A verdade sobre a ligaçãoroleta funciona mesmoCoco Chanel com os nazistas na 2ª Guerra:roleta funciona mesmo

Imagemroleta funciona mesmoCoco Chanel

Crédito, Apple TV+/Getty Images

Legenda da foto, O que se sabe sobre a colaboração entre Coco Chanel e os nazistas – e a Resistência Francesa – durante a Segunda Guerra Mundial?

Mas um fato sobre ela é irrefutável: ela definitivamente colaborou com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E pode também ter ajudado a Resistência Francesa.

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A Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos (NSF), uma importante agência federal americana, divide seu trabalho roleta funciona mesmo {k0} sete diretorias principais, conforme descrito abaixo.

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  • Ciências Biológicas (Biological Sciences)
  • Ciência e Engenharia da Informação e do Conhecimento (Computer and Information Science and Engineering)
  • Recursos Educacionais e Humanos (Education and Human Resources)
  • Engenharia (Engineering)
  • Ciências da Terra (Geosciences)
  • Ciências Matemáticas e Físicas (Mathematical and Physical Sciences)
  • Ciências Sociais, Comportamentais e Econômicas (Social, Behavioral and Economic Sciences)

Cada diretoria recebe financiamento da NSF para pesquisa e desenvolvimento nas áreas citadas, promovendo o conhecimento e o desenvolvimento científicos e tecnológicos roleta funciona mesmo {k0} sua respectiva esfera.

Governança da NSF

A Fundação Nacional da Ciência opera com oStatus 503(C)(3) como entidade sem fins lucrativos reconhecida pelo Serviço roleta funciona mesmo Impostos Internos (IRS). Seu modelo roleta funciona mesmo governança consiste emdois conselhos independentesque garantem a integridade da organização e o Comitê roleta funciona mesmo Governança, Meio Ambiente Social (ESG Council), o qual é responsável pela conscientização roleta funciona mesmo {k0} questões governamentais, ambientais e sociais na instituição.

A estrutura corporativa da NSF garante que seus esforços roleta funciona mesmo {k0} pesquisa e desenvolvimento estejam direcionados pela integridade, ética e compromisso com o avanço científico e tecnológico, seguindo suas metas organizacionais e suas obrigações ao país ao qual serve.

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A mulher tão determinada a controlarroleta funciona mesmoimagem e seu legado acabou deixando uma história emaranhada e confusa.

The New Look ("O novo visual",roleta funciona mesmoreferência ao movimento criado pelo estilista Christian Dior após a guerra) é a nova e vibrante sérieroleta funciona mesmoTV sobre Coco Chanel e Christian Dior (1905-1957). Passada na Segunda Guerra Mundial, a série analisa a colaboraçãoroleta funciona mesmoChanel com os nazistas, talvez oferecendo a interpretação menos desfavorável já feita sobre o tema.

The New Look é repletaroleta funciona mesmodiálogos significativos, mas nenhuma fala é mais mencionada do que a respostaroleta funciona mesmoDior (interpretado por Ben Mendelsohn) a um aluno da Universidade Sorbonneroleta funciona mesmo1955. Dior era o maior astro da moda na época.

O estudante pede a ele que justifique por que ele desenhava para as esposas e namoradas dos nazistas durante a ocupação alemãroleta funciona mesmoParis, na França, enquanto Chanel (Juliette Binoche) fechavaroleta funciona mesmocasaroleta funciona mesmomoda.

"Existe a verdade", ele responde, "mas sempre existe outra verdade por trás dela."

A série então retornaroleta funciona mesmo1955 para os anosroleta funciona mesmoguerra. Certamente, é uma obraroleta funciona mesmoficção inspirada por fatos históricos. Mas ela indica com precisão a verdade sobre duas reações muito diferentes à mesma guerra.

As duas verdades

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A verdaderoleta funciona mesmoDior é mais simples. Ele era totalmente leal à França.

Dior continuou desenhando para os nazistas para manter e ganhar a vida. E usava o dinheiro para apoiar os heroicos esforçosroleta funciona mesmosua irmã, Catherine (Maisie Williams), para a Resistência.

