Editar DNA é ético? O debate sobre tecnologia que promete revolucionar vidas:casas de apostas de 1 real
Os defensores da tecnologia afirmam que ela poderia reduzir as doenças e o sofrimento dos animais, alémcasas de apostas de 1 reallevar ao usocasas de apostas de 1 realmenos antibióticos.
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Eles também acreditam que ela poderia combater as mudanças climáticas ao diminuir as emissões do gás metano, que contribui para o efeito estufa e é produzido por animais como vacas, cabras e cervos quando seus estômagos estão decompondo fibras duras, como a grama, para digestão.
Mas os críticos dizem que a ediçãocasas de apostas de 1 realgenes ainda não é comprovadamente segura — e que continuam preocupados com as implicações para o bem-estar dos animais.
Agora, uma lei que permite a vendacasas de apostas de 1 realalimentos com edição genética no Reino Unido está suspensa, e alguns cientistas britânicos alertam que eles podem ficar para tráscasas de apostas de 1 realrelação a outros países.
O novo governo britânico trabalhista prometeu uma maior aproximação com a União Europeia (UE), principalmentecasas de apostas de 1 realrelação às regulamentações que possam afetar o comércio.
E, atualmente, o bloco europeu tem regras muito mais rígidas sobre a venda comercialcasas de apostas de 1 realculturas geneticamente editadas e geneticamente modificadas.
A UE estabeleceu regulamentações rigorosas sobre culturas geneticamente modificadas décadas atrás, devido a preocupações com a segurança e à oposição da opinião pública à tecnologia.
As plantações geneticamente editadas estão sujeitas às mesmas regulamentações.
Mas, para os cientistas, os termos "geneticamente editados" e "geneticamente modificados" se referem a coisas diferentes.
A modificação genética, uma tecnologia muito mais antiga, envolve o acréscimocasas de apostas de 1 realnovos genes a plantas e animais para torná-los mais produtivos ou resistentes a doenças.
Às vezes, estes novos genes sãocasas de apostas de 1 realespécies totalmente diferentes — por exemplo, uma plantacasas de apostas de 1 realalgodão com um genecasas de apostas de 1 realescorpião para tornar seu sabor desagradável para os insetos.
Em contrapartida, a ediçãocasas de apostas de 1 realgenes envolve fazer alterações mais precisas no DNA da planta ou do animal.
Estas mudanças geralmente são bem pequenas — e envolvem editar seções do DNA para chegar a uma forma que, segundo seus defensores, poderia ser produzida por meios naturais, como o cruzamento tradicional, só que muito mais rápido.
Esperança frustrada
Ao lado dos EUA e da China, o Reino Unido está entre os países que lideram a tecnologiacasas de apostas de 1 realediçãocasas de apostas de 1 realgenes no mundo.
No ano passado, o governo anterior aprovou a chamada leicasas de apostas de 1 realreprodução com precisão, que abriu caminho para a venda comercialcasas de apostas de 1 realalimentos geneticamente editados na Inglaterra.
Na época, muitos cientistas que trabalhavam na área ficaram radiantes.
"Pensei: 'Ótimo, isso vai abrir toda uma áreacasas de apostas de 1 realatividade nos setores público e privado', e poderíamos criar uma comunidade empresarial para ediçãocasas de apostas de 1 realgenes no Reino Unido", relembra Jonathan Napier, da Rothamsted Research, um institutocasas de apostas de 1 realpesquisa agrícola do governocasas de apostas de 1 realHarpenden, na Inglaterra.
Mas ele diz que suas esperanças logo foram frustradas.
Para que a lei entrassecasas de apostas de 1 realvigor, era necessária uma legislação secundária, que deveria ter sido aprovada pelo Parlamentocasas de apostas de 1 realjulho deste ano.
Porém, como as eleições ocorreram mais cedo do que o esperado, o projeto não foi votado pelos parlamentares, e a lei está atualmente no limbo.
