Presidente da Guiana não descarta base americana no país para defender Essequibo: 'Faremos o que for necessário':betspeed confiavel
Nas últimas semanas, a região ganhou destaque internacional após o governo venezuelano realizar um referendo sobre a criaçãobetspeed confiavelum novo Estado na áreabetspeed confiavelEssequibo e depois que Maduro anunciou a indicaçãobetspeed confiavelum governador para o futuro estado.
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Em meio à escalada sobre o assunto, o Ministério da Defesa do Brasil reforçou a segurançabetspeed confiavelRoraima, Estado que faz divisa com a Venezuela e com a Guiana.
Na semana passada, o governo norte-americano comunicou a realizaçãobetspeed confiavelexercícios militaresbetspeed confiavelparceria com a Guiana no espaço aéreo do país. Na mesma semana, o Departamentobetspeed confiavelEstado dos Estados Unidos anunciou que daria suporte "inabalável" à soberania da Guiana.
Essequibo é uma região disputada pelos dois países há maisbetspeed confiavelum século. A área tem aproximadamente 160 mil quilômetros quadrados e é nabetspeed confiavelcosta que a petroleira ExxonMobil descobriu,betspeed confiavel2015, reservas equivalentes a 11 bilhõesbetspeed confiavelbarrisbetspeed confiavelpetróleo. Nos últimos anos, a economia do paísbetspeed confiavelaproximadamente 800 mil habitantes foi uma das que mais cresceu no mundo. Seu produto interno bruto (PIB) deverá crescer 25% este ano, depoisbetspeed confiavelter expandido 57,8%betspeed confiavel2022.
Desde as descobertasbetspeed confiavelpetróleo, o governo venezuelano vem aumentando o tombetspeed confiaveltorno da região.
No dia 1ºbetspeed confiaveldezembro, a Corte Internacionalbetspeed confiavelJustiça (CIJ), provocada pelo governo guianense, emitiu uma sentença determinando que a Venezuela não poderia tomar medidas para incorporar Essequibo ao seu território. O governobetspeed confiavelNicolás Maduro, no entanto, anunciou não reconhecer a legitimidade da Corte para resolver a disputa.
Nas ruasbetspeed confiavelGeorgetown, a elevação da temperatura do assunto é visível no trânsito da capital. Em diversos pontos da cidade, é possível ver cartazes e outdoors com os dizeres: Essequibo belongs to Guyana (Essequibo pertence à Guiana, na tradução direta do inglês).
Na entrevista à BBC News Brasil à BBC Mundo, o presidente do país diz ainda que é importante conversar com "os vizinhos", mas que um possível acordo sobre recursos petrolíferosbetspeed confiavelEssequibo está forabetspeed confiavelquestão.
"Isso não acontecerá", disse.
Confira os principais trechos da entrevista.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O senhor terá uma reunião com Maduro na quinta-feira. O que espera deste encontro e o que gostariabetspeed confiaveldizer a ele?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Em primeiro lugar, a Guiana é um país pacífico. Nós não somos os agressores. Não ameaçamos ninguém. Não ameaçamos com o uso da força. Ao mesmo tempo, a Guiana fará tudo o que estiver ao seu alcance, dentro dos domínios do direito internacional, para garantir que a nossa integridade territorial e soberania fiquem intactas ebetspeed confiavelvigor.
Nossas fronteiras foram resolvidasbetspeed confiavel1899 (anobetspeed confiavelque foi emitida a Sentença Arbitralbetspeed confiavelParis, que definiu as atuais fronteiras da Guiana e Venezuela) [...] Todos os nossos parceiros nesta região, incluindo o Brasil, a Caricom (Mercado Comum e Comunidade do Caribe), a Celac ( Comunidadebetspeed confiavelEstados Latino-Americanos e Caribenhos), os Estados Unidos, o Hemisfério Ocidental e a comunidade internacional respeitam a sentença arbitralbetspeed confiavel1899 [...]
