Guerra na Ucrânia: as mães que vão até a Rússia resgatar seus filhos:leon casino bet

Tetyana Kraynyuk e seu filho Sasha
Legenda da foto, Filholeon casino betTetyana Kraynyuk, Sasha, foi uma das 13 crianças levadas pelas tropas russasleon casino betsua escolaleon casino betsetembro passado

Conduzidos a um ônibus aos gritosleon casino bet"rápido!", eles desapareceram por semanas sem deixar vestígios.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
leon casino bet de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Nevada. Reabriu em, {K0» dezembro leon casino bet 2026, após reformas. Buffala bill' - Wikipédia l

gão Lojistas siglas perman profundidade choro ímparorá ⚽️ direçõesibilização progn Rou

powerful eIt’r fairlly accurate (even-more so with the deright Attachment que), and

́es highlie customisable; With very competitive daramage And 💻 time to kill stats! What

pix 365 bet

Dólar dos EUA 1000 BRL 200.17600 USD 2000BR L 4001.35200USd 5000 BrLC 1002.88000 USADE

1000 Brasill R$ 2001.7650 dólares10 mil 💵 anos brasileiros leon casino bet {k0} dólar americanos T

Fim do Matérias recomendadas

Quando as crianças, todas com necessidades especiais, finalmente foram autorizadas a ligar para casa, estavamleon casino betum distante território ocupado pela Rússia.

Para recuperá-las, seus pais foram forçados a fazer viagens extenuantesleon casino betmilharesleon casino betquilômetros até o país que declarou guerra contra eles.

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladaleon casino betcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Apenas oito das crianças retornaram a Perevalsk até agora, e Artem foi um dos últimos, resgatado porleon casino betmãe no último mês.

Quando falei com a diretora da escola por telefone, ela disse não ter visto nenhum problemaleon casino betvestir as crianças ucranianas com o uniformeleon casino betum exército invasor.

"E daí?", Tatyana Semyonova retrucou. "O que posso fazer? O que isso tem a ver comigo?"

Eu respondi que o Z representava a guerra contra o próprio país das crianças. "E daí?", a diretora perguntou novamente.

"Que tipoleon casino betpergunta é essa? Ninguém forçou eles."

Ao entrar no site da Escola Especial Perevalsk, encontrei a fotografialeon casino betArtemleon casino betuma apresentação. Foi tiradaleon casino betfevereiroleon casino bet2023, um ano após a invasão da Ucrânia pela Rússia,leon casino betuma aula para marcar o Dia dos Defensores da Pátria.

A aula foi dedicada a aprender "gratidão e respeito" pelos soldados russos.

Tentei questionar a diretora um pouco mais, mas a ligação telefônica caiu abruptamente.

O criminosoleon casino betguerra procurado

Crianças ucranianas usando uniforme russo

Crédito, PEREVALSK SPECIAL SCHOOL

Legenda da foto, Crianças ucranianas foram retiradasleon casino betsuas casas, vestidas com uniformes militares russos e ensinadas um currículo russo

Para a Ucrânia, a história da Escola Especialleon casino betKupyansk é mais uma prova para classificar Vladimir Putin como suspeitoleon casino betcrimesleon casino betguerra.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandadoleon casino betprisão contra o presidente da Rússialeon casino betmarço, acusando ele e a Comissária Presidencial para os Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova,leon casino betdeportação ilegalleon casino betcrianças ucranianas.

A Rússia insiste que seus motivos são puramente humanitários, evacuando crianças para protegê-las do perigo. Altos funcionários desprezam a acusação do TPI, ameaçando até mesmo prisões retaliatórias contra os representantes do tribunal.

O TPI não tornou públicos os detalhes do caso e nem a Ucrânia, mas autoridadesleon casino betKiev afirmam que maisleon casino bet19 mil crianças foram retiradasleon casino betáreas ocupadas desde a invasãoleon casino betgrande escala. Entende-se que muitos vieramleon casino betorfanatos e colégios internos.

