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Como a guerra contra a pornografia pode mudar a internet:aposta grátis
E os texanos não estão sozinhos. Neste exato momento, ocorre um apagão das pornografia pelos Estados Unidos.
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México E Estados Unidos; é 💶 primeira copa com três anfitriões”. Argentina foi o atual
jogo de aposta do astronautaP: Existem algumas dúvidas aposta grátis relação aos números aposta grátis tentos anotados pela maior parte do esporte alemão: alguns creditam 120 gols, enquanto outros encontram o número aposta grátis 111. No entanto, considerando os jogos oficiais disputados, Beckenbauer contabiliza 109.
P: Quais são os principais números aposta grátis camisas na história aposta grátis Franz Beckenbauer?
Temporada |
Clube |
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81/82 |
Hamburger SV |
5 |
76/77 |
FC Bayern Munique |
5 |
76/77 |
New York Cosmos |
6 |
75/76 |
FC Bayern Munique |
5 |
P: Quais são os números aposta grátis Franz Beckenbauer aposta grátis determinados jogos?
Foram 18 compromissos, com cinco gols marcados, uma assistência, 28 passes decisivos, 85% aposta grátis acerto no passe longo, 72% aposta grátis acerto nos dribles, 129 bolas recuperadas e 62 desarmes, segundo dados do Sofascore.
P: Quais foram os últimos dias aposta grátis vida aposta grátis Franz Beckenbauer?
Maior ídolo do futebol alemão, Franz Beckenbauer faleceu no último domingo, 7, aos 78 anos. Campeão da Copa do Mundo como jogador e treinador, o Kaiser, como era chamado, lutava contra a doença aposta grátis Parkinson e demência, além aposta grátis ter passado por diversas operações cardíacas nos últimos anos.
Fim do Matérias recomendadas
Em 2023, os Estados do Arkansas, Mississippi, Utah e Virgínia aprovaram leis que exigem a verificação da idade dos visitantes. O Pornhub bloqueou todos eles, assim que as leis entraramaposta grátisvigor.
No inícioaposta grátis2024, foi a vez da Carolina do Norte eaposta grátisMontana. E novas leis exigindo o mesmo tratamento foram aprovadas nas últimas semanasaposta grátisIdaho, Kansas, Kentucky e Nebraska.
Uma toneladaaposta grátiscocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
Com novas normas programadas para entraraposta grátisvigor, o desligamento poderá atingir a maior parte do sul dos Estados Unidos nos próximos 12 meses. Com isso, o Pornhub – o quarto website mais popular do planeta, segundo alguns índices – poderáaposta grátisbreve estar bloqueado para um a cada três norte-americanos.
Formalmente, o objetivo dessas leis é evitar que as crianças tenham acesso a conteúdo pornográfico,aposta grátismeio às preocupaçõesaposta grátisque elas possam ser prejudicadas pela normalizaçãoaposta grátiscomportamento sexual violento ou agressivo e pelo incentivoaposta grátisexpectativas irreaisaposta grátisrelação ao sexo.
De 2022 até o momento, 19 Estados americanos aprovaram leis exigindo que os sites pornográficos verifiquem a idade dos seus usuários. E os legisladores já propuseram leis federaisaposta grátisverificação da idade.
A adoçãoaposta grátisverificaçõesaposta grátisidentidade não se limita aos sites adultos. Outras regulamentações propostas nos EUA, Reino Unido, União Europeia, Austrália eaposta grátispartes da Ásia poderão exigiraposta grátisbreve a verificaçãoaposta grátisidade para as redes sociais e uma sérieaposta grátisoutras plataformas.
Seus proponentes afirmam que esta verificação não é diferente da apresentação da identidade exigida para comprar um maçoaposta grátiscigarros – que são esforçosaposta grátissegurança baseados no bom senso, que irão funcionar tão bem online quanto no comércio físico.
