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Combustíveis fósseis: a humanidade vai conseguir viver sem eles?:entra no pix bet
No entanto, o acordo parece difícilentra no pix betse concretizar, não só porque não inclui compromissos explícitos para a eliminação ou redução da utilizaçãoentra no pix betcombustíveis fósseis - como exigiram muitos países, grupos da sociedade civil e cientistas -, mas por outros fatores.
No artigo a seguir, Justin Rowlatt, editorentra no pix betclima da BBC, explica o quão viável será para a humanidade mudar as fontes pelas quais obtém a energia com que ilumina, aquece, movimenta e geralmente impulsiona a economia.
Uma montanha difícilentra no pix betdescer
Meteorologistas e especialistasentra no pix betclima dizem que a humanidade está prestes a atingir um marco importante.
Nos próximos anos, o “pico”entra no pix betconsumoentra no pix betcombustíveis fósseis será ultrapassado -entra no pix betoutras palavras, o mundo atingirá seu nível máximoentra no pix betutilizaçãoentra no pix betcarvão, petróleo e gás.
Porém, a partir daí, a demanda começará a diminuir.
Esta última é uma conquista relevante e algo que deve ser comemorado com entusiasmo, mas também levanta questões.
Com que rapidez ocorrerá a transição para um novo modeloentra no pix betenergia limpa? Esse novo modelo chegará antesentra no pix bet"queimarmos" o planeta?
A montanhaentra no pix betcombustíveis fósseis sobre a qual a humanidade construiu aentra no pix betcivilização é muito mais alta do que a maioriaentra no pix betnós imagina e, portanto, será difícilentra no pix betdescer.
A Agência Internacionalentra no pix betEnergia (AIE) prevê que a utilização globalentra no pix betcombustíveis fósseis atingirá o seu picoentra no pix bet2025, mesmo que os governos não introduzam novas políticas climáticas.
O Diretor Executivo da AIE, Fatih Birol, chamou issoentra no pix bet“pontoentra no pix betvirada histórico”.
Que tipoentra no pix betdesafio estamos enfrentando?
O acadêmico e especialista no papel da energia na sociedade Vaclav Smil explicou que a energia não é apenas um componente da economia global, como a inovação, a tecnologia da informação ou o aço: ela é a economia.
“Economia é basicamente converter uma formaentra no pix betenergiaentra no pix betoutra, só isso, certo? Sem energia não há economia”, afirmou.
Smil se mostra profundamente cético sobre a facilidade com que deixaremosentra no pix betusar os combustíveis que estão aquecendo o planeta.
“Somos uma sociedadeentra no pix betcombustíveis fósseis”, disse, sublinhando que estamos falando do consumo anual e 4 bilhõesentra no pix bettoneladasentra no pix betcombustíveis líquidos.
Esses números astronômicos estão quase além da nossa compreensão.
Isso reflete como a energia é centralentra no pix betabsolutamente tudo o que fazemos.
A espécie humana existe há cercaentra no pix bet300 mil anos e, durante 299 mil desses anos, praticamente todos nós vivemos menos e tínhamos vidas marcadas por trabalho pesado e pobreza.
Porém, tudo começou a mudar por volta do século 19, quando começamos a explorar as enormes reservasentra no pix betcombustíveis fósseis.
A utilização do carvão, do petróleo e do gás desencadeou a revolução industrial e, com ela, o crescimento econômico explosivo.
Os cavalos deram lugar à máquina a vapor, depois ao motorentra no pix betcombustão interna e depois ao motor a reação (ou reator).
E, ao mesmo tempo, a população humana cresceu:entra no pix betalguns milhõesentra no pix betpessoas no final da era glacial, para um bilhão no alvorecer da revolução industrial e agora para maisentra no pix bet8 bilhões.
A produtividade sem precedentes do mundo industrial significa que a maioria dos seres humanos desfrutaentra no pix betuma prosperidade eentra no pix betuma saúde que os nossos avós considerariam surpreendentes.
Nossos ancestrais caçadores-coletores sobreviviam com cercaentra no pix bet10 gigajoulesentra no pix betenergia por ano. Hoje, o americano médio consome 50 vezes mais, estima o professor Smil.
Isto mostra o quanto é alta a montanhaentra no pix betenergia que escalamos.