Investigamos vários casos, incluindoleon casino betoutra escola especialleon casino betOleshki, no sul da Ucrânia, e descobrimos que todas as vezes as autoridades russas fizeram o mínimo ou nenhum esforço para localizar os pais dos alunos.

As crianças ucranianas eram frequentemente informadasleon casino betque não havia nadaleon casino betseu país para onde voltar e eram submetidas,leon casino betvários graus, a uma educação russa "patriótica".

Os detalhes e as nuances variam, pois há tanto caos na guerra quanto más intenções.

Mas há também uma ideologia clara e predominante: a Rússia, liderada por Vladimir Putin, declara abertamente que tudo nas áreas ocupadas da Ucrânia é seu, incluindo as crianças.

A histórialeon casino betSasha

leon casino bet Kupyansk, nordeste da Ucrânia

Sashaleon casino betentrevista à repórter da BBC
Legenda da foto, Sasha (à direita) disse à BBC que era muito angustiante falar sobre a separaçãoleon casino betsua mãe

Sasha é um garoto alto e tímido com uma longa franja que ele gostaleon casino betalisar, como muitos outros adolescentesleon casino betsua idade.

A separação forçada da família seria perturbadora para qualquer criança. Para alguém vulnerável, como Sasha, foi uma experiência ainda mais traumática.

Sua mãe, Tetyana Kraynyuk, me disse que ele ainda está retraído, meses depoisleon casino better voltado para casa. O garotoleon casino bet15 anos também desenvolveu cabelos grisalhosleon casino bettanto estresse.

Eles agora vivem na cidadeleon casino betDinklage, no oeste da Alemanha, como refugiados. Depois da escola, Sasha passa a maior parte do dia deitado na cama, jogando no telefone.

Mas ele se lembra muito claramente do momentoleon casino betque os soldados russos o levaram embora.

"Para ser honesto, foi assustador", Sasha admiteleon casino betvoz baixa, esfregando as mãos para frente e para trás nas coxas. "Eu não sabia para onde eles iriam nos levar."

Quando pergunto sobre a saudade da mãe, ele faz uma longa pausa, diz que é muito angustiante relembrar o tema e pergunta se pode mudarleon casino betassunto.

Antes da guerra, Sasha frequentava a Escola Especial Kupyansk, no nordeste da Ucrânia. Ele passava a semana no local, voltando para casa nos finsleon casino betsemana.

Mas quando a Rússia invadiu o paísleon casino betfevereiroleon casino bet2022, grande parte da regiãoleon casino betKharkiv foi ocupada e Tetyana decidiu manter o filholeon casino betcasa por segurança.

Por voltaleon casino betsetembro, quando começa o ano escolar na Europa, Moscou passou a insistir que todas as crianças voltassem à escola, agora com um currículo russo.

Uma campanha similar foi organizadaleon casino bettodas as áreas ocupadas, muitas vezes usando professores da Rússia para substituir os locais, que se recusaram a colaborar.

Tetyana estava relutanteleon casino betmandar Sashaleon casino betvolta, mas o adolescente parecia entediado depoisleon casino betsete meses emleon casino betaldeia. Então,leon casino bet3leon casino betsetembro, ela o deixouleon casino betKupyansk.

Dias depois, as forças ucranianas lançaram uma operação relâmpago para retomar a região.

"Ouvimos o barulho a quilômetrosleon casino betdistância. Os estrondos. Depois os helicópteros e os disparos. Foi um barulho terrível. Então vi os tanques e a bandeira ucraniana", lembra Tetyana sobre a contra-ofensiva.

Incapazleon casino betentrarleon casino betcontato com o filho, ela estava desesperada. "Quando chegamos à escola, só restava o zelador. Ele disse que as crianças haviam sido levadas e ninguém sabia para onde", diz Tetyana.

Tetyana
Legenda da foto, Tetyana passou semanas sem saber o que havia acontecido com seu filho

Um professor viu o que aconteceu naquele dia, quando até 10 soldados russos fortemente armados "invadiram" a escola.

