Por que ninguém acredita mais nas desculpasarenaesportiva bet appcelebridades nas redes sociais:arenaesportiva bet app
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Num mundo centrado nas redes sociais, as desculpas tornaram-se obrigatórias. Cada vez mais, o público exige retratações tantoarenaesportiva bet appcelebridades comoarenaesportiva bet appCEOs para resolver uma sériearenaesportiva bet apperros, como demissõesarenaesportiva bet appmassa, casos extraconjugais, usoarenaesportiva bet applinguagem racista ouarenaesportiva bet appódio ou até mesmo atividades criminosas.
É uma mudançaarenaesportiva bet apprelação ao mundo dos comunicadosarenaesportiva bet appimprensa estéreis dos agentesarenaesportiva bet apppublicidade. Em vez disso, as figuras públicas usam agora as redes sociais para transmitir aarenaesportiva bet appcontrição.
Eles pretendem que esSas desculpas cheguem ao seu público onde quer que estejam – seja Instagram, YouTube, TikTok, X ou mesmo LinkedIn – com a esperançaarenaesportiva bet appque as plataformas ajudem a imitar a boa féarenaesportiva bet appum mea culpa cara-a-cara.
No entanto, alguns especialistas dizem que essa prática mudou a nossa relação com as desculpas: tanto a formaarenaesportiva bet appas dar como a formaarenaesportiva bet appas receber. Essa mudança nem sempre é positiva e muitas vezes torna essas demonstraçõesarenaesportiva bet appremorso ineficazes.
'Desculpa' se torna social
“A eraarenaesportiva bet appque tudo era filtrado por meioarenaesportiva bet apprelações públicas acabou”, diz Marjorie Ingall, coautora com Susan McCarthy do livro Sorry, Sorry, Sorry: The Case for Good Apologies (Desculpe, desculpe, desculpe: o argumentoarenaesportiva bet appprolarenaesportiva bet appboas desculpas,arenaesportiva bet apptradução livre).
Ela acompanha pedidosarenaesportiva bet appdesculpas públicosarenaesportiva bet appseu site SorryWatch desde 2012. Agora, diz ela, é extremamente comum usar as redes sociais para pedir desculpas, porque são “o grande nivelador”.
Ingall diz que essas plataformas permitem que figuras públicas respondam a públicos amplos, ao mesmo tempo que evocam um sentimentoarenaesportiva bet appintimidade com as suas basesarenaesportiva bet appfãs. O meio também permite que quem pede desculpas aja rapidamente, muitas vezes sem quaisquer intervençõesarenaesportiva bet appgrande escalaarenaesportiva bet appum time corporativoarenaesportiva bet apprelações públicas quando o cicloarenaesportiva bet appnotícias avança à velocidade da luz.
Karina Schumann, professora associadaarenaesportiva bet apppsicologia social na Universidadearenaesportiva bet appPittsburgh, nos Estados Unidos, considera que as redes sociais ajudaram a criar um ambientearenaesportiva bet appresponsabilização – isso acontece porque criaram uma grande consciência sobre o que as figuras públicas dizem e fazem o tempo todo.
Isso acontece “em grande parte porque tudo sobre a vida das pessoas é muito público”, explica ela. “Por causa disso, acho que há menos procedimento formalarenaesportiva bet apptorno desses pedidosarenaesportiva bet appdesculpas, e eles se tornaram quase uma coisa cotidiana.”
Schumann diz que as figuras públicas transferiram as suas “desculpas” para as redes sociais porque reconquistar uma basearenaesportiva bet appfãs é muitas vezes a forma mais rápida e estratégicaarenaesportiva bet appsalvar as suas reputações.
“Eles estão levando isso ao público por meio desse mecanismo, como uma formaarenaesportiva bet apptentar reconquistar a aprovação do público e se redimir”, diz ela. “E porque querem que pareça pessoal, as redes sociais parecem um meio adequado ou apropriado para a comunicação.”
Na verdade, os pedidosarenaesportiva bet appdesculpas nas redes sociais tornaram-se tão comuns que Schumann criou um “filtroarenaesportiva bet appdesculpas” para o seu e-mail. “Todos os dias, surge algo sobre alguma celebridade, político ou figura pública que cometeu erros e pediu desculpas, recusou-se a pedir desculpas ou emitiu, na maioria das vezes, um pedidoarenaesportiva bet appdesculpas terrível”, diz ela.
A 'Era das Desculpas'
Alémarenaesportiva bet apppermitir que figuras públicas respondam rapidamente a uma rede integradaarenaesportiva bet appseguidores, as desculpas nas redes sociais também aproveitam a facilidadearenaesportiva bet apppartilha que falta aos meiosarenaesportiva bet appcomunicação tradicionais. No entanto, Schumann acredita que esta facilidadearenaesportiva bet appdistribuição também criou uma expectativaarenaesportiva bet appque seja um padrão que celebridades peçam desculpas – até mesmo uma nova parte do contrato social.
Schumann explica que mesmo há 20 anos, os pedidosarenaesportiva bet appdesculpas na esfera pública eram raros. “Eles se tornaram realmente normativos, frequentes e esperados. Não era tão comum ver empresas pedindo desculpas por vários escândalos ou assuntos privados que foram a público”, diz ela. "Nas últimas décadas, vivemos o que alguns especialistas chamamarenaesportiva bet app'a 'Era das Desculpas'."