Catherine Dior (1917-2008) acabou capturada, torturada e aprisionadaroleta funciona mesmoum camporoleta funciona mesmotrabalhos forçados. Sua história pouco conhecida pode ser a grande descoberta da série e seu elemento mais comovente

Já os detalhes da realidaderoleta funciona mesmoChanel são obscuros e interpretadosroleta funciona mesmoformas muito diferentes até hoje.

Sabe-se que ela teve um longo caso amoroso com um agente nazista, Hans Günther von Dincklage (1896-1974), conhecido como Spatz (interpretado na série por Claes Bang).

Ele e outros contatos nazistas ajudaram o amado sobrinhoroleta funciona mesmoChanel – André, que fazia parte do exército francês – a ser libertadoroleta funciona mesmoum camporoleta funciona mesmoprisioneiros alemão.

Também não há dúvidaroleta funciona mesmoque ela se envolveu na chamada Operação Modelhut ("Chapéu Modelo",roleta funciona mesmotradução livre), um esquema absurdo no qual um general nazista desonesto autorizou Chanel a viajar para Madri, na neutra Espanha.

A esperança era que ela levasse uma mensagem para seu velho amigo, o então primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965), sugerindo a negociação do fim da guerra, ignorando Hitler sem qualquer preocupação.

O codinomeroleta funciona mesmoChanel era Westminster, uma indicação das suas fortes ligações com o Reino Unido e, provavelmente, do seu caso amorosoroleta funciona mesmodécadas com o duqueroleta funciona mesmoWestminster, iniciado nos anos 1920.

A estilista também tentou fazer uso das leis arianas dos nazistas, que impediam que judeus fossem proprietáriosroleta funciona mesmoempresas. Com base nelas, Chanel tentou retirar seus sócios judeus do controle daroleta funciona mesmocompanhiaroleta funciona mesmoperfumes, sem sucesso.

Chanel e Hans Günther von Dincklage na produção

Crédito, Apple TV+

Legenda da foto, Chanel (Juliette Binoche, na produção) teve um longo caso com Hans Günther von Dincklage, um agente nazista (Claes Bang)

Coco Chanel (interpretada na série por Juliette Binoche) manteve um longo romance com o agente nazista Hans Günther von Dincklage (Claes Bang).

Alguns biógrafos e historiadores já difamaram Chanel por essas ações. Um deles foi o escritor americano Hal Vaughan (1928-2013), no seu chocante livro Dormindo com o Inimigo: A Guerra Secretaroleta funciona mesmoCoco Chanel (Ed. Cia. das Letras, 2011).

Rhonda Garelick, uma das mais cuidadosas e astutas biógrafasroleta funciona mesmoChanel, conclui no seu livroroleta funciona mesmo2014 intitulado Mademoiselle: Coco Chanel and the Pulse of History ("Mademoiselle [senhorita]: Coco Chanel e o Pulso da História",roleta funciona mesmotradução livre), que ela provavelmente acreditava na causa nazista e era motivada pela conveniência, interesse próprio e antissemitismo.

"O patriotismo sempre significou menos para ela do que o poder", escreve Garelick. "Ela nunca reconheceu as implicaçõesroleta funciona mesmotentar invocar as leis hediondasroleta funciona mesmoarianização dos nazistas contra seus próprios parceiros comerciais."

Mas a escritora Justine Picardie conta à BBC que "é fácil demais dizer que Chanel era nazista". Picardie é autoraroleta funciona mesmouma biografiaroleta funciona mesmoCatherine Dior intitulada Miss Dior (2021) e uma nova ediçãoroleta funciona mesmoinglês do seu livro Coco Chanel: A Vida e a Lenda (Ed. HarperCollins, 2011) foi publicada no ano passado.

A escritora acredita que Chanel era anglófila demais e acreditava muito na liberdade para aceitar o nazismo, ainda que fizesse uso conveniente das suas conexões nazistas. Para Picardie, a Operação Modelhut "é fascinante, mas realmente não a define".

Legado complexo

The New Look traz seu próprio ângulo da questão.

A série sugere que, exceto pelo uso das leis arianas, Chanel colaborava com os nazistas,roleta funciona mesmogrande parte,roleta funciona mesmoforma relutante. Afinal, ela é um dos personagens principais e os protagonistas raramente são completos vilões.