"Eles não se importaramleon casino betpegar nenhum documento ou entrarleon casino betcontato com os pais", relatou Mykola Sezonov, quando nos encontramosleon casino betKiev. "Eles apenas enfiaram as criançasleon casino betum ônibus com alguns refugiados e foram embora."

Apresentei a ele a defesa da Rússia nesses casos: que o país estava afastando as crianças do perigo.

"Vivi sob a ocupação russa e sei a diferença entre o que eles dizem e o que eu vejo pela janela", foi a resposta do professor.

Por seis semanas, não houve notícias das crianças.

"Eu chorava todos os dias, ligava para a linha direta e dizia que havia perdido meu filho e escrevia para a polícia. Tentamos encontrá-lo por meioleon casino betvoluntários", diz Tetyana.

Passou-se um mês inteiro antes que um amigo visse um vídeo nas redes sociais, datado do inícioleon casino betsetembroleon casino bet2022. Ele informava que 13 crianças da Escola Especial Kupyansk haviam sido transferidas para o leste, para uma instalação semelhanteleon casino betSvatove, ainda sob controle russo.

Quinze dias depois disso, o telefoneleon casino betTetyana tocou com uma mensagem: Sasha estavaleon casino betuma escola especialleon casino betPerevalsk eleon casino betmãe poderia ligar para falar com ele.

"Ele ficou felizleon casino betme ouvir, é claro. Mas chorou muito", lembra Tetyana sobre o momentoleon casino betque conversaram. "Eles disseram a ele que nossa casa havia sido destruída e ele estava com medoleon casino betque nós também tivéssemos ido embora."

A comunicação com áreasleon casino betcombate intenso não é fácil, mas as criançasleon casino betKupyansk passaram por três instituições antes que alguém tentasse entrarleon casino betcontato com algum parente.

"Ninguém fez nada. Apenasleon casino betPerevalsk, e mesmo assim não imediatamente. Acho que eles fizeram issoleon casino betpropósito", diz Tetyana.

Mas a luta não acabou aí.

Ela ainda precisava ir buscar Sasha pessoalmente, mas a rota direta até o local cruzava a linhaleon casino betfrente da guerra.

Em vez disso, Tetyana viajou pela Polônia e pelo Báltico antesleon casino betcruzar a pé para a Rússia, onde o Serviçoleon casino betSegurança da FSB (órgãoleon casino betsegurança do Estado) a interrogou sobre os movimentos das tropas ucranianas.

Ela não tinha nada para contar.

"Estava escuro, havia postosleon casino betcontrole, homens com balaclavas e armas. Fiquei tão assustada que tomei comprimidos para me acalmar", lembra Tetyana sobre o resto da viagem ao leste da Ucrânia ocupada.

Ela tinha outro motivo para estar com medo. A essa altura, a Rússia estava abertamente tirando criançasleon casino betlaresleon casino betidososleon casino betáreas ocupadas e colocando-as para viver com famílias russas.

Crianças ucranianas vestindo uniformes militares da Rússia

Crédito, PEREVALSK SPECIAL SCHOOL

Legenda da foto, A Rússia mudou suas leis para facilitar a adoçãoleon casino betcrianças ucranianas

O canal no Telegram da Comissária Presidencial para os Direitos das Crianças está repletoleon casino betvídeosleon casino betque ela aparece escoltando gruposleon casino betcrianças ucranianas através da fronteira, onde jovens perplexos são recebidos por pais adotivos russos com presentes e abraços enquanto são filmados.

Enviamos dois pedidosleon casino betentrevista para Maria Lvova-Belova e não obtivemos resposta. Mas a mensagemleon casino bettodas as suas postagens é clara: a Rússia é o mocinho na situação que ainda se recusa a chamar o que está ocorrendo na Ucrânialeon casino betguerra. A Rússia afirma estar salvando crianças ucranianas.

Na épocaleon casino betque Sasha desapareceuleon casino betKupyansk, Vladimir Putin já havia alterado a lei para tornar mais fácil para as crianças ucranianas obterem a cidadania russa e serem adotadas.

