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Essequibo: como o conflito por território reivindicado pela Venezuela é visto na Guiana:voucher bet365
Para a Venezuela, porém, a questão não é tão simples como explica o comerciante guianês.
Times | P | |
1 | Athletico-PR | 0 |
2 | Atltico Goianiense | 0 |
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MANDANTE | PVM | VISITANTE |
CRUZEIRO | 23.05 | PALMEIRAS |
INTERNACIONAL | 25.11 | BOTAFOGO |
CORITIBA | 23.21 | CORINTHIANS |
BAHIA | 19.28 | ATLTICO-MG |
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Fim do Matérias recomendadas
O governo venezuelano baseia seu pontovoucher bet365vista no fatovoucher bet365Essequibo ter pertencido à Capitania Geral da Venezuela do Império Espanhol e, após a independência do paísvoucher bet3651811, o território ter continuado sob controle do país durante alguns anos.
O cenário começou a mudarvoucher bet3651814, quando o Reino Unido comprou da Holanda as terras que se tornariam a Guiana Inglesa, cujas fronteiras com a Venezuela não estavam bem definidas.
Em 1899, o governo venezuelano denunciou que o Reino Unido estava invadindo o seu território e concordouvoucher bet365levar o assunto a um tribunalvoucher bet365Paris.
Como apontou Green, a questão foi então considerada resolvida quando a Sentença Arbitralvoucher bet365Paris decidiu a favor do Reino Unido.
Mas quatro décadas depois, a Venezuela encontrou provasvoucher bet365uma suposta injustiça durante o processo judicial e reativou a demanda. Após a independência da Guianavoucher bet3651966 e a assinaturavoucher bet365um acordo no mesmo ano, o assunto permaneceu como uma pendência até hoje.
Green visitou repetidamente a região disputada com seu grupovoucher bet365música cristã e diz que fica felizvoucher bet365saber que o território pertence à Guiana.
"É um dos lugares mais bonitos da Guiana. Com todas as paisagens, muita cultura e a comida que vem daquela região", continua ele.
"Temos coisas demais: ouro, bauxita, diamantes... Meu Deus! Essa riqueza é a nossa herança", exclama ele, com entusiasmo.
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Região ricavoucher bet365recursos
Essequibo évoucher bet365fato uma região ricavoucher bet365recursos naturais e minerais.
Desde 2015, quando foram descobertos vastos depósitosvoucher bet365petróleo ao longo da costa da região, a Venezuela aumentou progressivamente a antiga reivindicação sobre o território.
"Não existem queixas", diz sem rodeios Ron, um trabalhador da construção civil guianês que vivevoucher bet365Georgetown.
"Nascemos e crescemos sabendo que Essequibo pertence à Guiana. Estamos confiantesvoucher bet365que seremos vitoriososvoucher bet365tudo o que (Nicolás) Maduro tentar alcançar", acrescenta ele.
O presidente da Venezuela convocou um referendo no iníciovoucher bet365dezembro para consultar os cidadãos do seu país sobre a reivindicação do território, também conhecido como Guayana Essequiba.
Segundo as autoridades venezuelanas, os eleitores aprovaram as propostas do governo, que incluem a criação do Estado da Guiana Essequiba como parte do território venezuelano.
Dois dias depois do referendo, Maduro solicitou a aprovaçãovoucher bet365uma lei para criar este novo Estado venezuelano e pediu à petrolífera estatal PDVSA que começasse a conceder licençasvoucher bet365exploraçãovoucher bet365Essequibo.
'Deveríamos ser consultados'
Narayan Rampertap nasceu e cresceuvoucher bet365Essequibo e confessa que ignorou durante muito tempo que avoucher bet365terra natal era reivindicada pela Venezuela.
"Nunca ouvimos nada sobre isso, e tenho 56 anos. No começo, pensei que fosse propaganda, mas agora percebo que é real", diz a mulher, que hoje moravoucher bet365Georgetown.
"Isso tudo é estressante, porque minha irmã e meus sobrinhos moram lá (em Essequibo) e, se essa grande parte da Guiana virar Venezuela, então o que será a Guiana? Vamos fazer parte da Venezuela? Não gosto disso."
Ela destaca que a Venezuela estávoucher bet365crise e que Nicolás Maduro deveria se concentrarvoucher bet365"cuidar do seu povo".
"Muitos guianêses foram para a Venezuela para escapar da pobreza e agora tiveram que retornar", continua ele.
"Ele não deveria ter organizado um referendo perguntando ao seu povo. Ele deveria perguntar o que nós queremos."
Medovoucher bet365uma invasão?
Thomas Singh, pesquisador da Universidade da Guiana, visitou Essequibo na véspera do referendo e diz que o clima na região era sombrio, "muito diferente" do resto da Guiana.
"Enquanto na Guiana havia um climavoucher bet365ameaça latente, um medovoucher bet365uma intervenção venezuelana e pessoas organizando manifestações para demonstrar a unidade nacional,voucher bet365Essequibo poucos pensavam que haveria uma invasão militar", acrescenta o acadêmico.
"Os habitantesvoucher bet365Essequibo são guianêses e se sentem guianêses, mas alguns responderam que aceitariam uma carteiravoucher bet365identidade venezuelana se realmente não tivessem outra opção."
"Se eles sentissem que a segurança e os meiosvoucher bet365subsistência estavam sendo ameaçados e acreditassem que poderiam continuar a vivervoucher bet365paz aceitando uma identidade venezuelana, eles o fariam", avalia o pesquisador.
