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'Baby blues': os principais sintomas e os fatorespoker 500risco:poker 500
"Sou uma pessoa alegre, que não complica muito as coisas e nunca tive oscilaçõespoker 500humor muito grandes na minha vida, então não conseguia entender por que chorava assim, ou por que não conseguia comer, não queria tomar banho ou fazer qualquer coisa", diz a mãe chilena radicadapoker 500Londres.
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Fim do Matérias recomendadas
"As únicas coisas que eu queria era que meu marido me desse carinho, que a bebê não chorasse, e sair dali.”
O que Fernanda descobriu depois é que o que acontecia com ela era algo muito frequente após o parto, conhecido como baby blues ou tristeza pós-parto.
Sintomas
A tristeza pós-parto é "uma alteração ou mudançapoker 500humor que ocorre nas mulheres por volta do segundo ou terceiro dia após o parto, pode durar entre duas e três semanas, e regride espontaneamente", explica a psicóloga perinatal Jazmín Mirelman.
Emborapoker 500termospoker 500sintomas não seja muito diferente da depressão pós-parto, elas diferem enormemente "em termospoker 500gravidade e duração", esclarece.
As principais manifestações desse distúrbio do humor são tristeza, irritabilidade e instabilidade emocional ou choro fácil. Também pode ser acompanhadapoker 500dificuldade para dormir, hipersensibilidade e ansiedade.
Essas flutuaçõespoker 500humor, entretanto, não produzem mudanças substanciais na autoestima, algo que caracteriza a depressão pós-parto.
Como o baby blues é mais leve e oscilante do que a depressão pós-parto, a mãe que sofre dele "ainda pode se divertir, curtir ou desconectar", diz Teresa Bobes Bascarán, especialistapoker 500psicologia clínica da Universidadepoker 500Oviedo, na Espanha.
Na depressão pós-parto, ao contrário, a mãe pode procurar ativamente evitar o contato com outras pessoas, ter dificuldadepoker 500concentração epoker 500tomar decisões, questionarpoker 500capacidadepoker 500cuidarpoker 500si mesma e do bebê e ter pensamentos assustadores, como a ideiapoker 500ferir o bebê, conforme explica a página do Serviço Nacionalpoker 500Saúde do Reino Unido (NHS, na siglapoker 500inglês).
Além disso, ao contrário do baby blues, que ocorre nos primeiros dias após o parto, a depressão pós-parto pode ocorrer até um ano após o nascimento.
As estatísticas variam, mas especialistas estimam que até cercapoker 50085% das mulheres experimentam tristeza pós-parto,poker 500comparação a 10% a 20% que sofrempoker 500depressão pós-parto.
'Tempestade perfeita'
Ao analisar as causas, Bobes Bascarán descreve o baby blues como a tempestade perfeita, “porque não existe um único fator que predispõe a desenvolver esse estadopoker 500mal-estar, mas sim uma confluênciapoker 500fatores”.
Para começar, existem alterações hormonais abruptas e que acontecem não apenas após o parto, mas também durante a gravidez e no partopoker 500si, que ocorrem para acolher o bebê.
As mudanças no cérebro da mãe também influenciam o humor.
"Existem estudospoker 500ressonância magnética que mostram a podapoker 500conexões neurais que não são funcionais para a criação do bebê, para facilitar aquelas conexões que são (e que serão ativadas para nos conscientizar das necessidades do bebê,poker 500detrimentopoker 500outras funções que já não são tão importantes para apoker 500educação)", explica Bobes Bascarán.
A isso se somam todos os fatores contextuais como a situaçãopoker 500trabalho, econômica, familiar etc.
Outro elemento que pode contribuir para o sentimentopoker 500angústia são "as mudanças que ocorrempoker 500todas as relações interpessoais da mãe desde o momentopoker 500que ela sai do hospital com um bebê nos braços", explica Mirelman, além da enorme responsabilidadepoker 500trazer uma vida ao mundo e se encarregarpoker 500sustentá-la, como relata Fernanda.