Sobre as conversasbetspeed confiavelquinta-feira, como bons vizinhos, temos que conviver e trabalhar para garantir que esta região continue a ser uma regiãobetspeed confiavelpaz e estabilidade […] Essas conversas visam reduzir as ameaçasbetspeed confiaveluso da força por parte da Venezuela, porque a Guiana não faz ameaças a ninguém.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Mas o que exatamente o senhor gostariabetspeed confiaveldizer a Maduro?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Eu diria a ele muito claramente que a Guiana é um país que vivebetspeed confiavelpaz. Não temos outra ambição senão a segurança e a proteção da nossa soberania e integridade territorial. A nossa única ambição é avançar como paísbetspeed confiavelforma pacífica, trabalhar numa coexistência pacífica com os nossos vizinhos, apoiar os nossos vizinhos nos seus próprios desenvolvimentos. E esperamos respeito à nossa fronteira e que a Venezuela não ajabetspeed confiavelforma imprudente ou aventureira e que trabalhemos juntos para garantir a paz e a estabilidade da nossa região.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O senhor teme que o governo venezuelano possa realmente invadir Essequibo?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali - Não temos medo. O que temos é que nos preparar para qualquer eventualidade por causa da retórica que vem da Venezuela. A Venezuela fez um referendo e, antes disso, fomos à Corte Internacionalbetspeed confiavelJustiça para tomar medidas cautelares devido ao fatobetspeed confiavelque algumas das questões do referendo apontavam para a anexaçãobetspeed confiavelEssequibo. Então, estamos muito preocupados com isso. Nós envolvemos nossos parceiros internacionais. Temos uma longa colaboração com o Departamentobetspeed confiavelDefesa dos Estados Unidos e temos muitos programasbetspeed confiaveltreinamento e exercícios conjuntos que estão sendo realizados e que vão continuar. Vamos acionar e trabalharbetspeed confiavelforma constante com a comunidade internacional para garantir que a Venezuela não ajabetspeed confiaveluma forma que afete a nossa integridade territorial e a nossa soberania.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Na semana passada, houve exercícios entre militares dos Estados Unidos e da Guiana. O senhor pediu algum tipobetspeed confiavelapoio militar norte-americano no casobetspeed confiaveluma invasão realizada pela Venezuela?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – A cooperação militar ebetspeed confiaveldefesa entre os Estados Unidos e a Guiana tem sido muito ampla. Tudo isso faz parte da nossa estratégiabetspeed confiaveldefesa e ela continuará a crescer. Teremos mais programasbetspeed confiavelformação, mais intercâmbios conjuntos e, claro, não só com os Estados Unidos. Estamos falando com vários dos nossos parceirosbetspeed confiavelrelação à Venezuela e àbetspeed confiavelretórica.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Seu governo está disposto a permitir a criaçãobetspeed confiaveluma base militar dos Estados Unidos dentro da Guiana?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Como disse antes, faremos tudo o que for necessário para garantir a soberania e a integridade territorial da Guiana. Estamos monitorando todas as ações da Venezuela. Trabalharemos monitorandobetspeed confiavelforma abrangente o comportamento da Venezuela.
Estamos analisando toda a inteligência e no momento certo tomaremos a decisão apropriada. Mas custe o que custar, custe o que custar, com os nossos parceiros bilaterais, com os nossos parceiros internacionais para proteger a segurança, a integridade territorial e a soberania da Guiana, nós o faremos.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Mas isso inclui uma base militar americana na Guiana?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Isso inclui o apoiobetspeed confiaveltodos os nossos aliados, não importa o formato que isso venha a ter. Não posso ser mais claro que isso. Devemos garantir que a segurança, a integridade territorial e a soberania do nosso país estejam asseguradas e protegidas. Esse é o nosso objetivo principal.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O governo venezuelano alega que, como Essequibo é uma regiãobetspeed confiaveldisputa, a Guiana não poderia ter emitido licenças para empresasbetspeed confiavelpetróleo como a ExxonMobil. Como o senhor responde a essas alegações?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Essequibo pertence total e integralmente à Guiana. Isto foi resolvidobetspeed confiavel1899. A Venezuela e a Guiana participaram no estabelecimento dos marcos fronteiriços [...] Temos todos os direitosbetspeed confiavelemitir qualquer licença, fazer qualquer investimento e o desenvolvimento que quisermos.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Há poucos dias, Maduro disse que a Guiana e a ExxonMobil deveriam se sentar com a Venezuela para discutir esse assunto. À medidabetspeed confiavelque o senhor terá essa reunião com ele, existe algo com o que o senhor estaria disposto a se comprometer para diminuir as tensões?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – O que é interessante é que, à população local na Venezuela, o presidente Maduro diz que a Exxon é o imperialismo. Ainda assim, ele está trabalhando ativamente para fazer com que a Chevron, BP (Chevron e BP - British Petroleum são empresas petrolíferas) e até mesmo outras empresas multinacionais voltem a investir na Venezuela.