"É muito simples", afirma Terry Schilling, presidente do think tank conservador (centroaposta grátispesquisa e debates) Projeto dos Princípios Americanos (American Principles Project), uma das principais organizações que defendem as leisaposta grátisverificação da idade.
"Achamos que as crianças não devem poder ter acesso à quantidadeaposta grátispornografia que elas têm disponível hoje", afirma ele.
Mas os opositores às novas regras defendem que as leis são mal elaboradas e podem até levar as pessoas para partes mais sombrias da internet, expondo as crianças e os adultos a riscos ainda maiores. Eles também argumentam que as repercussões da nova legislação podem trazer profundas consequências para o futuro da internet e a liberdade que ela oferece.
"Vamos ser honestos, entre as redes sociais e a pornografia, provavelmente temos a maior parte da atividade online das pessoas", afirma Daniel Kahn Gillmor, tecnólogo da União Americana para as Liberdades Civis (ACLU, na siglaaposta grátisinglês).
A maioria das pessoas concorda que é uma boa ideia evitar que as crianças tenham acesso à pornografia na internet. Mas alguns acreditam que existem melhores formasaposta grátiscontrole do que a imposiçãoaposta grátisregrasaposta grátisverificação da idade.
Colocandoaposta grátislado o debate político cada vez maior sobre qual a melhor formaaposta grátisregulamentar o mundo online e as plataformasaposta grátistecnologia que o sustentam, a internet parece estar passando por um momento decisivo.
Debate polarizado
Em uma ação apresentada este ano por uma coalizão que inclui a ACLU e a Aylo, companhia dona do Pornhub, a Suprema Corte americana concordouaposta grátisanalisar a questão da verificação da idade. E não há como saber o que a corte irá decidir a respeito.
Enquanto isso, o acesso à pornografia passou a ter presença cada vez maior no cenário da eleição presidencial dos Estados Unidos.
O candidato a vice-presidente na chapaaposta grátisDonald Trump, J. D. Vance, declarou no passado que a pornografia deveria ser considerada ilegal – e influentes think tanks conservadores pedem a proibição total da pornografia, caso Trump chegue novamente à Casa Branca.
Se o movimento pela verificação da idade não for contido, é possível que sejamos forçados a usar nossa identidade oficialaposta grátisgrande parte da nossa atividade online, afirma Gillmor. E gruposaposta grátisdefensores dos direitos civis receiam que esta situação possa nos levar a uma nova eraaposta grátisvigilância estatal e corporativa, que transformaria o nosso comportamento na internet.
"Este é o primeiro sinalaposta grátisalerta, não se trata apenas da pornografia", afirma Evan Greer, diretora do grupoaposta grátisdefesa dos direitos digitais Luta pelo Futuro (Fight for the Future). Para ela, as leisaposta grátisverificação da idade são manobras mal disfarçadas para impor censuraaposta grátistoda a internet.
Diversos ativistas alertam que estas medidas poderão ser empregadas para limitar o acesso não só à pornografia, mas à arte, literatura e a fatos básicos sobre a educação sexual e à vida LGBTQIA+.
"Nós não nos opomos apenas por algum nobre idealaposta grátisliberdadeaposta grátisexpressão", explica Greer. "Nós acreditamos fundamentalmente que isso irá reduzir a segurança das crianças, retirando delas informações sobre alguns dos temas mais importantes da vida delas."
As novas leis procuram simplesmente "alguma solução rápida para a internet", prossegue Greer.
"Existe uma discussão válida e importante a ser feita sobre o impacto da pornografia sobre a nossa sociedade e as plataformas deveriam ser pressionadas a fazer mais para proteger as crianças. Mas quando você precisaaposta grátisuma identidade digital para navegar na web, ela imediatamente cria uma barreira à liberdadeaposta grátisexpressão e limita o acesso das pessoas à informação."
Já os representantesaposta grátisgrupos defensores da verificação da idade afirmam que os benefícios justificam as desvantagens e que as novas leis sãoaposta grátisfácil implementação e fundamentais para proteger a segurança das crianças online.