À medida que os pedidosarenaesportiva bet appdesculpas evoluíram para uma espéciearenaesportiva bet appacordo tácito entre figuras públicas e o público, Schumann argumenta que, na verdade, se tornaram menos eficazes, mesmo que sejam direcionadas aos fãs nas plataformas sociais.
“Existem fatores que impedem que essas desculpas sejam vistas como sinceras. Quando eram muito formais, acho que geralmente eram recebidas com muito ceticismo porque eram vistas como falsas earenaesportiva bet appresposta à pressão pública para pedir desculpas", diz ela. “Não creio que o pedidoarenaesportiva bet appdesculpas nas redes sociais mude isso. O público sabe que essas celebridades e CEOs estão pedindo desculpas aos seus fãs, mas estão pedindo desculpas aos seus patrocinadores e outras partes interessadas”.
Isso se torna uma espéciearenaesportiva bet appsobrecargaarenaesportiva bet appdesculpas, com uma postagem após a outra desvalorizando cada vez mais o atoarenaesportiva bet apppedir desculpas, um conceito conhecido como “diluição normativa”.
A natureza íntima das redes sociais pode funcionar contra as celebridadesarenaesportiva bet appalguns casos, acredita a críticaarenaesportiva bet appcultura pop Zarinah, que usa seu primeiro nome profissionalmente. Ela escreve o boletim informativo Weekly Work e administra a popular conta CultureWork no TikTok, que analisa momentos virais da cultura pop.
Como as figuras públicas usam as redes sociais como uma forma estratégicaarenaesportiva bet appconstruir as suas marcas, elas lutam para "passar para aquela sensaçãoarenaesportiva bet appproximidade e autenticidade que o público e os fãs esperam, especialmente num aplicativo como o TikTok", diz ela. Portanto, embora possa parecer que eles estão interagindo com os fãsarenaesportiva bet appum nível pessoal, Zarinah acredita que esses movimentos são um marketing cuidadoso. Quando eles precisam fazer as pazes, o efeito pode ser calculado ou meticulosamente selecionado.
“Mesmo que alguém poste 15 vezes por semana e você sinta que conhece Lizzo ou Bethenny Frankel, você ainda faz parte da performance deles”, diz ela. As celebridades cultivam relações parassociais com os fãs – relações não recíprocas, nas quais o fã acredita conhecer o criador pessoalmente – mas tendem a ter dificuldadearenaesportiva bet appfazer um pedidoarenaesportiva bet appdesculpas parecer autêntico, diz Zarinah.
“Sempre que chega o momentoarenaesportiva bet appum pedidoarenaesportiva bet appdesculpas”, explica ela, “[os fãs] aprendem que o relacionamento que eles pensavam que estavam construindo com uma celebridade nas redes sociais… não é nada real”.
Desculpas e 'agradecimentos'
Por mais ineficazes que os especialistas digam que os comunicadosarenaesportiva bet appimprensa são, eles também concordam que os pedidosarenaesportiva bet appdesculpas nas redes sociais podem não ser muito melhores – se é que o são.
Primeiro, o grande volumearenaesportiva bet appdesculpas baseado nas crescentes expectativas do públicoarenaesportiva bet apprelação a elas pode torná-las ineficazes.
As figuras públicas estão geralmente fadadas ao fracasso, não importa o que digam, acredita Schumann. Palavrasarenaesportiva bet appremorso tornaram-se tão normativas que os influenciadores não ganharão nada com as postagens, diz ela. No entanto, as pessoas que não pedem desculpas perderão ainda mais, já que o público nota a ausênciaarenaesportiva bet appum pedidoarenaesportiva bet appdesculpas tanto quanto o exige.
Com o afluxoarenaesportiva bet appdesculpas públicas, as pessoas tornaram-se mais céticas – e mais espertas com notas prontas, diz Zarinah. Emarenaesportiva bet appcobertura sobre cultura pop, ela analisa a eficácia da declaraçãoarenaesportiva bet appuma figura pública.
Ela deduz pontos quando elas fazem o que ela chamaarenaesportiva bet app"um reconhecimento",arenaesportiva bet appque a pessoa essencialmente admite que um passoarenaesportiva bet appfalso foi dado e elas desempenharam um papel nisso, mas nunca diga "sinto muito" a alguém que possa ter prejudicado.
Ingall tem um sistemaarenaesportiva bet appclassificação: "cartõesarenaesportiva bet appbingo com desculpas ruins". É aí que ela anota frases cuidadosamente escritas para evitar qualquer admissãoarenaesportiva bet appculpa, ou aquelas cujo uso excessivo tornouarenaesportiva bet appgrande parte sem sentido. Ela aponta exemplos como “Sou paiarenaesportiva bet appfilhas” e “Eu era jovem naquela época e as coisas eram muito diferentes”.
Ainda assim, as desculpas nas redes sociais podem não ser totalmente inúteis. Ingall acredita que essas postagens podem servir como ferramentaarenaesportiva bet appensino – ela diz que é importante perceber que, apesar do cansaço do pedidoarenaesportiva bet appdesculpas, algumas palavras são genuínas. “Não quero que tenhamos fadigaarenaesportiva bet appdesculpas, porque isso é algo muito importante para as relações humanas.”