Quanto falta para conseguirmos ler pensamentos, segundo Ciência:código bônus bet365 primeiro depósito

Legenda do áudio, Já existem dispositivos que são implantados dentro ou muito próximo ao cérebro e que interagem com ele

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Legenda da foto, O dispositivo da Neuralink transmite a atividade cerebralcódigo bônus bet365 primeiro depósitoforma wireless

O indiscutível avanço tecnológico do Telepathy

O que a equipecódigo bônus bet365 primeiro depósitoElon Musk conseguiu é bem revolucionário do pontocódigo bônus bet365 primeiro depósitovista tecnológico.

O Telepathy carrega uma bateria que é recarregada externamente e dispõecódigo bônus bet365 primeiro depósito1.024 eletrodos, distribuídoscódigo bônus bet365 primeiro depósito64 fios, que transmitem,código bônus bet365 primeiro depósitoforma wireless, as medidas da atividade cerebral. O fatocódigo bônus bet365 primeiro depósitoter sido aprovado pela FDA endossa o rigor com que foi produzido.

Espera-se que o Telepathy consiga medir os sinais cerebrais relacionados ao movimentocódigo bônus bet365 primeiro depósitopessoas com mobilidade reduzida, e que os sinais sirvam para comandar o movimentocódigo bônus bet365 primeiro depósitouma prótese ou interagir com um computador.

Mas um sinal muscular não equivale,código bônus bet365 primeiro depósitoforma alguma, a um pensamento.

É o que se conhece como interface cérebro-máquina, mas isso não é telepatia. Verdadeiramente revolucionário seria se o dispositivo da Neuralink reconhecesse a atividade neuronal que o pensamento gera. E isso provavelmente nunca será alcançado.

Zona obscura

Qual é o desafio que enfrentamos quando tentamos medir sinais do cérebro?

O desafio é a escuridãocódigo bônus bet365 primeiro depósitoque o observador se encontra depois que um neurônio é ativado. Isso não acontece com outros tiposcódigo bônus bet365 primeiro depósitocélulas, como por exemplo uma célula muscular do coração (miócito).

Para medir a atividade elétricacódigo bônus bet365 primeiro depósitoum neurônio ecódigo bônus bet365 primeiro depósitoum miócito utiliza-se a mesma tecnologia.

Mas quando um miócito "dispara", o observador pode relacionar diretamente o sinal elétrico com a contração da célula muscular. E, assim, entende o efeito da contração, pois observa que a contraçãocódigo bônus bet365 primeiro depósitotodos os miócitos do coração fazem com que o sangue circule pelo corpo.

Isso não acontece quando observamos o disparocódigo bônus bet365 primeiro depósitoum neurônio. Nesse caso, o observador não verifica nenhuma mudança significativa, porque o pensamento gerado não é visível: o disparo do neurônio se perde na escuridão.

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Legenda da foto, A interface cérebro-máquina permite que pessoas com mobilidade reduzida recebam sinais do cérebro que estimulam seus músculos

Os estimuladores cerebrais profundos

Já existem dispositivos que são implantados dentro ou muito próximo ao cérebro e que interagem com ele.

Um exemplo são os implantes cocleares, dispositivos com estimuladores localizados na cóclea (estrutura do ouvido interno). Eles são usados por pessoas que não têm as células responsáveis por transformar os sinais acústicos que chegam do exterior nos sinais elétricos que reconhecemos como sons.

O implante recorre a pequenos microfones localizados na orelha e envia os sons recolhidos para eletrodos espalhados ao longo da cóclea. Aí estamos agindo muito perto do cérebro, chegando ao nervo auditivo.

Outro dispositivo que atua, desta vez sim, dentro do cérebro - e que também está devidamente aprovado - é o estimulador cerebral profundo. Ele começou a ser usado para tratar o Parkinson e, mais tarde, teve seu uso expandido para outras patologias, como a obesidade mórbida ou a depressão.

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Legenda da foto, Os implantes cocleares são um exemplocódigo bônus bet365 primeiro depósitodispositivos colocados muito próximos do cérebro

Inutilizar neurônios sem realmente saber como funcionam

Com estes dispositivos, atua-secódigo bônus bet365 primeiro depósitonúcleos profundos do cérebro, mesmo que não saibamos ao certo como o órgão funciona.

O dispositivo usado para controlar os distúrbios motores na doençacódigo bônus bet365 primeiro depósitoParkinson (e não para curar a doença), por exemplo, foi desenvolvido sabendo que era melhor inutilizar um grupocódigo bônus bet365 primeiro depósitoneurônios do que deixá-los como estão.

Esse dispositivo permitiu que,código bônus bet365 primeiro depósitovezcódigo bônus bet365 primeiro depósitopraticar uma ablação (isto é, queimar as células), os neurônios fossem inutilizados através da aplicação constantecódigo bônus bet365 primeiro depósitopulsos elétricos que os bloqueassem. E é possível reverter o efeito ao parar o dispositivo.

No entanto, o trabalho para entendercódigo bônus bet365 primeiro depósitoprofundidade as conexões entre os diferentes núcleos relacionados ao movimento, e descobrir por que um estimulador cerebral profundo funciona, continua.

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Legenda da foto, Para tratar a doençacódigo bônus bet365 primeiro depósitoParkinson, certos neurônios são inativados atravéscódigo bônus bet365 primeiro depósitoestimulação cerebral profunda

E o que há para medir o pensamento?

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Neste momento estamos longecódigo bônus bet365 primeiro depósitomedir o pensamento, as intenções, as memórias ou os desejos. Com esse tipocódigo bônus bet365 primeiro depósitodispositivo, não podemos saber o que as pessoas estão pensando.

Mesmo com dispositivos já muito reconhecidos, como os estimuladores profundos, não há clareza sobre por que funcionam (não como funcionam) e qual efeito têm.

As controvérsias suscitadas pelo implante do chipcódigo bônus bet365 primeiro depósitoElon Musk são compreensíveis. O funcionamento do cérebro nos intriga. Parece que é no cérebro que se encontra a nossa intimidade mais profunda e queremos respeitá-lo.

Não desejamos que outras pessoas nos controlem. Mas, por enquanto, não precisamos nos preocupar que possam ler nossa mente ou influenciar nosso pensamento.

Será que será possível relacionar a atividade neuronal com os nossos pensamentos?

Tudo indica que haverá progresso na interação com as máquinas, mas não será baseado na relação entre a atividade neuronal e o pensamento. Entre outras coisas, porque nem sequer temos muito claro o que é pensar.

Será que o pensamento escapa à física e não é possível medi-lo?

*Javier Díaz Dorronsoro é professorcódigo bônus bet365 primeiro depósitoInstrumentação Biomédica na Universidadecódigo bônus bet365 primeiro depósitoNavarra, Espanha. O artigo original foi publicado no The Conversation e pode ser lido aqui.