"A indústria pornográfica mente para você e está sendo histérica", segundo Schilling.
Para ele, exigir que os sites pornográficos verifiquem a identidade dos seus usuários "é apenas bom senso. É barato, é acessível e existe há décadas."
"É uma verdade evidente que as crianças não devem ter acesso à pornografia, mas, mesmo se não fosse assim, pesquisas indicam que a exposição precoce à pornografia é muito prejudicial às crianças."
Maisaposta grátisuma dúziaaposta grátisEstados americanos já aprovaram resoluções declarando que a pornografia é uma "criseaposta grátissaúde pública". Eles destacam principalmente os riscos existentes para as crianças.
Eles refletem as preocupações levantadas por diversas organizações internacionais, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Comissariado Infantil do Reino Unido. Este último,aposta grátisuma pesquisa recente entre 1 mil jovens, concluiu que a pornografia pode normalizar a violência sexual e atitudes prejudiciais entre as crianças.
Mas as evidências científicas ainda não são tão claras. Existem diversos estudos indicando que a pornografia pode ter efeito negativo sobre as atitudes e o comportamento sexual dos jovens, mas a extensão e o escopo desses efeitos são incertos.
Uma meta-análise concluiu que muitos estudos sobre o tema exibem sinaisaposta grátisviés ou faltaaposta grátisrigor científico. Com isso, fica difícil chegar a "conclusões causais válidas sobre os efeitos da pornografia sobre os adolescentes".
E, apesar do que pressupõe a maioria das pessoas, estudos encontraram poucas evidências que sustentem a ideiaaposta grátisque a pornografia cause dependênciaaposta grátiscrianças ou adultos.
Os opositores às leisaposta grátisverificação da idade afirmam que os grupos que apoiam essa legislação são a evidênciaaposta grátisque existe uma agenda conservadora maioraposta grátisjogo.
A professoraaposta grátissociologia Kelsy Burke, da Universidadeaposta grátisNebraska, nos Estados Unidos, e autora do livro The Pornography Wars ("As guerras pornográficas",aposta grátistradução livre), acredita que as leisaposta grátisverificação da idade fazem parteaposta grátisuma batalha moral mais ampla que estáaposta grátiscursoaposta grátistodo o mundo.
"A proteção das crianças parece ser algo com que todos nós podemos concordar", explica Burke.
"Mas pode não ser realmente sobre as crianças, nem mesmo sobre a pornografia. Na verdade, é uma formaaposta grátiscodificar crenças morais específicas sobre sexualidade e gênero que podem não se alinhar com a maioria dos americanos."
As organizações que defendem as leis são explícitas, há muito tempo, sobre as questões LGBTQIA+. Um dos principais objetivos do Projeto dos Princípios Americanos, por exemplo, é se opor à normalização da identidade transgênero.
O Centro Nacional sobre a Exploração Sexual (NCOSE, na siglaaposta grátisinglês) é um grupo antipornografia liderado por conservadores, que também defende leisaposta grátisverificação da idade. Antes conhecida como Moralidade nos Meiosaposta grátisComunicação, a entidade tem um longo históricoaposta grátisoposição aos direitos LGBTQIA+.
Recentemente, a organização expressou seu "pesar" a este respeito e tentou se distanciar das declarações do passado. O NCOSE afirma que "apoiar e proteger as comunidades LGBTQIA+", atualmente, é uma das prioridades do grupo.
O NCOSE e o Projeto dos Princípios Americanos declaram que o seu apoio às leisaposta grátisverificação da idade se restringe à proteção das crianças contra a pornografia e nada além disso.
"O NCOSE reconhece que a vulnerabilidade não conhece fronteiras e afeta os indivíduosaposta grátistodas as orientações sexuais e identidadesaposta grátisgênero. Acreditamos totalmente na importânciaaposta grátisapoiar e proteger as comunidades LGBTQIA+", afirma a consultora jurídica do NCOSE, Dani Pinter.