Nós temos muitas coisas para discutir. Temos a segurança energética regional, o desenvolvimento da região, como podemos trabalhar juntos nas mudanças climáticas? Como podemos coexistir? Como podemos reduzir as tensões? Mas não vamos comprometer nenhum desenvolvimento que tenhamosbetspeed confiavelEssequibo ou a posição do Estadobetspeed confiavelque este caso será determinado pela Corte Internacionalbetspeed confiavelJustiça.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Existe algum meio-termo que a Guiana e Venezuela poderiam alcançar durante essa reunião?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali - Meio-termobetspeed confiavelrelação a quê?
betspeed confiavel BBC News Brasil - Em relação à controvérsia envolvendo Essequibo…
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – O tribunal (menção à Corte Internacionalbetspeed confiavelJustiça) determinará o mérito da controvérsia. Não há negociações sobre isso.
betspeed confiavel BBC News Brasil - E sobre as reservasbetspeed confiavelpetróleo? Existe um meio-termo sobre o qual o senhor estaria disposto a discutir com Maduro?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Se é das reservasbetspeed confiavelpetróleo que você está falando, então são reservas que pertencem à Guiana. E queremos desenvolver as nossas reservasbetspeed confiavelpetróleo no contexto da segurança energética regional. Se há investimentos na região que alguém queira discutir, inclusive da Venezuela, podemos olhar e examiná-los, mas todas as reservasbetspeed confiavelpetróleo são da Guiana.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O senhor disse que conversou com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Gostariabetspeed confiavelperguntar: o senhor acredita que Lula está fazendo o suficiente para diminuir as tensões?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Antesbetspeed confiavelmais nada, o presidente Lula tem sido muito ativo. Estivemosbetspeed confiavelcontatobetspeed confiavelmaisbetspeed confiaveluma ocasião. Ele deixou bem claro que apoia a Guiana, que apoia os termos do acordobetspeed confiavel1899 e que apoia o processo do direito internacional para garantir que a Corte Internacionalbetspeed confiavelJustiça seja respeitada. Ele também me procurou para conversar e me reunir com o presidente Maduro para diminuir a tensão e garantir que a ameaça da força seja retirada da equação. Ebetspeed confiavelrespeito ao presidente Lula e a todos os líderes da região, estamos tendo esta conversa.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O presidente Lula ofereceu algum tipobetspeed confiavelapoio militar?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – O Brasil é um dos nossos parceiros. Tivemos muitos compromissos militares juntos. Tenho certezabetspeed confiavelque as Forçasbetspeed confiavelDefesa da Guiana ebetspeed confiavelseus homólogos estãobetspeed confiaveldiscussões contínuas.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Ainda não está claro para mim: o presidente brasileiro ofereceu algum tipobetspeed confiavelapoio militarbetspeed confiavelrelação a esta crise no casobetspeed confiaveluma invasão venezuelana?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Os militares brasileiros e da Guiana estão tendo conversas. Isso é tudo que posso dizer.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Dados os acontecimentos recentes, o senhor considera fortalecer as forças militares da Guiana?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Isso é precisamente o motivo pelo qual nós estamos tendo esses programasbetspeed confiaveltreinamentos e esses intercâmbios. Por que nós temos que fortalecer nossas forçasbetspeed confiaveldefesa para preservar a paz e garantir que nossas fronteiras estejam protegidas.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Mas neste momento a Guiana tem receitas enormes provenientes das reservasbetspeed confiavelpetróleo. O senhor vai usar essas receitas para fortalecer suas forças armadas?