Mohammed, da Universidaderr betWestminster, no Reino Unido. Ela não participou do estudo feito na França.

mãorr betpessoa internada

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Legenda da foto, Os hospitais lavam os lençóis sob temperaturas muito altas, para tentar matar o máximo possívelrr betmicróbios
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"Embora estas bactérias sejam tipicamente inofensivas, elas podem causar doenças sérias se entrarem no corpo atravésrr betferidas abertas, que são mais comunsrr bethospitais", segundo Mohammed.

Os hospitais são uma rica fonterr betdados porque eles levam a higiene a sério. As roupasrr betcama e os travesseiros são lavados entre um paciente e outro.

Em 2018, cientistas da Universidaderr betIbadan, na Nigéria, encontraram E. colirr betroupasrr betcamarr bethospitais não lavadas, alémrr betoutras bactérias patogênicas conhecidas por causarem infecções urinárias, pneumonia, diarreia, meningite e sepse.

Roupasrr betcama sujas representam um risco realrr betinfecção nesses ambientes.

Em 2022, pesquisadores coletaram amostras dos quartosrr betpacientes hospitalizados com mpox, na época chamadarr betvaríola dos macacos. Eles descobriram que a trocarr betroupasrr betcama liberava partículas virais no ar.

Acredita-se que,rr bet2018, um profissionalrr betassistência médica britânico tenha contraído a doença ao ser exposto ao vírus durante a troca das roupasrr betcamarr betum paciente.

Os hospitais precisaram instituir procedimentos rigorosos para limitar a transmissão, pelo menos nos países mais desenvolvidos.

"Os hospitais lavam as roupasrr betcamarr bettemperaturas muito altas, o que mata a maior parte das bactérias", afirma o professorrr betdoenças infecciosas e saúde global David Denning, da Universidaderr betManchester, no Reino Unido.

Mas existe uma exceção, que é a bactéria C. difficile. Ela causa diarreia, especialmenterr betidosos. Segundo Denning, a lavagem dos lençóis pode destruir até a metade das bactérias C. difficile, mas seus esporos são difíceisrr betmatar.

Ainda assim, os índicesrr betinfecção por C. difficile diminuíram no Reino Unido, o que indica que os procedimentos padrãorr betlavagem nos hospitais, quando seguidos corretamente, são suficientes para manter muito baixo o riscorr bettransmissão.

É claro que é mais provável encontrar bactérias patogênicas nas roupasrr betcama dos hospitais, onde dormem pessoas doentes, do que entre pessoas saudáveis. Mas o que acontece nos travesseiros e roupasrr betcama comunsrr betnossas casas?

Em 2013, a empresarr betcamas norte-americana Amerisleep divulgou ter retirado amostrasrr betuma fronha que não havia sido lavada por uma semana. Ela continha cercarr bet465 mil bactérias por centímetro quadrado – cercarr bet17 mil vezes mais do que a média dos assentos sanitários.

Em 2006, Denning e seus colegas coletaram seis travesseirosrr betamigos e familiares. Eles estavamrr betuso comum e tinham 18 meses a 20 anos. Todos eles continham fungos, especialmente da espécie Aspergillus fumigatus, normalmente encontrada no solo.

mão segurando amostra

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Legenda da foto, Os lençóis e travesseiros que ficam úmidos com o suor oferecem um ambiente perfeito para o desenvolvimentorr betfungos e bactérias

"Em termosrr betnúmeros, estamos falandorr betbilhões ou trilhõesrr betpartículas fúngicasrr betcada travesseiro", segundo Denning.

"Achamos que o motivo por que encontramos tantos [fungos] é porque a cabeça da maioriarr betnósrr betdurante a noite. Todos nós também temos ácaros nas nossas camas e as fezes do ácaro da poeira fornecem alimento para o fungo sobreviver."

"E, é claro, o travesseiro é aquecido todas as noites, já que a nossa cabeça repousa sobre ele. Por isso, você tem umidade, você tem alimento e você tem calor", explica ele.

Como a maioriarr betnós raramente lava os travesseiros, os fungos permanecemrr betum estado razoavelmente tranquilo e podem sobreviver por anos. Eles só são perturbados quando afofamos os nossos travesseiros, o que pode liberar esporos fúngicos no quarto.

Mesmo se os lavarmos, os fungos podem sobreviver sob temperaturasrr betaté 50 °C. E,rr betqualquer forma, a lavagem aumenta a umidade dos travesseiros, permitindo que os fungos se desenvolvam ainda mais.

Considerando o tempo que as pessoas passam dormindo e a proximidade entre o travesseiro e a boca, esta descoberta traz consequências importantes para pacientes com doenças respiratórias, especialmente asma e sinusite.

Até a metade das pessoas com formas gravesrr betasma sofrerr betalergia a Aspergillus fumigatus. E a exposição ao fungo também pode causar doenças pulmonares crônicasrr betpessoas que já tenham sofrido tuberculose ou doenças pulmonares relacionadas ao fumo.

Segundo Denning, 99,9% dos indivíduos com sistemas imunológicos saudáveis podem enfrentar facilmente a inalaçãorr betesporos fúngicosrr betA. fumigatus. Mas,rr betpessoas imunocomprometidas, o fungo pode superar as defesas enfraquecidas do hospedeiro e causar infecções potencialmente mortais.

"Se você tiver leucemia, se houver passado por um transplanterr betórgãos, ou tiver a infelicidaderr betir para a UTI com covid ou influenza, você pode ter a chamada aspergilose invasiva, que ocorre quando o fungo simplesmente entra nos pulmões e se desenvolve, destruindo o tecido pulmonar", explica Denning.

gato deitado na cama

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Legenda da foto, Deixar que animaisrr betestimação durmam na cama pode aumentar a quantidaderr betbactérias nos lençóis e fronhas

Mas, se lavar os travesseiros não adianta, o que podemos fazer?

Para Denning, se você não tiver asma, condições pulmonares ou sinusite, deve considerar a troca do seu travesseiro a cada dois anos. Mas as pessoas que sofrem dessas condições devem comprar um travesseiro novo a cada três a seis meses.

Já quanto à frequênciarr betlavagem das roupasrr betcama, a maioria dos especialistas recomenda que ela seja feita semanalmente. E passar a ferro, alémrr betlavar, também reduz a quantidaderr betbactérias dos lençóis.

"Se você tiver tempo sobrando, pode passar cuidadosamente todos os seus lençóis", segundo Denning, "mas todos nós temos bactérias no corpo,rr betforma que [para uma pessoa saudável] isso realmente não importa."

"Mas, se você for doente e vulnerável, passar pode ser mais importante e, se você tiver uma criança que molhe a cama, sem dúvida é preciso ser um pouco mais criterioso na horarr betlavar e usar altas temperaturas na lavagem."

Ter um animalrr betestimação dormindo na cama também aumenta a quantidaderr betfungos e bactérias. O mesmo acontece se não tomarmos banho antesrr betdormir, se formos para a cama com meias sujas ou se dormirmos com loções ou maquiagem na pele. E ainda não falamos no café da manhã ou lanche noturno na cama.

"Não estou dizendo que ninguém deveria comer na cama, mas acho que, se você comer, é importante lavar os lençóis com bastante frequência", explica Denning.

"E acho, honestamente, que uma vez por semana pode não ser suficiente."