"Acho que alguns grupos que se opõem a esses esforços estão destacando este ponto dissimuladamente, como distração", destaca ela.
Proteger as crianças ou mantê-las no escuro?
Quando o assunto é proteger as crianças, os líderes do setor pornográfico afirmam que estãoaposta grátisacordo com seus críticos mais severos.
"O Pornhub é a favor do conceitoaposta grátisverificaçãoaposta grátisidade. Ponto final", afirma Alex Kekesi, vice-presidenteaposta grátismarcas e comunidade da Aylo, companhia proprietária do Pornhub.
"Não queremos crianças nas nossas plataformas e somos favoráveis ao aumento das regulamentações que dificultem, quando não impossibilitem as criançasaposta grátisterem acesso a conteúdo inadequado para aaposta grátisidade", explica ela.
Para Kekesi, o problema é que as leis atuaisaposta grátisverificação da idade são ineficientes para proteger as crianças.
Os especialistasaposta grátispolítica da internet afirmam que é comum contornar regulamentações da internet que se apliquem apenas a certos Estados, utilizando redes privadas virtuais (VPNs, na siglaaposta grátisinglês), que permitem disfarçar aaposta grátislocalização. E as crianças podem simplesmente procurar sites pornográficos que não respeitem as regras estabelecidas.
Os executivos do setor adulto não são os únicos a expressar esta mesma preocupação.
A BBC conversou com cercaaposta grátis10 especialistasaposta grátisinternet e segurança infantil. Segundo eles, as leis atuaisaposta grátisverificação da idade podem ter efeitos indesejados para o uso da internet pelas crianças.
"Essa legislação pode levar as crianças inadvertidamente para ambientes online mais perigosos, tanto na dark web quanto na internet comum", afirma Bob Cunningham, executivo-chefe do Centro Internacional para Crianças Exploradas e Desaparecidas (ICMEC, na siglaaposta grátisinglês).
Embora alguns sites pornográficos importantes tenham decidido atender às novas leis, seja verificando a idade dos visitantes ou se retirando totalmente dos Estados específicos, milhõesaposta grátisoutros sites não se importam.
E, segundo muitos especialistasaposta grátissegurança infantil, os principais sites pornográficos se dedicam mais a policiar conteúdo ilegal e perigoso do que aqueles que são menos dispostos a respeitar a nova legislação.
O argumento do setor adulto é que, para as pessoas que quiserem ver pornografia, os sites maiores estão entre os lugares mais seguros.
O Pornhub enfrentou críticas no passado por questõesaposta grátissegurança relativas a crianças e adultos. Uma pesquisa do jornal The New York Timesaposta grátis2020, por exemplo, encontrou material sobre abuso sexual infantil, ilustraçõesaposta grátisestupro e outros tiposaposta grátisconteúdo nocivo e ilegal no site.
A Aylo afirma que essas reportagens interpretaram mal a questão, pois tratavamaposta grátisproblemas enfrentados por todo o setor – não apenas pelo setor pornográfico, mas também pelas redes sociais e outras grandes plataformas.
O Pornhub e seus sites parceiros também pertencem hoje a novos proprietários e a Aylo afirma que restringiu suas práticas desde então.
Segundo Kekesi, atualmente, pessoas revisam manualmente todo o conteúdo postado no Pornhub. E, embora a empresa acredite que seus usuários regulares devam receber alto nívelaposta grátisprivacidade, ela exige que todas as pessoas que carregarem ou aparecerem no conteúdo da plataforma confirmemaposta grátisidade, identidade e consentimento.
Em maioaposta grátis2024, a Aylo firmou parceria com a Fundaçãoaposta grátisVigilância da Internet (IWF, na siglaaposta grátisinglês), que é um grupo dedicado à prevenção do abuso infantil no âmbito da internet.
"A Aylo demonstrou iniciativa nos seus esforços para tornar suas plataformas mais seguras", segundo a executiva-chefe da IWF, Susie Hargreaves. "Esperamos que outros sitesaposta grátisentretenimento adulto sigam o seu exemplo."