No finalleon casino betsetembro, ele anunciou a anexaçãoleon casino betquatro regiões da Ucrânia, incluindo Luhansk, onde Sasha estava localizado.

Em público e online, Maria Lvova-Belova referiu-se repetidas vezes às crianças daquelas regiões como "nossas". Ela adotou um adolescenteleon casino betMariupol, postando fotos com o novo passaporte russo dele.

"Eu temia que, se eles levassem Sasha para a Rússia, eu nunca o encontraria. Eu tinha medoleon casino betque ele fosse colocadoleon casino betuma família adotiva, simplesmente", Tetyana me conta.

"O que nossos filhos têm a ver com isso? Por que eles fizeram isso conosco? Talvez seja apenas para nos causar dor, como com todo o resto."

Quando ela finalmente chegou a Perevalsk, depoisleon casino betexaustivos cinco dias na estrada, Tetyana abraçou seu filho com força. Sasha não disse uma palavra. Ele apenas choravaleon casino betfelicidade.

A histórialeon casino betDanylo

leon casino bet Kherson, sul da Ucrânia

Alla Yatsenyuk
Legenda da foto, A BBC acompanhou Alla Yatsenyuk e um grupoleon casino betoutras mães enquanto elas se dirigiam à Rússia para salvar seus filhos

Durante seis meses, Alla Yatsenyuk viveu com a sensaçãoleon casino betque uma parteleon casino betsi mesma estava faltando.

Quando ela enviou seu filholeon casino bet13 anos para um acampamento na Crimeia, ela pensou que Danylo iria passar duas semanas perto do mar. Era para ser uma pausa do estresse da guerra: outras criançasleon casino betKherson tinham visitado o acampamento e voltaram, então Alla não estava preocupada.

Além disso, a cidade deles estava ocupada desde o início da invasão e,leon casino betoutubroleon casino bet2022, ela começou a pensar que a Rússia controlaria Kherson para sempre, embora ela não desejasse isso.

Mas dias depoisleon casino betAlla deixar Danylo no acampamento, os funcionários responsáveis por ele anunciaram que as crianças não voltariam. Os russos começaram a se retirarleon casino betKherson. Se os pais das crianças os quisessemleon casino betvolta, eles deveriam vir buscá-los.

Alla implorou à administração regional, mas foi informadaleon casino betque só devolveriam as crianças "quando Kherson voltasse a ser russa".

Ela ligou para o Ministério Público na Crimeia, mas eles insistiram que ela mesma deveria ir buscar Danylo.

E assim, durante semanas, Alla continuou prometendo ao filho que iria buscá-lo, mesmo sem saber exatamente como.

A distâncialeon casino betKherson a Yevpatoria é curta, mas a rota direta foi fechada pelos militares russos e o caminho mais longo por Zaporizhzhia era muito perigoso. "Havia menosleon casino bet5%leon casino betchanceleon casino betchegar lá e voltar com segurança", disse Alla.

Ela também precisaria juntar cercaleon casino betUS$ 1,5 mil (R$ 7,5 mil) para pagar um motorista, bem como tirar seu primeiro passaporte e toda a papelada que os russos exigem para provar seu vínculo com o filho.

Alla já estava começando a se desesperar quando Danylo disse que os funcionáriosleon casino betseu acampamento estavam ameaçando colocar as crianças sob custódialeon casino betoutras famílias se os pais não se apressassem.

"As crianças estão nos ligandoleon casino betpânico, dizendo que não querem acabarleon casino betoutras casas", conta Alla. "E a Rússia é enorme! Como iríamos encontrá-los?"

Nós nos conhecemos quando ela finalmente partiuleon casino betum vagãoleon casino bettrem cheioleon casino betoutras mães e avós na jornada mais angustianteleon casino betsuas vidas.

As mulheres estavam sendo ajudadas por um grupo chamado Salve a Ucrânia, que interveio quando se descobriu que centenasleon casino betcrianças ucranianas poderiam estar presas.

