O escândalo da mulher agredida por policiaisvbet kriptodelegacia que mobilizou a Índia:vbet kripto
- Author, Geeta Pandey
- Role, BBC News, Nova Déli
"Um policial entrou e tirou meu sutiã, chutando meus seios. Por volta das seis da manhã, o delegado entrou na sala onde estava. Ele puxou minhas calças para baixo. Depois abaixou suas próprias calças e ameaçou me estuprar várias vezes se eu continuasse gritando por ajuda."
Este é o chocante relatovbet kriptouma mulhervbet kripto32 anos que, ao buscar ajudavbet kriptouma delegacia no estadovbet kriptoOdisha, na Índia, tornou-se vítimavbet kriptoagressões físicas e sexuais por parte dos policiais.
O incidente, ocorridovbet kripto15vbet kriptosetembro, gerou uma ondavbet kriptoindignaçãovbet kriptotodo o país e resultou na suspensãovbet kriptoquatro oficiais e na transferênciavbet kriptoum quinto.
A vítima, formadavbet kriptoDireito e proprietáriavbet kriptoum restaurante na capital do estado, Bhubaneswar, foi à delegaciavbet kriptoBharatpur com seu noivo, um oficial do exército, por volta da 1h, após o casal ter sido assediado por um grupovbet kriptohomens na rua.
Eles haviam fechado o restaurante e estavam retornando para casa quando os homens começaram a persegui-los.
Na delegacia, eles pediram à polícia que enviasse uma viatura para interceptar os assediadores, que ainda estavam próximos, mas, segundo a mulher, os policiais não só se recusaram a registrar a queixa como também começaram a insultá-los.
"Quando eu disse que era formadavbet kriptoDireito e conhecia meus direitos, eles ficaram ainda mais irritados", contou a mulhervbet kriptoum vídeo que viralizou nas redes sociais.
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As imagens mostram a mulher debilitada,vbet kriptouma cadeiravbet kriptorodas, com um colar cervical e o braço imobilizado. Ela aparece emocionada, desabandovbet kriptolágrimas várias vezes enquanto narra seu sofrimento para jornalistas.
A situação piorou quando, segundo ela, os policiais colocaram seu noivovbet kriptouma cela sem motivo aparente.
Ao tentar intervir e exigir explicações, a mulher foi violentamente agredida por duas policiais.
"Elas começaram a puxar meu cabelo e a me bater. Eu implorava para que parassem, mas elas me arrastaram pelo corredor. Uma delas tentou me estrangular, e quando eu reagi, amarraram minhas mãos e pernas e me trancaramvbet kriptouma sala", relatou.
Segundo a vítima, foi nessa sala que ocorreu o momento mais terrível — a sérievbet kriptoabusos descritos no início desta reportagem —, deixando-a ainda visivelmente abalada pelo trauma.
Após o incidente, a mulher foi presa e levada a um tribunal, onde um magistrado a colocou sob custódia.
No entanto, três dias depois, o tribunal superiorvbet kriptoOdisha interveio, libertando-a sob fiança e criticando duramente a conduta da polícia e do tribunal inferior que autorizouvbet kriptoprisão.
"Após uma análise cuidadosa dos registros, parece que as alegações são muito graves. Elas são uma afronta ao conceitovbet kriptouma sociedade democrática e ordeira", disse o juiz Aditya Kumar Mohapatra.
Ele também destacou que "a polícia não seguiu o procedimento estabelecido por lei ao prendê-la".
'Dignidade violada'
O juiz Mohapatra também criticou o magistrado por não ter considerado os elementos da denúncia e por ter negado a fiança à mulher.
"O magistrado falhouvbet kriptoaplicar seu discernimento judicial ao não conceder a fiança", disse o juiz, que acrescentou que as ações da polícia foram uma violação clara dos direitos legais da mulher.
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, com muitos ex-oficiais e oficiais do exércitovbet kriptoserviço compartilhando o vídeo da mulher e expressando apoio.
Isso se deve,vbet kriptoparte, ao fatovbet kriptoseu noivo ser um oficial do exército e seu pai um brigadeiro aposentado.
O Exército indiano, inclusive, enviou uma carta ao chefevbet kriptojustiça do tribunal superiorvbet kriptoOdisha, reclamando que o "oficialvbet kriptoserviço foi mantido sob custódia por quase 14 horas sem qualquer acusação" e que "a dignidadevbet kriptosua noiva, que também é filhavbet kriptoum brigadeiro aposentado, foi grosseiramente violada pelas autoridades policiais".
Namrata Chadha, advogada e ativista dos direitos das mulheres, visitou a mulher no hospital e ficou profundamente abalada com seu estado.
"Ela tem um ombro machucado, um corte no rosto e inchaço ao redor do olho. Está muito traumatizada. Enquanto falava comigo, seus olhos se encheramvbet kriptolágrimas várias vezes. Eu disse a ela: ‘Você terá que ser corajosa e enfrentar tudo’. Ela disse que lutará até o fim", disse Chadha à BBC.
Chadha também criticou a polícia por não seguir os procedimentos adequados ao lidar com uma denúncia feita por uma mulher.
"É dever da polícia ouvir a mulher pacientemente, acalmá-la, e não agirvbet kriptoforma agressiva. Mas, pelo que foi relatado, parece que as regras básicas não foram seguidas. Também, como não havia câmerasvbet kriptosegurança funcionando, sendo que o Supremo Tribunal da Índia exige que todas as delegacias estejam equipadas com CFTVs?", questionou a advogada.
O governo do estadovbet kriptoOdisha respondeu à indignação pública nomeando o juiz aposentado Chitta Ranjan Dash para conduzir uma investigação independente sobre o caso e apresentar um relatório dentrovbet kripto60 dias.
O oficial da divisãovbet kriptocrimes, Narendra Behera, informou que as acusações da mulher estão sendo investigadas e quevbet kriptodeclaração foi registrada.
Além disso, os sete homens acusadosvbet kriptoassediar o casal na rua foram presos, mas já foram liberados sob fiança.
Nas redes sociais, embora muitas pessoas tenham expressado apoio à vítima, algumas também culparam a mulher, questionando seu "caráter" por beber álcool e discutir com homens.
Esse tipovbet kriptoculpabilização da vítima é uma realidade comum na Índia, onde mulheres frequentemente enfrentam críticas por seu comportamento, vestuário ou hábitos, como destacou Chadha.
"É desolador ver esse tipovbet kriptoculpabilização da vítima. Ainda maisvbet kriptoum caso tão clarovbet kriptoviolência e abuso", lamentou.
O caso tem ganhado atenção especial por envolver uma mulhervbet kriptoclasse privilegiada, mas Chadha ressaltou que muitas mulheres comuns sofremvbet kriptosilêncio nas mãos da polícia.
"Este caso está recebendo atenção porque a mulher évbet kriptouma família influente. Mas ninguém sabe o que acontece dentro dessas delegacias quando mulheres comuns, sem conexões, vão buscar ajuda. Nós sempre dizemos às nossas filhas que, se estiveremvbet kriptoperigo, devem procurar a delegacia mais próxima. Dizemos que é o segundo lugar mais seguro, depoisvbet kriptocasa. O que vamos dizer a elas agora? Para onde elas podem ir?", questionou a advogada.