'Gaza está completamente destruída': a realidade da vida cotidiana na região:bet 77 bônus

Ela conta que teve que deixarbet 77 bônuscasabet 77 bônusBeit Hanoun, no nortebet 77 bônusGaza, a apenas 2 km da fronteira com Israel.

"Não consigo descrever a destruição. Famílias inteiras foram apagadas dos registos civis. Foram mortas debaixo das suas casas", diz.

“Gaza foi completamente destruída. Tenham piedadebet 77 bônusnós."

Ele agora mora com a famíliabet 77 bônusuma escola da ONU na cidadebet 77 bônusDeir al-Balah, no centrobet 77 bônusGaza.

Depoisbet 77 bônuso Hamas ter atacado Israelbet 77 bônus7bet 77 bônusoutubro,bet 77 bônusuma incursão que matou 1.200 pessoas e fez maisbet 77 bônus200 reféns, os militares israelenses iniciaram ataques aéreos e depois lançaram uma invasão terrestrebet 77 bônusGaza.

Pelo menos 14.800 palestinos morreram até o momento, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

A Faixabet 77 bônusGaza tem 2,4 milhõesbet 77 bônushabitantes e, segundo a ONU, desde que Israel ordenou o deslocamento da população para o sul do território, 1,8 milhõesbet 77 bônuspessoas deixaram suas casas e estãobet 77 bônusmoradias provisórias.

Há centenasbet 77 bônuspessoas fazendo fila para se abastecerbet 77 bônusgásbet 77 bônuscozinha. Vários jovens aguardam sentadosbet 77 bônuscima dos cilindros. A atmosfera está tensa. As pessoas estão exaustas.

Desde o iníciobet 77 bônusum cessar-fogobet 77 bônus24bet 77 bônusnovembro, cercabet 77 bônus200 caminhõesbet 77 bônusajuda humanitária entraram por dia na Faixabet 77 bônusGaza. Esse total representa aproximadamente metade do registrado antes da guerra.

As agências da ONU afirmam que conseguiram entregar alguma ajuda no norte, onde o Exército israelense montou suas bases, mas ainda há uma enorme escassez por todo o lado.

Outro homem na fila concordabet 77 bônusdar entrevista. "Não há nem uma xícarabet 77 bônuschá ou um pacotebet 77 bônusbiscoitos. Ontem as pessoas dividiram o pão enquanto dormiam na rua. As pessoas passaram a noite aqui, na chuva e no frio. Que Deus nos ajude."

Israel suspendeu todas as entregasbet 77 bônuscombustível no início do conflito. Posteriormente permitiu a entradabet 77 bônusGazabet 77 bônusuma quantidade limitada, atualmentebet 77 bônus140 mil litros a cada dois dias, segundo um funcionário do Departamentobet 77 bônusEstado dos EUA.

O governo israelense afirma que o combustível extra poderia ser utilizado pelo Hamas, uma organização designada como terrorista por Israel, pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pelo Reino Unido, entre outras potências ocidentais.

Mohammed al-Qidrah espera pacientemente na fila pelo gás.

"Estamos aqui há três dias. Viemos há duas noites e desde as 3 da manhã até agora não conseguimos reabastecer. Não conseguimos encontrar combustível, farinha nem nada. É muito difícil encontrar coisas e, quando você os encontra, você tem que fazer fila para tudo."

Sem banheiros ou tratamento médico

A escassezbet 77 bônuscombustível e suprimentos não é a única ameaça que a população enfrenta na Faixabet 77 bônusGaza.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, se o sistemabet 77 bônussaúde não for restaurado, doenças não tratadas poderão matar mais pessoas do que os bombardeios.

O aviso veio no momentobet 77 bônusque a trégua entre Israel e o Hamas entrava no seu quinto dia, depoisbet 77 bônuster sido acordada uma prorrogaçãobet 77 bônus48 horas.

A diarreia e as infecções respiratórias são generalizadas entre as crianças nos abrigos da ONU, onde vivem atualmente cercabet 77 bônus1,3 milhãobet 77 bônuspessoas.

A superlotação, a faltabet 77 bônusalimentos, água, saneamento, higiene básica e gestãobet 77 bônusresíduos estão aumentando o númerobet 77 bônusdoenças, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nabet 77 bônusconta X (antigo Twitter).

Ele disse que há milharesbet 77 bônuscasosbet 77 bônusescabiose (sarna), varicela e icterícia, e que quase 40 mil crianças menoresbet 77 bônus5 anos apresentam diarreia.

"Precisamosbet 77 bônusum cessar-fogo contínuo. Agora. É uma questãobet 77 bônusvida ou morte para os civis", disse ele.

A faltabet 77 bônustratamento para a diarreia, especialmente para os bebês, pode deteriorar a saúde das crianças e fazer com que morram rapidamente, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris.

As atuais condições nos abrigos também não ajudam.

"Em média, há um chuveiro para cada 700 pessoas e apenas um banheiro para cada 150 pessoas", disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenaçãobet 77 bônusAssuntos Humanitários (OCHA) na semana passada.

Pacientes com doenças crônicas como o câncer também não recebem tratamento.

Segundo a ONU, apenas cinco hospitais estão parcialmente operacionais no nortebet 77 bônusGaza, a área que tem sido o foco da ofensiva terrestre israelense.

Oito dos 11 hospitais funcionam no sul, para onde o Exército israelense ordenou a fugabet 77 bônuscivis. Apenas um desses hospitais tem capacidade para tratar casosbet 77 bônustraumas críticos ou realizar cirurgias complexas.

Neste contexto, o porta-voz da Unicef, James Elder, viu crianças com ferimentos gravesbet 77 bônusguerra permanecerem durante horas deitadas no chão dos hospitais sem poderem ser tratadas.

Um pequeno retorno à vida

As crianças deslocadas e as suas famílias também sofrem devido à faltabet 77 bônusabrigo e vestuário adequados para se proteger do tempo chuvoso e frio que atualmente afeta Gaza.

Durante os primeiros quatro dias da trégua, 800 caminhõesbet 77 bônusajuda entrarambet 77 bônusGaza e alguns chegaram ao norte, segundo autoridades norte-americanas.

Este total representa um aumentobet 77 bônusrelação aos dias anteriores, mas ainda é apenas uma fração do habitual.

As agências da ONU afirmam que, sob tais condições, o reinício dos combates deveria ser impensável e apelaram novamente a um cessar-fogo permanente.

Neste panorama, enquanto se mantém o cessar-fogo, há sinaisbet 77 bônusque alguma vida está regressando à região, com o retorno do que resta da colheitabet 77 bônusazeite.

"Temos que aproveitar esta oportunidade, não há tempo a perder", afirma o agricultor palestino Fathy Abu Salah à agênciabet 77 bônusnotícias Reuters. Ele morabet 77 bônusKhan Younis, no sul.

"Esta guerra nos destruiu, quase não há produção. A maior parte da colheita foi perdida", acrescenta.

A faltabet 77 bônuseletricidade tem causado uma dependênciabet 77 bônuscombustível para o funcionamento das máquinas do lagar, onde as azeitonas são moídas.

"Encontrar combustível é uma crise que todos enfrentam", diz Mohamed Wafy, olivicultor e operáriobet 77 bônusuma fábricabet 77 bônusazeite.

"Assim que tivermos combustível poderemos abrir o lagar, mesmo que funcione na capacidade mínima", afirma.