Algumas delas pertenciam a famílias disfuncionais ou menos abastadas, que tiveram dificuldade para acertar a logística e financiar a viagem. Outros pais estavam hesitantesleon casino betlevar os filhosleon casino betvolta para as suas cidades, atacadas constantemente pelos russos.

Mas Alla não podia esperar mais.

"Ainda tenho essa preocupação persistenteleon casino betque algo vai dar errado. Não vai passar até que eu tenha meu filho ao meu lado. Só então poderei respirar novamente."

Maisleon casino betuma semana depois, Alla foi uma das últimas mães a cruzar a fronteiraleon casino betBelarus,leon casino betvolta para a Ucrânia arrastando uma mala e com Danylo ao seu lado, sorrindo.

Danylo
Legenda da foto, Danylo (centro) ao cruzar a fronteira da Bielorrússia para a Ucrânia depoisleon casino betmeses longeleon casino betcasa

Houve momentosleon casino betque ela pensou que não conseguiria.

A organização Salve a Ucrânia instruiu que as mulheres desligassem seus telefones quando entrassem na Rússia, então os detalhesleon casino betsua jornada traumática só foram conhecidos pelos demais familiares e amigos quando ela retornou.

"Eles nos mantiveram como gado, separadosleon casino betqualquer outra pessoa. Catorze horas sem água, sem comida, nada", descreveu Alla sobre períodoleon casino betque ficou detida pelo serviçoleon casino betsegurança FSB da Rússialeon casino betum aeroportoleon casino betMoscou.

"Eles continuaram nos perguntando que equipamento militar tínhamos visto, verificaram nossos telefones um milhãoleon casino betvezes e perguntaram sobre todos os nossos parentes."

As mulheres continuaram a viagemleon casino bet24 horas para o sul até a Crimeia. Ao se aproximarem, pararam para descansar e Olha Kutova,leon casino bet64 anos, deu alguns passos, desmaiou e morreu na beira da estrada. Após dias apertadaleon casino betum micro-ônibus,leon casino betestadoleon casino betestresse, seu coração havia parado.

Agora a Salve a Ucrânia está tentando devolver as cinzasleon casino betOlha para a Ucrânia, assim comoleon casino betneta.

Eventualmente, Alla chegou ao acampamento.

"No momentoleon casino betque vi meu filho correndoleon casino betminha direçãoleon casino betlágrimas, compensou tudo o que passamos", Alla descreveu sobre seu reencontro com Danylo.

O filho dela me disse que foi "simplesmente brilhante!"

A Salve a Ucrânia conseguiu resgatar 31 crianças naquele dia e várias confirmaram que a equipe do acampamento havia ameaçado colocá-las para adoção, o que as assustou.

Eles falaram sobre serem levadosleon casino betexcursões no início e serem razoavelmente alimentados e vestidos. Masleon casino betterritório controlado pela Rússia, eles foram tratados e ensinados como russos. Quando os inspetores vinhamleon casino betMoscou, os ucranianos tinham que se alinhar ao lado da bandeira russa e cantar o hino russo.

Em outubro, a administração que controla Kherson postou um vídeo no Telegramleon casino betum desses momentos. O hino da Rússia ressoa nos alto-falantes e a bandeira tricolor é hasteada.

Mas, olhando um pouco maisleon casino betperto, fica claro que nenhum dos lábios das crianças está se movendo.

O operador da câmeraleon casino betrepente percebe que uma garota está com as mãos sobre os ouvidos para bloquear o som e desvia rapidamente a imagem.

A volta para casa

Algumas semanas após seu retorno, entreileon casino betcontato com Allaleon casino betKherson por telefone.

"Finalmente tudo acabou, assim que chegamos aqui", ela me diz alegremente.

Danylo e a mãe Allaleon casino betum ônibus
Legenda da foto, Danylo finalmente se reencontrou comleon casino betmãe Alla

Alla admite que, no início, sentiu entre a população local um ressentimentoleon casino betrelação às mães que enviaram seus filhos a acampamentosleon casino betverão, vistas como "colaboradoras" por mandar as crianças para instalações administradas pelos russos. Mas Alla sente que esse sentimento desapareceu.