Os sites que respeitam as leisaposta grátisverificaçãoaposta grátisidade afirmam já terem observado sensível redução do númeroaposta grátisusuários que permanecem no site após o acesso.
A plataformaaposta grátisvídeos adultos xHamster, uma das líderes do setor, declarou que verifica as identidades e respeita todas as leisaposta grátisverificação da idade dos Estados Unidos. Segundo ela, apenas 6% dos visitantes do seu site tentam passar pela verificaçãoaposta grátisidade – e apenas a metade deles tem sucesso.
Embora alguns usuários, sem dúvida, desistam da busca, especialistas como Evan Greer afirmam que a maioria deles procura conteúdoaposta grátisoutros lugares.
"Para falar com franqueza, isso leva à eliminação dos sites mais responsáveis do setor,aposta grátisfavor daqueles que, muitas vezes, não verificam os provedores, não moderam o conteúdo, não incluem a verificação da idade e ocultamaposta grátisjurisdição", segundo um porta-voz do xHamster.
Por outro lado, alguns defensores argumentam que ainda é muito cedo para saber qual o impacto causado pela legislação.
"Concordo que existem melhores formasaposta grátisfazer isso", afirma Dani Pinter.
Pode haver um pequeno segmentoaposta grátiscrianças que acabemaposta grátissites mais perigosos, segundo ela, "mas muitas crianças jovens encontram esse material por acidente,aposta grátisforma que, quanto mais barreiras elas tenham para encontrar, melhor".
Cavaloaposta grátisTroia?
Existem preocupações parecidasaposta grátisrelação a outras regulamentaçõesaposta grátisverificação da idade.
A Leiaposta grátisSegurança Online do Reino Unido, por exemplo, irá impor restriçõesaposta grátisidade à pornografia, redes sociais e muitas plataformas onlineaposta grátisgrande porte.
A Wikipédia declarou recentemente que irá se recusar a cumprir com as regras britânicasaposta grátisverificação online porque "violaria nosso compromissoaposta grátiscoletar o mínimoaposta grátisdados sobre os leitores e colaboradores".
Os reguladores ainda não definiram exatamente como as empresas precisarão verificar as idades, mas as propostas incluem as mesmas verificações controversasaposta grátisidentidade.
Na capital americana, Washington, os legisladores americanos debatem a chamada Lei da Segurança Online das Crianças (KOSA, na siglaaposta grátisinglês). A legislação pretende impor restrições similaresaposta grátistodo o país.
Fortes manifestações contrárias levaram a alterações da KOSA para eliminar a verificação da idade. Mas seus opositores afirmam que, ainda assim, a lei concederia a autoridades não eleitas amplos poderes para censurar a web.
Kelsy Burke e outros críticos afirmam que muitas leisaposta grátisverificação da idade são bastante vagas e podem remover muito mais do que o conteúdo destinado à satisfação sexual.
A legislação que exige a verificação da idade se aplica tipicamente a qualquer website que tenha 25% a 33% do seu conteúdo "prejudicial para menores". E, no Kansas, por exemplo, a legislação que define o que é conteúdo prejudicial para menores inclui "atosaposta grátishomossexualidade", segundo Burke.
O senador Jeremy Ryan Claeys, do Estado do Kansas, foi o responsável por propor a leiaposta grátisverificaçãoaposta grátisidade do Estado. Ele não respondeu ao pedidoaposta grátiscomentários enviado pela BBC.
"Nunca houve uma definição claraaposta grátispornografia", segundo Ricci Levy, presidente e executivo-chefe da Fundação para a Liberdade Woodhull, uma organização sem fins lucrativos que defende a liberdade sexual. "É apenas um rótulo pejorativo e conveniente que os políticos e líderes religiosos aplicam ao materialaposta grátisque eles não gostam."
"Estamosaposta grátismeio a um enorme retrocesso no Reino Unido e nos EUAaposta grátisrelação ao sexo e à sexualidade", prossegue ele, "e devemos ser extremamente cautelosos sobre o policiamento da sexualidade online."