Napier estava entre os 50 cientistascasas de apostas de 1 realrenome que escreveram para os ministros recém-nomeados do Departamentocasas de apostas de 1 realMeio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defrat, na siglacasas de apostas de 1 realinglês) no fimcasas de apostas de 1 realjulho, pedindo que eles agissem "de forma rápida e decisiva" para aprovar a legislação secundária.
O ministro à frente do Defra, Daniel Zeichner, respondeu ao apelo feito pelos cientistas na semana passada, declarando que o governo estava "agora considerando como levar adiante a estrutura regulatória descrita na lei, e vamos compartilhar nossos planos com as principais partes interessadascasas de apostas de 1 realbreve".
Uma das principais responsáveis pela carta dos cientistas, a especialista Tina Barsby, descreveu a resposta do ministro como "encorajadora", mas disse quecasas de apostas de 1 realpromessacasas de apostas de 1 realesclarecer "em breve" tinha que significar realmentecasas de apostas de 1 realbreve.
Segundo ela, outros países estavam avançando rapidamente com seus planos para culturas com edição genética.
A Tailândia recentemente se juntou ao Canadá, Austrália, Japão, Brasil, Argentina e Estados Unidos na adoçãocasas de apostas de 1 realregulamentações sobre ediçãocasas de apostas de 1 realgenes.
Até mesmo a Nova Zelândia, que, segundo Barsby, "tem adotado historicamente uma abordagem regulatória mais cautelosacasas de apostas de 1 realrelação às tecnologias genéticas", anunciou que também vai introduzir uma nova legislação.
"Com nossa base científica líder mundialcasas de apostas de 1 realpesquisa genética, não podemos nos dar ao luxocasas de apostas de 1 realser deixados para trás", ela acrescentou.
Mas os membros do Defra também precisam levarcasas de apostas de 1 realconsideração as opiniõescasas de apostas de 1 realativistas ambientais, como Helen Wallace, da Genewatch UK, que está preocupada com as "consequências indesejadas" da leicasas de apostas de 1 realreprodução com precisão.
"Se você retirar essas plantas e animais das regulamentações sobre modificação genética, não haverá o mesmo graucasas de apostas de 1 realavaliaçãocasas de apostas de 1 realrisco, não haverá rotulagem e haverá risco para os mercados, porque muitos deles os regulamentam como geneticamente modificados", diz ela.
Peter Stevenson, consultor-chefecasas de apostas de 1 realpolíticas da organização Compassion in World Farming (CIWF), com sede no Reino Unido, também teme que a tecnologia contribua ainda mais para intensificar a criaçãocasas de apostas de 1 realanimais, com consequências negativas.
"O uso da reprodução seletiva nos últimos 50 anos trouxe um grande númerocasas de apostas de 1 realproblemascasas de apostas de 1 realbem-estar animal", ele observou.
"As galinhas foram criadas para crescer tão rápido que suas pernas e coração não conseguem sustentar adequadamente o corpocasas de apostas de 1 realrápido desenvolvimento e, como resultado, milhõescasas de apostas de 1 realanimais estão sofrendocasas de apostas de 1 realdistúrbios dolorosos nas pernas, enquanto outros sucumbem a doenças cardíacas."
"Será que realmente queremos acelerar esse processo com a ediçãocasas de apostas de 1 realgenes?", questionou.
O maior receio da CIWF é que a edição genéticacasas de apostas de 1 realanimais para torná-los mais resistentes a doenças faça com que o setor não se sinta motivado a lidar com as condições que levam os animais a adoecercasas de apostas de 1 realprimeiro lugar — como condiçõescasas de apostas de 1 realsuperlotação e insalubridade.
A intensidade da produçãocasas de apostas de 1 realleite, carne e ovos atualmente deixa muitos animais "exaustos e doentes", afirmou Stevenson à BBC News.
Qualquer alteração genéticacasas de apostas de 1 realum animal pode ter efeitos negativos. Mas os defensores dizem que, para qualquer aplicação comercial, as empresas precisam demonstrar ao órgão regulador que suas mudanças não prejudicam o animal e comprovar isso com dados.