A primeira visão dela na época da guerra oferecida pela série éroleta funciona mesmo1943, comroleta funciona mesmodramática chegada no meio da noite para retirar André do camporoleta funciona mesmoprisioneiros. Desamparada, frenética e desesperada para salvar o sobrinho, Coco Chanel evoca a solidariedade do público.

Nesse mundoroleta funciona mesmoficção, a estilista confiouroleta funciona mesmoum amigo colaborador dos nazistas, o barão Louisroleta funciona mesmoVaufreland, para organizar a libertação, sem pensar totalmente nas consequências.

O barão logo insiste que ela precisa encontrar Spatz ou ele próprio ficarároleta funciona mesmoperigo. Começa ali o caso amoroso entre Chanel e Spatz.

Ela está não apenas interessada nele, mas bastante apaixonada e curiosamente ingênua sobre suas intenções. Mas Chanel é cada vez mais encurralada, chantageada e ameaçada para participar da Operação Modelhut, apesar daroleta funciona mesmointensa resistência.

Na vida real, o relacionamento entre Chanel e Spatz começou muito antes,roleta funciona mesmo1941. Provavelmente, era um esforço calculado e consciente para conseguir a libertação do seu sobrinho.

"Acho que ela teria feito qualquer coisa para salvá-lo", segundo Picardie. "E é quando ela começa a ter um caso [com Spatz]."

Foram necessários 18 meses para conseguir as conexões certas entre os nazistas para libertar André.

A maioria dos biógrafos concorda que a libertação do seu sobrinho provavelmente foi o motivo original para a colaboraçãoroleta funciona mesmoCoco Chanel. Mas, ao longo do tempo, "Chanel foi além da convocação do dever familiar nos seus esforçosroleta funciona mesmoprol dos nazistas", segundo Garelick.

O criador da série, Todd Kessler, contou à BBC que "o objetivo foi retratar o espíritoroleta funciona mesmoCoco Chanel da forma mais precisa possível" – e, ao mesmo tempo, criar um dramaroleta funciona mesmovários episódios que pudesse fazer os espectadores mudaremroleta funciona mesmoopinião sobre ela, dependendo das suas ações.

Para ele, "não é inspirador escrever 'vilões' ou 'heróis'. O que é inspirador é explorar a zona cinza, que me traz mais próximo da compreensão dos personagens e das decisões que eles precisaram tomar."

Ben Mendelsohn e John Malkovich

Crédito, Apple TV+

Legenda da foto, Ben Mendelsohn (em imagem com John Malkovich) interpreta o designer rival Christian Dior

O ator Ben Mendelsohn (na foto, com John Malkovich) interpreta o estilista Christian Dior, concorrenteroleta funciona mesmoChanel.

Kessler e Picardie destacam a importânciaroleta funciona mesmojulgar essas escolhas no angustiante contexto da época.

Kessler indica que, dois anos depois da ocupação, ninguém sabia que ela duraria apenas mais dois. Ela poderia ter permanecido indefinidamente.

"Todos os personagens tomavam decisões, às vezes várias decisões por dia, sobre como sobreviver e como chegar ao dia seguinte", destaca ele. "O medo, o terror diário que eles enfrentavam amplia a compaixão pelas decisões e escolhas que aquelas pessoas fizeram, como Coco Chanel, naquele período."

Entre as críticas da série, as mais intensas abordam a forma amenaroleta funciona mesmoapresentação do trabalhoroleta funciona mesmoChanel para os nazistas.

O jornal britânico The Guardian destaca que "o Holocausto é essencialmente eliminado da históriaroleta funciona mesmotrocaroleta funciona mesmouma rivalidade sobre tule" – uma observação justa sobre o Holocausto, embora, para mim, a série fale surpreendentemente pouco sobre vestidos.

Já o site RogerEbert.com chama a sérieroleta funciona mesmo"completo tratamento revisionistaroleta funciona mesmoChanel". Nela, "os roteiristas parecem dedicados a fazer todo o possível para minimizar ou restringir" a verdade sobre as ligaçõesroleta funciona mesmoChanel com os nazistas, segundo o site.

E sobre a Resistência Francesa?

Se for verdade que Coco Chanel também ajudou a Resistência, seu envolvimento terá sido menos pessoal do que a colaboração com os nazistas.