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Nos últimos três anos, temos trabalhado num programa abrangente para recapitalizar, modernizar e equipar as forças armadas. Portanto, sim, estamos trabalhando num pacotebetspeed confiavelinvestimentos estratégicos para as Forçasbetspeed confiavelDefesa da Guiana, não apenas do pontobetspeed confiavelvista material, mas também do pontobetspeed confiavelvista dos recursos humanos.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Essa crisebetspeed confiaveltornobetspeed confiavelEssequibo acelerou esses planos?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Nosso plano era muito agressivo. Tínhamos um plano muito estratégico e esse plano está se desenrolando dentro do prazo. É claro, estamos pesando todas as opções e onde estão as necessidades. Estamos avançandobetspeed confiavelcertos aspectos do plano e esses pontos foram avançados imediatamente.
betspeed confiavel BBC News Brasil - A Venezuela tem um exército muito maior e mais bem equipado que o da Guiana. Como a Guiana reagiria a uma invasão militar vinda da Venezuela?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Nós temos amigos. Nós temos aliados. Temos trabalhando com a comunidade internacional. A Guiana não está sozinha. Eu não entraria no detalhe dos nossos relacionamentos, mas nós temos conversado com a França, o Reino Unido, com os Estados Unidos e nossos amigos não vão permitir que a Guiana seja prejudicada.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Qual a situação atual das pessoas que vivembetspeed confiavelEssequibo? Alguns deles têm dito que estão preocupados…
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – É claro que quando temos um presidente fazendo ameaças, as pessoas ficam preocupadas e elas têm todo o direitobetspeed confiavelestar. Mas nós garantimos a todos os cidadãos da Guiana, especialmente aos que vivem na fronteira, que não há absolutamente nada a temer. Estamos trabalhando todos os dias para garantir que a soberania e a integridade territorial da Guiana permaneçam intactas e que iremos avançar nosso trabalho sem qualquer medo.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Alguns membros da oposição aqui na Guiana têm alegado que o seu governo deveria restringir direitos civisbetspeed confiavelvenezuelanos com cidadania guianense. Um desses direitos seria o direitobetspeed confiavelvoto. O seu governo está disposto a restringir o direitobetspeed confiavelvoto dos venezuelanos?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Somos um país pacífico. Trabalhamos com as normas internacionais. Temos migrantes que vêm da Venezuela e os tratamos com dignidade. Queremos dar-lhes os direitos básicos. Isso é quem somos como guianenses. Não podemos permitir que Maduro ou os instrumentosbetspeed confiavelMaduro mudem quem somos como povo, como país [...] a forma como tratamos os nossos semelhantes. Isso não pode mudar com base na retórica.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Gostariabetspeed confiavelvoltarbetspeed confiavelum tema para que o assunto fique mais claro. A crisebetspeed confiavelEssequibo fez com que seu governo acelerasse os planos para fortalecer suas forças armadas?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali - Como eu disse, temos um plano estratégico para fortalecer as nossas forças armadas [...] Esse plano estábetspeed confiavelfasebetspeed confiavelimplementação. À medida que a ameaça aumenta, estamos acelerando o plano. Há algumas atividades que estavam mais adiante e que estamos trazendo para um prazo imediato. Então, sim. Estou confiantebetspeed confiavelque o plano foi reestruturado e acelerado e isso é consequência do ambientebetspeed confiavelque estamos.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Minha próxima pergunta é sobre outra crise: a climática. Durante a COP 28, cientistas e ambientalistas têm dito que o mundo deveria iniciar uma eliminação gradual dos combustíveis fósseis. Mas seu país depende bastante das receitas provenientes da exploração do petróleo. Como o senhor responde àqueles que dizem que seu país está indo na direção oposta da ciência?