Como papel do príncipe William na família real britânica está mudando:
"Não deve haver muita gente que tenha recebido o diagnósticocâncer do pai e da esposaintervalotempo tão curto", afirma o comentarista real Richard Palmer. "Ele, às vezes, deve se sentir sozinho."
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A situação fez com que o príncipe William concentrasse grande parte daatenção nos cuidados com a esposa e comjovem família. É compreensível que muitos dos seus outros compromissos tenham sido colocadoslado.
A necessidadeevitar assuntos políticos, devido à proximidade das eleições gerais britânicas, também levou o príncipe a limitar ainda mais os seus planos, como ocorreuuma visita que seria dedicada a tratar da questão da faltamoradia.
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O rei já voltou ao trabalho comenergia renovada. Mas é inevitável que ainda sejam necessários certos ajustes para o bem dasaúde.
Isso significa que o príncipe William será ainda mais claramente convocado para dividir os encargos e desempenhar seu papelherdeiro do trono.
"Ele deve sentir que o peso do mundo está nas suas mãos. O futuro da monarquia está sobre seus ombros", declarou a escritora real Pauline Maclaran.
O oceanodistância que separa o príncipe William do seu irmão, o príncipe Harry, também aumenta as dificuldades.
E ainda circula,torno da doença da princesaGales, uma nuvem tóxicafofocas na imprensa e especulações absurdas, enquanto ela prossegue com seu tratamento contra o câncer.
A sensação deve ter sidoque o mundo da realeza, acostumado a viajar com a tranquilidadeuma carruagem, passou a girar no ritmouma corridavelocidade assustadora.
Quais serão os objetivos do príncipe William, agora que ele está no olho do furacão?
Se você desligar todo o ruídofundotorno da família real, o que ele quer fazer do seu cargo?
Fontes próximas ao príncipe indicam que a palavra chave é "impacto". Em vezcortar fitasinauguração, tirar fotos e desempenhar tarefas fáceis, ele deseja oferecer projetos que façam a diferençaforma tangível e mensurável.
"Sua pergunta é: 'Como posso usar minha plataforma para o bem, para criar mudanças positivas?'", segundo uma fonte da realeza. "Ele tem grandes ambições sobre o que pode oferecer."
Na prática, isso significa tocar seus projetosreduzir a faltamoradia, promover questõessaúde mental e apoiar iniciativas ambientais – como seu projeto Earthshot, um prêmio concedido aos autoresideias inovadoras sobre o meio ambiente.
O príncipe William descreveu seu papel como"liderança social" e suas visitas são chamadas"diasimpacto para a comunidade".
Esta é uma visão millennial da monarquia: tirar a gravata e promover ativamente uma agenda social, com uma linguagem que não ficaria foracontextonenhuma campanha beneficente.
Um microcosmo das suas intenções foi observado no mês passado. O príncipe, agora responsável pelo Ducado da Cornualha, ajudou na preparação do terrenoum novo centrosaúde nas ilhas Scilly, no sudoeste da Inglaterra.
William trabalhou com a prefeitura local para iniciar o projeto do Hospital Comunitário St. Mary.
"Ele arregaçou as mangas e desempenhou papel fundamental para garantir que os trabalhos começassem o mais breve possível", segundo uma fonte real. O impacto é que "as pessoas não precisarão sair do arquipélagobuscaassistência médica".
Existe ainda um novo projeto habitacionalNansledan, pertoNewquay, também na Cornualha, para combater a faltamoradia.
Não é algo muito ostentoso. Os ativistas contra a monarquia já descreveram a família real como "reality showTV financiado pelo Estado". Mas os tiposprojetos apoiados pelo príncipe William, muitas vezes, são muito menos glamourosos e chamam menos a atenção da imprensa.
Talvez isso se enquadreoutra característica dapersonalidade. Ele nem sempre gostaseguir o caminho mais fácil.
É como seu timefutebolcoração, o Aston Villa. As pessoas afirmam que ele tomou deliberadamente a decisãonão torcer para os vencedores costumeiros e aborrecidamente previsíveis.
William prefere os "emocionantes momentosmontanha-russa" oferecidos pelos times que, às vezes, sobem e, às vezes, descem.
É preciso lembrar que seu pai foi mais além nesta filosofia futebolística. Ele torce para o Burnley, que foi rebaixado na temporada terminada recenetemente.
Mas a visão do príncipe William também se arrisca a sofrer críticas. O grupo antimonarquista, intitulado República, chamou os projetos do príncipehabitação"crassos e hipócritas... considerando o excessoriqueza que oferecemos a ele".
Existe também a acusaçãoque eventuais ambiçõesresolver problemashabitação sempre dependerão, por fim,intervenções políticas que estão fora daalçada.
"Isso não é fácil e não está totalmente claro como ele irá conseguir", segundo Richard Palmer. "Mas muitas pessoas acreditam que ele deve ser aplaudido por tentar."
Outro pontoatrito constante é a tensão entre o "time" William e o príncipe Harry e Meghan Markle, que quase parecem ser uma equipe adversária baseada na Califórnia.
Enquanto William cavava na Cornualha, Harry e Meghan eram recebidos como astros do rock na Nigéria.
O príncipe William tem àfrente o desafiofazer ideias sérias acontecerem, ao mesmo tempoque está preso no que parece um improvável roteirouma novelaTV.
Existe também outra pressão geracional sobre o príncipe William, que provavelmente só irá aumentar.
Uma parte significativa da popularidade da monarquia perante o público agora depende do príncipe e da princesaGales. Eles são como aqueles políticos que são mais populares do que o seu partido.
Recentemente, uma pesquisa reveladora do instituto YouGov concluiu que o príncipe William e Katherine detêm índicesaprovaçãomais70%, enquanto o apoio à monarquia como instituição ficou56%.
Entre os mais jovens, o apoio à monarquia éapenas 34% – e a única faixa etáriaque a maioria dos entrevistados vê a monarquiaforma positiva é entre as pessoas com mais50 anosidade.
A importância da popularidade do príncipe William eesposa é que ela cobre todas as faixas etárias e diferentes regiões do país,um momentoque uma minoria significativa demonstra ceticismorelação à monarquia.
"A monarquia precisa ser relevante e ele quer modernizá-la", afirma Maclaran. E, como herdeiro do trono, William também precisará olharlongo prazo, para o seu próprio reinado.
"Nos próximos anos, iremos vê-lo pensar qual tipomonarca ele quer ser equal tipomonarca o país irá precisarmeados do século 21", afirma o historiador Anthony Seldon.
"Ele vem definindoprópria agenda, grande parte dela sobreposta aos interesses e paixões do seu pai", acrescentou Seldon.
Mas este é um momentomuitas incógnitas para o príncipe William. Ele tem uma enorme plataforma pública, mas precisa encontrarprópria voz.