“Na minha vida, tudo terminava às 8 da noite e então tudo relaxava. Me dava angústia o fatopoker 500que, com um bebê, isso não acontecia, eu tinha que estar sempre com ele, e o dia nunca terminava: ele se irritava às 8 da manhã , e às 10 da noite, à meia-noite e às duas da manhã", diz ela.
“Estar a cargopoker 500um bebê e que a minha tarefa fosse apoker 500sobrevivência, me estressava muito”, acrescenta.
A tudo isso, devemos acrescentar a idealização e expectativas que existempoker 500torno do parto, concordam Bobes Bascarán e Mirelman, representado como uma situação maravilhosa e feliz, na qual a mãe deve se sentir realizada e plena, quando na realidade está passando por um momento delicado, que exige um períodopoker 500adaptação.
Fatorespoker 500risco
Embora afete a grande maioria das mulheres, existem alguns fatores que podem tornar a mãe mais propensa ao baby blues.
É o casopoker 500mulheres que lidaram com alteraçõespoker 500humor ou transtornos depressivos no passado, oupoker 500mulheres que "passaram por uma gravidez difícil, com ansiedade, com algum desconforto por qualquer motivo", diz Mirelman, além daquelas que sofreram perdas perinatais anteriores.
As mãespoker 500primeira viagem também tendem a chegar ao parto com maior ansiedade, assim como as mulheres que foram vítimaspoker 500violência obstétricapoker 500um parto anterior, observa Bobes.
No entanto, nenhum desses fatores é decisivo.
“Muitas mulheres podem ter passado por essas experiências e passam pelo pós-partopoker 500forma mais tranquila, sem tanta instabilidade”, esclarece Mirelman.
O que fazer?
Em princípio, por não se tratarpoker 500um distúrbio psicológico, não é necessário recorrer a tratamento.
E, como mencionamos anteriormente, esses sentimentospoker 500angústia e melancolia costumam desaparecer por conta própria após algumas semanas, à medida que a mãe se adapta àpoker 500nova rotina com o recém-nascido.
Mesmo assim, é importante terpoker 500mente que o contexto pode favorecer ou dificultar a vivência do pós-parto.
Neste sentido, Mirelman realça a importânciapoker 500“apoiar as mulheres que se encontram num momentopoker 500grande vulnerabilidade, convalescendo após a experiência do parto e com grande responsabilidade nos braços, quer a nível psicológico e emocional, quer a nível mais prático,poker 500tudo relacionado às tarefas diáriaspoker 500cuidados com a alimentação e repouso".
E, claro, é importante validar a experiência da mulher, e evitar comentários negativos como "você deveria estar feliz, você tem um filho saudável", que estão ligados à idealização que a sociedade faz da maternidade, e não fazem nada alémpoker 500sobrecarregar a mulher com o peso da culpa.
Em resumo, o melhor a fazer é "acompanhá-la, ouvi-la e, acimapoker 500tudo, não julgá-la", diz Bobes Bascarán.
Se as alteraçõespoker 500humor durarem maispoker 500três semanas, é aconselhável consultar um profissionalpoker 500saúde, pois existe a possibilidadepoker 500a mulher estar enfrentando uma depressão pós-parto e, nesse caso, é importante tratá-la, porque, se não for, "existe o riscopoker 500desenvolver depressão crônica", diz Bobes Bascarán.
O tratamento para a depressão pós-parto pode incluir psicoterapia, antidepressivos e medicamentos específicos para tratar ansiedade extrema ou insônia por um curto período.
No casopoker 500Fernanda, o baby blues durou um pouco mais do que o normal, embora não tenha piorado: “Do jeito que veio, depoispoker 500um mês, um mês e meio, passou", ela diz. E reflete que gostariapoker 500ter tido mais informações sobre isso.
Para a chegada do segundo filho, ela já estava mais preparada, mas felizmente, diz ela, "desta vez não aconteceu".
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