Chuvas devem piorar no RS e inundação 'extrema' pode chegar a novos locais no Sul, diz previsão:bwin quote serie a

Em meio à tragédia sem precedentes deixada pelas enchentes no início desta semana, chuvas fortes devem voltar a atingir o Rio Grande do Sul a partirbwin quote serie asexta (10/5), segundo a previsãobwin quote serie aserviços meteorológicos.

De acordo com o Climatempo, áreasbwin quote serie ainstabilidade vão se formar sobre todo o Estado e "ficam ativas" até a segunda-feira, com o potencialbwin quote serie aprejudicar os serviçosbwin quote serie aresgate, reabastecimento e restabelecimentobwin quote serie aserviços.

A partirbwin quote serie asexta, "há condições para chuva frequente, ocorrênciabwin quote serie atemporais e acumulados extremos" especialmente na porção centro-norte do Estado, incluindo as regiões que já foram muito afetadas.

O serviço afirma que é preocupante a previsãobwin quote serie atemporais (chuva forte com raios) e ventos fortesbwin quote serie atodo o Estado.

Além disso, a região sul do Estado deve ser a que mais vai sofrer com o volumebwin quote serie achuvas.

A MetSul prevê que a enchente próximo às cidadesbwin quote serie aPelotas e Rio Grande vai piorar nos próximos dias, com a água atingindo locais "em que jamais chegou".

"A quantidadebwin quote serie aágua que está descendo os cercabwin quote serie a300 quilômetros entre o Guaíba e a parte Sul da Lagoa dos Patos, tecnicamente Laguna dos Patos, é colossal. Todos os rios que desaguam na Lagoa tiveram enchente recorde ou histórica."

"A quantidadebwin quote serie aágua que avança pela Lagoa dos Patos é extraordinária e jamais vista", diz a MetSul. "A água alcançará locaisbwin quote serie aPelotasbwin quote serie aque jamais chegou, inclusive no Centro. Grandes áreas da quarta cidade mais populosa do Estado e a maior da Metade Sul gaúcha vão ficar debaixo d'água. Em alguns locais, a inundação serábwin quote serie asevera a extrema."

Segundo o serviço meteorológico, a situação será tão extraordinária que as lagoas Mirim e dos Patos poderão se unir pela inundação "formando uma única e grande massa d'água".

Nesta quinta (9/5), a Lagoa dos Patos já está 1 metro acima do normal.

Mortos, feridos e desalojados

As enchentes já deixaram 107 mortos, 374 feridos, 130 desaparecidos, segundo o último boletima da Defesa Civil, na quinta (9/5), às 12h.

Maisbwin quote serie a1,7 milhãobwin quote serie apessoas foram afetadasbwin quote serie a431 municípios (85% dos municípios do Rio Grande do Sul). Maisbwin quote serie a68 mil pessoas estãobwin quote serie aabrigos e 327 mil tiveram que deixar suas casas.

Na quarta (8/5), o retorno das chuvas paralisou temporariamente parte dos serviçosbwin quote serie aresgate e salvamento com barcos promovido por autoridades e voluntários.

A Defesa Civil alerta que as pessoas resgatadasbwin quote serie aáreas alagadas, inundadas ou que correm o riscobwin quote serie asofrer deslizamentosbwin quote serie aterra não devem voltar para suas casas, especialmente na região metropolitanabwin quote serie aPorto Alegre.

Não há condições seguras para retorno, diz a Defesa Civil. Além da previsãobwin quote serie achuva e possibilidadebwin quote serie amais deslizamentos e enchentes, há o riscobwin quote serie acontaminação por doenças.

O nível do Rio Guaíba abaixou pela primeira vez para baixo dos 5 metros desde o início das inundações, mas ainda está bem acima do que é considerado o máximo antesbwin quote serie acausar inundação (3 m).

A previsão é que, mesmo sem chuvas, o rio continue acima da cotabwin quote serie ainundação até a próxima semana e que o nível só volte ao normal no finalbwin quote serie amaio.

Segundo o governo do Estado, cinco barragens apresentam grande riscobwin quote serie arompimento e as autoridades já estão promovendo a retirada imediatabwin quote serie apessoas nas áreasbwin quote serie arisco. São elas:

A força tarefa organizada pelo governo do Estado e pelo governo federal continua atuando na região.

O governo federal informou que já destinou R$ 1,6 bilhão ao Estado entre liberaçãobwin quote serie aemendas parlamentares, recursos para auxílio social, aquisiçãobwin quote serie aalimentos, garantiabwin quote serie aenergia, entre outras iniciativas.

Serviços e infraestrutura

Autoridades federais e estaduais têm trabalhado para restabelecer os serviços e a distribuiçãobwin quote serie aáguas e alimentos.

Por que choveu tanto no Rio Grande do Sul?

Meteorologistas ouvidos pela reportagem da BBC News Brasil explicam que as chuvas intensas registradas no Rio Grande do Sul nos últimos dias são consequênciabwin quote serie auma combinaçãobwin quote serie atrês fatores principais:

"Essa massabwin quote serie aar quente sobre a área central do país bloqueou a frente fria que está na região Sul, impedindo-abwin quote serie aavançar e se espalhar para outras localidades. A junção desses fatores faz com que essa instabilidade fique sobre o Estado, causando chuvas intensas e continuas", explica Dayse Moraes, meteorologista do Inmet.

Aliado a isso, o período entre o finalbwin quote serie aabril e o iníciobwin quote serie amaiobwin quote serie a2024 ainda tem influência do fenômeno El Niño, que é responsável por aquecer as águas do oceano Pacífico, contribuindo para que áreasbwin quote serie ainstabilidade fiquem sobre o Estado.

Essa combinaçãobwin quote serie adiversos fatoresbwin quote serie auma única vez é considerada rara pelos especialistas.

As chuvas catastróficas do Sul têm relação direta com a ondabwin quote serie acalor registrada na região Centro-Oeste e Sudeste, onde as temperaturas estão cercabwin quote serie a5°C acima da média neste outono.

"Com a intensificação das mudanças climáticas globais, os eventos climáticos extremos serão mais frequentes e intercorrentes", acrescenta Rafaelbwin quote serie aÁvila Rodrigues, professor e climatologista do Institutobwin quote serie aGeografia da Universidade Federalbwin quote serie aCatalão (UFCAT).