Um caminho longo a percorrer
Atualmente 80% da energia que utilizamos ainda provémentra no pix betcombustíveis fósseis. Reduzir estes números é o desafio da próxima revolução energética que deveria ter nascido na COP28.
As energias eólica e solar, as duas grandes esperanças para um futuro energético limpo, têm crescido rapidamente. Em 2022, ambas representarão cercaentra no pix bet12% da eletricidade gerada,entra no pix betcomparação com praticamente nada há apenas algumas décadas, segundo dados da AIE.
Mas a maior parte da eletricidade (70% do total) ainda é gerada a partir do carvão, do petróleo e do gás.
E a eletricidade representa apenas um quinto do consumo totalentra no pix betenergia no mundo.
Portanto, a energia eólica e a solar são, na verdade, responsáveis apenas por cercaentra no pix bet2% do fornecimentoentra no pix betenergia mundial.
A razão pela qual estamos atingindo o topo da montanha dos combustíveis fósseis tem mais a ver com a crescente eficiência das centrais elétricas, siderúrgicas, fábricasentra no pix betvidro, navios, aviões e automóveis do que com energias renováveis.
Então, a humanidade pode viver sem eles?
Chris Stark, chefe do Comitê das Alterações Climáticas do Reino Unido, é mais otimista do que o professor Smil.
O especialista afirmou que se distanciar dos combustíveis fósseis passará pela eletrificaçãoentra no pix betpraticamente tudo, e os aparelhos elétricos tendem a ser mais eficientes do que os que funcionam com combustíveis fósseis.
“Pense no calor que sai do capô do seu carro. Isso é um desperdícioentra no pix betenergia. Isso não acontece com um veículo elétrico”, explicou.
Outro exemplo é o seguinte: para cada unidadeentra no pix betenergia utilizadaentra no pix betum aquecedor a gás, obtém-se uma unidadeentra no pix betcalor. No entanto,entra no pix betuma bombaentra no pix betcalor elétrica obtém-se três.
Stark afirma que as soluções elétricas reduzem a demandaentra no pix betenergia - o que, porentra no pix betvez, reduz a chamada a montanhaentra no pix betenergia.
Menos caro do que se pensava
A eletricidade renovávelentra no pix betmuitos casos fica mais barata do que a provenienteentra no pix betcombustíveis fósseis, fazendo com que a transição poupe dinheiro, acrescentou Stark.
O britânico garantiu que a transição pode ser realizada sem grandes subsídios estatais.
As energias renováveis, porém, trazem grandes custos iniciais, quando são instalados painéis solares ou turbinas eólicas.
A economia ocorre porque o combustível nesse caso, como sol e vento, são gratuitos.
Estes custos iniciais são um problema para os países mais pobres.
Mas também há progressos nesta área, graças aos esforçosentra no pix betgente como a primeira-ministra do pequeno país caribenho Barbados, Mia Mottley.
A equipe dela diz que, enquanto um investidor que procura dinheiro para instalar um parque solar na Alemanha paga entre quatro e cinco por cento anualmente por um empréstimo,entra no pix betZâmbia, por exemplo, esta porcentagem chega a 20%.
Mottley afirma que existem formasentra no pix betreduzir essas taxasentra no pix betjuros e agora conta com o apoio do novo presidente do Banco Mundial.
Absorver parte do riscoentra no pix betinvestir entra no pix betenergias renováveis nos paísesentra no pix betdesenvolvimento poderia libertar centenasentra no pix betbilhõesentra no pix betdólaresentra no pix betempréstimosentra no pix betbancos e outras organizações comerciais, explicou Mottley.
Então estamos avançando.
A AIE prevê que a participação dos combustíveis fósseis no fornecimento globalentra no pix betenergia, estagnada durante décadasentra no pix betcercaentra no pix bet80%, diminuirá para 73% até 2030.
“A transição para a energia limpa está ocorrendoentra no pix bettodo o mundo e é inevitável."
“Não é uma questãoentra no pix bet'se', é apenas uma questãoentra no pix bet'quando' e quanto mais cedo melhor para todos nós”, disse o diretor executivo da agência, Fatih Birol.
No entanto, lembre-se do tamanho da montanha. Tudo precisa ser eletrificado para todos os habitantes do planeta e precisamos fazê-lo praticamenteentra no pix betuma vez, porque a ciência alerta que nos restam apenas algumas décadas.
Com reportagementra no pix betJustin Rowlatt, editorentra no pix betclima da BBC
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