Por que trocamines cbetreféns por prisioneiros palestinos divide opiniõesmines cbetIsrael:mines cbet
Netanyahu prometeu às famílias que Israel "esgotará todas as possibilidades para trazê-losmines cbetvolta para casa".
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Contudo, não se comprometeu, pelo menos publicamente, a aceitar qualquer oferta do Hamas.
Quantos reféns existem
O Hamas sequestrou maismines cbet200 pessoasmines cbet7mines cbetoutubro, quando os seus combatentes invadiram Israel e mataram cercamines cbet1,4 mil pessoas, segundo as autoridades israelenses.
A grande maioria dos mortos eram civis, assim como os reféns.
O númeromines cbetpessoas sequestradas vem crescendo com o passar das semanas e foi atualizado à medida que os serviçosmines cbetinteligência israelenses coletavam informações e eram contados os estrangeiros que também foram capturados pelo Hamas.
Segundo o último balanço das Forçasmines cbetDefesamines cbetIsrael, 242 pessoas são mantidas reféns pelo Hamas, sendo maismines cbet30 crianças. Cercamines cbet145 são estrangeiros ou têm dupla nacionalidade, 15 dos quais argentinos.
Até agora, o Hamas libertou quatro deles, todos mulheres, e o Exército israelense resgatou uma soldada raptada.
O sentimento entre muitos familiares é que a ação militar lançada por Israel contra Gaza — inicialmente a partirmines cbetpesados bombardeios aéreos e agora com uma ofensiva terrestre — torna mais difícil que seus entes queridos sejam resgatados com vida.
Esses ataquesmines cbetretaliação já mataram maismines cbet9 mil pessoas, das quais maismines cbet3,5 mil crianças, segundo o Ministériomines cbetSaúdemines cbetGaza, administrado pelo Hamas.
Além disso, segundo o grupo palestino, também mataram cercamines cbet50 reféns, embora não tenha fornecido provas disso.
Nos últimos dias, o Hamas compartilhou um vídeo no qual três das mulheres sequestradas clamam pormines cbetlibertação.
Netanyahu chamou a gravaçãomines cbet"propaganda cruel".
Quantos prisioneiros palestinos existemmines cbetIsrael?
"Estamos prontos para realizar uma troca imediatamines cbetprisioneiros que inclua todos os prisioneiros palestinos nas prisões israelensesmines cbettroca dos prisioneiros mantidos reféns pela resistência palestina", disse o líder do Hamas na Faixamines cbetGaza, Yahia Sinwar,mines cbetum comunicado.
Mas quantos são estes prisioneiros e por quais crimes foram condenados?
Lideranças do Hamas estimarammines cbetmaismines cbet6 mil o númeromines cbetprisioneiros que desejam trocar pelos reféns capturadosmines cbetIsrael.
A ONU estima esse númeromines cbetcercamines cbet5 mil, incluindo 160 crianças, segundo o relatório que a advogada italiana Francesca Albanese, relatora especial sobre a situação dos direitos humanos no território palestino ocupado desde 1967, apresentoumines cbetjunho deste ano.
Desses 5 mil, cercamines cbet1,1 mil estão detidos sem acusação ou sem terem sido julgados.
Segundo o Centromines cbetInformação Israelense para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados, B'Tselem, no fimmines cbetjunho deste ano, o Serviço Prisional Israelense mantinha encarcerados 4.499 palestinos por razõesmines cbet“segurança” e outros 850 por se encontrarem ilegalmentemines cbetIsrael.
Esse número praticamente duplicou desde o ataque do Hamasmines cbet7mines cbetoutubro, segundo autoridades palestinas, que estimarammines cbetmaismines cbet10 mil o totalmines cbetdetidos.
Nas últimas semanas, segundo Qadura Fares, presidente da Comissão para as Questões dos Prisioneiros Palestinos, as forçasmines cbetsegurança israelenses prenderam cercamines cbet4 mil trabalhadoresmines cbetGaza que estavammines cbetIsrael quando a guerra começou, e aqueles que mantêmmines cbetbases militares, e detiveram maismines cbetmil pessoasmines cbetataques na Cisjordânia emines cbetJerusalém Oriental.
Quem defende a troca
O Hamas fez a proposta e, neste momento, a principal pressão para aceitar o acordo vemmines cbetum grande númeromines cbetfamíliasmines cbetreféns, que instaram o governomines cbetNetanyahu a concordarmines cbetlibertar os prisioneirosmines cbettroca dos seus entes queridos.
Os familiares procuram manter a questão dos reféns muito presente nas decisões do Exército, e chegaram a montar um acampamentomines cbetprotestomines cbetfrente à sede do Ministério da Defesa,mines cbetTel Aviv,mines cbetonde procuram pressionar o governo israelense.
Um grupomines cbetpressão para a libertação dos reféns, o Fórummines cbetFamíliasmines cbetReféns e Pessoas Desaparecidas, foi formado apenas 24 horas após o ataque.
"No que diz respeito às famílias, um acordo pelo qual nossos familiares sejam devolvidos imediatamente no quadromines cbetum ‘todos por todos’ é viável e teria amplo apoio nacional", disse Melrav Gonen, um dos representantes das famílias à agênciamines cbetnotícias AP. Sua filha, Roni, foi raptada pelo Hamas.