Os críticos destacam que as leisaposta grátisverificação da idade estão sendo promovidas ao mesmo tempoaposta grátisque as proibiçõesaposta grátislivros, lideradas por políticos do Partido Republicano, estão se espalhando pelos Estados Unidos. Livros infantis estão sendo censurados por meras mençõesaposta grátisquestões relacionadas à raça, gênero e sexualidade, frequentemente com alegaçõesaposta grátisproteger as crianças contra "obscenidades".
Não há dúvidasaposta grátisque o anonimato online contribuiu para uma sérieaposta grátisproblemas, como o abuso infantil, tráficoaposta grátisdrogas e ciberbullying, entre outros. Mas os defensores das liberdades civis argumentam que o mesmo anonimato também é responsável pela mesma liberdade que fez da internet uma força tão positiva e revolucionária.
"A verificaçãoaposta grátisidade impõe um ônus à capacidade dos adultosaposta grátister acesso a conteúdo, pois ela significa que todos os usuários precisam verificar suas idades, não apenas as crianças", afirma Vera Eidelman, uma das advogadas da ACLU que estão trabalhando no caso do Pornhub junto à Suprema Corte.
A verificação pode representar uma séria ameaça ao anonimato online, retirando das pessoas seu direitoaposta grátisexplorar ideias e falar livremente. "Combinado, ele irá fazer com que as pessoas hesitem muito maisaposta grátisse engajaraposta grátisconteúdo com acesso legal", segundo ela.
Pinter reconhece que existem preocupações legítimas sobre a verificação da idade que devem ser solucionadas. Mas ela defende que os "absolutistas" também precisam aceitar a necessidadeaposta grátisabrir mãoaposta grátisparte da privacidade para proteger as crianças.
Solução à vista?
É possível encontrar uma formaaposta grátisproteger as crianças e a privacidade das pessoas?
Existe outra solução, que é preferida por muitos oponentes à verificação da idade: um sistema conhecido como verificação da idade "baseada no aparelho".
Essencialmente, os legisladores poderiam fazer com que as empresasaposta grátistecnologia embutissem funçõesaposta grátisverificação da idade nos sistemas operacionaisaposta grátissmartphones e computadores.
"Acreditamos que a verificação da idade pelo aparelho ofereça uma solução abrangente", afirma Bob Cunningham.
Todas as leis atuais dos Estados americanos sobre verificação da idade exigem que os próprios websites procedam à verificação, normalmente usando ferramentasaposta grátisterceiros. Este pode ser um problema, já que eles terceirizam a segurança digital para empresas que podem não deter os recursos ou o históricoaposta grátisproteção dos usuários.
Estas preocupações não são hipotéticas. Em junho deste ano, por exemplo, o portal 404 Media noticiou que uma empresa usada para verificaçãoaposta grátisidade e identidadeaposta grátisplataformas como o TikTok, Uber e X (o antigo Twitter) deixou expostas online imagensaposta grátiscarteirasaposta grátismotorista, que ficaram vulneráveis à açãoaposta grátishackers.
Já as ferramentasaposta grátisverificaçãoaposta grátisidade baseadas nos aparelhos, criadas por empresas como Apple, Google e Microsoft, supostamente seriam mais confiáveis do que as ferramentasaposta grátisterceiros ou os sistemas criados pelos governos,aposta grátisrelação à proteção dos dados contra vazamentos e hackers.
A Apple, Google e Microsoft não responderam aos pedidosaposta grátiscomentários enviados pela BBC.
A técnica baseada nos aparelhos também poderia permitir que os governos exigissem que a infraestruturaaposta grátisverificação da idade esteja disponível, oferecendo aos pais a opçãoaposta grátishabilitá-la ou não,aposta grátisvezaposta grátisimpor verificaçõesaposta grátisidentidade a cada usuário da internet que visitar um site pornográfico. Esta medida colocaria o poder nas mãos das famílias e não no Estado.