Na verdade, muitos dos que defendem o uso da tecnologiacasas de apostas de 1 realediçãocasas de apostas de 1 realgenes fazem isso,casas de apostas de 1 realparte, com base no bem-estar animal — porque ela poderia tornar os animaiscasas de apostas de 1 realcriação mais resistentes a doenças e, como menos animais morreriam como resultado, menos animais seriam necessários.
Outra signatária da carta é a professora Helen Sang, que lançou as bases para o uso da edição genética para desenvolver resistência à gripe aviáriacasas de apostas de 1 realfrangos.
"Com uma cepa virulenta da PRRS (siglacasas de apostas de 1 realinglês para "síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos") dizimando rebanhoscasas de apostas de 1 realporcos na Espanha, a peste suína africana avançando pelo norte da Europa, e o vírus da gripe aviária detectado tanto nas vacas leiteiras e no leite nos EUA, a importânciacasas de apostas de 1 realviabilizar todas as soluções possíveis, incluindo a reprodução com precisão, não pode ser exagero", disse elacasas de apostas de 1 realresposta a Zeichner.
Algumas das soluções para os problemas mencionados por Sang já estão sendo estudadas. Ela trabalha no Instituto Roslin, onde a ovelha Dolly foi clonada há quase 30 anos. Atualmente, o instituto é líder mundial no desenvolvimentocasas de apostas de 1 realanimais geneticamente editados.
Os colegascasas de apostas de 1 realSang no Instituto Roslin desenvolveram porcos resistentes à doença PRRS há seis anos.
Eles ainda não podem ser vendidos comercialmente aos criadorescasas de apostas de 1 realsuínos do Reino Unido, mas a Genus, empresa britânica que comercializa os suínos resistentes à PRRS, recebeu aprovação regulatória para seu uso na Colômbia.
A empresa também solicitou uma licença para introduzir os porcos no mercado dos EUA que, se receber sinal verde, pode ser aprovada já no próximo ano. A Genus também está planejando solicitar aprovação para o uso comercialcasas de apostas de 1 realseus porcos geneticamente editados no Canadá, México e Japão.
Apesar das fortes opiniõescasas de apostas de 1 realambos os lados, parece haver espaço para consensocasas de apostas de 1 realrelação a algumas aplicações da tecnologia.
Por exemplo, Stevenson, da CIWF, acha que é pelo menos possível que a ediçãocasas de apostas de 1 realgenes possa ser aplicadacasas de apostas de 1 realforma ética.
Para isso, segundo ele, seria necessário atender a três critérios: que qualquer mudança provocada seja improvávelcasas de apostas de 1 realcausar problemascasas de apostas de 1 realbem-estar animal; que seus objetivos não possam ser alcançados por meios menos intensivos; e que não tenha o efeitocasas de apostas de 1 realconsolidar a produção pecuária industrializada.
Os porcos resistentes à PRRS podem preencher todos os três requisitoscasas de apostas de 1 realcircunstâncias específicas,casas de apostas de 1 realacordo com Stevenson, assim como as iniciativas para usar a ediçãocasas de apostas de 1 realgenes para permitir que a indústriacasas de apostas de 1 realproduçãocasas de apostas de 1 realovos gere somente pintinhos fêmeas para evitar a necessidadecasas de apostas de 1 realmatar bilhõescasas de apostas de 1 realpintinhos machos todos os anos, quando eles têm apenas um diacasas de apostas de 1 realvida.
Da mesma forma, Mizeck Chagunda, diretor do Centrocasas de apostas de 1 realGenética e Saúde para Pecuária Tropical, também sediado no Instituto Roslin, acredita no potencial positivo da edição genética — e que ela precisa ser cuidadosamente supervisionada.
Ele afirma que a tecnologia poderia melhorar a vida dos agricultores mais pobres do mundo: "70% a 80% dos agricultores sãocasas de apostas de 1 realpequenas propriedades com dois a três animais". Uma doença devastadora pode deixar um agricultor ecasas de apostas de 1 realfamília sem nada.