Picardie afirma que a casaroleta funciona mesmoChanel na Riviera escondia um transmissorroleta funciona mesmorádio usado pela Resistência e também serviuroleta funciona mesmorefúgio para judeus que tentavam fugir da França. E existem documentos dos arquivos franceses, que vieram recentemente a público, relacionando Chanel como membro da Resistência.

pelo menos um historiador que é cético quanto a essas afirmações. Mas uma exibiçãoroleta funciona mesmocartaz no Museu Victoria & Albertroleta funciona mesmoLondres, intitulada Gabrielle Chanel – Manifesto da Moda, exibe pela primeira vez ao público os documentos que mencionam Coco Chanel como membro da Resistência Francesa, ao ladoroleta funciona mesmoevidências do seu envolvimento com os nazistas.

A curadora da exibição, Oriole Cullen, declarou ao The Guardian que "as novas evidências não a inocentam. Elas apenas tornam o quadro mais complicado".

O possível trabalho desempenhado por Coco Chanel para a Resistência Francesa não foi incluídoroleta funciona mesmoThe New Look. Kessler afirma que queria encontrar pelo menos duas fontes estabelecidas para cada fato trabalhado e as evidências daroleta funciona mesmoajuda à Resistência "não surgiram ao longo do tempo".

Imagemroleta funciona mesmoCoco Chanel

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Talvez a designer mais influente do século 20, o legadoroleta funciona mesmoCoco Chanel foi manchado por suas ligações nazistas

Talvez a estilista mais influente do século 20, Coco Chanel teve seu legado manchado pelas suas conexões com os nazistas.

Na verdade, pouco depois da libertaçãoroleta funciona mesmoParis, Coco Chanel foi questionada pelas autoridades francesas sobre essas relações. Ela foi liberadaroleta funciona mesmoquestãoroleta funciona mesmohoras.

Os historiadores acreditam que, embora não haja evidências diretas,roleta funciona mesmoamizade com Churchill,roleta funciona mesmoalguma forma, foi responsável por ela ter escapado tão facilmente, seja por intervenção direta do primeiro-ministro ou não.

Chanel partiu rapidamente para a Suíça, para evitar eventuais represálias, e lá permaneceu por cercaroleta funciona mesmouma década. Seu romance com Spatz prosseguiu por anos depois da guerra e ela nunca enfrentou nenhuma consequência oficial pelas suas atividades durante o conflito.

The New Look aborda esses anos, mas não daremos spoilers sobre episódios que ainda não foram apresentados. Podemos apenas dizer que parte do que é mostrado é verdade e muita coisa, incluindo a participaçãoroleta funciona mesmoSpatz, está muito longe dos registros históricos.

A colaboraçãoroleta funciona mesmoChanel pode ter manchado seu legado, mas ela ainda é considerada uma das estilistas mais influentes do século 20. E as verdades obscuras sobre pessoas criativas nunca serão coisas do passado.

High & Low, por exemplo, é um documentário novo, envolvente e fascinante. Produzido por Kevin Macdonald, o filme conta a história do aclamado estilista britânico John Galliano, cuja carreira relembra aroleta funciona mesmoCoco Chanel.

Galliano se tornou diretorroleta funciona mesmocriação da Casaroleta funciona mesmoDior e perdeu o empregoroleta funciona mesmo2011, depoisroleta funciona mesmoaparecer embriagadoroleta funciona mesmovídeos, gritando insultos antissemitas.

Mas ele se arrependeu e voltou a trabalhar. Sua mais recente exibição para a Casa Margiela,roleta funciona mesmojaneiro, mereceu críticas arrebatadoras.

No documentário, o críticoroleta funciona mesmomoda e cultura do jornal The Washington Post Robin Givhan, vencedor do prêmio Pulitzer, fala sobre Gallianoroleta funciona mesmotermos que poderiam facilmente se aplicar a Coco Chanel.

Para Givhan, mesmo se você acreditar que Galliano merece uma segunda chance, você "ainda consegue sentir profundamente o que ele disse. É possível reter esses dois pensamentos contraditórios naroleta funciona mesmomente ao mesmo tempo."

A série The New Look está disponível na Apple TV+.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.