Além disso, a adoção da verificação baseadaaposta grátisaparelhos seria mais fácil e barata para os sites, o que aumenta a possibilidadeaposta grátiscumprimento da lei pelos sites envolvidos. E também favoreceria a privacidade – o website poderia pedir seu númeroaposta grátistelefone para verificaraposta grátisidade, sem compartilhar outras informações a seu respeito.
"Quem compra a maioria dos telefones celulares são os pais, não os menores", explica o diretoraposta grátispolíticas públicas da Coalizão para a Liberdadeaposta grátisExpressão (Free Speech Coalition), Mike Stabile. "Por isso, os pais podem simplesmente definir isso nos controles parentais, sem exigir que as pessoas carreguem suas identidades."
"É por isso que estamos tão desorientados com essa legislação. Existe uma forma fácilaposta grátisfazer isso."
Segundo Daniel Kahn Gillmor, existe tecnologia que permite estabelecer um sistema sólido e seguro para verificar a idade dos usuários, protegendo aaposta grátisprivacidade.
A companhia Aylo, dona do site Pornhub, afirma que está pronta para dedicar recursos e mãoaposta grátisobra significativos para formar um sistemaaposta grátisverificaçãoaposta grátisidade abrangente, baseado nos aparelhos. Mas, para isso, ela precisaaposta grátisparceiros no governo e na indústria para fazer com que o sistema funcione.
Os apoiadores deste projeto incluem o xHamster, a Coalizão para a Liberdadeaposta grátisExpressão e a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram.
O NCOSE também apoia a verificação da idade baseadaaposta grátisaparelhos. A entidade chegou a redigir um modeloaposta grátislei que os legisladores poderiam implementar. Mas Dani Pinter acredita que ainda é possível conduzir a verificação da idade,aposta grátisforma segura e eficaz, nos websites.
Alguns especialistasaposta grátispolítica da tecnologia ainda estão hesitantes a este respeito.
Gillmor afirma que os legisladores não deveriam exigir nenhuma formaaposta grátisverificação da idade, nem mesmo as elaboradas pela Apple ou pela Google, até que seja criado um sistema controlado e estabelecido, que garanta a proteção dos direitos civis.
E a verificação da idade baseada nos dispositivos também tem os seus críticos.
"Por que a Apple deveria ter a responsabilidadeaposta grátisdefender as crianças contra a pornografia?", questiona Terry Schilling. "Não é problema da Apple, é problema do Pornhub."
Ele defende que o Pornhub é uma empresa bilionária e sugerir que ela não pode criar uma forma segura e eficazaposta grátisverificar a idade dos usuários sem violaraposta grátisprivacidade é uma farsa.
Schilling rejeita todo o debate sobre as leisaposta grátisverificação da idade. Para ele, trata-seaposta grátisum argumentoaposta grátismá fé, defendido por um setor que luta para manter seus portfóliosaposta grátisbilhõesaposta grátisdólares.
Mas, para outros, o que está na balança é o futuro da liberdadeaposta grátisexpressão na internet. E, pelo menos nos Estados Unidos, a decisão agora está nas mãos da Suprema Corte.
"Forneceraposta grátiscédulaaposta grátisidentidade sempre que quiser visitar uma plataforma adulta não é a solução mais eficaz para proteger nossos usuários", afirma Cherie DeVille no seu vídeo. "Até que seja oferecida uma solução real, tomamos a difícil decisãoaposta grátisimpedir totalmente o acesso ao nosso website naaposta grátisregião."
Quando os juízes da Suprema Corte analisarem a questão, milhõesaposta grátisamericanos já terão ouvido esta mensagem.
*Thomas Germain é jornalista especializadoaposta grátistecnologia da BBC. Ele cobre inteligência artificial, privacidade e o longo alcance da cultura da internet há quase uma década e pode ser encontrado como @thomasgermain no X (antigo Twitter) e no TikTok.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.
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