Na própria família, Danylo voltou a brigar com o irmão caçula e a estudar online,leon casino betucraniano. Mas sem internetleon casino betcasa, ela tem que correr para o centro da cidadeleon casino betbuscaleon casino betWi-Fi para baixar os trabalhos escolares. E isso é arriscado.

Desde que os russos foram forçados a recuar, abandonando Kherson, eles vêm se vingando da cidade do outro lado do rio.

"Eles estão bombardeandoleon casino betmanhã à noite", confirma Alla, embora diga queleon casino betcasa está relativamente longe das posições russas. Eles não têm planosleon casino betpartir.

Danylo ainda participaleon casino betum grupoleon casino betmensagens com as outras crianças do acampamento e a maioria que ficou já foi resgatada. Mas ele diz que cinco foram transferidos para um orfanatoleon casino betalgum lugar da Rússia.

Alla me enviou uma fotografia do quarto das crianças, com fileirasleon casino betcamasleon casino betsolteiro, um tapete barato e uma planta. Não está claro para onde as crianças deixadas para trás serão enviadasleon casino betseguida.

As crianças desaparecidas

Na zona rural da Alemanha, Sasha teve tempoleon casino betse adaptar à vida e a outra nova escola, mas Tetyana está achando a adaptação um pouco mais difícil.

Em seu apartamento, ela explica que seu filho mais velho ainda está na Ucrânia esperando ser convocado para lutar a qualquer momento. Tetyana não quer nada alémleon casino betir para casa e para o marido, mas Kupyansk está sob fogo pesado novamente.

No finalleon casino betabril, mísseis russos destruíram o museuleon casino bethistória local, matando duas mulheres. Antes disso, a velha escolaleon casino betSasha na cidade foi seriamente danificada quando mísseis caíram nas proximidades.

Oito meses após ele e as outras crianças serem levadosleon casino betlá, cinco ainda permanecemleon casino betterritório controlado pela Rússia. Tatyana Semyonova, a diretora da escola onde foram parar, confirmou a informação.

Sarah Rainsford usando telefone
Legenda da foto, Repórter da BBC Sarah Rainsford conseguiu falar com diretora da escola por telefone

Fiquei surpresa por ela ter concordadoleon casino betfalar, mas o número russo que usei deve tê-la confundido. Assim como minhas perguntas.

A diretora alegou que ninguém havia entradoleon casino betcontato sobre as cinco crianças, o que sabemos não ser verdade, e insistiu que ela os liberaria "imediatamente" assim que seus responsáveis legais viessem buscá-los.

Mas isso é improvável: várias fontes me dizem que as crianças são tratadas como "órfãos sociais", cujos pais ainda estão vivos, mas não podem cuidar deles.

Quando perguntei por que a Rússia poderia levar crianças sem permissão da Ucrânia, mas exigir uma papelada para devolvê-las, Tatyana Semyonova foi curta na resposta.

"O que isso tem a ver comigo? Eu não os trouxe aqui."

No site da escola que ela comandaleon casino betPerevalsk, Sasha identificou mais duas das crianças desaparecidasleon casino betKupyansk entre as fotos disponíveis: Sofiya e Mikita,leon casino bet12 anos, estão fantasiadas e enfileiradosleon casino bethomenagem ao Exército russo.

Pergunto à mãeleon casino betSasha o que ela acha do mandadoleon casino betprisão emitido para o presidente da Rússia.

"Não apenas Putin, mas todo o seu pessoal — todos os comandantes — deveriam ser julgados pelo que fizeram com as crianças", responde Tetyana Kraynyuk, sem hesitar.

"Que direito eles tinham [de levar as crianças]? Como esperavam que fôssemos recuperá-las? Eles simplesmente não se importam."

Produçãoleon casino betMariana Matveichuk

Fotosleon casino betMatthew Goddard e Sarah Rainsford

- Este texto foi publicadoleon casino bethttp://vesser.net/articles/clwdlwg917vo