Ele não é o único. Ifat Kalderon, que tem um primo mantido refém pelo Hamas, também apoiou a troca: "leve-os (palestinos detidos), não precisamos deles. Quero que a minha família e todos os reféns voltem para casa, são cidadãos, não soldados", disse ele à agênciamines cbetnotícias AFP.
Essa não é, porém, uma opinião unânime entre todas as famílias, que estão divididas sobre o que deve ser feito.
Mas esses parentes não estão sozinhos. A opçãomines cbettroca também tem sido defendida pelo jornal progressista Haaretz, um dos principais e mais influentes jornaismines cbetIsrael.
"A tarefa mais urgentemines cbetIsrael é trazermines cbetvolta os israelenses detidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica na Faixamines cbetGaza. Isso significa apenas uma coisa: avançar imediatamente numa trocamines cbetprisioneiros, incluindo a vontademines cbetlibertar os palestinos presosmines cbetIsrael", escreveu o jornal num editorial contundentemines cbet11mines cbetoutubro.
O governo e o primeiro-ministro Netanyahu "não deveriam tentar salvar a maltratada honra nacionalmines cbetIsrael e a dos militares à custamines cbetbebês, crianças, adolescentes, idosos e pais, ou à custa das suas famíliasmines cbetIsrael, que estão enlouquecendo com preocupação e dor", acrescentou o Haaretz.
Giora Eiland, general reformado e ex-presidente do Conselhomines cbetSegurança Nacionalmines cbetIsrael, também foi publicamente a favor da troca, escrevendo no jornal conservador Yedioth Ahronoth que "Israel faria bemmines cbetfazer duas concessões para garantir a libertaçãomines cbettodos os reféns: libertar todos os 5 mil prisioneiros palestinos presosmines cbetIsrael e adiar temporariamente uma operação mais agressivamines cbetGaza."
Essa operação, porém, já começou e, segundo diversas fontes, teria paralisado as negociações para a libertação dos reféns.
Quem se opõe à troca
Um acordo para libertar os reféns estava pertomines cbetser finalizado quando ocorreu a invasão terrestremines cbetGaza, disseram fontes do Catar ao editormines cbetassuntos internacionais da BBC, Jeremy Bowen.
"A posiçãomines cbetIsrael é que, apesarmines cbethaver reféns, ele não quer dar ao Hamas qualquer tipomines cbetimpunidade ou recompensa pelo que fez", explicou Bowen, que garantiu que os porta-vozes israelenses insistem que "a força é o único caminho para fazer com que o Hamas liberte os reféns."
Até agora, o governo israelense disse que irá "esgotar todas as possibilidades" para trazer os reféns para casa, e Netanyahu disse que encontrá-los é uma "parte essencial" da operação militar que está sendo realizadamines cbetGaza.
"Quanto mais pressão militar, mais podermines cbetfogo e mais atacarmos o Hamas, maiores serão as chancesmines cbetempurrá-los para um lugar onde aceitem uma solução que permita o regresso dos nossos entes queridos", disse o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
Para aqueles que se opõem à troca, a libertaçãomines cbetprisioneiros, incluindo militantes do Hamas e outros grupos que lutam contra Israel, representa um perigo para a segurança do país.
A prova, argumentam, tem relação com o próprio dia 7mines cbetoutubro: Yahia Sinwar, o atual líder do Hamasmines cbetGaza, quem Israel acusamines cbetorganizar o ataque, foi um dos libertadosmines cbet2011 numa outra trocamines cbetprisioneiros pelo soldado israelense Gilad Shalit.
"O acordo Shalit expôs uma vulnerabilidade na políticamines cbetsegurançamines cbetIsrael, que libertou 1.000 terroristasmines cbettrocamines cbetum soldado israelense. Esta experiência destacou o que foi percebido como uma faltamines cbetproporcionalidade neste tipomines cbetintercâmbio", disse uma fonte do governo israelense ao jornal britânico The Times.
Aceitar uma troca, dizem os opositores da ideia, alimenta a premissamines cbetque fazer reféns é uma estratégia eficaz para pressionar Israel.
Outras trocas do passado
O caso mais recente e significativo é o do soldado Gilad Shalit, 19 anos, que foi sequestradomines cbet2006 num ataque do Hamas. Shalit foi levado para Gaza, onde foi mantido escondido e praticamente incomunicável durante cinco anos.
Após anosmines cbetnegociações mediadas pelo Egito, Shalit foi entregue a Israelmines cbettroca da libertaçãomines cbet1.027 prisioneiros palestinos.
A campanhamines cbetsensibilização realizada pelos paismines cbetShalit, que não queriam que o seu filho fosse esquecido, teve grande peso na opinião pública israelense.
O casomines cbetShalit, porém, não é o único.
Em 1983, Israel trocou seis prisioneiros israelenses detidos pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) por 4.700 palestinos e libaneses capturados na Guerra do Líbanomines cbet1982, embora apenas 100 deles fossem considerados "prisioneirosmines cbetsegurança".
Dois anos depois,mines cbet1985, no que ficou conhecido como Acordomines cbetJibril, o governo israelense libertou 1.150 prisioneiros, incluindo o xeque Ahmed Yasin, guia espiritual do Hamas e vários condenados por cometerem massacresmines cbettrocamines cbettrês soldados israelenses que haviam sido presos na guerra do Líbano.
Em 2004,mines cbettrocamines cbetum prisioneiro civil e dos corposmines cbettrês soldados, Israel aceitou liberar 400 prisioneiros palestinos e outros 30 libaneses.