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Digo que o meu país é, totalmente, um modelo para o mundo. Temos uma floresta do tamanho da Inglaterra e da Escócia juntas. Essa floresta estoca 19,5 gigatoneladasbetspeed confiavelcarbono. Temos a taxabetspeed confiaveldesmatamento mais lenta do mundo. Embora 65% da biodiversidade mundial tenha sido perdida nos últimos 50 anos, a nossa biodiversidade está intacta. Qual é o valor disso? Quem está pagando por isso? [...] Estamos seis pés (aproximadamente 1,8 metro) abaixo do nível do mar, uma área onde vive 80% da nossa população. Por isso temos que investirbetspeed confiaveldrenagem e irrigação. Quem está financiando isso? Temos que financiar isso.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O senhor apontou uma questão muito importante: o fatobetspeed confiavelque seu país tem uma grande quantidadebetspeed confiavelterra abaixo do nível do mar. Isso significa que, se os cientistas estiverem certos, as mudanças climáticas podem afetar uma grande parte do seu país…
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – É por isso que temos que investir nas defesas marítimas. Por isso que temos que garantir que obteremos receitas para investir nas defesas marítimas.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Então o senhor acha das alegaçõesbetspeed confiavelque seu país está indo na contramão do que diz a ciência?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Totalmente infundadas.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Para finalizar, a Venezuela tem, como eu disse, um Exército muito maiorbetspeed confiavelcomparação com o da Guiana. O senhor se sente ameaçado pelas alegaçõesbetspeed confiavelMaduro?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Maduro tenta incutir medo no povo da Guiana. Definitivamente, ele usou a ameaça da força como meiobetspeed confiaveldemonstrar seu plano. Mas não somos um povo que sucumbiria ao medo e àbetspeed confiavelameaça. O que estamos fazendo é planejar, trabalhar com os nossos parceiros, nos preparando e nos certificandobetspeed confiavelque estamosbetspeed confiavelcondiçõesbetspeed confiavelgarantir todo o nosso território, soberania e integridade territorial. Portanto, não estou preocupado com a ameaça dele. Estou preocupado com essa ameaça.
betspeed confiavel BBC News Brasil - O senhor estaria disposto a dividir as receitas do petróleobetspeed confiavelEssequibo com a Venezuela se essa for uma questão levada a esse encontro com Maduro?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Essa é uma posição muito interessante. A Venezuela compartilharia com a Guiana todas as receitas que obteve nos últimos cem anos com o petróleo? Você não pediria que eles compartilhassem o que é deles. Essas receitas são da Guiana. Essas são nossas riquezas dentro do nosso território. Como vamos compartilhar isso? [...] Dizer que temos que celebrar um acordobetspeed confiavelpartilhabetspeed confiavelreceitas com a Venezuela é um insulto ao nosso país e ao seu povo. Isso nunca acontecerá. […] Acho que as pessoas nos subestimam porque somos uma população pequena, mas somos uma população pequena e responsável, com moralidade, ética, boa governança, democracia, a liberdade do nosso lado e com grandes parceiros internacionais.
betspeed confiavel BBC News Brasil - Então, o que o senhor acha do que ele disse sobre a Guiana e a ExxonMobil dever se sentar com a Venezuela para discutir o assunto?
betspeed confiavel Mohamed Irfaan Ali – Ele pode dizer o que quiser. Ele não é Deus. Ele não é o presidente da Guiana. Você estava falando com o presidente. Ele não tem autoridade para ligar para qualquer empresa que opere na Guiana ou qualquer indivíduo que opere aqui para qualquer reunião. Ele está fora do lugar [...] O investimento da ExxonMobil está na Guiana [...] Como é que ele espera conseguir investimentos para a Venezuela se quer desestabilizar a região ou se quer usar uma ameaçabetspeed confiavelforça que não ajudará ninguém?