Talvez a proposta mais controversa do referendo venezuelano tenha sido justamente avoucher bet365conceder a cidadania venezuelana aos habitantesvoucher bet365Essequibo.
Guianêses com conexões venezuelanas
Durante décadas, a Guiana foi a segunda nação mais pobre da América do Sul, à frente apenas da Bolívia.
Isso transformou o paísvoucher bet365uma terravoucher bet365migrantes que buscavam uma vida melhorvoucher bet365outros países, inclusive na Venezuela.
De acordo com o censo venezuelanovoucher bet3652001, naquele ano pouco maisvoucher bet3656 mil guianeses viviam na Venezuela.
Oriana fazia parte dessa estatística.
Ela decidiu se estabelecervoucher bet365Sierra Imataca, cidade do Estadovoucher bet365Delta Amacuro, na fronteira com Essequibo, onde viveu cercavoucher bet36530 anos com os filhos. Ela afirma que sempre foi "muito bem" tratada e nunca teve problemas por ser guianesa.
Há alguns anos, Oriana regressou à terra natal devido à situação econômica da Venezuela. Agora, ela tem uma barracavoucher bet365comida venezuelanavoucher bet365Georgetown.
"Tenhovoucher bet365tudo: empanadas, arepas, cachapas, pãezinhos, pepitos, hambúrgueres, cachorros-quentes...", diz ela.
Quanto ao conflitovoucher bet365Essequibo, ela pede apenas que tudo seja resolvidovoucher bet365forma pacífica.
"Não queremos guerra. Se conseguirmos encontrar uma solução sem guerra, melhor."
Adrian Smith é outro guianês que morou na Venezuela. Ele chegouvoucher bet365San Félix, no Estadovoucher bet365Bolívar, com apenas 8 anos.
"Nascivoucher bet365Essequibo e cresci na Venezuela. Não tenho nacionalidade venezuelana, mas meus filhos possuem", diz ele, que moravoucher bet365Anna Regina, cidade localizada no noroestevoucher bet365Essequibo.
Após 34 anos na Venezuela, Smith saiuvoucher bet365casa, vendeu os carros e tudo que havia construído emvoucher bet365terra adotiva para retornar ao paísvoucher bet365origem.
"Agora, Essequibo é muito melhor que a Venezuela. Lá não se pode mais conviver com criminosos nem com o sistemavoucher bet365governo."
Smith acredita que a Venezuela não vai agredir a Guiana e tenta acalmar os compatriotas que temem uma invasão.
Venezuelanos na Guiana
De fato, o fluxo migratório entre a Venezuela e a Guiana se inverteu nos últimos anos. Atualmente, não são apenas os guianêses que fazem a viagemvoucher bet365regresso. Cada vez mais venezuelanos procuram melhores oportunidades do outro lado da fronteira.
Enquanto a Venezuela atravessa uma intensa crise econômica há quase uma década, a Guiana não paravoucher bet365crescer. O PIB do país deverá aumentar 25% este ano, depoisvoucher bet365ter subido 57,8%voucher bet3652022.
Cristian Anton mudou-se do Estadovoucher bet365Bolívar, na Venezuela, para Georgetown há alguns anos.
"Todos sabem que o governo venezuelano não é bom, e por isso vim para a Guiana", diz o venezuelano, que atualmente trabalha como entregador.
Anton acrescenta que, quando chegou, não sofria com a xenofobia — mas diante da situação atual é frequentemente confrontado e ouve "fortes grosserias".
"Parece que estamos lutando contra eles. Para ser claro, digo que isso (Essequibo) não é a nossa preocupação. Esses são problemas políticos", continua ele, antesvoucher bet365insistir que está na Guiana apenas para trabalhar e empreender.
Anton confessa que, se dependesse dele, jamais entregaria Essequibo ao governovoucher bet365seu país.
"Essas pessoas não estão fazendo nadavoucher bet365bom. Se vão colocar os moradoresvoucher bet365lá (Essequibo)voucher bet365dificuldades, melhor não fazer isso."
Mas, no final, ele diz que, como venezuelano, quer que esse território seja entregue "a quem tem razão e a quem realmente o merece".
Maria*, outra venezuelana que vivevoucher bet365Georgetown há quase uma década e prefere permanecer anônima, também sofreu com o aumento das tensões entre a Guiana e a Venezuela.
Ela garante que a situação atual é muito tensa e que tem recebido "muitas" mensagensvoucher bet365ódio e até ameaças.
Ela admite que na Guiana viveu "alguns" episódiosvoucher bet365xenofobia, mas que são raros.
"Os venezuelanos que vivem aqui só querem paz e tranquilidade para continuar a ajudar as nossas famílias. Não concordamos com a guerra", continua.
Maria, que possui uma grande redevoucher bet365seguidores nas redes sociais, costumava postar conteúdos sobre a Guiana.
Mas ela começou a receber ameaças depoisvoucher bet365expressar o seu desacordo com o referendo. Desde então, teve que esconder a própria identidade.
"Eles têm que perguntar às pessoas que vivemvoucher bet365Essequibo, não às pessoas da Venezuela que não sabem como é a situação lá", opina ela.
Tal como muitos dos seus compatriotas, Maria não acredita que o assunto irá mais longe. Para ela, o governo venezuelano usa a disputa por Essequibo como um "truque político" para distrair a populaçãovoucher bet365uma questão que muitos consideram mais importante: a eleição presidencial, marcada para o próximo ano.
*O nome verdadeiro foi alterado para proteger a identidade da entrevistada.
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