"Portanto, dar a eles animais que foram preparados com essas tecnologias ajudaria a protegê-los desse enorme risco para seus meioscasas de apostas de 1 realsubsistência", explica Chagunda.
No entanto, ele adverte que é necessário que haja regulamentações sólidas e adequadascasas de apostas de 1 realvigor para que essa tecnologia seja aceita pelo público.
"Algumas mudanças podem ser experimentais demais, e não deveríamos fazer", diz ele.
"Os cientistas devem trabalhar com as autoridades reguladoras para obter os bons produtos que os agricultores e consumidores estão procurando. Devemos fazer ciência que seja ética e que, ao mesmo tempo, ajude a humanidade."
O trabalhocasas de apostas de 1 realedição genética no Instituto Roslin é liderado por seu diretor, Bruce Whitelaw, que era cientista do instituto quando a ovelha Dolly foi clonada.
No passado, ele passou pelo processocasas de apostas de 1 realexplicar os possíveis benefícioscasas de apostas de 1 realdesenvolvimentos tecnológicos aparentemente alarmantes — e acredita que há uma necessidade urgentecasas de apostas de 1 realfazer isso novamente agora.
"Somos líderes mundiaiscasas de apostas de 1 realtecnologia, e somos referênciacasas de apostas de 1 realtermoscasas de apostas de 1 realdesenvolvimento", ele afirma.
"Se não tivermos a legislação necessária para fazer isso, nossas credenciais como referência vão desaparecer lentamente, e vamos perder investimentos, talentos científicos e o avanço da nossa economia para outros países.”
Mudanças climáticas
Há lições aqui do passado. A modificação genética foi rejeitada por muitos consumidores no Reino Unido, na União Europeia ecasas de apostas de 1 realoutros países há 30 anos devido à percepçãocasas de apostas de 1 realque não era natural.
As plantações geneticamente modificadas foram pisoteadas publicamente por manifestantes, que a viam como uma tecnologia que eles não precisavam, não queriam e não consideravam segura.
Ao mesmo tempo, os cientistas ficaram irritados e aborrecidos com o fatocasas de apostas de 1 realque o que eles acreditavam sercasas de apostas de 1 realtecnologia para salvar o mundo estava sendo destruída, na opinião deles, por uma ondacasas de apostas de 1 realhisteria anticientífica alimentada pela mídia.
A ediçãocasas de apostas de 1 realgenes parece ser uma versão mais palatável da modificação genética para alguns, chegandocasas de apostas de 1 realum momentocasas de apostas de 1 realque o debate está menos polarizado, a necessidadecasas de apostas de 1 realsoluções ambientais é ainda mais urgente e parece haver uma maior disposição por partecasas de apostas de 1 realalguns cientistas e ativistas para analisar as perspectivas uns dos outros.
Stevenson, da CIWF, acredita que, a longo prazo, deve haver "enormes reduções" na produção pecuária global para lidar com as mudanças climáticas — mas pragmaticamente, diante do fatocasas de apostas de 1 realque as mudanças climáticas já estão destruindo tantas vidas, o uso da edição genética pode ser "legítimo". Mas ele está cauteloso.
"É difícil para mim confiar naquela parte do mundo científico que diz: 'Ei, agora temos uma nova maneiracasas de apostas de 1 realalterar animais'."
"O perigo é que os animais sejam pensados como coisas, unidadescasas de apostas de 1 realprodução, mais do que são agora, porque podemos modificá-los para torná-los mais favoráveis aos nossos usos e nos afastar da noçãocasas de apostas de 1 realanimais como seres sencientes", completa.
O que vai acontecer a seguir, não apenas no Reino Unido, mas no resto do mundo, depende se os defensores da edição genética são capazescasas de apostas de 1 realconvencer aqueles que têm a mente aberta, mas são cautelosos, como Stevenson,casas de apostas de 1 realque eles podem agir com segurança, eticamente ecasas de apostas de 1 realuma maneira que melhore, e não piore, a vida — tanto para as pessoas quanto para os animais.